terça-feira, 10 dezembro, 2024

Rapper WSO lança clipe Brookley com a participação de Jamall Dubeco

O rapper Iguaçuano WSO, bastante conhecido na Baixada Fluminense  por causa de suas atuações nas batalhas de rimas e forte presença dos eventos do gênero  na região, acaba de lançar mais um videoclipe.

O clipe, que foi gravado por Alyson, Smoke e Maicon Sunflex está com uma pegada mais caseira, onde o rapper ao lado de seu parceiro Jamall Dubeco retratam as comunidades em que vivem e os locais que frequentam de forma muito realista e documental.

O beat foi produzido pelo próprio WSO e a música foi gravada, mixada e masterizada no Estúdio UR.PRO, em Nova Iguaçu.

Letra Brookley

Uma dose de Montilla é só mais uma terapia.
Alivia o estresse, contra toda tirania.
Ditadura na favela tem o nome de UPP.
Usurpando a proteção, é um modo de enganar você.
Já não se faz uma geração que pensa, é tenso.
Ter que ter uma CLÁUDIA morta para que peguem os seus lenços.
E há quanto tempo já se fala da covardia fardada.
Sai da Mira dos Covardes, Zerodollar, rima rara.
E se eu tiver caminhando nas calçadas da BF.
157 me alvejam, não sou macaco, mas sou Black.
Se não entende o preconceito? Eu já nasci suspeito.
E é melhor pros boy, éh ver a bala no meu peito.
E a favela sofre com toda essa opressão.
Sem sentido fazer copa aqui! Sem educação.
Sou facção, sou Antiético, Sou Rapresenta com o pé na porta.
Manifestante da oposição e O Nome Não Importa.
Atividade na quebrada, se notam,: ‘ocê’ vai aonde ?
Doido pra passar o pano, vêm montado até o bonde.
Cadê oh Cristo? Esse que os crentes ainda clamam.
Quando a bala encontrar seu filho, mano! ‘ocê’vai dizer que ama?

O desespero toma conta de varias dona de casa.
Deus te abençoe filho, mas vê se não bate as asas.

Porque é tenso, tiroteio, chacina, ou arrastão.
Realidade Cruel, sonoplastia na televisão.

Facção Iluminate, ou é conspiração minha?
Mas foi teu vizinho que acordou com boca cheia de farinha.

Poderia ser meu filho, Salve Mano Brown.
Ha tempo o povo não para pra ouvir idéias de mil grau.

A vida se tornou fútil, saudade de quando criança.
A rua sempre lotada, olhares cheios de esperança.

Cadê o povo que parava e ouvia a mensagem.
Não se ver gente inocente, corromperam a integridade.

E o safado em que votam, rouba nós e vai preso
Responde no semi aberto, recebem até dinheiro.

Esse é o país mais desigual, onde a fome mora ao lado
Né preciso ir na áfrica pra ver um necessitado.

Refrão:
Aqui é peso porque o arsenal cerebre é kriminal
Não vem encher lingüiça, com pensamento boçal
Na favela e na baixada, o clima é tenso, enfim..
Pra quem não bota a cara, então não vem falar de mim.

Jamall Dubeco:

Se a policia do rio de janeiro é hostil é uma parada lá das antiga
de uma regime que era fascista agora uma instituição falida
Conhecida pela repressão não acompanharam a evolução
Com celular filmaram tu espancando morador pancadão com parafal na mão
Em defesa da elite a mando do estado não só eu que dei esse papo
No documentário delegado também falou
Depois da ditadura a policia com mais armamento os morros ficaram sangrentos
Sodoma e Gomorra, e tropical virou um lugar violento
O motivo era uso e a venda do ilícito divertimento
Cânhamos químicas coca colombiana com cal pó de vidro e fermento
E nisso com passar do tempo claro que a demanda foi crescendo
Vários que tiveram envolvimento matando e morrendo
O povo e sensação do eterno sofrimento
Pro caveirão eles tem investimento pro brizolão são só lamentos
Mussolines vão nascendo, crescendo, caçando, matando
Não querem nem saber quem somos Vilar dos Telles dá calafrio até nos cromossomos
Vem um tal de Datena, Rezende, Sheherazade, dizendo que a solução é matar
Eles sabem que a porra toda foi criminalizar
Ninguém vai lá por ser alcoólatra, seus bando de hipócrita.

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