sexta-feira, 19 abril, 2024

Hipster do Rap, novo single de Petter MC

“E se eu virar um hipster só para sacanear?”, pensou Petter MC.

Hipster é uma palavra inglesa usada para descrever um grupo de pessoas com estilo próprio, que inventa moda, determinando novas tendências alternativas. Geralmente são jovens de classe média, com idade entre 15 e 25 anos. Combinam roupas modernas com peças do vovô ou da vovó, compondo um look original. Há quem ache bacana e há quem julgue cafona. Sabe aqueles bigodinhos (mustaches) da moda que você vê em camisetas, calçados e acessórios? É o símbolo estereotipado desse grupo.

Para Petter MC o rap não precisa mais ter cara de mau, pode ser simpático, criar tendências e conquistar espaço nos diferentes meios sociais. “Cada rapper deveria ser único e não cópia de outros”, acrescenta.

“Aaah se todo hipster fosse assim:
Rimador, favelado, mas não tem igual a mim.”

O personagem “Hipster do Rap” diz que os que parecem com ele não passam de cópias “made in China”, analogia ao real comportamento hipster.

Hipsters gostam de contrariar as convenções sociais, têm antipatia pela cultura comercial dominante e procuram resgatar as culturas populares locais.

“Mostrei minha face, haters vão me massacrar / Falar mal de mim? Claro que não, vão tuitar, retuitar
Compartilhar, me denegrir no Face / O tema do esculacho, claro, minha interface”

Petter sabe que a ideia pode não ser bem vinda por adeptos conservadores do hip hop, mas não se importa e diz que faz rap para o mundo inteiro ouvir e não para um grupo fechado.

Sobre Petter MC

Petter MC é um “rappórter”, mix de rapper e repórter. Divide seu tempo entre a música e a comunicação.

Em 2010, criou o blog “Diário de um MC” para registrar, em atualizações diárias, as suas principais experiências como artista e ser humano.

Trabalhou como repórter, produtor e cinegrafista no “Parceiro do RJ”, quadro inovador no jornalismo da Rede Globo. Apresentou notícias sobre a cidade onde mora no telejornal RJTV 1ª edição, de 2011 à 2012. Nesse processo, também participou como rapper, compondo e interpretando a trilha sonora do projeto.

Produziu e apresentou a série especial “Subterrâneos”, contando histórias e iniciativas de artistas da periferia do Rio de Janeiro. A série foi exibida na Rede Globo.

Em 2011, foi indicado ao Prêmio Mérito Cultural Adalberto Cantalice, realizado pela Câmara de Vereadores da Cidade de Nova Iguaçu, na categoria Engenhosidade e Inovação.

É pesquisador do programa “Esquenta!”, apresentado por Regina Casé, na Rede Globo.

Acaba de voltar de uma turnê pela capital de São Paulo.

O lançamento será no dia 21 de dezembro, às 00h, em www.soundcloud.com/pettermc
Teaser: http://www.youtube.com/watch?v=WX7ebbF3LYM
Evento de lançamento no Facebook: http://www.facebook.com/events/271192326336698/
Twitter: @PetterMC
Facebook: www.facebook.com/petterMc

Sobre Instituto Enraizados

O Instituto Enraizados é uma organização de hip hop, nossa "rede" integra hoje 17 organizações que compartilham conhecimento, capacitação e articulação para militância cultural nas periferias dos grandes centros. Lutamos pelo acesso a produção, a expressão e a valorização das diferentes manifestações culturais, fortalecendo o ativismo cultural e o protagonismo juvenil. O hip hop, o audiovisual, as rádios comunitárias e a produção de mídias são elementos que formam e fortalecem a ajuda mútua dos jovens envolvidos.

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GB Montsho: Reflexões sobre educação clandestina e formação política no RapLab

O texto apresenta a trajetória de Gabriel, também conhecido como GB Montsho, desde sua entrada no RapLab aos 15 anos de idade até os dias atuais, aos 23 anos. Morador de Nova Iguaçu e atualmente em Anchieta, GB é estudante de Letras na UFRRJ e ativo no movimento estudantil e movimento negro. Sua participação assídua no RapLab o tornou uma figura central na pesquisa do autor, destacando-se por sua contribuição e engajamento na cena do hip-hop. Através desta conversa, GB compartilha suas experiências, reflexões sobre temas como luta de classes, educação clandestina e a importância do RapLab como espaço de aprendizado e expressão.

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