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  • Dudu de Morro Agudo é entrevistado no programa ‘Papo Reto da Correria’

    Dudu de Morro Agudo é entrevistado no programa ‘Papo Reto da Correria’

    O rapper Dudu de Morro Agudo (39) é o entrevistado do episódio número 09 do programa “Papo Reto da Correria”, do canal do “Bala  N’Agulha”.

    No último mês, durante uma troca de ideia entre o Dudu de Morro Agudo e o Rodrigo Pinho, surgiu o convite para a participação do rapper no programa. Dudu aceitou na hora, e então no último sábado, dia 02, os manos Nyl MC e Roberto Uóli brotaram na sede do Enraizados, em Morro Agudo.

    Nyl MC, DMA e Uóli
    Nyl MC, DMA e Uóli

    Na entrevista, Dudu fala sobre hip hop, política, empreendedorismo, sonhos e é claro… sobre a campanha de crowdfunding para colocar seu novo disco, “O Dever Me Chama”, na rua. São 20 minutos de troca de ideia intensa e sincera, onde você poderá conhecer um pouco do Espaço Enraizados e ainda ouvir o trecho de uma música inédita do novo disco.

    Assista o vídeo, comente e colabore na campanha www.benfeitoria.com/odevermechama!!!

     

  • KZRÃO Records lança vídeo de ‘Cypher1’

    KZRÃO Records lança vídeo de ‘Cypher1’

    Vídeo , que conta com a participação dos artistas Abu, Mineiro Treze, Kall FBX, Poetas Soares e Einstein NRC, foi lançado pelo selo KZRÃO Records

    O “KzrãoRecords” é o selo responsável pela maioria dos lançamentos em audio e vídeo na B aixada FLuminense, atualmente está trabalhando e atuando dentro do hip hop atendendo as demandas de gravações, produções de beats, serviços de mixagem e masterização, atraindo a atenção de novos artistas, principalmente através do empenho de nomes como Léo da XIII, Kall FBX e Biguebê, que estão focados em captar recursos para o crescimento do selo.

    A “Cypher” foi lançada para dar ênfase em todos os planos já bolados pela KZRÃO, isto é, materializar as ideias, traduzindo o que acontece nas ruas e levando a uma reflexão sobre a situação atual do selo. A track foi produzida por Léo da XIII, responsável pelo audiovisual da empresa.

    Se vocês gostaram deste vídeo, inscreva-se no canal do KZRão, e aguarde, pois eles já têm mais vídeos pra lançar.

     

  • Crianças aprendem tradição africana através de coletivo Dúdú Badé

    Crianças aprendem tradição africana através de coletivo Dúdú Badé

    Por meio da arte-educação, trio de mulheres negras leva tradições afro-brasileiras aos pequenos

    Já imaginou aprender cultura africana e afro-brasileira por meio de atividades, jogos, brincadeiras e magia? É esse o trabalho oferecido pelo Dúdú Badé, de São Paulo (SP). Criado em 2016, o coletivo realiza atividades multidisciplinares e itinerantes em grandes cirandas por onde passa, com alimentação, brincadeiras, contação de histórias, música, oralidade e cultura.

    Nos meses de abril e maio, as integrantes Amanda Cristina da Silva de Jesus, Odara Dèlé e Ana Caroline da Silva estaviram no Quilombaque, no bairro de Perus, em São Paulo, com atividades que exploram a ancestralidade negra presente no cotidiano das crianças, desmistificando-a de forma lúdica.  Elas acreditam que “brincar tem seu papel importante, na construção da identidade pessoal e coletiva”.

    A ideia, de acordo com as criadoras do coletivo, é estar em espaços que sejam ambientados e permitam que, ainda que simbolicamente, elementos que representem as tradições africanas, como instrumentos musicais, tecidos, balaios e outros ornamentos que auxiliam na construção positiva do imaginário infantil. “Queremos construir o cenário de histórias repleta de cores, sons, cheiros e sabores. As histórias são dinâmicas e se fundem com as brincadeiras, estabelecendo assim uma forma de relação divertida e prazerosa com as temáticas propostas”, destacam.

    Com apoio do VAI (Valorização de Iniciativas Culturais), o Dúdú Badé desenvolve encontros que apresentam um país africano às crianças e jovens, com a apresentação de um nativo de algum país do continente, compartilhando sua história, cultura e riquezas, bem como língua.

    Em outro, as integrantes que são arte-educadoras resgatam de forma ancestral a cultura afro-brasileira, apresentando aos pequenos a história, cultura e riquezas, fazendo-as mergulhar no desconhecido de forma lúdica e divertida.

    Além deste trabalho, no próximo mês de maio, o grupo vai lançar um catálogo com temáticas infantis, fazendo o recorte étnico-racial.

    Serviço – saiba mais sobre o Dúdú Badé no site http://dudubade.com.br/

  • Parceria entre o Instituto Enraizados e a Prefeitura de Nova Iguaçu possibilita que estudantes de Corumbá visitem o Quilombo São José

    Parceria entre o Instituto Enraizados e a Prefeitura de Nova Iguaçu possibilita que estudantes de Corumbá visitem o Quilombo São José

    O Instituto Enraizados mantém um pólo cultural em Corumbá, Nova Iguaçu, que funciona dentro do CIEP 216, onde, junto com a diretoria da escola, busca maneiras de ampliar o capital cultural dos estudantes, levando-os para passeios em diferentes locais onde eles possam experimentar outras formas de aprendizado.

    Dudu de Morro Agudo (diretor executivo do Instituto Enraizados) e Welton Cordeiro (Diretor do CIEP 2016), se conhecem desde os tempos da faculdade e no último ano firmaram uma parceria entre as instituições, para principalmente ampliar as possibilidades de acesso, da juventude do bairro Corumbá, a diferentes e diversas formas de manifestações culturais.

    A mais recente, que aconteceu no dia 12 de maio, surgiu a partir de uma ideia “utópica”, do diretor da escola (como ele mesmo diz), que desejava promover um passeio de alguns estudantes para o Quilombo São José, em Valença. Esta ideia era utópica principalmente por causa da grande dificuldade em se conseguir um transporte para este tipo de atividade, problema que foi resolvido de prontidão pelo presidente da FENIG, Miguel Arcanjo Ribeiro, pelo André Porfiro e pelo Secretário de Educação da cidade, Alex Castellar.

    Veja abaixo o relato de Welton Cordeiro:

    Uma ideia utópica me passou pela cabeça: “Levar estudantes de Nova Iguaçu, para o Quilombo de São José, em Santa Izabel do Rio Preto, Valença , RJ”.
    Como ir tão longe? Como realizar a utopia? Joguei a ideia para um cara utópico como eu, Dudu de Morro Agudo. Nós somos Enraizados! E parceiros são para utopias.

    Conversamos, Dudu conversou. Cara, o mais mágico de tudo: conseguimos!
    O que era distante ficou perto; o que era impossível virou realidade. Não tememos as utopias!
    A parceria entre o CIEP 216, o Instituto Enraizados e a Prefeitura de Nova Iguaçu, através da Secretaria de Educação e a FENIG (Fundação Educacional e Cultural de Nova Iguaçu) proporcionou aos nossos estudantes um dia inesquecível!

    Não só os estudantes, diga-se de passagem, mas também nossa amada dupla de cozinheiras que, com seu tempero único e muito amor, conquistaram à todos na nossa escola. Estudantes, cozinheiras e diretores, todxs enriquecendo suas vida com cultura.

    E todxs aproveitaram ao extremo! Jogando capoeira, dançando jongo, acompanhando o maracatu, visitando as partes históricas, entre outras coisas.
    Fica a gratidão à todos os que colaboraram para que tudo isso se tornasse uma realidade.
    E as conversas sobre o Quilombo ficam até o fim do ano. Coisa boa nunca termina.

    Obrigado aos realizadores de sonhos!

    Welton Cordeiro
    Diretor do CIEP 216

  • ‘Precisa-se de Velhos Palhaços’ inicia 2018 no Teatro do Sesc Nova Iguaçu dia 19 de maio

    ‘Precisa-se de Velhos Palhaços’ inicia 2018 no Teatro do Sesc Nova Iguaçu dia 19 de maio

    O Teatro do Sesc Nova Iguaçu recebe no dia 19 de maio, o espetáculo “Precisa-se de Velhos Palhaços”. Com texto de Matei Visniec, direção de Anderson Marques, tradução e adaptação de Pedro Sette Câmara, a peça retrata o reencontro, depois de trinta anos, de três palhaços numa sala onde aguardam uma entrevista de emprego.

    São palhaços, mas também homens cheios de angústias, lembranças e histórias para contar. Uma mistura de drama e comédia. Encenada por Fábio Mateus, Felipe Villela e Johnny Rocha, do grupo Velhos Amigos.

    “Esta é uma remontagem da peça do romeno Matei Visniec, originalmente chamada de “Um Trabalhinho para Velhos Palhaços”, lembrou o ator Fábio Mateus. “Foi um desafio que assumimos com muito prazer. Trazer o texto de Visniec, que é tão atual, tão presente no dia a dia do brasileiro, para o palco”, explicou o diretor Anderson Marques.

    “O trabalho corporal é fundamental porque representamos homens mais velhos que também são palhaços. Houve necessidade de uma grande preparação e concentração”, salienta Johnny Rocha.

    “Quem vai ficar com a vaga? Ou melhor, vale tudo para conseguir o que se deseja?”, pergunta o ator Felipe Villela. “Essa é a grande questão levantada pela encenação”, salienta ele, que assim como os outros artistas vai carregar malas com histórias e lembranças, como velhos cartazes e jornais. “Foi o desejo de trabalharmos todos juntos que nos fez montar essa peça”, concluiu Anderson Marques.

    Ficha Técnica

    Texto: Matei Visniec
    Direção: Anderson Marques
    Elenco: Fábio Mateus, Felipe Villela e Johnny Rocha
    Figurino: Grupo Velhos Amigos
    Figurino e maquiagem: Tiago Costa
    Iluminação: Pablo Rodrigues

    Serviço:

    Precisa-se de Velhos Palhaços
    Estreia: Dia 19 de maio
    Local: Teatro Sesc Nova Iguaçu
    Endereço: Rua Don Adriano Hipólito nº 10, Moqueta Nova Iguaçu
    Horário: 19:00h
    Capacidade: 380 lugares
    Classificação Indicativa: a partir dos12 anos
    Ingresso: R$ 20,00 inteira – R$10,00 meia – R$5 sócios do SESC
    Duração: 50 minutos

  • Festival no Rio reúne grandes nomes do Hip Hop nacional

    Festival no Rio reúne grandes nomes do Hip Hop nacional

    Fumart acontece neste sábado, no Santo Cristo, e reunirá mais de 20 músicos, além de intervenções de grafite e skate

    Neste sábado a Zona Portuária será um celeiro do rap carioca: Mais de 20 artistas se apresentarão durante nove horas para 3 mil pessoas durante o FUMART (Festival Urbano de Música e Arte), que acontecerá no Santo Cristo, Zona Portuária, a partir das 21h. Três palcos receberão grandes nomes da nova cena nacional, como Edi Rock, MV Bill, Cacife Clandestino, WC no Beat, Iasmin Turbininha, URSSO, Chayco Mada, Gabz, Sombra e Nicole Nandes. Os ingressos custam a partir de R$ 40.

    O rapper Aori Sauthon será o mestre de cerimônias durante o evento que além de música ainda reunirá gastronomia e skate, reverenciando todas as vertentes da cultura urbana. O Fumart ainda contará com exibições de grafite com Pia Transborda e convidados, além de oficinas com Graffite Delivery.

    Apresentações musicais confirmadas

    • Cacife Clandestino
    • Edi Rock
    • WC no Beat
    • MV Bill
    • Sandrão Rzo
    • TIO FRESH (SP Funk)
    • Sombra (SNJ )
    • URSSO (DAMASSACLAN)
    • Chayco Madá (Familia Madá )
    • Wesley Camilo
    • DowRaiz
    • Billy Billy
    • DJCainan (DAMASSACLAN)
    • Diana Bouth
    • Nicole Nandes
    • Iasmin Turbininha
    • GABZ
    • Tracie Ona Okereke e Tasha Okereke (Ceia Ent.)
    • Pedro Piu
    • Pachu
    • Rodrigo Moretti
    • Bubaloo
    • LuLinha

    Mestre de cerimônias – Aori Sauthon

    Serviço

    O Fumart acontece neste sábado, 12 de maio, a partir das 21h, no HUB RJ
    (Avenida Professor Pereira Reis 50, Santo Cristo).
    Informações: bit.ly/InfFumart.

    Os ingressos custam a partir de R$ 40 e podem ser adquiridos pelo link: bit.ly/Fumart.

  • Rapper Dudu de Morro Agudo recorre aos amigos para lançar novo disco através de crowdfunding

    Rapper Dudu de Morro Agudo recorre aos amigos para lançar novo disco através de crowdfunding

    O rapper Dudu de Morro Agudo, que é bastante conhecido na cena do hip hop brasileiro por sua versatilidade, prepara seu segundo álbum solo.

    O rapper iniciou sua carreira na cultura hip hop em 1994, de lá pra cá criou uma das mais importantes organizações de hip hop do país, o Instituto Enraizados, em 1999, por onde passaram centenas de MCs; lançou o disco Rolo Compressor, em 2010, com o qual fez turnê pela Europa e América do Sul; criou o grupo de rap Comboio e foi campeão mundial de hip hop, em 2015.

    Dedicado em aproximar o hip hop e a educação, criou o #RapLAB, uma prática desenvolvida para provocar a produção do conhecimento em rede, auxiliando no desenvolvimento cognitivo dos jovens usando o rap como um campo educacional que permite trabalhar com a inovação tecnológica, a criatividade e a dinamização simultaneamente.

    Mestrando em Educação pela UFF, Dudu está desenvolvendo uma pesquisa com jovens que estão experienciando a prática do laboratório de rap.

    O Novo Álbum

    Abalado e provocado pela atual situação do Brasil, Dudu resolveu preparar um novo disco.

    Se enclausurou durante 20 dias no estúdio do Instituto Enraizados, em Morro Agudo, onde dedicou-se a composição, utilizando além da pura inspiração, diversas técnicas de escritura, e pesquisou em centenas de vinís raros para chegar a uma sonoridade única e ao resultado de um disco de rimas cheias de protesto e com a marca do Dudu de Morro Agudo: o sarcasmo e o humor.

    Quando o esboço do disco ficou pronto, Dudu enviou para o DJ Raffa – um dos principais e mais importantes produtores de rap do Brasil – e pediu sua opinião a respeito.

    “O teu álbum é um trabalho hiper original, diferente de tudo o que eu venho ouvindo de rap, você é muito corajoso. Achei massa. Você colocou sua personalidade dentro do projeto. Muito bom”. DJ Raffa

    A partir daí Dudu se motivou e teve enfim a certeza de que realmente produziria este disco e voltaria aos palcos.

    O projeto de Crowdfunding

    Em reunião com a equipe do Instituto Enraizados, decidiu que a melhor forma de realizar este projeto seria através de um crowdfunding (uma espécie de vaquinha virtual), já que a organização tem uma experiência ímpar em criação e gerenciamento de redes.

    Então começou todo o estudo e preparação para lançar uma campanha de financiamento coletivo através da plataforma Benfeitoria.

    O disco, cujo o nome é “O dever me chama”, será composto por 10 faixas produzidas pelo próprio DMA, terá como capa a ilustração do grafiteiro Razuchi, de São Paulo; a participação dos rappers Einstein NRC, Passarinho e Shu Rodrigues; e será mixado e masterizado pelo mestre DJ Raffa, de Brasília.

    DMA pretende disponibilizar seu trabalho para que outros produtores e MCs reutilizem e criem algo novo.
    DMA pretende disponibilizar seu trabalho para que outros produtores e MCs reutilizem e criem algo novo.

    Dudu conta que este será um trabalho livre, pois disponibilizará, além do álbum, as acapellas e os beats, para que MCs e produtores possam reutilizar seu projeto e transformá-lo em outros produtos, que também serão disponibilizados no site www.hullebrasil.com.br/dma que servirá como um repositório do projeto.

    A campanha começou no dia 02 de maio e já formou uma corrente de pessoas engajadas, principalmente no Rio de Janeiro, mas com tentáculos que chegam a outros estados e até mesmo países.

    Os Lançamentos

    O disco está previsto para ser lançado virtualmente com exclusividade nos Estados Unidos no dia 16 de junho, através da plataforma AMP.IT; estará em todas as plataformas digitais, como Spotify e ITunes, a partir do dia 23 de junho; e fisicamente, nas ruas, a partir do dia 01 de julho.

    Contudo, quem participar da campanha terá acesso ao link para download do disco a partir do dia 10 de junho.

    A festa de lançamento provavelmente acontecerá no dia 09 de agosto, somente para convidadxs.

    Quem quiser, poderá participar até o dia 10 de junho, colaborando com quantias a partir de R$10 (dez reais) e terão direito a uma série de recompensas.

    SAIBA MAIS:

    O que é? Campanha de crowdfunding para produção do novo CD do Dudu de Morro Agudo;
    Quanto é? A partir de R$10
    Como participar? Através da plataforma www.benfeitoria.com/odevermechama
    Existem outras formas de participar?
    Quem quiser participar poderá efetuar depósito/transferência na conta abaixo:
    BRADESCO
    AGÊNCIA 0876
    CONTA CORRENTE 3314-6
    FLÁVIO EDUARDO DA SILVA ASSIS
    Até quando? Até o dia 05 de junho

    Acompanhe Dudu de Morro Agudo nas redes sociais:

    Facebook: https://www.facebook.com/fanpageDMA
    Instagram: https://www.instagram.com/dududemorroagudo
    Twitter: https://twitter.com/dudumorroagudo

  • O papel do rap na sociedade brasileira

    O papel do rap na sociedade brasileira

    Desde a década de 80 no Brasil, o Hip-Hop, em especial o rap, vem tocando na tecla sobre violência policial e ausência de saneamento básico e segue sendo uma ferramenta importantíssima na organização da população que vive nas mais precarizadas situações de Norte ao Sul do país. Artistas e grupos como Racionais MC’s, Facção Central, MV Bill, Dina Di entre outros deram voz e politizaram a juventude que se encontrava onde durante muito tempo, e ainda atualmente, os movimentos sociais não conseguiam chegar.

    A responsa hoje não mudou, nas periferias a juventude continua morrendo por violência policial, vivencia as guerras entre facções e seguem vivendo nos barracos de madeira porém apesar disso o rap conseguiu se ampliar. Hoje é comum ver assuntos como auto estima, romance e machismo sendo retratados nas letras.

    Mas o quê mudou? O que explica de fato o rap ter salvo tantas vidas?

    Não é de se espantar que existem jovens que muitas das vezes não escutam os próprios pais mas levam aquilo que seu rapper favorito fala a risca, e isso se dá pela linguagem que esse estilo musical apresenta e assim se identifica com a favela.

    No princípio as letras que eram puro protesto chocavam a classe média pois relatam a realidade do cotidiano periférico, não à toa o grupo Facção Central e o rapper MV Bill tiveram voz de prisão por suas respectivas faixas “Isso aqui é uma Guerra” e “Soldado do Morro”, que segundo a justiça continha apologia ao crime.

    Com o passar dos anos foram surgindo novos nomes como Emicida, Flora Matos, Projota, Rashid influenciados pelas gerações anteriores que levaram adiante os temas e incorporaram outros assuntos para além do crime e violência, a partir daqui o rap se tornou fonte de empoderamento da mulher, do negro, representatividade entre outros…

    Verdade também é que os tempos mudaram, o rap acompanhou isso, agora é possível se dizer que todos consomem esse estilo musical, seja lá qual vertente for, inclusive a classe média que antes achava aquele conteúdo cantado tão ofensivo.

    Mas será que esse crescimento tão quantitativo também é qualitativo?

    Ao mesmo tempo em que vemos de um lado Drik Barbosa falando sobre a importância da mulher no rap, Rincon Sapiência fazendo músicas como “Ponta de lança” que aumentam a auto estima do povo negro, vemos também em contraponto grupos e artistas tendo posições reacionárias e preconceituosas em pleno século XXI.

    Isso se deu pela entrada de pessoas que não consomem a cultura, mas querem usar seu dinheiro para se apossar e lucrar com ela, já que o estilo musical só tende crescer (e nos Estados Unidos já se tornou o mais ouvido) e também pela desinformação de muitos dos novos rapper’s. Apesar disso o número de pessoas se movimentando e fazendo trabalhos positivos cresce cada vez mais e faz com que o rap, o Hip-Hop continue sendo uma ferramenta crucial na organização da população que vive nas favelas e subúrbios.

  • ‘Baile de Morador’ vai comemorar o Dia da Baixada

    ‘Baile de Morador’ vai comemorar o Dia da Baixada

    A disputa de poder nas cidades metropolitanas tem uma vítima em comum: os moradores. Diante disso, moradores da Baixada Fluminense se reuniram para organizar um baile e tirar do fundo da garganta seus gritos por mais amor, igualdade e uma sociedade mais justa.

    “Troquei ideia com o Rogério [proprietário do Cultural Bar] e a gente identificou o quanto o movimento na rua caiu, não só por causa da tal crise financeira, mas também da crise de segurança. Nada mais justo então do que criar esse ambiente seguro baseado no entretenimento e a ocupação do espaço público” – explica Wesley Brasil, idealizador do Baile de Morador, que também fará o papel de apresentador.

    A principal atração da noite é Lisa Castro, que traz em seus versos o empoderamento negro, principalmente feminino. A identificação dos moradores da Baixada Fluminense é garantida em seus versos que homenageiam a região, especialmente Morro Agudo – bairro iguaçuano onde a artista vive.

    O evento traz ainda uma novidade para o mercado musical: Tonny. Mc conhecido em São João de Meriti, suas rimas em batalhas se tornaram letras para músicas, onde confronta sua homossexualidade com o ambiente hétero e muitas vezes machista e homofóbico do rap.

    DJ’s moradores da Baixada também comandam o baile: Deluna (Mesquita), que é membro do coletivo Telemafia; D’emmer (Nova Iguaçu) do coletivo Ghetto; e Pedro Dog (Nilópolis), da Batalha do Real e Festa Kick’z.

    No melhor estilo ‘block party’, o Baile de Morador terá ainda um espaço para moradores que vendem doces e outras coisas em pequenas tiragens. Para se cadastrar basta entrar em contato pela página do evento no Facebook.

    O evento tem a entrada franca e conta com o apoio do Cultural Bar de Nova Iguaçu, um espaço conhecido na cidade por ser ponto de encontro de intelectuais e artistas da região, recebendo eventos de jazz, poesia, rap e outras expressões musicais.

    SERVIÇO
    Baile de Morador
    30/04, 17h
    Cultural Bar
    Rua Floresta Miranda, Centro – Nova Iguaçu

    Mais informações: https://facebook.com/events/2084641034909474/

  • ‘Cinema, Trampo, Quebrada: Nossa história’: Inscrições abertas para oficina gratuita de audiovisual

    ‘Cinema, Trampo, Quebrada: Nossa história’: Inscrições abertas para oficina gratuita de audiovisual

    O cineasta Lincoln Péricles e outros integrantes do coletivo Astúcia Filmes do Capão Redondo (periferia de São Paulo) ministrarão entre os dias 24 e 28 de abril (TERÇA A SÁBADO), das 10h às 14h, curso na CAIXA CULTURAL — RJ.

    Oferecido prioritariamente para MORADORES DE PERIFERIA, será GRATUITO e disponibilizará uma AJUDA DE CUSTO para transporte e alimentação dos integrantes.

    Serão oferecidas 20 vagas para interessados em PRODUÇÃO DE VÍDEO, com idade entre 14 e 60 anos.

    As inscrições devem ser realizadas ATÉ O DIA 22 DE ABRIL (domingo), basta RESPONDER O QUESTIONÁRIO ABAIXO e enviar para o e-mail  periferiadaimagem@gmail.com.

    O resultado da seleção será divulgado no dia 23.

    Lincoln Péricles define o curso:

    “Partindo da certeza que a produção de imagens hoje em dia atinge muito mais a classe trabalhadora periférica que antigamente, o curso pretende propôr discussões e exercícios práticos realizados com os participantes, a fim de tencionar questões sobre como somos vistos pelos outros e qual imagem vemos de nós mesmas.

    Produzir audiovisual na periferia hoje em dia é uma realidade, mas quais são as possibilidades e responsas que temos? A partir dessas provocações a oficina pretende discutir formas e motivações contemporâneas de produzir imagens dentro do território onde se vive, como o uso de qualquer equipamento para realização desde vídeos para internet, redes sociais, músicas, filmes, etc.

    QUESTIONÁRIO:
    Seu nome?
    Onde voce mora?
    Qual é o seu interesse em produzir audiovisual?
    Uma informação mais prática, para podermos organizar as refeições: Você tem alguma restrição alimentar?”