Tag: Baixada Fluminense

  • Sarau Poetas Compulsivos reúne poesia, música e política em Morro Agudo no dia 05 de julho

    Sarau Poetas Compulsivos reúne poesia, música e política em Morro Agudo no dia 05 de julho

    No próximo sábado, 05 de julho de 2025, o Quilombo Enraizados, em Morro Agudo (Nova Iguaçu), será novamente tomado pela arte, pelo afeto e pela resistência. Quem é de casa sabe que toda edição é especial e essa não é diferente, como sempre reunindo artistas da palavra, do som e da política cultural em uma noite histórica.

    Desde 2013, sempre no primeiro sábado do mês, o sarau transforma o Quilombo Enraizados em um verdadeiro templo da palavra viva. Criado pelo rapper, educador e produtor cultural Dudu de Morro Agudo, o evento nasceu com a proposta de valorizar a literatura periférica, misturar gerações, linguagens e fortalecer o circuito cultural da Baixada Fluminense. De lá para cá, foram mais de 150 edições, revelando talentos, fortalecendo redes de criação e afetividade e acolhendo múltiplas vozes da periferia.

    A edição de julho traz uma programação potente e diversa, se liga nessa viagem:

    • A jovem cantora Terê BXD, de 20 anos, estreia no palco do sarau com sua voz suave e marcante. Natural da Baixada Fluminense, Terê começou a cantar ainda bebê e hoje se apresenta como uma artista em construção, carregando influências que vão de Maria Bethânia a Calcinha Preta, sempre com autenticidade e sensibilidade.
      “Canto. E se canto, é porque ainda existo”, afirma a artista.
    • O poeta LuiX HN traz seus versos como instrumentos de resistência e cura. Poeta da rua, da escuta e do silêncio, LuiX escreve como quem respira e grita por dentro. Sua poesia atravessa, emociona e expande, revelando sentimentos intensos em forma de palavra.
    • E para coroar a noite, a deputada federal, artista e gestora cultural Jandira Feghali lança seu livro de estreia, “Cultura é Poder”, publicado pela editora Oficina Raquel. A obra propõe uma reflexão crítica sobre o papel da cultura na democracia brasileira, costurando a trajetória política e musical da autora com temas como diversidade, racismo, guerra cultural e políticas públicas. O prefácio é assinado pela ministra Margareth Menezes.

    A apresentação do sarau será conduzida pela poeta Lisa Castro, com intervenções poéticas de Átomo Pseudopoeta e discotecagem dos DJs Dorgo e Imperatriz, que garantem o clima divertido e acolhedor da noite. Como sempre, haverá microfone aberto, convidando pessoas do público para declamar e assumir o protagonismo.

    “Quem escreve, resiste. Quem declama, liberta”.

    SERVIÇO
    📍 Quilombo Enraizados – Rua Presidente Kennedy, 41, Morro Agudo, Nova Iguaçu – RJ
    📅 05 de julho de 2025 (sábado)
    ⏰ A partir das 19h
    🎤 Microfone aberto
    💰 Entrada gratuita
    📲 Mais informações: https://www.instagram.com/p/DLWRdBdsJoQ

  • Campanha “Vidas em Suspenso na Baixada” nasce com potente Master Class sobre Emergência Climática

    Campanha “Vidas em Suspenso na Baixada” nasce com potente Master Class sobre Emergência Climática

    A tarde desta quarta-feira (16) foi marcada por uma aula histórica no Quilombo Enraizados. A Master Class “Mudanças Climáticas e o Caminho da Água na Baixada”, com a geógrafa Juliana Coutinho e o professor e ambientalista Alex Vieira, não apenas provocou reflexões profundas como também lançou a semente de uma nova frente de ação: a campanha “Emergência Climática: Vidas em Suspenso na Baixada – Entre a Lama e a Torneira Vazia”.

    A atividade, que faz parte da formação do CPPEC (Curso Prático de Produção de Eventos Culturais) e da décima edição do Festival Caleidoscópio, reuniu alunos, educadores, artistas e lideranças da região para um debate sobre a crise hídrica e os desastres ambientais que assolam os territórios periféricos. Entre dados, experiências e provocações, ficou evidente que a Baixada Fluminense vive uma emergência climática invisibilizada, onde o racismo ambiental e a negligência do poder público se misturam com o sofrimento cotidiano da população.

    Foi a partir dessa aula que nasceu a campanha. O incômodo coletivo virou ação.

    Uma campanha para dar nome ao que vivemos

    A Campanha Emergência Climática: Vidas em Suspenso na Baixada – Entre a Lama e a Torneira Vazia tem como objetivo mobilizar, sensibilizar e informar a população sobre os impactos diretos das mudanças climáticas em nosso território – com foco nas enchentes, na escassez de água e no sofrimento muitas vezes invisível da saúde mental das famílias.

    Entre os principais eixos da campanha, estão:

    • 4 Master Classes com especialistas em clima, território, racismo ambiental e políticas públicas;

    • Exposição imersiva presencial com fotos, vídeos e relatos sobre as enchentes;

    • Galeria digital no Instagram, construída com moradores e artistas da Baixada;

    • Publicações no Facebook, voltadas especialmente para o público dessa rede, que costuma ser o público mais experiente;

    • Atos simbólicos e intervenções urbanas que estimulem empatia e reflexão;

    • Lançamento de uma publicação final, com falas, registros e relatos do processo.

    Próxima Master Class já é parte da campanha

    Na próxima terça-feira, 23 de abril, às 14h, o Quilombo Enraizados recebe mais uma Master Class imperdível do CPPEC – Curso Prático de Produção de Eventos Culturais.

    Com o tema “Mudanças Climáticas e Soluções Urgentes”, essa aula vai nos provocar a refletir sobre as transformações climáticas que já estão afetando diretamente nossas vidas, especialmente nas periferias, e pensar juntos quais caminhos podemos trilhar para resistir e agir.

    Para esse papo potente, convidamos duas referências em suas áreas de atuação:

    🌿 Johari Silva – Ativista LGBTQIAPN+, comunicador, educador popular, mobilizador e pesquisador social, com uma trajetória marcada pelo engajamento nas lutas por justiça climática e direitos humanos.
    🏙️ Tainá Michelino – Formada em Arquitetura e Urbanismo, atua com inovação social e projetos urbanos que impactam positivamente as comunidades, especialmente nas periferias de Nova Iguaçu.

    Esta atividade integra a a campanha “Emergência Climática: Vidas em Suspenso na Baixada – Entre a Lama e a Torneira Vazia”, que tem como foco discutir os impactos da crise climática na saúde mental das populações periféricas, promovendo informação, cuidado e mobilização coletiva.

    📍 Local: Quilombo Enraizados – Morro Agudo, Nova Iguaçu
    🗓️ Data: 23 de abril de 2025
    🕒 Horário: 14h
    🎟️ A entrada é gratuita, mas as vagas são limitadas!
    Garanta já a sua!
    Inscrições: https://www.sympla.com.br/evento/master-class-mudancas-climaticas-e-solucoes-urgentes/2920815

    Participe da campanha

    Se você mora na Baixada ou área da região metropolitana do Rio de Janeiro, já enfrentou enchente, falta d’água, ou simplesmente quer fortalecer essa luta, participe do grupo da campanha no WhatsApp e ajude a construir coletivamente essa mobilização.

    Acesse o grupo aqui:
    https://chat.whatsapp.com/L9MGJss8xpMEhFpJMDFAjH


    Não é só sobre o clima. É sobre território, memória e sobrevivência.
    É sobre não deixar que nossas vidas sigam em suspenso entre a lama e a torneira vazia.

  • Aquilombamento Criativo: A celebração do “Dia da Rima” no Quilombo Enraizados

    Aquilombamento Criativo: A celebração do “Dia da Rima” no Quilombo Enraizados

    No dia 27 de dezembro, o Quilombo Enraizados celebrou mais uma edição do “Dia da Rima”, um evento que já se consolidou como um marco na cena cultural da Baixada Fluminense. Há mais de dez anos, o encontro reúne MCs, beatmakers, cantores e poetas para uma celebração de fim de ano repleta de música, criatividade e colaboração.

    Este ano, o evento contou com cerca de 20 participantes ativos, incluindo cantores e poetas, além dos tradicionais MCs e beatmakers. Como sempre, o “Dia da Rima” trouxe momentos de surpresa e inovação, com a dinâmica de sorteio dos grupos e beats. Contudo, essa dinâmica gerou momentos de tensão e emoção, já que alguns convidados ainda não haviam chegado na hora dos sorteios, enquanto outros exigiam que seus nomes estivessem garantidos na lista.

     

    As regras do “Dia da Rima” são projetadas para instigar a criatividade dos participantes e desafiá-los a sair de suas zonas de conforto. Esse propósito se mostrou essencial, mesmo diante das tensões iniciais. A proposta do sorteio de grupos e beats tem como objetivo criar combinações inéditas, forçando os artistas a colaborarem com pessoas e estilos que não conhecem, o que resulta em uma produção mais rica e diversa.

    Outro ponto de tensão foi a seleção dos beats. Alguns participantes queriam ouvir mais opções antes de se comprometerem, mas a organização manteve o foco no caráter desafiador do evento. Os beats foram disponibilizados de forma limitada justamente para estimular escolhas rápidas e intuitivas, alinhadas ao espírito colaborativo e experimental do “Dia da Rima”.

    Apesar das tensões iniciais, o evento foi um sucesso. A liderança de Dudu de Morro Agudo, Átomo e Dorgo foi essencial para manter a harmonia e garantir que todos os participantes tivessem a chance de brilhar. Dudu também foi responsável pela gravação das faixas produzidas durante o evento, marcando uma nova fase, em que todas as músicas gravadas serão registradas e lançadas, preservando os direitos dos artistas.

    O “Dia da Rima” também se consolidou como uma grande celebração de fim de ano para os Enraizados. Além da música, houve comida e bebida, com destaque para o churrasco preparado pelo chef Samuka Azevedo, que contribuiu para criar um ambiente acolhedor e festivo.

    Um dos momentos mais marcantes foi a audição do disco “DMÁtomo 2024”, uma parceria entre Dudu de Morro Agudo e Átomo, com produção de Eric Beatz. As faixas do disco, que será lançado no dia 31 de dezembro em todas as plataformas digitais, captaram a essência de um hip hop experimental, ao mesmo tempo em que exploraram novas sonoridades e temas.

    O evento também marca o início dos projetos do Enraizados para 2025, que incluem residências artísticas e formações voltadas para a música e o mercado. Essa visão de futuro reforça o compromisso do Quilombo Enraizados com a cultura e a criatividade como ferramentas de transformação social.

    Para mais informações sobre projetos:
    (21)9.6566-8219 (Whatsapp)
    http://www.instagram.com/InstitutoEnraizados

     

     

     

     

  • GT-RJ representa e fortalece a cultura em Brasília

    GT-RJ representa e fortalece a cultura em Brasília

    Com rimas afiadas e ideias firmes, representantes do Hip Hop carioca mostram que a cultura Hip Hop é a ponte para a transformação social e política

    Nos dias 29 e 30 de novembro de 2024, Brasília respirou rima, ritmo e resistência com o Seminário Internacional da Construção Nacional do Hip Hop. Representando o Rio de Janeiro, oito vozes marcantes do movimento cultural mais revolucionário do planeta levaram suas histórias, perspectivas e desejos para o futuro do Hip Hop. O evento não foi só um marco, mas um grito de união, organizado para construir políticas públicas e fortalecer uma cultura que há 50 anos transforma vidas.

    As vozes do GT-RJ

    De Cabo Frio à Lapa, da CDD à Baixada Fluminense, do basquete de rua às batalhas de rima, os representantes do GT-RJ têm trajetórias que misturam arte, educação e transformação social. Conheça quem são algumas dessas lideranças e o que pensam sobre o impacto do seminário.

    Taz Mureb – MC e porta-voz da resistência do interior

    Primeira colocada no edital do Ministério da Cultura na região Sudeste, Taz Mureb, de Cabo Frio, é MC, produtora cultural e uma das vozes mais marcantes do GT-RJ. Para ela, o seminário é um divisor de águas para a cultura Hip Hop no Brasil.

    “O seminário é um marco. Estamos institucionalizando o Hip Hop como política pública cultural. É mais que música ou dança, é um movimento sociocultural e político. Aqui, a gente abre diálogo com órgãos do governo, empresas e até frentes internacionais. Sonho com o Hip Hop sendo ferramenta de promoção cultural no Brasil e no exterior. É o começo de algo muito maior.”

    Taz destacou também a importância de criar um legado para as próximas gerações: “Precisamos transformar iniciativas locais em políticas nacionais e mostrar que o Hip Hop pode mudar o Brasil. É isso que estamos construindo aqui.”

    DJ Drika – O coração pulsante da Baixada Fluminense

    Adriane Fernandes Freire, ou DJ Drika, carrega a Baixada Fluminense no peito. Fundadora da Roda Cultural do Centenário, ela e sua equipe levam os quatro elementos do Hip Hop para as favelas de Duque de Caxias há seis anos.
    “Estar aqui no seminário é histórico. É uma vitória da cultura periférica, uma chance de dialogar com o governo e fortalecer o que já fazemos nas comunidades. A cultura Hip Hop precisa de apoio contínuo, e eventos como este abrem caminhos para que nossas vozes sejam ouvidas.”

    Drika enfatizou que o Hip Hop não é só arte, mas também resistência: “Nosso movimento nasceu para transformar. Com a parceria do governo federal, podemos ir mais longe e impactar mais vidas.”

    MC Rafinha – A força da união

    Parceiro de Drika na Roda Cultural do Centenário, Rafael Alves, o MC Rafinha, é um mestre de cerimônias que acredita na força coletiva. Ele vê o seminário como uma plataforma para expandir o trabalho que já realiza com batalhas de rima, grafite e poesia na Baixada Fluminense.

    “Esse evento é sobre união. É a chance de estarmos juntos, trocando ideias e mostrando que o Hip Hop vai além das nossas rodas culturais. Aqui, colocamos nossa luta no mapa e mostramos que estamos prontos para construir juntos.”

    Para Rafinha, o seminário marca o início de um novo capítulo para o movimento. “O Hip Hop é a voz da periferia. Estar aqui é garantir que essa voz ecoe mais alto.”

    Erick CK – Conectando a cena em Niterói

    Com sete anos de atuação nas rodas culturais de Niterói, Erick Silva, o CK, sabe o peso de levar o Hip Hop para os palcos e ruas. No seminário, ele viu uma oportunidade de conectar as demandas dos artistas locais com políticas públicas mais amplas.

    “É muito importante estarmos aqui. Precisamos discutir os problemas reais do Hip Hop, como falta de patrocínio para DJs e grafiteiros, e a valorização dos produtores que estão sempre nos bastidores. O seminário abre essas portas.”

    CK ressaltou a relevância de manter o diálogo aberto para futuras edições: “Que este seja o primeiro de muitos eventos que fortaleçam o movimento em todo o Brasil.”

    Anderson Reef – Transformação social em Madureira

    Palestrante no painel “Retratos do Brasil: Narrativas Regionais e Potência Construtiva”, Reef é produtor cultural, responsável pela Batalha Marginow, evento semanal, que acontece todas as segundas e tem uma década de trabalho embaixo do Viaduto Madureira, zona norte do Rio. Ele usa o Hip Hop para revitalizar espaços e gerar economia criativa.

    “O Hip Hop salva vidas. Aqui em Brasília, mostramos ao governo que nosso movimento vai além da música. Trabalhamos com saúde, educação, teatro e dança. Precisamos de mais estrutura para continuar impactando nossas comunidades.”

    Para Reef, o seminário também é um espaço para pensar grande: “Quero ver o próximo evento num lugar maior, com mais gente. O Hip Hop merece ser tratado como prioridade nacional.”

    Anderson Reef

    Rafa Guze – Uma cineasta na linha de frente

    Educadora social e diretora do Instituto BR-55, Rafa Guze acredita no poder do Hip Hop para transformar vulnerabilidades sociais. Para ela, o seminário é uma chance de estruturar
    políticas que atendam as bases do movimento.

    “O Hip Hop é uma potência global, mas nossas comunidades ainda enfrentam muitas dificuldades. Este evento é sobre construir soluções, criar políticas que combatam fome, genocídio, feminicídio e outras desigualdades. É sobre usar nossa cultura para transformar realidades.”

    Rafa destacou a importância de trabalhar em parceria com o governo: “Sabemos como resolver os problemas. Só precisamos de apoio para fazer isso acontecer.”

    Lebron – Formando novas gerações

    Victor, ou Lebron, é um veterano do basquete de rua e do Hip Hop em Campos dos Goytacazes. Fundador de uma ONG que atua há 18 anos, ele vê o seminário como uma oportunidade de renovar o movimento.

    “O Hip Hop me ensinou tudo que sei. Agora, quero retribuir, formando novas gerações de artistas, DJs e produtores culturais. Precisamos de mais eventos assim, que conectem pessoas e ideias para planejar o futuro.”

    Para Lebron, o maior desafio é garantir que o movimento continue crescendo de forma sustentável: “Estamos retomando espaços e precisamos de articulação para avançar.”

    Bruno Rafael

    Bruno Rafael – Liderança que inspira

    Com 27 anos de trajetória, Bruno Rafael é uma figura central do Hip Hop carioca. Palestrante no painel “Retratos do Brasil: Narrativas Regionais e Potência Construtiva”, ele destacou o amadurecimento do movimento.

    “Esse seminário é fruto de trabalho coletivo. Mostramos que o Hip Hop está politizado e organizado. Hoje, conseguimos dialogar diretamente com ministros e secretários, algo que
    nunca foi possível antes.”

    Para Bruno, o evento é um reflexo da força do movimento: “O Hip Hop tem o poder de transformar vidas. Estamos só começando a mostrar do que somos capazes.”

    O impacto do seminário

    Entre as falas, há um consenso: o Hip Hop precisa ser reconhecido como política pública prioritária. Os representantes do GT-RJ destacaram que o movimento não é apenas arte, mas uma ferramenta para combater desigualdades, gerar renda e formar futuros líderes culturais. Para os representantes do GT-RJ, dois nomes de peso tiveram grande importância para a realização deste seminário: Claudia Maciel e Rafa Rafuagi.

    “A Claudia é pura visão estratégica”, disse Taz Mureb.

    Já Rafa Rafuagi, é a ponte que liga cultura e política: “Ele é aquele cara que transforma discurso em ação. Além de ser referência no rap do Sul, ele trouxe a ideia de que o Hip Hop pode e deve dialogar diretamente com o governo, sem perder nossa essência de resistência.”

    Para o grupo, Cláudia e Rafa não foram apenas organizadores, mas exemplos vivos de que o Hip Hop é articulação, união e transformação.

    Caminhos para o futuro

    O Seminário Internacional da Construção Nacional do Hip Hop foi mais do que um evento. Foi um passo firme em direção a um Brasil mais justo e diverso, onde a cultura Hip Hop ocupa o lugar que merece: o de protagonista na transformação social.

    Com vozes como as do GT-RJ, o futuro do Hip Hop promete ser brilhante – e revolucionário.

    No corre da favela e do asfalto, na batida da vida, todo mundo mandou o papo reto: “O Hip Hop salva vidas!”

  • Instituto Enraizados é homenageado na ALERJ com o Prêmio Heloneida Studart

    Instituto Enraizados é homenageado na ALERJ com o Prêmio Heloneida Studart

    Na última semana, o Instituto Enraizados foi agraciado com o Prêmio Heloneida Studart, uma das maiores honrarias da cultura fluminense, entregue em uma sessão solene na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ). Dudu de Morro Agudo, fundador e diretor do Instituto, Fernanda Rocha, diretora da instituição e Antônio Feitosa representaram o Enraizados ao lado de outros artistas e fazedores de cultura de todo o estado, destacando-se entre os 100 homenageados pela contribuição significativa à cultura brasileira.

    Assista ao videoclipe "Reflexões que ainda me tiram o sono", de Dudu de Morro Agudo

     

    A cerimônia contou com a presença de diversas figuras ilustres da política e da cultura. Na mesa, estavam o deputado estadual Carlos Minc, a secretária estadual de Cultura, Daniella Barros, a presidente da FUNARTE, Maria Marighella, Renato Rangel, representando o secretário municipal de Cultura do Rio de Janeiro, além do presidente do Conselho Estadual de Políticas Culturais, Tales Gomes, e das deputadas Dani Balbi e Verônica Lima, que atuou como mestre de cerimônias.

    Carlos Minc abriu sua fala saudando “a resistência cultural do povo brasileiro” e ressaltou a importância da Lei do Fundo Estadual de Cultura, sancionada e implementada durante a gestão de Daniella Barros. Em uma fala marcada pela emoção, Minc recordou sua colaboração com Heloneida Studart, ex-deputada e inspiradora do prêmio. Em seu encerramento, exclamou: “Viva Marighella” e “Viva Heloneida Studart”, sendo aplaudido pelo público presente.

    A presidente da FUNARTE, Maria Marighella, destacou em sua fala a história de seu avô, Carlos Marighella, recordando que ele também foi deputado na ALERJ e um símbolo da resistência. Já a secretária Daniella Barros, última a falar, trouxe uma saudação especial aos fazedores de cultura, relatando a realização da maior conferência de cultura do país e refletindo sobre a importância concreta e subjetiva das manifestações culturais. Ela relembrou a influência de sua avó, que lhe ensinou que “a gratidão é um obrigado do coração.”

    Entre os convidados, Dudu de Morro Agudo encontrou antigos parceiros e poetas de Nova Iguaçu, como Eliane Gonçalves, Luiz Coelho Medina e Rafael Ruvenal. Totó, poeta e integrante do Instituto Enraizados, teve a honra de receber o diploma em nome do Enraizados, representando todos os que contribuíram para a trajetória da instituição ao longo dos anos.

    A fala de um dos homenageados em nome dos artistas presentes sintetizou o espírito da cerimônia. Ele destacou a resistência dos negros brasileiros, lembrando que, para homens e mulheres pretos, os períodos sombrios se estendem há 524 anos. Em um discurso que arrancou aplausos e manifestos de apoio, ele reforçou a importância de ocupar a ALERJ com representatividade negra, desejando que, no próximo ano, a pintura ao centro do plenário, exibindo 40 homens brancos não esteja mais ali, refletindo assim a diversidade do povo fluminense.

    Às 19h45, iniciou-se a entrega dos diplomas, marcando um momento de reconhecimento e celebração das lutas e realizações dos homenageados. Essa homenagem reafirma o compromisso do Instituto Enraizados com a valorização da cultura periférica e o impacto social que as ações culturais exercem na Baixada Fluminense e em todo o estado.

  • Instituto Enraizados: 25 anos de arte, cultura e transformação na Baixada Fluminense

    Instituto Enraizados: 25 anos de arte, cultura e transformação na Baixada Fluminense

    O Instituto Enraizados, situado em Morro Agudo, Nova Iguaçu, destaca-se há 25 anos como um importante pilar cultural e social na Baixada Fluminense, promovendo o acesso à arte e fortalecendo a identidade de jovens e moradores da região. Com uma diversidade de projetos, o Instituto resgata e preserva as expressões culturais locais, além de construir pontes para intercâmbios culturais com outras regiões e países. Sua sede, o Quilombo Enraizados, tornou-se um ponto de encontro para pessoas que compartilham interesses, tradições e experiências, promovendo a visibilidade de práticas e tradições culturais muitas vezes marginalizadas.

    Entre as atividades oferecidas estão uma biblioteca, eventos literários, oficinas de música, produções audiovisuais, projetos de economia solidária e criativa, educação através do RapLab e do Curso Popular Enraizados, iniciativas ambientais como o Trilha Sonora, exposições de artes visuais e projetos de preservação do patrimônio cultural da Baixada Fluminense. Além disso, o Instituto promove ações como o Acorde Filosófico, o Sarau Poetas Compulsivos e o Poesia, Rap e Samba, valorizando a música popular, a literatura e a culinária brasileira em uma rica fusão de linguagens culturais.

    O Instituto Enraizados utiliza estratégias diversas para incentivar a criação e produção artística e cultural, que vão desde oficinas e residências artísticas até festivais, painéis de discussão e parcerias com instituições locais e internacionais, como o CIEP 216, a Universidade Federal Fluminense e a Duke University. A organização também adota a economia solidária, comercializando produtos e oferecendo serviços que vão desde vestuário e produções audiovisuais até eventos culturais.

    Guiado pela diversidade cultural e pelo compromisso com a inclusão, o Instituto Enraizados promove ações gratuitas para democratizar o acesso à cultura e fomentar a preservação da memória e do patrimônio local. Em seu percurso, estabeleceu uma ampla rede de colaboração nacional e internacional, promovendo a interação com coletivos e instituições que apoiam o desenvolvimento educacional, cultural e social na Baixada Fluminense.

    O Instituto Enraizados é um exemplo de como a cultura e a arte podem transformar realidades e fortalecer comunidades. Com 25 anos de história, a organização consolidou-se como referência cultural na Baixada Fluminense, valorizando a identidade local e ampliando seu impacto através de parcerias estratégicas. Ao oferecer atividades inclusivas, gratuitas e culturalmente diversas, o Enraizados reafirma seu compromisso com a inclusão, o fortalecimento do patrimônio cultural e o desenvolvimento social, fortalecendo o sentido de pertencimento e inspirando novas gerações.

  • Lançamentos audiovisuais celebram a resistência da cultura hip hop na Baixada Fluminense

    Lançamentos audiovisuais celebram a resistência da cultura hip hop na Baixada Fluminense

    No próximo dia 26 de outubro, a partir das 18h, o Quilombo Enraizados será palco de dois lançamentos que celebram a trajetória e a resistência da cultura hip hop na Baixada Fluminense. O evento contará com a exibição do aguardado documentário “Mães do Hip Hop – 15 Anos Depois” e do videoclipe “Reflexões que ainda me tiram o sono”, de Dudu de Morro Agudo.

    Documentário “Mães do Hip Hop – 15 Anos Depois”

    O documentário “Mães do Hip Hop – 15 Anos Depois” é uma continuação de um projeto iniciado em 2010, dirigido por Dudu de Morro Agudo e Janaina Refem, que retratava a rotina de jovens envolvidos com o hip hop e a percepção de suas mães sobre a importância dessa cultura na educação de seus filhos. Agora, 15 anos depois, o filme revisita esses artistas e suas mães, abordando as transformações que ocorreram em suas vidas pessoais e na evolução da prática do hip hop no cenário da Baixada. O documentário, que tem direção de Átomo Pseudopoeta, revela não apenas as conquistas e desafios enfrentados, mas também o impacto duradouro do hip hop na formação da identidade desses jovens.

    Videoclipe “Reflexões que ainda me tiram o sono”

    Por sua vez, o videoclipe “Reflexões que ainda me tiram o sono”, de Dudu de Morro Agudo, apresenta uma mensagem poderosa sobre as microviolências diárias enfrentadas por pessoas negras no Brasil. A composição foi criada como parte da disciplina Psicologia da Arte, ministrada por Zoia Prestes durante seu doutorado em Educação na UFF, e foi apresentada em uma conferência sobre Vygotsky em Moscou, no final do ano passado. Dudu utiliza os princípios de Vygotsky para produzir uma obra de arte que se conecte às vivências de pessoas pretas, reforçando a importância do aquilombamento como forma de resistência e autocuidado coletivo.

    Um Marco para a Cultura Hip Hop

    O evento promete ser um marco para a cultura hip hop da região, proporcionando reflexões profundas sobre racismo, resistência e a relevância da cultura como ferramenta de transformação social. Além das exibições, a programação contará com um pocket show de Dudu de Morro Agudo, intervenções poéticas de Duduzinho e discotecagem de DJ Imperatriz, entre outras atividades culturais.

    SAIBA MAIS:

    • Onde: Quilombo Enraizados – Rua Presidente Kennedy, 41, Morro Agudo, Nova Iguaçu, RJ
    • Quando: 26 de outubro de 2024
    • Horário:
      • Lançamento do Documentário “Mães do Hip Hop” – 18h
      • Lançamento do Videoclipe “Reflexões que ainda me tiram o sono” – 20h

    Confirme sua presença no Sympla, é gratuito!
    https://www.sympla.com.br/evento/convite-especial-lancamentos-no-quilombo-enraizados/2694926

    Inscreva-se no nosso canal do Youtube:
    http://www.youtube.com/hullebrasil

  • O Dever Me Chama: Dudu de Morro Agudo & Marginal Groove transformam o Quilombo Enraizados em palco de resistência

    O Dever Me Chama: Dudu de Morro Agudo & Marginal Groove transformam o Quilombo Enraizados em palco de resistência

    No coração da Baixada Fluminense, o Quilombo Enraizados se tornou palco de um dos eventos culturais mais marcantes deste ano: o show “O dever me chama”, liderado pelo rapper Dudu de Morro Agudo e a banda Marginal Groove. Esse espetáculo, que mesclou música, cultura periférica e resistência, não apenas movimentou a cena artística local, mas também deixou um legado significativo para a valorização da identidade cultural da região.

    O Quilombo Enraizados, conhecido por ser um espaço de resistência e afeto na Baixada Fluminense, foi escolhido estrategicamente como o local para sediar o evento. “Nunca pensamos em outro lugar para realizar esse projeto”, afirma Dudu. O Quilombo é um espaço simbólico que reúne diversidade e oferece um terreno fértil para a expressão artística e intelectual dos jovens da periferia.

    Dudu de Morro Agudo

    Baltar

    Como em qualquer produção cultural de grande porte, “O dever me chama” não foi exceção quando se trata de enfrentar desafios técnicos e logísticos. A equipe trabalhou arduamente para garantir que o evento acontecesse conforme planejado, mesmo com recursos limitados. Um dos principais desafios foi o horário apertado devido a outra atividade no local, além de imprevistos técnicos com iluminação e som. Apesar disso, a superação desses obstáculos demonstrou o comprometimento e o profissionalismo da equipe.

    A recepção do público durante o evento foi extremamente positiva. “A reação do público foi a melhor possível”, comentou Dudu de Morro Agudo. Mesmo aqueles que não conheciam as músicas da banda se envolveram ativamente com os artistas. As músicas inéditas “Reflexões que Ainda me Tiram o Sono” e “Quanto Vale”, ambas escritas por Dudu, e “Precisamos consertar a quebrada“, escrita por Gustavo Baltar, foram recebidas de forma especial, tocando o público tanto emocional quanto intelectualmente.

    Ghille

    Dorgo DJ

    Sylp

    O evento também cumpriu um papel essencial no fortalecimento das redes culturais da Baixada Fluminense. “Um show com essa qualidade técnica foi importante para fortalecer as redes culturais e valorizar a nossa identidade enquanto artistas periféricos”, destaca Dudu. A apresentação não foi apenas um show, mas uma reafirmação dos valores e expressões culturais periféricas. O evento exaltou a estética e a linguagem típica da juventude da Baixada, reforçando sua importância na cultura brasileira contemporânea.

    O sucesso de “O dever me chama” abriu caminho para novos horizontes. Dudu e sua equipe já estão planejando a produção de novas músicas e videoclipes, levando a proposta para outros espaços e fortalecendo ainda mais a mensagem. O impacto positivo do evento também gerou novas oportunidades, como o convite para uma apresentação na edição especial de aniversário da Batalha de Morreba, evento emblemático da cultura hip hop local.

    Dom Ramon

    Spycker

    Rob Rocha

    “O dever me chama” foi um marco não apenas para Dudu de Morro Agudo & Marginal Groove, mas para toda a cena cultural da Baixada Fluminense. O evento provou que, mesmo diante de desafios técnicos e financeiros, a força da colaboração e da criatividade periférica pode produzir experiências culturais transformadoras. O Quilombo Enraizados, como sempre, se reafirma como um espaço vital para a cultura e a arte da região, e os passos futuros da equipe de Dudu prometem continuar essa trajetória de resistência e inovação.

    Produção do Evento
    Produtor Executivo – Hulle Brasil
    Produtor Geral – Dudu de Morro Agudo
    Assistente de Produção – Samuel Azevedo e Dorgo DJ
    Coordenador de Palco – Wladimir Mad

    Equipe Artística e Musical
    Diretor Artístico – Ghille

    Banda/Músicos
    Dudu de Morro Agudo – voz
    Baltar – voz
    Rogério Sylp – voz
    Ghille – guitarra
    Spycker – guitarra
    Dom Ramon – baixo
    Rob Rocha – bateria
    Dorgo – DJ

    Técnicos de Áudio e Vídeo
    Diretor de Vídeo – Higor Cabral
    Operador de Câmera – Higor Cabral, Josy Antunes, Samuel Azevedo e João Ferreira

    Iluminador – André Felipe & Rob Rocha
    Técnico de Som (PA) – André Felipe
    Engenheiro de Som – André Felipe
    Técnico de Gravação – André Felipe
    Editor de Vídeo e Colorista – Josy Antunes

    Equipe de Cenografia e Iluminação
    Cenógrafo – Dudu de Morro Agudo
    Técnico de Cenário – Samuel Azevedo
    Operador de Luz – André Felipe

    Patrocínio e Marketing
    Patrocinadores – Governo Federal, Ministério da Cultura, Estado do Rio de Janeiro e a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa
    Parceiros e apoiadores – Instituto Enraizados, FENIG, Prefeitura de Nova Iguaçu, Secretaria de Cultural de Nova Iguaçu

    SAIBA MAIS

    Para conhecer mais sobre o trabalho de Dudu de Morro Agudo & Marginal Groove e acompanhar os próximos passos da banda, acesse as redes sociais dos artistas. Fique por dentro das novidades, eventos futuros e da rica produção cultural da Baixada Fluminense.

  • Chico Batera e a rapper carioca Lisa Castro conectam Madureira, Cuba e Estados Unidos em nova música “Atrevida”

    Chico Batera e a rapper carioca Lisa Castro conectam Madureira, Cuba e Estados Unidos em nova música “Atrevida”

    Chico Batera, renomado baterista de Chico Buarque e favorito de grandes nomes como Ella Fitzgerald, Frank Sinatra, Quincy Jones e Cat Stevens, se sente renovado ao lançar sua nova música, “Atrevida”, em parceria com a rapper carioca Lisa Castro. “Essa postura de ‘eu já vi de tudo’ é horrível!”, diz o artista.

    Aos 81 anos, Chico Batera, um dos músicos brasileiros mais respeitados internacionalmente, une em “Atrevida” a harmonia da música cubana, a batucada do samba e a poesia do rap. Inspirada na canção “Eu quero essa mulher assim mesmo”, de Monsueto, a música é uma ode à mulher, com uma visão contemporânea e politizada. “Minha vontade de fazer algo novo era tão grande que essa oportunidade com o rap não apareceu por acaso. A arte nunca chega de graça”, reflete o músico, que lançou em 2023 o livro Chico Batera: Memórias de um músico brasileiro e o show “Chico Batera – 80 anos”.

    Chico destaca o namoro do samba com a música negra norte-americana, que começou com artistas como Tim Maia, Cassiano e Banda Black Rio, e seguiu com nomes contemporâneos como Marcelo D2, Seu Jorge e Emicida. Em “Atrevida”, essas influências se encontram e atravessam a América Latina rumo aos Estados Unidos. “Todo baterista gosta de música cubana. A cegonha quando me trouxe passou de raspão por Havana e foi parar em Madureira, que até parece Cuba”, brinca Chico, que tem uma longa afinidade com a música cubana.

    Chico Batera

    Durante sua estadia em Los Angeles, Chico conviveu com muitos músicos latinos e percebeu as semelhanças culturais entre o Brasil e Cuba. “Não tem povo mais parecido com o brasileiro do que o cubano. A etnia é a mesma: África, Península Ibérica, Portugal, indígenas. O brasileiro demora a se conscientizar que é latino”, acredita o baterista. Essa conexão entre as Américas, África e Europa também está presente na arte da capa do single, assinada pelo artista gráfico Gustavo Deslandes.

    O encontro com a poetisa, MC e slammer da Baixada Fluminense Lisa Castro aconteceu por meio do produtor artístico Geraldinho Magalhães, do selo Diversão e Arte, que lança o novo trabalho em parceria com a Virgin Music Group. Ao conhecer Lisa, a admiração mútua foi imediata, e a rapper escreveu os versos que celebram a presença e potência feminina. “Considero ‘atrevida’ um adjetivo de qualidade. Para mulheres pretas da Baixada Fluminense, como eu, ser atrevida, insolente, petulante é muito bom”, afirma Lisa, que se inspira em artistas como Nina Simone, Lauryn Hill, Conceição Evaristo, Elis Regina e Carolina Maria de Jesus.

    Lisa Castro

    Chico Batera ficou encantado com a colaboração com Lisa Castro. “Ela é uma mulher representativa, bem resolvida. Era o recado que eu queria dar. Nos EUA, o rap é mais politizado, de protesto. No Brasil, o funk, que se popularizou nas periferias, acabou indo para o lado da banalização, da pornografia. Não tenho nada contra bunda, mas acho que a mulher pode ser muito mais dona de si quando seu atrevimento é pessoal e social, para além do rebolado”, reflete o baterista.

    Lisa, por sua vez, agradece pela oportunidade que a tirou de sua zona de conforto. “Me senti honrada com o convite. É a primeira vez que participo em um estilo musical diferente do meu, ainda mais com um ícone como ele. Fiquei muito feliz”, diz a artista, que já lançou os álbuns O Sorriso da Manalisa e Em Negrito, e prepara seu próximo EP para este ano, enquanto cursa Pedagogia.

    A ousadia de Chico Batera também se manifesta em sua nova parceria musical com o ritmista, percussionista e co-produtor musical da faixa, Felipe Tauil. A gravação de “Atrevida” contou com outros talentos da MPB contemporânea, como Mariana Braga (cavaquinho e vocal), os metais de Dudu Oliveira (flauta), Wanderson (trombone) e Wharson Cardoso (sax barítono), além da presença marcante de Arthur Maia no baixo, em sua última gravação antes de falecer.

    Chico Batera foi responsável pelo arranjo, vibrafone, vocal e percussão da canção. “A linha de sopro veio das minhas memórias musicais dos bailes com músicos cubanos. São lindas”, relembra. A mixagem e masterização de “Atrevida” ficaram a cargo do engenheiro de som e produtor Rodrigo Campello.

    Sempre atento ao que acontece ao seu redor, Chico Batera segue desafiando a si mesmo. “Essa postura de ‘eu já vi de tudo’ é horrível! Sempre está acontecendo muita coisa”, filosofa. E, pelo visto, ele ainda tem muitas viradas surpreendentes para fazer. “Pra mim, a hora é agora. Se eu não fizer hoje, vou fazer quando?”.

    ATREVIDA
    (Chico Batera e Lisa Castro)

    Atrevia, Atrevida, Atrevida
    Eu quero essa mulher pra mim…

    Mulher da vida, da lida
    Independência define
    Ré confessa atrevida
    Liberdade é meu crime
    Sou do tempo
    Jovelina, Elis Regina
    Muito além de seu tempo
    Com pitadas de Clementina
    O sal que dá gosto
    O tempo que faltava
    O lado oposto do errado
    Aquela que não trava
    Fora da média, fora da curva
    Vinho boa safra, feito da melhor uva
    Então degusta a vulva!

    MAIS INFORMAÇÕES:

    Fogo no Paiol Music Hub
    Comunicação & Marketing
    Kélita Myra | +55 21 99151-6770 | kelita.myra@fogonopaiol.com.br
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  • Cultura Hip Hop: Parceria internacional entre Brasil e Chile no Quilombo Enraizados

    Cultura Hip Hop: Parceria internacional entre Brasil e Chile no Quilombo Enraizados

    No último dia 10 de agosto, o Quilombo Enraizados recebeu os artistas chilenos Egrosone (rapper) e Mauro QuJota (produtor musical) para participar do Acampamento Musical, um intercâmbio musical promovido pelo Instituto Enraizados. Esse evento reúne rappers e beatmakers para colaborar na criação de uma música inédita.

    Além de Egrosone e Mauro QuJota, o encontro contou com a presença de artistas renomados como DJ Dorgo, Kr7, Baltar, Jovem RD, Kall Gomes, Lisa Castro, Átomo, Ninja, Rico Mesquita, Aclor e o beatboxer chileno WallBeats. Juntos, eles produziram uma faixa que será lançada nos canais da Hulle Brasil e do Instituto Enraizados.

    Esse intercâmbio é fruto de uma parceria de duas décadas entre os Pontos de Cultura Trocando Ideia e Enraizados, representados por Fabiana Menini e Dudu de Morro Agudo. O objetivo é fortalecer os laços culturais entre as instituições FlowRida e Instituto Enraizados. Como parte desse esforço, artistas brasileiros estão se preparando para viajar ao Chile e participar do “Festival Estilo & Mensaje”, que será realizado em Santiago no final de outubro. Em contrapartida, os artistas chilenos foram convidados para a próxima edição do “Festival Caleidoscópio”, prevista para acontecer em Morro Agudo em 2025.

    Festival Estilo & Mensaje

    O Festival Estilo & Mensaje é um evento cultural de destaque em Santiago, Chile, que celebra a cultura hip hop e suas diversas expressões, incluindo rap, breakdance, graffiti e DJing. O festival oferece uma plataforma para artistas, especialmente jovens, mostrarem seu talento e se conectarem com o público e outros criadores. Além das apresentações artísticas, o festival inclui workshops, palestras e debates focados no desenvolvimento da cultura hip hop e na reflexão sobre questões sociais e políticas relevantes para as comunidades urbanas. O Estilo & Mensaje desempenha um papel crucial na cena cultural de Santiago, sendo um ponto de encontro para artistas, ativistas e entusiastas do hip hop de toda a América Latina.

    Festival Caleidoscópio

    O Festival Caleidoscópio é um evento multicultural anual realizado desde 2015 em Morro Agudo, Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro. O festival promove a formação profissional e de público, fomenta a cultura local e incentiva a produção artística na região. Com uma abordagem colaborativa que funde arte e ativismo, o evento incita reflexões sobre desigualdade social e outras questões cruciais no Brasil. O festival apresenta uma ampla variedade de manifestações culturais, incluindo música, dança, teatro, artes visuais, cinema e literatura.

    Um dos pilares do Festival Caleidoscópio é o CPPEC (Curso Prático de Produção de Eventos Culturais), que oferece formação técnica, profissional e artística para jovens periféricos. Os participantes desenvolvem habilidades práticas em produção cultural, culminando na realização de três microprojetos e do festival, que tem duração de 12 horas. O evento alinha-se com sete dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, promovendo segurança pública, economia, qualidade de vida e valorização da cultura local. Como motor de desenvolvimento social, econômico e cultural para a Baixada Fluminense, o festival conta com o apoio de diversas instituições e empresas.

    Para saber mais sobre as instituições envolvidas, acesse os links abaixo:

    – FlowRida: https://www.instagram.com/flowrida.cl
    – Instituto Enraizados: https://www.instagram.com/institutoenraizados