Tag: ativismo

  • Campanha “Vidas em Suspenso na Baixada” nasce com potente Master Class sobre Emergência Climática

    Campanha “Vidas em Suspenso na Baixada” nasce com potente Master Class sobre Emergência Climática

    A tarde desta quarta-feira (16) foi marcada por uma aula histórica no Quilombo Enraizados. A Master Class “Mudanças Climáticas e o Caminho da Água na Baixada”, com a geógrafa Juliana Coutinho e o professor e ambientalista Alex Vieira, não apenas provocou reflexões profundas como também lançou a semente de uma nova frente de ação: a campanha “Emergência Climática: Vidas em Suspenso na Baixada – Entre a Lama e a Torneira Vazia”.

    A atividade, que faz parte da formação do CPPEC (Curso Prático de Produção de Eventos Culturais) e da décima edição do Festival Caleidoscópio, reuniu alunos, educadores, artistas e lideranças da região para um debate sobre a crise hídrica e os desastres ambientais que assolam os territórios periféricos. Entre dados, experiências e provocações, ficou evidente que a Baixada Fluminense vive uma emergência climática invisibilizada, onde o racismo ambiental e a negligência do poder público se misturam com o sofrimento cotidiano da população.

    Foi a partir dessa aula que nasceu a campanha. O incômodo coletivo virou ação.

    Uma campanha para dar nome ao que vivemos

    A Campanha Emergência Climática: Vidas em Suspenso na Baixada – Entre a Lama e a Torneira Vazia tem como objetivo mobilizar, sensibilizar e informar a população sobre os impactos diretos das mudanças climáticas em nosso território – com foco nas enchentes, na escassez de água e no sofrimento muitas vezes invisível da saúde mental das famílias.

    Entre os principais eixos da campanha, estão:

    • 4 Master Classes com especialistas em clima, território, racismo ambiental e políticas públicas;

    • Exposição imersiva presencial com fotos, vídeos e relatos sobre as enchentes;

    • Galeria digital no Instagram, construída com moradores e artistas da Baixada;

    • Publicações no Facebook, voltadas especialmente para o público dessa rede, que costuma ser o público mais experiente;

    • Atos simbólicos e intervenções urbanas que estimulem empatia e reflexão;

    • Lançamento de uma publicação final, com falas, registros e relatos do processo.

    Próxima Master Class já é parte da campanha

    Na próxima terça-feira, 23 de abril, às 14h, o Quilombo Enraizados recebe mais uma Master Class imperdível do CPPEC – Curso Prático de Produção de Eventos Culturais.

    Com o tema “Mudanças Climáticas e Soluções Urgentes”, essa aula vai nos provocar a refletir sobre as transformações climáticas que já estão afetando diretamente nossas vidas, especialmente nas periferias, e pensar juntos quais caminhos podemos trilhar para resistir e agir.

    Para esse papo potente, convidamos duas referências em suas áreas de atuação:

    🌿 Johari Silva – Ativista LGBTQIAPN+, comunicador, educador popular, mobilizador e pesquisador social, com uma trajetória marcada pelo engajamento nas lutas por justiça climática e direitos humanos.
    🏙️ Tainá Michelino – Formada em Arquitetura e Urbanismo, atua com inovação social e projetos urbanos que impactam positivamente as comunidades, especialmente nas periferias de Nova Iguaçu.

    Esta atividade integra a a campanha “Emergência Climática: Vidas em Suspenso na Baixada – Entre a Lama e a Torneira Vazia”, que tem como foco discutir os impactos da crise climática na saúde mental das populações periféricas, promovendo informação, cuidado e mobilização coletiva.

    📍 Local: Quilombo Enraizados – Morro Agudo, Nova Iguaçu
    🗓️ Data: 23 de abril de 2025
    🕒 Horário: 14h
    🎟️ A entrada é gratuita, mas as vagas são limitadas!
    Garanta já a sua!
    Inscrições: https://www.sympla.com.br/evento/master-class-mudancas-climaticas-e-solucoes-urgentes/2920815

    Participe da campanha

    Se você mora na Baixada ou área da região metropolitana do Rio de Janeiro, já enfrentou enchente, falta d’água, ou simplesmente quer fortalecer essa luta, participe do grupo da campanha no WhatsApp e ajude a construir coletivamente essa mobilização.

    Acesse o grupo aqui:
    https://chat.whatsapp.com/L9MGJss8xpMEhFpJMDFAjH


    Não é só sobre o clima. É sobre território, memória e sobrevivência.
    É sobre não deixar que nossas vidas sigam em suspenso entre a lama e a torneira vazia.

  • De Durham a Nova Iguaçu: A visita da Duke University ao CIEP 216

    De Durham a Nova Iguaçu: A visita da Duke University ao CIEP 216

    No último dia 12 de agosto, uma comitiva de estudantes da Duke University, liderada pelo professor Dr. John French e composta por Julian Alvarez (doutorando em História), Travis Williams (mestrando em Teologia), Rafael Moura, Akshay Gokul e Yuri de Melo Costa (estudantes de graduação na Duke University) e Rhayssa dos Santos Braz (estudante de graduação na Duke Kunshan University, na China), integrantes do projeto “Activism, Culture and Education for Citizenship in Brazil and the U.S.”, visitou o CIEP 216, em Corumbá, Nova Iguaçu, para conhecer o diretor Welton Cordeiro, além de professores e alunos.

    Julian Alvarez, Yuri de Melo, Travis Williams, Akshay Gokul, John French, Rafael Moura e Rhayssa Braz no CIEP 216

    O projeto visa reunir acadêmicos, artistas e estudantes da Duke University, da North Carolina Central University (NCCU), do Instituto Enraizados e da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro para investigar formas-chave de ativismo e organização cultural. Estas formas incluem movimentos negros, feministas e LGBTQ+, a memorialização da escravidão, expressões religiosas e musicais locais, além de examinar eleições e lutas urbanas e trabalhistas, especialmente entre professores de escolas públicas.

    Visitantes da Duke e Dudu de Morro Agudo com o diretor Welton Cordeiro em uma pintura da logo do Enraizados feita por estudantes da escola

    A visita ao CIEP 216 tinha como objetivo inicial conhecer a estrutura da escola e entender, junto ao diretor, o funcionamento diário da instituição. O diretor Welton Cordeiro guiou os visitantes pela escola, apresentando a quadra esportiva e compartilhando sua trajetória pessoal, desde sua formação até se tornar professor e diretor. Em seguida, levou-os ao refeitório, onde mencionou um projeto futuro de construção de uma horta para que os cozinheiros possam utilizar os alimentos cultivados nas refeições dos alunos.

    O CIEP 216 é a maior escola pública do Rio de Janeiro em termos de área externa, o que torna a manutenção um desafio significativo. O diretor confirmou que essa é uma das principais dificuldades enfrentadas por ele e sua equipe na gestão da escola.

    O ponto alto da visita foi um encontro organizado pelo diretor Welton e alguns professores no auditório, onde os estudantes da escola puderam interagir com os visitantes. Após as apresentações individuais dos convidados, que incluíram brasileiros ou falantes fluentes de português, o entusiasmo dos estudantes aumentou com a fala de Travis Williams e Akshay Gokul, que falaram em inglês e foram traduzidos pelo professor John French. Rhayssa Braz também despertou curiosidade ao compartilhar sua experiência de estudo na China. A última a se apresentar foi a artista Aclor, integrante do Instituto Enraizados e do projeto, que, mesmo um pouco envergonhada, recitou uma poesia intercalada com trechos de músicas populares, conquistando o público.

    Rhayssa Braz, estudante de graduação na Duke Kunshan University, na China, se apresentando

    Ao final, muitos estudantes pediram autógrafos aos visitantes, surpreendendo a comitiva com essa atitude inesperada. Após a atividade, os visitantes foram para a sala dos professores, onde interagiram com professores que participaram e auxiliaram na organização do evento.

    A visita ao CIEP 216 proporcionou um enriquecedor intercâmbio cultural e educativo entre a comitiva da Duke University e a comunidade escolar de Nova Iguaçu. O encontro permitiu que os estudantes da Duke conhecessem de perto a realidade e os desafios enfrentados por uma das maiores escolas públicas do Rio de Janeiro. A troca de experiências e a calorosa recepção dos alunos ressaltaram a importância da colaboração e do entendimento mútuo na promoção de ativismo e cultura.

    Fotografia com os alunos do CIEP 216

    Este tipo de intercâmbio não apenas enriquece o aprendizado acadêmico, mas também fortalece laços entre diferentes culturas e contribui para a construção de uma cidadania global mais inclusiva e consciente.

  • Cultura Hip Hop: Parceria internacional entre Brasil e Chile no Quilombo Enraizados

    Cultura Hip Hop: Parceria internacional entre Brasil e Chile no Quilombo Enraizados

    No último dia 10 de agosto, o Quilombo Enraizados recebeu os artistas chilenos Egrosone (rapper) e Mauro QuJota (produtor musical) para participar do Acampamento Musical, um intercâmbio musical promovido pelo Instituto Enraizados. Esse evento reúne rappers e beatmakers para colaborar na criação de uma música inédita.

    Além de Egrosone e Mauro QuJota, o encontro contou com a presença de artistas renomados como DJ Dorgo, Kr7, Baltar, Jovem RD, Kall Gomes, Lisa Castro, Átomo, Ninja, Rico Mesquita, Aclor e o beatboxer chileno WallBeats. Juntos, eles produziram uma faixa que será lançada nos canais da Hulle Brasil e do Instituto Enraizados.

    Esse intercâmbio é fruto de uma parceria de duas décadas entre os Pontos de Cultura Trocando Ideia e Enraizados, representados por Fabiana Menini e Dudu de Morro Agudo. O objetivo é fortalecer os laços culturais entre as instituições FlowRida e Instituto Enraizados. Como parte desse esforço, artistas brasileiros estão se preparando para viajar ao Chile e participar do “Festival Estilo & Mensaje”, que será realizado em Santiago no final de outubro. Em contrapartida, os artistas chilenos foram convidados para a próxima edição do “Festival Caleidoscópio”, prevista para acontecer em Morro Agudo em 2025.

    Festival Estilo & Mensaje

    O Festival Estilo & Mensaje é um evento cultural de destaque em Santiago, Chile, que celebra a cultura hip hop e suas diversas expressões, incluindo rap, breakdance, graffiti e DJing. O festival oferece uma plataforma para artistas, especialmente jovens, mostrarem seu talento e se conectarem com o público e outros criadores. Além das apresentações artísticas, o festival inclui workshops, palestras e debates focados no desenvolvimento da cultura hip hop e na reflexão sobre questões sociais e políticas relevantes para as comunidades urbanas. O Estilo & Mensaje desempenha um papel crucial na cena cultural de Santiago, sendo um ponto de encontro para artistas, ativistas e entusiastas do hip hop de toda a América Latina.

    Festival Caleidoscópio

    O Festival Caleidoscópio é um evento multicultural anual realizado desde 2015 em Morro Agudo, Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro. O festival promove a formação profissional e de público, fomenta a cultura local e incentiva a produção artística na região. Com uma abordagem colaborativa que funde arte e ativismo, o evento incita reflexões sobre desigualdade social e outras questões cruciais no Brasil. O festival apresenta uma ampla variedade de manifestações culturais, incluindo música, dança, teatro, artes visuais, cinema e literatura.

    Um dos pilares do Festival Caleidoscópio é o CPPEC (Curso Prático de Produção de Eventos Culturais), que oferece formação técnica, profissional e artística para jovens periféricos. Os participantes desenvolvem habilidades práticas em produção cultural, culminando na realização de três microprojetos e do festival, que tem duração de 12 horas. O evento alinha-se com sete dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, promovendo segurança pública, economia, qualidade de vida e valorização da cultura local. Como motor de desenvolvimento social, econômico e cultural para a Baixada Fluminense, o festival conta com o apoio de diversas instituições e empresas.

    Para saber mais sobre as instituições envolvidas, acesse os links abaixo:

    – FlowRida: https://www.instagram.com/flowrida.cl
    – Instituto Enraizados: https://www.instagram.com/institutoenraizados

  • Imersão Enraizados: Um encontro cultural entre Chile, Estados Unidos e Brasil no Quilombo Enraizados, em Nova Iguaçu, na próxima terça (13).

    Imersão Enraizados: Um encontro cultural entre Chile, Estados Unidos e Brasil no Quilombo Enraizados, em Nova Iguaçu, na próxima terça (13).

    Na próxima terça-feira, 13 de agosto, o Quilombo Enraizados sediará uma atividade cultural especial intitulada “Imersão Enraizados”.

    Esta imersão é composta por uma série de atividades realizadas por artistas e ativistas do Instituto Enraizados com o objetivo de apresentar a instituição para parceiros e visitantes.

    A programação inclui um café da manhã, que oferece uma oportunidade para interação com os anfitriões, seguido por um tour pelas instalações do Quilombo. Em seguida, haverá uma apresentação formal dos projetos desenvolvidos pelo instituto, culminando em um mix de atividades culturais, como exposições, sarau de poesias e uma batalha de rimas.

    Tour pelas instalações do Quilombo Enraizados.

    A Imersão Enraizados é aberta ao público, permitindo que qualquer pessoa interessada participe, desde que se inscreva previamente com a equipe do Instituto através do whatsapp (21)9.6566-8219.

    Nesta edição, estarão presentes a produtora cultural Fabiana Menini, de Porto Alegre, o rapper chileno MC Egrosone e o produtor musical chileno Mauro QuJota, além de uma comitiva de seis estudantes da Duke University, liderada pelo historiador e professor Dr. John French.

    Este evento marcará o início de uma série de atividades culturais e educacionais que acontecerão ao longo dos dez dias em que a comitiva americana estará em Nova Iguaçu. Enquanto os artistas chilenos permanecerão na cidade até o dia 14 de agosto, a comitiva americana ficará até o dia 21. Embora tenham vindo para diferentes atividades no Instituto Enraizados, todos estarão reunidos nesta imersão.

    Os estudantes da Duke University que chegam em Nova Iguaçu nesta segunda-feira (12) fazem parte do projeto “Activism, Culture and Education for Citizenship in Brazil and the U.S.”, projeto este que reúne acadêmicos, artistas e estudantes da Duke University, North Carolina Central University (NCCU), Instituto Enraizados e Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, com o objetivo de investigar as principais formas de ativismo e organização cultural em Morro Agudo, abrangendo movimentos negros, de mulheres e LGBTQ+, além da memorialização da escravidão e das expressões religiosas e musicais locais.

    Dorgo durante apresentação artística.
    Dorgo durante apresentação artística.

    A equipe do projeto também examinará questões como eleições, lutas urbanas e trabalhistas, especialmente entre professores de escolas públicas. O resultado desta pesquisa será apresentado em uma conferência internacional de pesquisa que será realizada em março de 2025, na Duke University e na NCCU, na Carolina do Norte, nos Estados Unidos.

    Os estudantes da Duke University que estarão nesta viagem incluem Julian Alvarez, candidato a PhD no Departamento de História; Rhayssa Braz, estudante do terceiro ano na Duke Kunshan University; Yuri De Melo Costa, de Juiz de Fora, Minas Gerais, especializado em Economia e Estudos de Políticas Públicas; Akshay Gokul, estudante do terceiro ano, especializado em Política Pública e Economia; e Travis Willian, que possui formação em Direito e Serviço Social, atualmente estudando Teologia na Duke University. Para todos eles, exceto os brasileiros, esta será a primeira visita ao Brasil.

    Durante a “Imersão Enraizados”, eu, Dudu de Morro Agudo, apresentarei formalmente o Instituto Enraizados, compartilhando um pouco da nossa história e destacando os principais projetos e programas que desenvolvemos. A programação contará com a exposição “Nós Todes”, de Aline Ignácio, e a exposição fotográfica “Meu Bairro, Meu Ambiente”.

    Além disso, teremos intervenções poéticas de Lisa Castro, Baltar, Aclor, e outros talentosos poetas, uma emocionante batalha show com Jovem RD e Kr7, e para completar, DJ Dorgo comandará a discotecagem, garantindo a trilha sonora do evento.

    Lisa Castro durante apresentação artística.

    Este evento promete ser um marco na troca cultural e na construção de laços entre o Instituto Enraizados e seus parceiros internacionais, destacando a importância da cultura, do ativismo e da educação como ferramentas de transformação social.

    Todos e todas estão convidados a participar desta imersão e a vivenciar de perto o que faz do Quilombo Enraizados um espaço de resistência, criatividade e conhecimento compartilhado.

    Não perca a oportunidade de fazer parte deste encontro que unirá talentos, histórias e perspectivas diversas em um ambiente de aprendizado e celebração.

    SAIBA MAIS:
    Imersão Enraizados
    Data: 13 de agosto de 2023
    Horário: 10h às 13h
    Local: Quilombo Enraizados, Rua Presidente Kennedy, 41, Morro Agudo, Nova Iguaçu, RJ

  • Dia do Folclore: Troca de saberes e culturas entre a Duke University e o CIEP 172

    Dia do Folclore: Troca de saberes e culturas entre a Duke University e o CIEP 172

    No dia 15 de agosto, quinta-feira, o CIEP 172 – Nelson Rodrigues sediará um intercâmbio entre professores e estudantes da escola, alunos da Duke University, e artistas do Instituto Enraizados, como parte do projeto “Activism, Culture and Education for Citizenship in Brazil and the U.S.”.

    Este projeto busca unir acadêmicos, artistas e estudantes da Duke University, da North Carolina Central University (NCCU), do Instituto Enraizados, e da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. O objetivo é explorar as principais formas de ativismo e organização cultural, abrangendo movimentos negros, feministas e LGBTQ+, a memorialização da escravidão, e as expressões religiosas e musicais locais. Além disso, a equipe do projeto examinará eleições e lutas urbanas e trabalhistas, especialmente entre professores de escolas públicas.

    Para este evento, eu, Dudu de Morro Agudo, juntamente com o educador e animador cultural Antônio Feitosa, e o grafiteiro e arte-educador FML, estamos organizando uma celebração em homenagem ao Folclore Brasileiro, que é dia 22 de agosto. Entre as atividades planejadas, teremos uma exposição fotográfica do projeto “Meu Bairro, Meu Ambiente” e um sarau de poesias com artistas do Instituto Enraizados.

    No dia 9 de agosto, o grafiteiro FML conduzirá uma oficina de pintura, onde os estudantes da escola criarão um painel em homenagem aos artistas locais Jota Rodrigues e João do Vale, que alcançaram expressão nacional, e que será exposto no dia 15. A proposta é que, durante as atividades culturais, tanto os estudantes do CIEP quanto os alunos da Duke University possam interagir, aprendendo e compartilhando sobre suas respectivas culturas.

    Jota Rodrigues e João do Vale

     

    Tanto Jota Rodrigues quanto João do Vale traziam fortemente o folclore brasileiro em suas criações. Suas obras foram profundamente enraizadas nas tradições populares do Nordeste do Brasil. Eles utilizava elementos do folclore em suas músicas, retratando a vida e os costumes do povo nordestino com grande autenticidade e sensibilidade.

    Lembrando que o Folclore Brasileiro é um conjunto de manifestações culturais populares que englobam tradições, lendas, danças, festas, músicas, crenças, e costumes transmitidos oralmente de geração em geração. Essas manifestações refletem a diversidade cultural do Brasil, resultante da mistura de influências indígenas, africanas, europeias, e outras culturas que compõem a sociedade brasileira.

    Por isso, este intercâmbio é uma oportunidade única para promover a troca cultural e educacional entre estudantes e artistas de diferentes contextos. Ao celebrar o mês do Folclore Brasileiro e honrar artistas locais, o evento não apenas enriquece o conhecimento dos participantes, mas também fortalece os laços comunitários e internacionais.

    A atividade será exclusiva para os estudantes da escola, com acesso restrito ao público externo, exceto para alguns artistas convidados da cidade de Nova Iguaçu.

    Jota Rodrigues

    Jota Rodrigues, nascido em Pernambuco, era caboclo, filho de um sertanejo e de uma mãe da etnia Fulni-ô. Ainda na década de 1970, migrou para o Rio de Janeiro com sua esposa e filhos, estabelecendo-se na Baixada Fluminense, no município de Nova Iguaçu. Reconhecido como poeta, Rodrigues publicou mais de 400 títulos de literatura de cordel e também produziu trabalhos em xilografia. Além disso, era um estudioso da flora medicinal, cultivando plantas em seu jardim para distribuir entre amigos e vizinhos.

    A influência de seu pai violeiro e de seu primeiro ofício – guiando um cego que memorizava versos e cantava de porta em porta – foi decisiva para a arte de Jota Rodrigues. Como ele próprio disse: “Aquilo foi me envenenando de uma tal maneira que o meu caminho era só aquele mesmo, não tinha outra coisa que me dominava”.

    Alfabetizado apenas aos 8 anos, Rodrigues se transformou em um multiartista, destacando-se no cordel, na música e nas artes plásticas. Ao longo de sua vida, publicou mais de 400 folhetos de cordel, xilogravuras, fotografias, entrevistas gravadas em vídeo e áudio, discos, novelas e roteiros de filmes.

    Depois de passar por vários lugares, fixou-se no Rio de Janeiro. Tentou se estabelecer na Feira de São Cristóvão, um reduto de cordelistas, mas foi o encontro com especialistas em cultura popular que lhe abriu portas para outros universos, como escolas e universidades, onde passou a dar palestras.

    Ainda em vida, foi reconhecido pela importância cultural de sua obra, sendo homenageado pela Câmara Municipal de Nova Iguaçu e tornando-se patrono de diversas bibliotecas escolares e comunitárias na Baixada Fluminense, onde residia.

    Jota Rodrigues faleceu em 2018, aos 84 anos. Ele é lembrado como o primeiro artista a expor na SAP, quando esta foi inaugurada em 1983, e continua sendo homenageado por suas contribuições à cultura popular e à arte brasileira.

    João do Vale

    João Batista do Vale, mais conhecido como João do Vale, foi um cantor e compositor brasileiro que deixou uma marca indelével na música popular do país. Nascido em 11 de outubro de 1934, em Pedreiras, no Maranhão, João sempre teve uma forte conexão com a música, apesar de sua origem humilde.

    Ainda jovem, em 1947, mudou-se para São Luís, onde começou a compor músicas com um grupo de Bumba meu boi chamado Linda Noite. Aos 16 anos, em 1950, chegou ao Rio de Janeiro, onde trabalhou como ajudante de pedreiro e se apresentou na Rádio Nacional, ganhando reconhecimento como o “Poeta do Povo”.

    João do Vale é autor de clássicos como “Carcará”, interpretado por Maria Bethânia, “Pisa na Fulô” com Ernesto Pires e Silveira Júnior, e “Peba na Pimenta” com Adelino Rivera. Sua carreira inclui colaborações com grandes nomes da música brasileira, como Luiz Gonzaga, Marlene, Dolores Duran e Luís Vieira.

    Um fato pouco conhecido é que João do Vale morou por 27 anos em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. De 1969 a 1996, ele residiu no conjunto habitacional Rosa dos Ventos, que mais tarde deu origem ao bairro homônimo. Durante a ditadura militar, após o sucesso de “Carcará”, João foi preso em uma manifestação camponesa e, após ser solto com a ajuda de José Sarney, retornou ao Rio de Janeiro e se estabeleceu em Nova Iguaçu com sua família. Ele permaneceu lá até sofrer um segundo derrame, após o qual voltou para sua cidade natal, Pedreiras, onde faleceu em 6 de dezembro de 1996, aos 62 anos.

    O legado de João do Vale é amplamente celebrado, incluindo homenagens em peças teatrais e a trilha sonora da novela “Cordel Encantado” da TV Globo, que contou com suas músicas “Carcará” e “Estrela Miúda”. Em 1995, o teatro no centro de São Luís foi batizado em sua homenagem.

    Toda a história de sua vida em Nova Iguaçu está documentada no livro “Rosa dos Ventos, a estrela miúda de João do Vale”, fruto da pesquisa acadêmica de Marize Conceição na Universidade Federal Fluminense (UFF). O livro, lançado no Centro de Convivência Nordestina no bairro da Luz, detalha como João do Vale foi morar no conjunto habitacional Rosa dos Ventos durante a ditadura militar e permaneceu ali até pouco antes de sua morte.

    SAIBA MAIS:

    Dia do Folclore – Intercâmbio Internacional
    15 de agosto de 2024 – Das 10:30 às 13:00
    No CIEP 172 – Nelson Rodrigues, em Morro Agudo

    Activism, Culture and Education for Citizenship in Brazil an the U.S. : https://sites.duke.edu/project_duke_baixada_project

     

  • Do microfone à militância: Hip Hop contra o PL dos estupradores

    Do microfone à militância: Hip Hop contra o PL dos estupradores

    Como a cultura Hip Hop se posiciona contra a criminalização do aborto e defende os direitos das mulheres em um contexto de crescente conservadorismo no legislativo.

    A aprovação relâmpago da urgência do Projeto de Lei 1904/2024, que equipara o aborto em certas circunstâncias ao homicídio, provocou um intenso debate no Brasil.

    Esse projeto, se aprovado, aumentará drasticamente as penas para médicos e mulheres envolvidas em abortos que não sejam em casos de anencefalia, tratando essas ações com a mesma severidade de homicídios. A votação foi marcada por controvérsias, com acusações de irregularidades no processo legislativo e protestos de parlamentares da oposição.

    O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), autor do projeto, contou com o apoio da bancada evangélica para impulsionar a proposta. Caso aprovado, ele vai alterar quatro artigos do Código Penal, transformando atos que atualmente não são crimes ou têm penas menores em crimes com punições severas, de seis a 20 anos de prisão.

    O presidente Lula criticou duramente o projeto, chamando-o de “insanidade”. Ele ressaltou a incoerência de punir uma mulher estuprada que realiza um aborto com uma pena maior do que a aplicada ao estuprador. “Eu sou contra o aborto. Entretanto, como o aborto é a realidade, a gente precisa tratar o aborto como questão de saúde pública. Eu acho que é insanidade alguém querer punir uma mulher numa pena maior do que o criminoso que fez o estupro. É no mínimo uma insanidade isso”, disse Lula.

    O deputado Max Maciel, do PSOL de Brasília, criticou duramente o “PL dos Estupradores”, destacando que a proposta não contribui para o combate à violência contra a mulher, mas sim para a sua criminalização. “O Brasil sempre inova e traz coisas que às vezes nem imaginaríamos”, disse.

    Maciel argumentou que o projeto de lei, ao invés de focar na identificação e punição dos agressores, acaba por punir as vítimas, destacando que muitas mulheres já enfrentam dificuldades em acessar o aborto legal e sofrem hostilidade. “Essa pauta moral conservadora não traz benefício nenhum para a sociedade. Esse não é um Brasil em que podemos acreditar“, concluiu.

    Este posicionamento reforça a necessidade de tratar o aborto como uma questão de saúde pública, refletindo a opinião de 87% dos brasileiros que acreditam que mulheres vítimas de estupro devem ter a opção de abortar, segundo pesquisa do Instituto Patrícia Galvão e Locomotiva.

    O papel do Hip Hop

    O Hip Hop brasileiro tem um histórico de se engajar em questões sociais e políticas, e a questão do aborto não é exceção. Em 2005, o projeto “Hip Hop Mandando Fechado em Saúde e Sexualidade” reuniu diversas lideranças do movimento para discutir os direitos reprodutivos das mulheres. Por meio do RAP, o projeto buscou introduzir reflexões sobre aborto, interferência religiosa, gravidez na adolescência e violência de gênero e sexual.

    Esse projeto, dirigido por mim, resultou em um álbum com 10 músicas, assinado por importantes produtores musicais da cena. Duas composições deste álbum merecem destaque pela forma como abordam o tema do aborto.

    Quem paga por isso?

    A canção “Quem Paga Por Isso?” de Cacau Amaral, Negra Rô, Mad e Paulinho Shock, critica as desigualdades sociais e raciais no acesso ao aborto seguro e legal.

    A letra destaca a realidade enfrentada por mulheres negras e pobres, enfatizando a necessidade urgente de mudanças nas políticas públicas.
    A narrativa contrasta as experiências de duas mulheres, Maria e Mariana, ilustrando a desigualdade social. Enquanto Mariana, de classe média, tem acesso a métodos seguros, Maria enfrenta condições precárias e perigosas. A música critica os governantes e o sistema de saúde pela falta de apoio institucional para essas mulheres.

    Relato

    A composição “Relato” de Rúbia Fraga (RPW) e Tyeli Santos narra o sofrimento de uma mulher que enfrenta as consequências de um aborto clandestino. A letra critica o sistema de saúde e a sociedade por sua falta de empatia e suporte às mulheres em situações vulneráveis, além de questionar o papel da igreja e do Estado na garantia dos direitos das mulheres.

    A música aborda a influência da religião e a culpa religiosa, destacando a pressão moral imposta pelas doutrinas religiosas. “Relato” levanta questões críticas sobre julgamento, culpa, direitos das mulheres e a responsabilidade do Estado e da religião em assegurar o bem-estar e a dignidade das pessoas.

    Desafio do Hip Hop em um cenário conservador

    Embora o Hip Hop historicamente tenha sido uma voz poderosa de resistência e conscientização, parte do movimento atual tem se mostrado conservadora e inerte diante dessas questões. No entanto, figuras influentes continuam a usar suas plataformas para se posicionar contra o PL dos Estupradores, defendendo a liberdade e os direitos das mulheres. Filipe Ret usou suas redes para se posicionar contra o PL dos Estupradores, defendendo a liberdade e os direitos das mulheres.

    Flávia Souza, atriz, diretora e rapper do Rio de Janeiro, critica duramente a hipocrisia em torno do debate sobre o aborto.

    “Esses caras aí que se dizem contra o aborto, quando é com as suas filhas, eles vão lá, fazem aborto num bom hospital, seguro e fica tudo bem. Quem mais sofre são as meninas e as mulheres negras, a população pobre, que é a maioria, a população negra, a gente não tem como negar isso. E mais, a gente sabe que é a mulher negra que é assediada até por ter um corpo mais volumoso. A gente já é assediada desde os cinco, sete anos, até por uma questão de uma estrutura de um país racista, que vê o corpo da mulher negra como um objeto de desejo. Então eu acho um absurdo essa PL. Quem acaba sendo criminalizada é a menina, que pode acabar sendo presa no lugar do estuprador e tendo que conviver com uma situação (de gravidez) que não cabe pela questão da idade. Então eu acho muito absurdo e bato na tecla que quem paga é a gente: a mulher.”

    Elza Cohen, fotógrafa, artista visual e ativista na cultura Hip Hop, também se posiciona contra o projeto de lei, destacando seu impacto desproporcional nas populações vulneráveis.

    “Nós mulheres não podemos aceitar esse passo atrás dessa PL do absurdo! Essa PL é criminosa e representa mais uma violência contra as mulheres e meninas. E o alvo maior já sabemos que são as meninas pobres, negras e indígenas. É um projeto que criminaliza meninas menores de idade, enquanto protege o estuprador, isso é repugnante! Quando nós mulheres, deveríamos estar lutando por mais direitos na sociedade, agora temos que lutar para parar esse retrocesso? Criança não é mãe, estuprador não é pai. Liberdade para as mulheres e meninas.”

    Claudia Maciel, da Construção Nacional do Hip-Hop, enfatiza a necessidade de acolhimento e não-criminalização das vítimas.

    ”Em um contexto em que se pretende equiparar o aborto a um crime de homicídio punindo meninas, adolescentes e mulheres que em sua maioria são negras, e que, a pena pela interrupção da gravidez é maior que a do estuprador, o Mulherismo AfriKana, as mulheres negras do Hip Hop compreendem que essas vítimas precisam ser acolhidas, escutadas e não-criminalizadas.”

    Gil Souza, editor do site Hip-Hop Bocada Forte, também expressa sua indignação.

    “Sou totalmente contra a PL, ela é um absurdo. É mais uma violência que se baseia no fundamentalismo religioso de pessoas que se dizem ‘cristãs’.”

    Enquanto a luta pela descriminalização do aborto e pela proteção dos direitos reprodutivos das mulheres continua, a cultura Hip Hop tem o potencial de ser uma poderosa ferramenta de resistência e conscientização, capaz de influenciar mudanças significativas na sociedade. Esta é uma causa que merece o apoio contínuo e a voz forte da cultura Hip Hop.

    Referências Bibliográficas:
    1. Projeto Hip Hop Mandando Fechado em Saúde e Sexualidade (CEMINA, REDEH e Secretária Especial de Políticas para as Mulheres – SPM).
    https://open.spotify.com/intl-pt/album/6grLeAELpt482Chl2Cizq9?si=k5x_z3gvSMCydEaOrE Geyg
    2. Percepções sobre direito ao aborto em caso de estupro (Locomotiva / Instituto Patrícia Galvão, março de 2022).
    https://assets-institucional-ipg.sfo2.digitaloceanspaces.com/2022/03/IPatriciGalvao_Locomot ivaPesquisaDireitoobortoemCasodeEstuproMarco2022.pdf
    3. PL 1904/2024 – Projeto que equipara aborto de gestação acima de 22 semanas a homicídio.
    https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2425262&filenam e=PL%201904/2024

  • “O Dever Me Chama”: Show de Dudu de Morro Agudo & Marginal Groove no Quilombo Enraizados

    “O Dever Me Chama”: Show de Dudu de Morro Agudo & Marginal Groove no Quilombo Enraizados

    No próximo dia 15 de junho, a partir das 19 horas, o Quilombo Enraizados em Morro Agudo será o palco de um evento ímpar: o show “O Dever Me Chama” do rapper Dudu de Morro Agudo, acompanhado pela banda Marginal Groove.

    Este evento, apresentado pelo Governo Federal, pelo Ministério da Cultura, pelo Estado do Rio de Janeiro e pela Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, através da Lei Paulo Gustavo promete uma noite de rap reflexivo, que une música e consciência política. O espetáculo visa proporcionar uma experiência única, onde o entretenimento se mescla com uma forte mensagem de mudança social e união comunitária.

    O repertório do show será baseado no álbum “O Dever Me Chama” e incluirá novas faixas como “Reflexões que ainda me tiram o sono” e “Quanto vale?”. A cenografia, cuidadosamente elaborada para representar a Baixada Fluminense, e a iluminação envolvente garantem uma experiência visual única, intensificando a mensagem das músicas.

    A banda Marginal Groove é composta por DJ Dorgo, Rogério Sylp, Dom Ramon, Fábio Spycker, Gustavo Baltar, Rob, Ghille, além do próprio Dudu de Morro Agudo. Os músicos se reuniram em 2019 para acompanhar Dudu de Morro Agudo no Rock In Rio, numa fusão entre a equipe do rapper e a banda T-Remotto, também de Nova Iguaçu.

    No seu último disco, intitulado “O Dever Me Chama”, Dudu de Morro Agudo mesclou o boombap com o funk carioca e o trap, sempre com letras ácidas e o sarcasmo que é sua marca registrada. Agora, com o Marginal Groove, ele traz uma sonoridade ainda mais diversificada, misturando o rap com estilos como rock, reggae, samba rock e samba.

    O show é gratuito e acessível a todos, com o objetivo de democratizar o acesso à cultura e fortalecer os laços comunitários. É uma oportunidade imperdível para fãs de rap, ativistas sociais e a comunidade local se reunirem e refletirem sobre questões relevantes da nossa sociedade.

    Os ingressos são gratuitos, mas limitados, para garantir uma experiência de qualidade ao público. Interessados devem retirar seus ingressos na plataforma Sympla através do link: Sympla – Show “O Dever Me Chama”. Os cinquenta primeiros inscritos receberão um presente especial da produção do evento.

    Serviço:
    Data: 15 de junho de 2024
    Horário: A partir das 19h
    Local: Quilombo Enraizados, Rua Presidente Kennedy, 41, Morro Agudo, Nova Iguaçu, RJ
    Entrada: Gratuita

    Para mais informações e agendamento de entrevistas, entre em contato com Fernanda Rocha, produtora responsável pela logística e organização do evento no número (211)9.6566-8219.

  • De Jay-Z a Palmares: As histórias por trás do “Galo de Luta”

    De Jay-Z a Palmares: As histórias por trás do “Galo de Luta”

    No dia 14 de setembro de 2023, o ativista Paulo Roberto da Silva Lima, conhecido como Paulo Galo ou Galo de Luta, compartilhou parte de sua inspiradora jornada de vida e engajamento social com os jovens membros do Instituto Enraizados, reunidos no Quilombo Enraizados, em Morro Agudo, Nova Iguaçu, RJ. Sua presença marcou um momento de profundo aprendizado e reflexão para todos os presentes.

    O conteúdo desta palestra, que será compartilhado em partes, não apenas nos inspira, mas também desafia os jovens a se tornarem agentes de mudança em suas comunidades e sociedade como um todo.

    Fique atento às próximas partes deste relato fascinante, que prometem revelar ainda mais insights e lições valiosas extraídas da vida extraordinária de Galo de Luta.

    [divider style=”solid” top=”20″ bottom=”20″]

    (mais…)

  • Festival Caleidoscópio 2023: Celebrando a diversidade e os 50 anos da cultura hip hop

    Festival Caleidoscópio 2023: Celebrando a diversidade e os 50 anos da cultura hip hop

    Transformando Arte em Ativismo e Refletindo sobre a Desigualdade Social

    Nova Iguaçu, RJ – O Festival Caleidoscópio está de volta em sua nona edição, prometendo uma experiência única que transcende os limites da arte. Este evento, que vai muito além de um festival, se consolida como uma fusão entre arte e ativismo, um espaço transformador que incita a reflexão profunda sobre a persistente desigualdade social no Brasil.

    Desde sua estreia em 2015, o Festival Caleidoscópio tem sido um ponto de convergência para jovens artistas negros e periféricos. Ele se destaca ao oferecer um ambiente propício para encontros e expressões, transformando fragmentos individuais em uma imagem coletiva de beleza extraordinária.

    A escolha da localização não é acidental. O festival encontra sua casa nos bairros da Baixada Fluminense, com a Praça Armando Pires, em Morro Agudo, Nova Iguaçu, como epicentro de suas atividades. Este local desafia o estigma violento associado a certas áreas, celebrando a arte como contraponto e inspiração para superar desafios.

    A programação diversificada do Festival Caleidoscópio é um verdadeiro festim de expressões artísticas. Desde shows, feira criativa, batalhas de MCs, gastronomia de rua, painéis de graffiti, DJs, biblioteca coletiva, saraus de poesia, exposições e até espaço recreativo para crianças – o festival incorpora uma riqueza de experiências que cativam e inspiram os visitantes.

    A edição de 2023 tem um significado especial, marcando os 50 anos da cultura hip hop. Este ano, o CaleidoKids será uma das atrações mais aguardadas, oferecendo um espaço dedicado às crianças com brinquedos, livros e atividades diversas, introduzindo os pequenos ao universo hip hop.

    O Festival Caleidoscópio sempre ergueu bandeiras significativas. Desde a luta contra o “Extermínio da Juventude Negra” até campanhas pela paz na Baixada Fluminense, o festival se tornou uma voz poderosa em questões sociais.

    PROGRAMAÇÃO
    10:00 – CaleidoKids + Painel de Graffiti + Feira Criativa + Exposições
    14:00 – PALCO DE CRIA
    15:45 – DJ
    16:00 – SLAM MORRO AGUDO
    – 17:00 – RODA DE CONVERSAS – 50 ANOS DO HIP HOP – Com Edd Wheeler, Mad, FML, Sandro Pinah e DJ Raffa
    18:30 – BAILE DA IMPERATRIZ
    19:30 – BATALHA DE MORREBA (BLOCO 01)
    20:10 – SARAU POETAS COMPULSIVOS – ABERTURA – Lisa Castro & Átomo Pseudopoeta
    20:15 – INBUTE POETA
    20:30 – MICROFONE ABERTO
    20:45 – ADRIELLE
    21:00 – YOÚN
    21:30 – BATALHA DE MORREBA (BLOCO 02)
    22:00 – MAUI
    22:30 – BATALHA DE MORREBA (FINAL)
    22:50 – DJ RAFFA

    Com uma programação intensa e diversificada, o Festival Caleidoscópio 2023 promete uma jornada artística e cultural que celebrará a riqueza da Baixada Fluminense e marcará os 50 anos da cultura hip hop. Para mais informações e para se inscrever em atividades, acesse o site oficial do festival: http://www.festivalcaleidoscopio.com.br

    SERVIÇO:
    Festival Caleidoscópio 202
    Data: 07 de outubro de 2023
    Local: Praça de Morro Agudo
    Horário: Das 10:00 às 00:00

    Para solicitar entrevistas, mais informações sobre a programação ou imagens em alta resolução, entre em contato com nossa assessoria de imprensa em:

    http://www.linktr.ee/FestivalCaleidoscopio

  • Você conhece o modelo de trabalho coworking?

    Você conhece o modelo de trabalho coworking?

    Dizem que a necessidade é a a mãe de todas as invenções, pois bem, lembrando que grandes empreendimentos e empresas que hoje lideram o mercado começaram literalmente na garagem, mas muitas décadas depois, por volta de 2005, em São Francisco (EUA), um engenheiro que precisava manter um escritório em funcionamento, mas não tinha grana para bancar sozinho toda a estrutura do lugar, chamou vários amigos que estavam na mesma situação com seus empreendimentos, startups ou até mesmo negócios já construídos, mas que ainda não tinham decolado e precisavam de um endereço físico e um espaço sem gastar muito.

    Foi aí que surgiu esse modelo de espaço corporativo, em que todos tocam sua iniciativa e ao mesmo tempo colaboram entre si, trocam idéias e ao mesmo tempo evitam o isolamento de trabalhar sozinho em casa.

    Já existem muitas variações desse modelo acontecendo, mas a essência da ideia é essa, vários empreendedores utilizando o mesmo espaço de forma harmônica e que todos consigam produzir a um custo reduzido. Vários locais no RJ já estão acontecendo nesse formato, e algumas salas já estão sendo oferecidas com esse propósito, nesse caso você só escolhe o endereço, paga um preço estipulado pelo proprietário e já começa a trabalhar, existe desde os mais simples, até os com uma estrutura melhor, depende do seu bolso.

    Mas essa parece ser uma tendência que já está mostrando que veio para ficar.

    Pra galera empreendedora da cultura é mais uma opção para tocar os projetos, e uma convivência coletiva só agrega para todos os envolvidos, firme na missão rapaziada.