sexta-feira, 19 abril, 2024

Entrevista com o grupo Klandestino

O Grupo Klandestino Formado em 2009 pelos integrantes: Jesus, Guri e DJ Judeu, o nome do grupo faz menção aos milhares de brasileiros que convivem com precariedade, sem condições básicas de sobrevivência e totalmente ignorados pela mãe gentil. Nós do Portal Enraizados trocamos umas idéias com nosso amigo Jesus, sobre a sua trajetória como MC e sobre o lançamento do seu novo trabalho com o grupo Klandestino.

Qual foi o start para você decidir se tornar um MC?
É uma longa história (risos) graças a Deus cheia de aprendizado e de muitas conquistas, são muitas amizades acumuladas ao longo desses 15 quase 16 anos de correria, em todo o Brasil manos e minas que somam e ajudam no corre do dia a dia e que se identificam com o nosso trabalho e que incentivam a continuidade. O inicio de tudo foi em 1995 com a formação do grupo Cartel Urbano ao qual fiz parte por 6 anos, o sonho era antigo, quando cheguei do Paraná em São Paulo em 1991 eu ouvia a rádio Metrô de SP e de primeira me identifiquei com o Hip Hop (Rap), a partir de então comecei a compor minhas primeiras letras, só 4 anos depois é que começamos a nos apresentar em sons de rua e em casas noturnas, ser um MC alem da realização de um sonho é uma maneira pratica e direta de expor e me posicionar em relação as situações que vivo no dia a dia.

Como você vê a evolução do Hip Hop nesses últimos 10 anos no Brasil?
Graças a Deus tive o privilégio de atravessar esses quase 16 anos no movimento, e assim como o Hip Hop, tive que evoluir. Hoje vejo diversas vertentes que surgem a todo o momento no cenário, respeito todos os discursos e tento tirar proveito de tudo, o Hip Hop é uma escola e nunca deixaremos de aprender, é lindo ver a luta, dedicação e evolução de todos os elementos, hoje temos grafiteiros profissionais, breaker´s viajando o mundo em disputas de danças, concursos de DJ´s e muitos grupos de Hip Hop (Rap) por todo o Brasil.

Sem duvida é uma evolução continua e que com toda certeza fará história se firmando como ferramenta de educação e de luta por políticas publicas para a população em geral.

E o Grupo Klandestino, como se deu a sua criação e a união dos integrantes?
Após minha saída do grupo Inquérito, eu optei por parar com a musica, mais continuei militando pelo movimento, tentei organizar uma exposição de livros e CD´s nas estações do metrô em SP, consegui o apoio da CPTM mais não consegui o apoio dos manos do movimento, teve mano que chegou a cobrar cachê para aderir tal projeto.

Infelizmente encontramos pessoas que não se identificaram com a nossa luta, porem é necessário respeitar, pois cada um tem a sua própria luta.

Após essa tentativa eu decidi voltar a cantar e comecei a compor as minhas letras, então fiz um projeto ao qual consegui a aprovação da Lei Rouanet e fui buscar apoio cultural para a execução do projeto.

Faltou apoio de empresas publicas e privadas mais não faltou vontade e foi ai que enfiei a cara e comecei a gravar de maneira independente o CD.

Então conheci o Guri que é um menino muito talentoso, bom compositor e excelente interprete, fiz o convite para que ele pudesse formar comigo o grupo Klandestino.

O Dj Judeu eu já conhecia de longa data, ele é Dj de casas noturnas na região a mais de 15 anos e também aceitou somar com a gente nesse projeto.

E a produção do CD Quem ta cum nóis como foi a escolha do repertório e qual é a musica de trabalho do álbum?
A produção do disco ficou a cargo do produtor J.Julio um desafio para ambos uma vez que eu ainda não havia idealizado um disco inteiro sozinho.

Exceto as músicas “SE A PORTA NÃO ABRIU” e “VAGABUNDO QUÉ DINHEIRO” produzidas, mixadas e masterizadas por Mr. Kreu no Mukifu estúdio. O repertório foi escolhido com muito cuidado uma vez que nossa maior preocupação é com a aceitação do publico e não com o nosso ego.

O desafio foi tão sadio que acabamos tendo que retirar musicas desse disco, o disco vem com 14 faixas e tem como musica de trabalho a musica “Dias de Glórias” com participação especial de Vulgo Feijão – AO Cubo.

Por que o nome do álbum é Quem ta cum nóis?
É simples, não somos nada sem o publico, ou seja, eles são os responsáveis diretos por sucessos e insucessos.
E na nossa linha de raciocínio vemos o publico somando diretamente com a gente, aderindo nossas musicas e aceitando nossa ideologia.

Quem compra nosso CD “ta cum nóis”!, quem pede nossas musicas nas rádios “ta cum nóis”! Quem direto ou indiretamente colabora para a realização desse projeto “ta cum nóis” como todo povo Brasileiro somos sonhadores e não desistimos nunca, então “Quem ta cum nóis”!

Como esta o planejamento de distribuição do álbum e onde podemos comprar?
A principio a distribuição do CD esta sendo feito de maneira independente, estaremos vendendo por MSN, por E-mail nas lojas especializadas e por sites parceiros como o site do Rap Nacional que já esta efetuando a pré-venda.

Quem tiver interesse em adquirir o CD pode entrar em contato direto conosco através do e-mail: jesusjrcosta@gmail.com ou pelo MSN: Klandestinoinquerito@hotmail.com

Qual é a agenda de shows de lançamento do álbum?
Dia 24/10 estaremos em Sumaré.

E estamos agendando os shows de lançamento em parceria com as secretárias de culturas das cidades de: Campinas, Sumaré, Hortolândia e São Paulo.
Temos um show em negociação com a cidade de Aracaju.
Estamos com a agenda aberta para shows em todo o Brasil, quem tiver interesse é só entrar em contato.

Quais são os contatos para contratar shows do Grupo Klandestino?
E-mail: Jesusjrcosta@gmail.com
MSN: Klandestinoinquerito@hotmail.com / Grupoklandestino2010@hotmail.com pelos fones: (019) 8126-8933 ou (019) 9105-1051 com Jesus.
(019) 9247-0034 com Guri.
(019) 3845-7306 com Kelly.

Faça Download das músicas aqui:

Sobre Re.Fem.

RE.FEM. Janaina Oliveira, mas conhecida pelo nome artístico Re.Fem que significa: Revolta Feminina - Rapper, Feminista, Cineasta, Produtora, Publicitária, como ativista dos Movimentos de Mulheres e de Juventude viajo o Brasil e alguns países trocando experiências em palestras, debates e workshops de Rap, Produção Cinematográfica e Marketing Independente. Re.Fem. acredita o Hip Hop de verdade é feito fora dos palcos e dos holofotes dos grandes shows, isso é apenas 1% do trabalho, Hip Hop verdadeiro é realizados nas bases, no cara a cara com a juventude, é uma ferramenta de construção pessoal e social, por isso ela é a autora do primeiro documentário carioca a tratar do tema Rap Feminino, chamado Rap de Saia, (http://br.youtube.com/watch?v=p_r5Fihzz6A) da produtora Na Mira Produções, também é roteirista e diretora do videoclipe Rosas do grupo Atitude Feminina – DF (http://br.youtube.com/watch?v=0h2f6NaEOmI) que tem mais de 1 milhão de acessos no Youtube e que hoje é utilizado em campanhas pela a eliminação da violência contra a mulher, foi uma das diretoras da Série Re-Visão - Racismos Institucional (http://www.youtube.com/watch?v=dymZQT9kaVA&feature=related) e do documentário Mães do Hip Hop (http://www.youtube.com/watch?v=3HMA9pLcJiA), seu ultimo trabalho em 2010, foi o roteiro e a direção do videoclipe em HD da musica Enterro do Neguinho do grupo Atitude Feminina – DF (http://www.youtube.com/watch?v=_ojYJs34QIs). Seus trabalhos musicais podem ser acessados pelo www.myspace.com/revoltafeminina.

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