Autor: Marcão Baixada

  • O debate que não termina…

    O debate que não termina…

    Se tem um assunto que atualmente não chega à uma conclusão no Brasil e que é tratado maior delicadeza no Rio de Janeiro e em São Paulo, é a descriminalização do consumo de drogas.

    No dia 29 de Abril, participei de mais uma edição do Rio de Encontros 2014. O Rio de Encontros é um projeto que reúne pessoas, profissionais ou instituições que ocupam espaços diferenciados, mas que igualmente estão empenhados em buscar alternativas para a cidade.

    Nos reunimos neste encontro para discutir sobre drogas, respostas alternativas e políticas públicas; onde tivemos a antropóloga Alessandra Oberling como mediadora; a socióloga Julita Lemgruber e a psicóloga Christiane Sampaio ficaram encarregadas das falas.

    A Máquina tem que funcionar

    Recomendo à quem ler esta coluna, que também faça a leitura do texto feito pelo amigo Jorge Soares para o blog do Rio de Encontros. Ele ele esclarece alguns tópicos pautados no debate do dia 29.

    Ficou muito claro pra mim, pelo menos, que a descriminalização não pode ser feita à moda caralho, pois o assunto é complexo demais pra um país como o Brasil, onde boa parte da ação do Estado é falha e a roda parece não girar. Me entendam, esse não é um discurso anti-drogas, anti-legalização; mas como descriminalizar o consumo em um país em que a lei só se aplica quando é conveniente? Onde os pretos morrem na base do “atira e depois pergunta”? Onde a educação se mostra falha e nossos jovens chegam ao 3° ano do Ensino Médio ainda sendo analfabetos funcionais? Onde a gente fica horas na fila do posto de saúde do nosso bairro, pra agendar um atendimento pra daqui há um mês?
    Não dá pra discutir descriminalização/legalização do consumo e/ou venda de drogas sem pautar educação pública, saúde pública e segurança pública.

    Soluções?

    Carl Hart

    Carl Hart é professor de neurociência da Universidade Columbia e está no Brasil divulgando seu livro, intitulado Um preço muito alto, onde o doutor defende a tese de que o problema não é a liberdade de consumir drogas, mas sim as condições sociais que levam muitos ao vício. Em encontro com pesquisadores e equipes de Saúde do Viva Rio, nesta quarta-feira, na sede da instituição, Hart afirma: “O Brasil não oferece alternativas para que as pessoas deixem de usar o crack”.
    Marília Rocha, coordenadora do projeto Casa Viva, que acolhe jovens usuários de crack, afirmou: “As cenas de uso estão criando novos guetos dentro de guetos. São crianças que nem a comunidade quer. Os vínculos que antes eram negados aos usuários de maconha e cocaína, hoje são negados aos usuários de crack”.

    Em Janeiro de 2014, uma ação coordenada pela Secretaria de Saúde da cidade de São Paulo entrou em vigor. Chamada “Braços Abertos”, a ação visa realocar os moradores da Cracolândia em hotéis da região com a promessa de lhes oferecer, além da moradia, refeições, trabalho diário de quatro horas — eles farão limpeza urbana — e duas horas diárias de capacitação. Cada dia trabalhado renderá R$15 reais, que serão depositados semanalmente em uma conta bancária. […] O programa dura seis meses. Coincidentemente, vai até a grande final da Copa do Mundo no Brasil, no dia 13 de julho.  (via VICE).

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    Foto feita pelos correspondentes da VICE, durante a desocupação da Cracolândia para o programa “Braços Abertos”

    A intenção desse texto foi de levantar alguamas reflexões acerca do debate do qual participei. Mas esse assunto está longe de terminar; Talvez alguma ação à respeito do assunto seja tomada no decorrer dos próximos meses, semanas ou dias. Mas retornamos ao ponto que levantei anteriormente: Com a descriminalização, será que no Brasil, um “país de todos”, as leis e políticas públicas para drogas serão aplicadas corretamente, ou só quando forem convenientes para uma das partes?

  • Não somos todos macacos – Racismo no esporte, oportunismo e postura

    Não somos todos macacos – Racismo no esporte, oportunismo e postura

    No último domingo, ao chegar em casa de mais uma sessão de gravação no estúdio, minha esposa me mostra um vídeo no Instagram do jogador Daniel Alves, durante um jogo do Barcelona em que, antes de ele cobrar um escanteio, uma banana é atirada contra ele. Daniel simplesmente a come e continua com sua cobrança. O vídeo deu início à um movimento intitulado #somostodosmacacos, que no princípio eu optei por não opinar e acompanhar o desenvolvimento dessa história.

    Amigos, conhecidos e artistas se posicionaram contra este movimento; e após fazer a leitura de um texto do Frávio SantoRua, MC do grupo Antiéticos, abriu um leque na minha mente pra que eu pudesse opinar:
    Sou preto e, não, eu não sou macaco porra nenhuma! Não mereço ser comparado com uma espécie inferior devido à cor da minha pele e/ou minha origem étnica.
    O termo ‘macaco’ é utilizado para inferiorizar nós, pretos, afirmando que somos de uma espécie sub-humana, irracional, da qual a elite branca racista pode tirar proveito; só que eu não sou macaco e, muito menos macaco de circo!

    As figuras públicas do nosso país têm que entender que não se combate o racismo vestindo a carapuça, mas sim, lutando pra que essas atitudes não aconteçam. Em um jogo de futebol, chuva de bananas, mas dentro da favela, são chuvas de tiros exterminando a população preta e pobre; e tenho certeza que se meter em frente de uma bala ou engolir um projétil não vai resolver o problema.

    Enquanto isso, na NBA, o dono do Los Angeles Clippers, Donald Sterling, acaba de ser multado em 2,5 milhões de dólares e banido para sempre da liga, devido à comentários ofensivos relacionados aos pretos e à presença dos mesmos na super liga de basquete. Nenhum jogador preto do Clippers encarou os comentários dele como elogio ou sequer concordaram ironicamente com a colocação de Sterling, pelo contrário, se posicionaram contra e se sentiram desmotivados a defender um time cujo o dono é racista.

    E creio eu que os atletas brasileiros devam aprender com essa atitude, antes de propagarem um marketing negativo e ‘zombar’ de toda a luta que passamos para criminalizar o racismo e realmente fazer isso valer.

    @marcaobaixada

  • Assista o videoclipe #IssoEhRap, de Gxlden

    Assista o videoclipe #IssoEhRap, de Gxlden

    Guilherme Pacheco dos Anjos, tambem conhecido como Guih Golden Boy ou apenas Gxlden, é beatmaker e MC do Rio de Janeiro.
    Morador do Engenho Novo, Zona Norte, começou a fazer rap após conhecer e fazer parte do coletivo Family Free. Atualmente produz instrumentais para vários MCs do Brasil, além de dedicar-se à concepção da sua mixtape, intitulada #OIDP.

    Para divulgar o trabalho, Gxlden lançou o single “Isso Eh Rap”, que acaba de ganhar videoclipe oficial, que foi dirigido e editado por Guilherme Brehm. #IssoEhRap é o primeiro videoclipe oficial do MC.

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  • “Fruto Proibido”, primeiro single do Copaloucos

    “Fruto Proibido”, primeiro single do Copaloucos

    O duo Copaloucos, formado por Mabili e Rugal, lançou no último dia 13 o seu single de estreia.
    “Fruto Proibido”, tem a produção instrumental assinada por Taz Taylor, mixagem por Damien Seth e masterização de Luiz Café.

    Faça download do single aqui.

    Fique ligado trabalho do Copaloucos!

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  • Carlos Bobi irá expor no SESC de São João de Meriti

    Carlos Bobi irá expor no SESC de São João de Meriti

    O SESC São João de Meriti apresenta “Alma, calma!”, exposição em que o artista Carlos Bobi retrata mulheres que são personagens criados por sua imaginação, personalizando suas identidades, suas origens, índoles pessoais e intimidades. Essa criação resulta na interação visual da percepção sensível, transportando a calma da alma ao imaginário de quem as observa.

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    +Info na página do evento: http://on.fb.me/1g7yYNu

    SERVIÇO
    Exposição “Alma, calma!”, de Carlos Bobi
    Inauguração: 08/02/2013 às 16 Hrs.
    Entrada Franca
    Classificação etária: Livre
    SESC São João de Meriti
    Av. Automóvel Clube, 66. São João de Meriti

  • Cartel MCs revela capa do novo disco

    Cartel MCs revela capa do novo disco

    O grupo Cartel MCs, oriundo da Zona Sul carioca lançará o seu 3° álbum, o primeiro com a nova formação.
    Hoje, os integrantes do Cartel são: Delarima, Ber, Funkero, Darryu, DJ Erik Scratch e Daniel Sydens. Esses são os nomes dos responsáveis por dar vida ao álbum “Sin City”, fazendo uma clara referência ao filme dirigido por Robert Rodriguez com a colaboração de Quentin Tarantino e, consequentemente à graphic novel de mesmo título.

    Na última semana, o grupo revelou a capa do álbum, que será lançado ainda este mês, e que contará com participações de artistas como De Leve e Marcelo D2. No próximo dia 5, a tracklist será divulgada.

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    Capa do álbum “Sin City”

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  • Mister Giba lança o videoclipe da música “O Máximo”

    Mister Giba lança o videoclipe da música “O Máximo”

    Videoclipe oficial da música “O Máximo”, de Mister Giba, com participação de Carlo Rappaz e instrumental produzido por Laudz.
    O clipe foi dirigido por Gabriel Casagrande e Gilberto Yoshinaga e foi lançado hoje, no YouTube.

     

  • “Segue o Fluxo”, novo EP de Sahell

    “Segue o Fluxo”, novo EP de Sahell

    “Segue o Fluxo” é o nome do novo EP do rapper Sahell. Sahell é produtor cultural e militante do Hip-Hop no Rio de Janeiro.
    O EP sai pelo Selo Moustrack, da Toka F.K., liderada por Du Brown e Kmkz e reúne 5 faixas que mostram a versatilidade do rapper em cima de diferentes instrumentais; além de contar com as participações de DJ Tikano Calderon, Du Brown e B.Ma-K-Lé.
    Escute o EP:
    [soundcloud params=”auto_play=true&show_comments=true&color=0ac4ff”]https://soundcloud.com/sahell-toka-fk[/soundcloud]

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  • Assista o novo clipe de Big Pap Reto

    Assista o novo clipe de Big Pap Reto

    “O Lado é o Certo”, é novo videoclipe de Big Papo Reto. A música foi produzida por DJ Saci (Eletrobase DJs).
    O videoclipe foi produzido pela Ganja Filmes, com direção de PH Stelzer.

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  • Eliminatória da Liga dos MCs acontecerá no MOF, maior encontro de Graffiti da América Latina

    Eliminatória da Liga dos MCs acontecerá no MOF, maior encontro de Graffiti da América Latina

    A Liga do MC’s é uma das principais competições brasileiras de freestyle, criada em 2003 pela Brutal Crew, assim como “A Tradicional Batalha do Real”, que é o meio principal para conseguir participar da competição.
    A Liga foi responsável pela revelação de inúmeros artistas que compõem hoje o cenário do Rap no Brasil, como Max B.O, Emicida e Maomé, da ConeCrewDiretoria.

    Atualmente a Liga conta com outros parceiros além da Batalha do Real. Tratam-se de outras batalhas de freestyle do país que possuem uma grande visibilidade e que tambem revelaram grandes talentos, como a Rinha dos MCs e Batalha do Santa Cruz (SP); e o Duelo de MCs de Belo Horizonte.

    Este ano, o Liga está dividida em duas partes, uma edição com as eliminatórias, e outra edição com a fase final.
    Na fase eliminatória, 16 MCs se enfrentarão e somente 8 estarão classificados pra fase final, que acontecerá no dia 7 de Dezembro, na Lapa. Na edição de 2013, além da vitória e da projeção do MC campeão, este ainda ganhará um prêmio de R$2.000.

    A fase eliminatória acontecerá no MOF (Meeting Of Favela), o maior encontro de Graffiti da América Latina, que já acontece há 8 anos na Vila Operária, comunidade do município de Duque de Caxias. E além de batalhas de MCs, contará com apresentações de inúmeros artistas do Rio de Janeiro.

    * O coletivo #ComboIO está no Line-up do evento.

    Para saber mais, acesse a página do evento no Facebook: http://on.fb.me/1b4LYSS

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