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  • DMÁtomo e Eric Beatz: A conexão criativa por trás de ‘Símbolos’

    DMÁtomo e Eric Beatz: A conexão criativa por trás de ‘Símbolos’

    O terceiro álbum da parceria entre Dudu de Morro Agudo e Átomo Pseudopoeta, conhecido como DMÁtomo, é uma imersão na ancestralidade e na cultura africana. Intitulado “Símbolos”, o projeto mergulha na riqueza dos Adinkras, símbolos originários do povo Akan, do Gana, que representam conceitos filosóficos e ideológicos. Cada faixa do álbum é uma homenagem a um desses símbolos, conectando o passado à contemporaneidade por meio da música.

    Com beats assinados por Eric Beatz, que construiu uma atmosfera sonora rica e envolvente, “Símbolos” traduz em ritmo e poesia os significados profundos de cada Adinkra selecionado. O álbum não é apenas uma obra musical, mas um convite para refletir sobre valores universais que atravessam gerações.

    Dudu de Morro Agudo, Eric Beatz e Átomo Pseudopoeta

    As Faixas e Seus Símbolos
    Nyansapo (Sabedoria)
    A primeira faixa, Nyansapo, aborda o símbolo da sabedoria, inteligência e paciência. A letra reflete a busca por conhecimento, o equilíbrio entre emoção e razão, e a importância de decisões sábias em meio aos desafios cotidianos. O beat de Eric Beatz evoca introspecção, com camadas melódicas que sugerem um diálogo interno.

    Aya (Resiliência)
    Aya, a segunda faixa, é uma celebração da força e resistência diante das adversidades. Conhecido como o símbolo da samambaia, que cresce em condições difíceis, o tema da música é a superação e a determinação. O ritmo é pulsante e contagiante, traduzindo a energia de quem nunca desiste.

    Akofena (Coragem e Justiça)
    Na terceira track, Akofena, o símbolo das espadas cruzadas, DMÁtomo explora o conceito de coragem e a luta por justiça. A música é uma ode aos guerreiros que enfrentam a opressão com firmeza. Os versos são contundentes, enquanto o beat cria uma atmosfera musical tranquila, o que causa quase uma contradição na obra, mas ao mesmo tempo mostra versatilidade.

    Ananse (Sabedoria e Complexidade)
    A quarta faixa, Ananse, celebra o símbolo da aranha, associada à sabedoria, à estratégia e à complexidade das narrativas. Aqui, a dupla constrói uma teia lírica intricada, remetendo às histórias que formam a identidade e a memória coletiva. A produção de Eric Beatz incorpora sons que remetem ao movimento e à criação, reforçando a metáfora.

    Osram Ne Nsoromma (Amor e Harmonia)
    Encerrando o álbum, Osram Ne Nsoromma representa o amor, a união e a interdependência entre o homem e a mulher. A faixa é uma celebração à harmonia e aos laços que nos conectam como seres humanos. Com um tom mais suave e melódico, essa música finaliza o álbum com uma mensagem de esperança e união.

    Dudu de Morro Agudo, Eric Beatz e Átomo Pseudopoeta

    Um Álbum de Resistência e Arte
    “Símbolos” é mais do que um álbum; é um manifesto cultural. DMÁtomo e Eric Beatz entregam um trabalho que ultrapassa as barreiras do entretenimento, transformando o rap em uma ferramenta de resgate histórico e espiritualidade. Cada faixa é um mergulho em conceitos que continuam relevantes, oferecendo aos ouvintes uma experiência que é tanto estética quanto educativa.

    O lançamento de “Símbolos” marca um momento importante na carreira de DMÁtomo, consolidando a dupla como uma das principais vozes do rap contemporâneo. O álbum estará disponível em todas as plataformas digitais a partir de 31 de dezembro de 2024, e promete inspirar e impactar profundamente quem o escutar.

    Para conhecer mais sobre o projeto e mergulhar nessa jornada simbólica, basta acessar as plataformas digitais ou acompanhar as redes sociais do grupo. DMÁtomo e Eric Beatz entregam, com “Símbolos”, um presente para a cultura brasileira e para os apreciadores do hip hop consciente.

    SAIBA MAIS

    Lançamento: 31 de janeiro de 2024, às 00:00

    Pega o link: https://www.youtube.com/playlist?list=PLX9JOOz-sqHVi_dcrBb18X8WLhtLYczEb

  • Alvos [Lisa Castro]

    Alvos [Lisa Castro]

    Tramaram de nos matar
    Combinamos sobreviver
    Aprendendo com os Griot’s como devemos proceder
    Se instrua, se ame, busque suas raízes
    Construa conexão com sua matrizes

    Corpo, alma e mente sã, liberdade do sistema
    Muita fé no amanhã, somos livres de algemas
    Dão a faca e o queijo pra que tu saia do prumo
    Simplesmente estar vivo é nosso sonho de consumo

    A cada 23 minutos é um dos meus que se vai
    Não adianta ir pra igreja e pedir oração ao pai, vai !
    Deus está vendo suas mãos sujas de sangue
    Mas aqui se faz aqui se paga, efeito boomerang

    Cidadão de bem, família tradicional
    Se enquadra no perfil de um exímio boçal
    Raça de sangue sugas, hipócrita racista
    Se nome está anotado bem aqui na minha lista.

    Negra

    Ao genocídio do preto, meu povo grita CHEGA!

  • No balanço do mar [Aclor]

    No balanço do mar [Aclor]

    No balanço do mar, teu olhar me encontrou
    No toque da brisa, teu cheiro me encantou
    Era um axé que o destino soprou
    Na dança da vida, nosso amor se formou

    Foi no encontro de almas, na força do (axé)
    Que a gente se achou, se perdeu, se entregou de (fé)
    Nossos corações batendo no mesmo ritual

    No brilho do sol, tua pele reluz
    No ritmo do atabaque, nossa paixão conduz
    Era um samba, um canto ancestral
    Nosso amor é um guia, é luz sem igual

    Foi no encontro de almas, na força do axé
    Que a gente se achou, se perdeu, se entregou de fé
    Nossos corações batendo no mesmo ritual

    No canto do orixá
    Teu sorriso é meu farol, minha paz, meu lugar
    Num abraço tão profundo, encontro de mar e céu
    Nosso amor é divino, é doce como mel

     Foi no encontro de almas, na força do axé
    Que a gente se achou, se perdeu, se entregou de fé
    Um amor espiritual, um sonho tão real
    Nossos corações batendo no mesmo ritual