No próximo sábado (10), São João de Meriti será o cenário da 2ª edição do MPB – Música Popular da Baixada, com a presença do renomado rapper chileno MC Egrosone.
Além de seu talento como artista, MC Egrosone é engenheiro de som e gestor cultural, e realizará um pocket show no Espaço Cultural BXD IN CENA, conhecido como Espaço BiC, em Coelho da Rocha, onde apresentará três de suas músicas.
Este intercâmbio cultural foi possibilitado por uma colaboração entre Dudu de Morro Agudo, fundador do Instituto Enraizados, e a produtora cultural Fabiana Menini, de Porto Alegre. Durante sua visita ao Rio de Janeiro para compromissos profissionais, incluindo uma reunião de trabalho com Dudu, Fabiana contou sobre a presença de MC Egrosone e do produtor Mauro QuJota em Nova Iguaçu.
Dudu prontamente sugeriu o Quilombo Enraizados como local para uma apresentação, o que levou à criação de um intercâmbio cultural em Morro Agudo entre os artistas chilenos e rappers locais. Esse intercâmbio se expandiu para uma apresentação no Espaço BiC, reforçando a relevância cultural desse equipamento cultural na região, essa apresentação musical será durante a 2ª edição do MPB – Música Popular da Baixada, que contará com shows dos talentosos Kalebe e Aliviiamaria.
MC Egrosone é uma figura de destaque na cena Hip Hop chilena, especialmente na comuna de La Florida, onde lidera a casa cultural e coletivo Hip Hop Flowrida Escuela. Com mais de 20 anos de experiência, ele tem desempenhado um papel fundamental na organização de eventos musicais, encontros de Hip Hop, oficinas culturais e produções musicais e audiovisuais. Desde 2004, quando iniciou suas primeiras gravações em estúdio, até a fundação de sua própria marca, Rappuro Producciones, em 2007, MC Egrosone se estabeleceu como uma influência significativa na música chilena.
A parceria entre MC Egrosone e Mauro QuJota começou em 2021, no projeto “Training Day” dos Black Monkeys, e desde então evoluiu para uma colaboração contínua. Atualmente, estão trabalhando em um longa-metragem com lançamento previsto para o segundo semestre de 2024.
Jez, um dos gestores do Espaço BiC, enfatiza a importância desse evento: “Realizamos eventos semanais que incluem shows, performances e diversas atividades culturais, sempre com o objetivo de fortalecer a cena cultural local e dar visibilidade aos talentos da Baixada Fluminense. A passagem dos artistas chilenos pelo nosso espaço proporcionará um intercâmbio cultural inédito para muitos.”
Dudu de Morro Agudo, Jez, Samuca Azevedo e Aclor no Espaço BiC
Este evento promete não apenas estreitar os laços culturais entre Brasil e Chile, mas também reafirmar o Espaço BiC como um ponto de encontro crucial para a promoção da arte e da cultura na Baixada Fluminense.
SAIBA MAIS:
O que? Show do rapper chileno MC Egrosone na 2ª edição do MPB – Música Popular da Baixada Quando? 10 de agosto de 2024, às 19 horas Onde? Espaço BiC: Rua Prata 35, Coelho da Rocha, São João de Meriti Quanto? De graça. 0800 Informações?https://www.instagram.com/espacobic/
Olá artistas, educadores, amigos e leitores dessa coluna (quase) semanal. rsrsrsr
No meu texto de hoje quero compartilhar com vocês uma reflexão que venho fazendo sobre hip hop e educação. É um texto que está em aberto, por isso sintam-se a vontade para criticar, pois seus comentários e críticas são extremamente valiosos e contribuirão significativamente para o avanço desta reflexão.
Vamos nessa???
Desde os primeiros passos na cultura hip hop, minha jornada tem sido uma imersão profunda em uma escola de vida única. Posso afirmar que a cultura hip hop foi a universidade mais extensa que participei (participo) ao longo da minha vida, afinal são 30 anos dedicados a essa cultura.
Mais do que uma expressão artística, o hip hop tornou-se um veículo de conhecimento e resistência, moldando não apenas minha visão de mundo, mas também a de muitos outros jovens que, como eu, à época, encontraram nesse movimento uma forma de compreender e questionar a realidade ao seu redor.
O hip hop, com suas quatro manifestações principais —rap, break, graffiti e DJ— sempre foi mais do que apenas entretenimento. Ele é uma resposta cultural às condições sociais e econômicas das periferias, um espaço de contestação e construção de identidade. Para mim, essa cultura foi uma porta de entrada para um universo de ideias e experiências que a educação formal muitas vezes ignorou ou marginalizou.
Através do rap, fui apresentado a livros e autores, discos e compositores, que jamais teria conhecido de outra forma.
Alguns autores e seus textos, cantores e suas letras, passaram a fazer parte do meu repertório intelectual, muitas vezes traduzidos e adaptados pelas letras de artistas que admiro, como Mano Brown. Essas influências ajudaram a formar uma consciência crítica sobre as estruturas de poder e desigualdade, tanto locais quanto globais. Essa formação autodidata, impulsionada pela curiosidade e pelo desejo de compreender o mundo, complementou e, em muitos aspectos, superou a educação formal que recebi.
Não quero com isso afirmar que o hip hop substitui de alguma forma a educação formal, não é isso, minha própria história poderia contradizer tal afirmativa, pois estou prestes a concluir meu doutorado em educação na Universidade Federal Fluminense (UFF), e trabalho de forma muito próxima a universidades e institutos federais, como a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e o Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), e até mesmo universidades internacionais como a Duke University e a North Carolina Central University (NCCU).
O hip hop me fez valorizar a educação formal e compreender a importância de participar e colaborar com essas instituições. No entanto, essa riqueza cultural e educativa proporcionada pelo hip hop raramente é reconhecida ou valorizada nas instituições de ensino tradicionais. A inclusão de elementos dessa cultura em currículos escolares e em projetos culturais talvez seja uma forma poderosa para engajar estudantes e promover uma educação mais inclusiva e contextualizada. O RapLab, por exemplo, é uma iniciativa que busca explorar o rap como uma forma de produção de conhecimento em rede. Ao debater questões sociais, políticas e culturais de maneira sensível, acessível e relevante para as realidades desses jovens.
O hip-hop me trouxe de volta à escola, desta vez como um rappereducador. Como alguém que valoriza a diversidade de conhecimentos, meu objetivo é disseminá-los em lares, escolas, ruas, praças, centros culturais, universidades, etc., por meio de escritos, músicas e das vozes poderosas de quem frequentemente não é tido como produtor de conhecimento. O hip-hop tem descolonizado minha mente há 30 anos.
A integração do hip hop na educação não é apenas uma questão de representar culturas marginalizadas; é uma questão de justiça educacional. Os educadores e as escolas têm a responsabilidade de reconhecer e valorizar as diversas formas de conhecimento e expressão que seus alunos trazem para a sala de aula. Incorporar o hip hop e outras culturas urbanas nos currículos é uma forma de legitimar essas experiências e oferecer uma educação mais significativa e transformadora.
No final de 2023, tive a oportunidade de liderar duas sessões do RapLab em uma escola em Ramos, no Rio de Janeiro. Foram três dias de interação com pré-adolescentes dessa escola, refletindo sobre questões raciais, com a presença de professores e diretores. No primeiro dia, tivemos um momento para nos conhecermos e ganharmos confiança uns nos outros; no segundo dia, focamos na produção intelectual; e no terceiro dia, infelizmente, foi o dia da despedida.
Produzimos duas músicas incríveis que se tornaram uma só, pois se completavam devido ao tema. Os estudantes chamaram o diretor da escola e exigiram que aulas de rap fossem incluídas no currículo escolar. Lembro que o diretor comentou que uma pequena revolução havia começado na escola.
DJ Dorgo ministrando o encontro do RapLab em uma escola de Ramos.
Senti uma saudade de algo que ainda não tinha visto nem vivido. Percebi que, se trabalhasse durante um ano com aquelas crianças, poderíamos alcançar resultados incríveis ao final do ano. Imaginei uma sala de aula repleta de referências negras, do hip-hop e das periferias do Rio de Janeiro, com estúdio musical, câmeras de vídeo, jogos e tudo mais que pudesse permitir o máximo desenvolvimento desses jovens.
Logo, entretanto, tirei essa ideia da mente, pois parecia distante da nossa realidade. No entanto, em março de 2024, tive a oportunidade de viajar para Athens, na Geórgia, Estados Unidos, e conheci uma escola onde o professor era rapper. A sala de aula superava tudo o que eu havia imaginado.
William Montu I Miller, mais conhecido como Montu, é escritor, poeta, mentor e organizador comunitário, além de professor na Cedar Shoals High School. Ele também é o Embaixador da Comunidade Hip-Hop de Athens.
Montu é escritor professor na Cedar Shoals High SchoolTravis Willians, Dudu de Morro Agudo e John French na Cedar Shoals High School, em Athens, na Georgia.Sala de aula da Cedar Shoals High School, em Athens, na Georgia.
Os projetos culturais que envolvem o hip hop podem atuar como espaços de resistência e empoderamento. Eles não apenas oferecem aos jovens uma plataforma para expressar suas vozes, mas também os conectam com uma comunidade maior de pensadores e artistas que compartilham suas lutas e aspirações. Esses espaços permitem que os jovens se vejam como agentes de mudança, capazes de transformar suas realidades e contribuir para uma sociedade mais justa.
Em resumo, o hip hop desempenhou um papel crucial na minha formação e continua a ser uma força vital na educação de muitos jovens. Sua inclusão em currículos escolares e projetos culturais é essencial para construir uma educação que valorize a diversidade, promova a equidade e capacite os estudantes a se tornarem cidadãos críticos e conscientes. É através dessas vivências que podemos vislumbrar um futuro onde todas as formas de conhecimento sejam reconhecidas e celebradas.
É isso, chegamos ao fim!!!
Se você discorda, concorda ou tem outras ideias, não deixe de escrever nos comentários e que certamente eu responderei.
No próximo dia 15 de junho, a partir das 19 horas, o Quilombo Enraizados em Morro Agudo será o palco de um evento ímpar: o show “O Dever Me Chama” do rapper Dudu de Morro Agudo, acompanhado pela banda Marginal Groove.
Este evento, apresentado pelo Governo Federal, pelo Ministério da Cultura, pelo Estado do Rio de Janeiro e pela Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, através da Lei Paulo Gustavo promete uma noite de rap reflexivo, que une música e consciência política. O espetáculo visa proporcionar uma experiência única, onde o entretenimento se mescla com uma forte mensagem de mudança social e união comunitária.
O repertório do show será baseado no álbum “O Dever Me Chama” e incluirá novas faixas como “Reflexões que ainda me tiram o sono” e “Quanto vale?”. A cenografia, cuidadosamente elaborada para representar a Baixada Fluminense, e a iluminação envolvente garantem uma experiência visual única, intensificando a mensagem das músicas.
A banda Marginal Groove é composta por DJ Dorgo, Rogério Sylp, Dom Ramon, Fábio Spycker, Gustavo Baltar, Rob, Ghille, além do próprio Dudu de Morro Agudo. Os músicos se reuniram em 2019 para acompanhar Dudu de Morro Agudo no Rock In Rio, numa fusão entre a equipe do rapper e a banda T-Remotto, também de Nova Iguaçu.
No seu último disco, intitulado “O Dever Me Chama”, Dudu de Morro Agudo mesclou o boombap com o funk carioca e o trap, sempre com letras ácidas e o sarcasmo que é sua marca registrada. Agora, com o Marginal Groove, ele traz uma sonoridade ainda mais diversificada, misturando o rap com estilos como rock, reggae, samba rock e samba.
O show é gratuito e acessível a todos, com o objetivo de democratizar o acesso à cultura e fortalecer os laços comunitários. É uma oportunidade imperdível para fãs de rap, ativistas sociais e a comunidade local se reunirem e refletirem sobre questões relevantes da nossa sociedade.
Os ingressos são gratuitos, mas limitados, para garantir uma experiência de qualidade ao público. Interessados devem retirar seus ingressos na plataforma Sympla através do link: Sympla – Show “O Dever Me Chama”. Os cinquenta primeiros inscritos receberão um presente especial da produção do evento.
Serviço:
Data: 15 de junho de 2024
Horário: A partir das 19h
Local: Quilombo Enraizados, Rua Presidente Kennedy, 41, Morro Agudo, Nova Iguaçu, RJ
Entrada: Gratuita
Para mais informações e agendamento de entrevistas, entre em contato com Fernanda Rocha, produtora responsável pela logística e organização do evento no número (211)9.6566-8219.
No próximo dia 25 de maio, a partir das 18:30, o Quilombo Enraizados, em Nova Iguaçu, será palco de um evento especial: o show de lançamento e comemoração do EP ‘AMORES&DORES’ de Cayuma. Este projeto, que promete emocionar o público, é patrocinado com recursos da Lei Paulo Gustavo, através da Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro.
Cayuma, morador da Baixada Fluminense, é um artista multifacetado, multi-instrumentista e dono de uma voz ímpar. Ele já deixou sua marca em grandes eventos, como o show do rapper Dudu de Morro Agudo no Rock In Rio, em 2019. Agora, ele traz para o público seu novo trabalho, onde revela sua personalidade através das aventuras amorosas que viveu.
‘AMORES&DORES’ é um EP que mistura histórias felizes e tristes, refletindo a complexidade das experiências humanas.
A abertura da noite ficará por conta da talentosa cantora Dayo, conhecida por sua voz marcante e musicalidade única. Dayo certamente abrilhantará ainda mais este evento, preparando o terreno para uma noite inesquecível. Além disso, após a apresentação, haverá um microfone aberto, proporcionando um espaço para outros talentos se expressarem.
O show será realizado no Quilombo Enraizados, localizado na Rua Presidente Kennedy, 41, Morro Agudo, Nova Iguaçu, RJ. A entrada é franca, garantindo o acesso de todos a uma noite repleta de boa música e emoção.
Não perca esta oportunidade de vivenciar a música de Cayuma e celebrar junto com ele o lançamento de ‘AMORES&DORES’.
Serviço: Evento: Show de Lançamento do EP ‘AMORES&DORES’ de Cayuma Data: 25 de maio de 2024 Horário: A partir das 18:30 Local: Quilombo Enraizados, Rua Presidente Kennedy, 41, Morro Agudo, Nova Iguaçu, RJ Entrada: Franca
Em um esforço conjunto para fomentar a expressão artística e cultural na juventude da Baixada Fluminense, o Projeto Teatro Nômade e o Instituto Enraizados se uniram para oferecer um curso de teatro ao longo do ano de 2023. Este curso, realizado semanalmente, aos sábados, no Quilombo Enraizados, foi conduzido pela talentosa professora Luisa Reis, uma das diretoras do Nômade.
Durante esses encontros, jovens talentosos da Baixada Fluminense participaram de jogos teatrais, explorando o universo da expressão dramática. Como resultado, formaram o inspirador grupo teatral “Quase Tudo pela Arte”. Colaborativamente, escreveram a peça “Crônicas de Mapuipí”, uma narrativa envolvente situada em uma cidade fictícia da Baixada Fluminense, onde o inesperado se torna cotidiano.
A peça será lançada nos dias 09 e 10 de dezembro no Quilombo Enraizados, Morro Agudo, Nova Iguaçu. A entrada é gratuita, e a classificação indicativa é de 10 anos (linguagem adulta). Além disso, a peça será filmada pela Masmorra.Inc em 08 de dezembro (fechado ao público), preparando-se para uma futura divulgação em formato audiovisual.
Este evento é um testemunho do talento emergente e da dedicação dos jovens artistas da Baixada Fluminense. A comunidade está convidada a participar desta jornada teatral única, celebrando o poder da expressão e a criatividade da juventude. Sua presença é essencial para apoiar e valorizar o potencial artístico local.
SAIBA MAIS
Onde: Quilombo Enraizados – Rua Presidente Kennedy, 41, Morro Agudo
Quando: 09 e 10 de dezembro, a partir das 16 horas
Quanto: De graça
O Instituto Enraizados tem a honra de anunciar o lançamento do aguardado documentário “Fé e Luta: Igreja Católica e Ditadura Militar em Nova Iguaçu”, resultado de uma parceria entre o Enraizados e o Centro de Documentação e Imagem da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (CEDIM-UFRRJ). Este projeto mergulha nas páginas da história da Diocese de Nova Iguaçu durante a Ditadura Militar, revelando a coragem e a resistência lideradas por Dom Adriano Hypólito.
Durante esse sombrio período da história brasileira, a Diocese de Nova Iguaçu emergiu como um bastião corajoso na defesa dos direitos humanos, além de ser um farol de apoio à luta da população por melhores condições de vida e trabalho. A Baixada Fluminense, por sua vez, tornou-se um epicentro de atividades, atraindo padres europeus inspirados pela doutrina social do Concílio Vaticano II, assim como militantes de esquerda em busca de espaço para realizar trabalho de base junto às classes populares.
A repressão, entretanto, não tardou a se abater sobre a diocese, culminando em atentados a bomba e no sequestro do bispo Dom Adriano Hypólito. O documentário “Fé e Luta” é uma narrativa poderosa e emocionante que lança luz sobre essa parte crucial da nossa história, destacando a resiliência da comunidade e a busca incansável pela justiça.
O lançamento está marcado para o dia 11 de dezembro de 2023, a partir das 15h, no Auditório do Instituto Multidisciplinar da UFRRJ. Para enriquecer ainda mais o evento, contaremos com a ilustre presença da Diretora Geral do Arquivo Nacional, Professora Ana Flávia Magalhães Pinto, uma destacada estudiosa e defensora do patrimônio histórico brasileiro.
A entrada é gratuita, e todos estão convidados a se juntarem a nós nesta celebração da história e da resistência. Este evento também marca o lançamento do projeto “Arquivos Históricos Comunitários na Baixada Fluminense”, uma iniciativa que visa preservar e compartilhar as ricas narrativas da região.
Sua presença é fundamental para a construção de um futuro baseado no entendimento do passado.
SERVIÇO
11 de dezembro de 2023
A partir das 15h
Auditório do Instituto Multidisciplinar da UFRRJ
Transformando Arte em Ativismo e Refletindo sobre a Desigualdade Social
Nova Iguaçu, RJ – O Festival Caleidoscópio está de volta em sua nona edição, prometendo uma experiência única que transcende os limites da arte. Este evento, que vai muito além de um festival, se consolida como uma fusão entre arte e ativismo, um espaço transformador que incita a reflexão profunda sobre a persistente desigualdade social no Brasil.
Desde sua estreia em 2015, o Festival Caleidoscópio tem sido um ponto de convergência para jovens artistas negros e periféricos. Ele se destaca ao oferecer um ambiente propício para encontros e expressões, transformando fragmentos individuais em uma imagem coletiva de beleza extraordinária.
A escolha da localização não é acidental. O festival encontra sua casa nos bairros da Baixada Fluminense, com a Praça Armando Pires, em Morro Agudo, Nova Iguaçu, como epicentro de suas atividades. Este local desafia o estigma violento associado a certas áreas, celebrando a arte como contraponto e inspiração para superar desafios.
A programação diversificada do Festival Caleidoscópio é um verdadeiro festim de expressões artísticas. Desde shows, feira criativa, batalhas de MCs, gastronomia de rua, painéis de graffiti, DJs, biblioteca coletiva, saraus de poesia, exposições e até espaço recreativo para crianças – o festival incorpora uma riqueza de experiências que cativam e inspiram os visitantes.
A edição de 2023 tem um significado especial, marcando os 50 anos da cultura hip hop. Este ano, o CaleidoKids será uma das atrações mais aguardadas, oferecendo um espaço dedicado às crianças com brinquedos, livros e atividades diversas, introduzindo os pequenos ao universo hip hop.
O Festival Caleidoscópio sempre ergueu bandeiras significativas. Desde a luta contra o “Extermínio da Juventude Negra” até campanhas pela paz na Baixada Fluminense, o festival se tornou uma voz poderosa em questões sociais.
PROGRAMAÇÃO
– 10:00 – CaleidoKids + Painel de Graffiti + Feira Criativa + Exposições
– 14:00 – PALCO DE CRIA
– 15:45 – DJ
– 16:00 – SLAM MORRO AGUDO
– 17:00 – RODA DE CONVERSAS – 50 ANOS DO HIP HOP – Com Edd Wheeler, Mad, FML, Sandro Pinah e DJ Raffa
– 18:30 – BAILE DA IMPERATRIZ
– 19:30 – BATALHA DE MORREBA (BLOCO 01)
– 20:10 – SARAU POETAS COMPULSIVOS – ABERTURA – Lisa Castro & Átomo Pseudopoeta
– 20:15 – INBUTE POETA
– 20:30 – MICROFONE ABERTO
– 20:45 – ADRIELLE
– 21:00 – YOÚN
– 21:30 – BATALHA DE MORREBA (BLOCO 02)
– 22:00 – MAUI
– 22:30 – BATALHA DE MORREBA (FINAL)
– 22:50 – DJ RAFFA
Com uma programação intensa e diversificada, o Festival Caleidoscópio 2023 promete uma jornada artística e cultural que celebrará a riqueza da Baixada Fluminense e marcará os 50 anos da cultura hip hop. Para mais informações e para se inscrever em atividades, acesse o site oficial do festival: http://www.festivalcaleidoscopio.com.br
SERVIÇO:
Festival Caleidoscópio 202 Data: 07 de outubro de 2023 Local: Praça de Morro Agudo Horário: Das 10:00 às 00:00
Para solicitar entrevistas, mais informações sobre a programação ou imagens em alta resolução, entre em contato com nossa assessoria de imprensa em:
O IDMJRACIAL, Instituto de Desenvolvimento da Juventude Negra da Baixada Fluminense, está completando cinco anos de existência, repletos de lutas e afirmação da existência negra. Em comemoração a essa marca significativa, ao longo de todo o ano de 2023, eles prepararam uma série de atividades, produtos e ações coletivas.
A primeira atividade para celebrar essa meia década de existência é o lançamento da terceira edição do FAN Baixada – Festival Audiovisual Negritude da Baixada Fluminense, que ocorrerá no Quilombo Enraizados, em Nova Iguaçu, no final de julho.
O tema central deste ano é “Violência Policial e Memórias de Resistência”, abordando uma questão urgente e crucial na nossa sociedade. O festival contará com quatro categorias de prêmios: Fotografia, Podcast, Melhor Filme Temática Livre e Melhor Filme “Violência Policial e Memórias de Resistência”.
Os vencedores receberão prêmios em dinheiro: R$800 para a Melhor Fotografia, R$800 para o Melhor Podcast, R$1.000 para o Melhor Filme Temática Livre e R$1.000 para o Melhor Filme “Violência Policial e Memórias de Resistência”.
As inscrições estão abertas e podem ser feitas através do site dmjracial.com. Acesse o edital para obter mais informações sobre o processo de inscrição, seleção e premiação.
Não perca a oportunidade de participar desse importante evento que celebra a cultura, a resistência e a arte negra na Baixada Fluminense. Junte-se a nós no FAN Baixada 2023 e faça parte dessa história de transformação!
Morro Agudo, Rio de Janeiro – A Batalha de Morreba, movimento cultural que nasceu em agosto de 2017, está de volta com uma edição especial no próximo domingo, dia 09. Realizado na Praça João Antônio Pires (Praça de Morreba), no centro de Morro Agudo, o evento tem como objetivo promover e incentivar práticas artísticas urbanas entre os jovens das periferias.
Com mais de 50 edições realizadas, a Batalha de Morreba se tornou um espaço inclusivo e inspirador para talentosos artistas expressarem suas vozes. O evento oferece batalhas de rima, SLAM Poetry, encontros de DJs e muito mais. É uma verdadeira celebração da cultura urbana, reunindo artistas e comunidades em torno da arte.
Nesta edição especial, o evento contará com a co-produção do CPPEC, o curso de produção cultural do Instituto Enraizados. A estrutura será ampliada, proporcionando uma experiência ainda mais impactante aos participantes.
O line-up da noite apresenta três artistas de destaque, todos criados na Baixada Fluminense e com carreiras em solidificação na cultura hip hop.
Flyer Batalha de Morreba
Medusza, multiartista, atua como produtora cultural, mestre de cerimônias, produtora musical e atriz. Nascida em Belford Roxo e criada em Olinda, ela traz consigo a essência da Baixada e tem se destacado como uma das vozes mais promissoras da cena.
Jazzaoquadrado, criado em Mesquita, é um verdadeiro expoente da cultura Hip-Hop. Sua música traz uma energia única e original, conquistando fãs em todo o território fluminense.
Marcão Baixada, rapper com raízes profundas na Baixada Fluminense, traz em suas letras as vivências do lugar onde nasceu e cresceu. Com uma carreira marcada por importantes conquistas, como apresentações no Circo Voador e na Batalha do Real, ele é um dos nomes mais relevantes do rap fluminense.
Além dessas atrações de peso, as residentes DJs Imperatriz e Moonjay, retornam à casa e prometem agitar a festa com sets envolventes e cheios de energia, garantindo uma atmosfera vibrante e dançante para o público presente.
A edição especial da Batalha de Morreba acontecerá às 17 horas, no próximo domingo (09). Não perca a oportunidade de vivenciar essa experiência única e celebrar a cultura urbana com Jazzaoquadrado, Medusza e Marcão Baixada.
**Sobre o Portal Enraizados**
O Portal Enraizados é um site de cultura urbana que tem como objetivo promover e divulgar eventos, artistas e iniciativas que fortalecem a cena cultural nas periferias. Com um olhar atento às expressões artísticas locais, o Portal Enraizados é um espaço de valorização e reconhecimento das vozes que transformam e inspiram. Acesse o portal e fique por dentro das novidades e eventos da cultura urbana.
Na última sexta-feria (01) uma tempestade colocou toda a Baixada Fluminense em estado de alerta, foram registradas enchentes em muitos bairros de Nova Iguaçu e Belford Roxo, inclusive em alguns lugares que nunca antes havia enchido.
Pedro Bonn, produtor executivo do grupo Yoùn, convocou uma galera pesada para fazer um show beneficente no próximo domingo (10), às 14 horas, em Nova Iguaçu, para arrecadar alimentos e dinheiro para as famílias que foram vitimadas por essa enchente nas cidades de Belford Roxo e Nova Iguaçu.
DJ Dorgo, cria de Morro Agudo, além de DJ, é poeta e MC. O jovem artista de 27 anos que vem se destacado na cena do hip hop e do SLAM, principalmente por ser um artista polivalente, é um dos grandes nomes dessa line de peso, que conta também com artistas como Black, De La Cruz, Ebony, King, Izrra, Zuleide, Kalebe, Big Jow e EOJ, além, é claro, do grupo YOÙN.
Tudo foi organizado de forma muito rápida, por isso quem quiser obter informações em primeira mão, é melhor ficar ligado no perfil do projeto BXD Fortalece, no Instagram (www.instagram.com/bxd_fortalece).
O ingresso para entrada no evento será em forma de donativos, então quem estiver interessado em curtir esses shows basta levar 2kg de alimentos não perecíveis ou 2 produtos de limpeza, é importante dizer também que além dos donativos, todo o lucro obtido com a venda de bebidas será destinado às vítimas.
DJ Dorgo
DJ, produtor cultural, arte educador, poeta e mestre de cerimônia são as profissões exercidas por Dorgo, cria de Morro Agudo que carrega a Baixada em cada ato.
Apesar de atuar em tantas frentes, Dorgo sempre foi DJ, foi como deu início a tudo que é hoje e a arte dos discos ainda é sua paixão.
BXD Fortalece
Quando: 10 de abril de 2022 às 14 horas
Onde: Rua Ceará, 98 – Jardim da Viga, Nova Iguaçu, RJ
Mais infos: https://www.instagram.com/bxd_fortalece