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  • O Hip Hop brilhou e celebrou no Festival de Hip Hop do Cerrado

    O Hip Hop brilhou e celebrou no Festival de Hip Hop do Cerrado

     A 6ª edição aconteceu como parte das comemorações dos 54 anos da Ceilândia

    Por DJ Fábio ACM e Giovana Gomes

    Era um sábado de previsão de chuva, mas Ceilândia decidiu que o tempo seria outro. As nuvens se seguraram e deram espaço para o brilho do sol, da rima, da batida e do povo. Na Praça do Cidadão, coração pulsante da quebrada, o 6º Festival de Hip Hop do Cerrado tomou forma como um reencontro histórico — e eu, DJ Fábio ACM, tive a honra de estar lá, vivendo cada momento.

    Gente de todas as regiões do Distrito Federal se juntou naquele chão sagrado do Hip Hop. Não era só um festival. Era um chamado. Um ato de celebração, resistência e pertencimento. Ali, os quatro elementos estavam em comunhão: os b-boys e b-girls dançavam no chão, rolaram até os clássicos “passinhos”, MCs rimando, os DJs comandando a festa e o graffiti, nas paredes do Jovens de Expressão estampava a alma da Ceilândia.

    O camarim não era apenas um bastidor — era um terreiro de afeto, onde a energia entre os artistas era de verdadeira congregação. Ali, cada olhar, cada abraço e cada conversa trazia a certeza de que estávamos fazendo parte de algo maior. Estávamos continuando uma história, escrevendo mais uma página de luta, arte e identidade periférica.

    DJ Fábio ACM & DJ Raffa Santoro
    DJ Fábio ACM & DJ Raffa Santoro

    No centro de tudo isso, um nome: DJ Raffa Santoro. Um dos maiores nomes do Hip Hop nacional. Produtor premiado, DJ de respeito, mestre e inspiração. O culpado — sim, culpado com orgulho — por revelar tantos talentos e por, mais uma vez, reunir o Brasil do Hip Hop na Ceilândia. Ele, filho do maestro Claudio Santoro e da bailarina Gisele Santoro, é a soma perfeita de técnica e paixão. Viveu o exílio com a família na Alemanha, mas voltou pra Brasília e fez da cidade sua bandeira. B-boy, músico, radical, popular, periférico. Raffa é parte viva da nossa história. Seu livro “Trajetória de um Guerreiro” não é só um relato biográfico, é um documento do Brasil que rima, dança, canta e resiste.

    E resistimos. Após 11 anos de pausa, o Festival de Hip Hop do Cerrado voltou. E voltou gigante. A 6ª edição aconteceu como parte das comemorações dos 54 anos de Ceilândia — a capital do Hip Hop do DF, berço de grupos como Viela 17, Cirurgia Moral, Álibi, Câmbio Negro, Tropa de Elite e lendas como Japão e DJ Jamaika. Essa cidade, que transformou a dor em arte e a periferia em potência, merecia — e recebeu — um evento à altura.

    A Praça do Cidadão virou palco de um espetáculo que reuniu Viela 17, Atitude Feminina, MC Marechal (RJ), Cinthia Savoy (baiana radicada em Florianópolis), F-Dois (Porto Velho, RO), VK (MC de Florianópolis, filho do DJ Monkey), DJ Buiu, DJ Monkey e, claro, ele: G.O.G. — lenda viva do Hip Hop do DF, um dos momentos mais esperados da noite, e que levou o público ao delírio com sua presença.

    O festival contou com estrutura de alto nível: painéis de LED, experiências multimídia, lounge, food trucks e entrada gratuita. E mesmo com os ingressos esgotados, o público compareceu em peso. Foi emocionante.
    Do palco, vieram as rimas, as batidas e os scratchs. E também vieram as lembranças. Em um dos momentos mais marcantes da noite, o festival prestou homenagens póstumas a dois ícones que já partiram, mas seguem vivos na história do Hip Hop brasileiro: DJ Celsão, do grupo Cirurgia Moral, e DJ Jamaika. A reverência foi justa, merecida e comovente. A memória deles vive em cada batida, em cada verso, em cada jovem que hoje ocupa o microfone e o toca-discos.

    Eu estive lá com minha amiga Giovana Gomes, que além de parceira de trampo no jornalismo, é apaixonada por Hip Hop e ajudou a trazer um pouco do protagonismo das mulheres no Hip Hop do Distrito Federal.

    A mulher no Rap

    Por Giovana Gomes

    O rap do Distrito Federal tem sido palco para vozes femininas que transformam realidades e inspiram novas gerações. No Festival Hip Hop no Cerrado, mulheres que moldaram essa cena reafirmaram sua força e legado. O grupo Atitude Feminina, que há 26 anos ocupa espaços no Hip Hop com resistência e autenticidade, teve uma participação marcante. Aninha, uma das idealizadoras do festival, relembra os desafios do início: “Os caras naquela época não queriam a gente”. Mas elas seguiram firmes, construindo um caminho sólido para outras mulheres na música. Helen, também integrante do grupo, resume o impacto de sua trajetória: “Se eu tiver tocado uma mulher, para mim é suficiente”, diz, emocionada.

    Giovana Gomes, Hellen e Aninha (Atitude Feminina)
    Giovana Gomes, Hellen e Aninha (Atitude Feminina)

    Além delas, Cintia Savoy também brilhou no evento, trazendo sua mistura de reggae e rap e reafirmando a potência das mulheres na música urbana. Ex-residente de Ceilândia, Cintia sente a conexão do público com sua arte e valoriza cada troca com quem a escuta. “Sei que Brasília ama o rap, e a Ceilândia é um berço de grandes artistas”, comenta. Com anos de estrada, ela mostra que a música não é apenas entretenimento, mas um instrumento de transformação social. O Festival Hip Hop no Cerrado foi mais uma prova de que o rap do DF segue vivo, forte e, cada vez mais, feminino.

    Um pouco da história e da presença dos artistas de outros estados no palco do festival:

    F-Dois (Porto Velho, Rondônia)

    Diretamente de Porto Velho (RO), o rapper F-Dois celebrou sua participação no 6º Festival de Hip Hop do Cerrado, na Ceilândia, destacando a importância e abrangência do evento, que reúne artistas de todo o Brasil. Ele também esteve presente na 5ª edição e considerou mais uma vez uma experiência única, elogiando a energia do público e a organização do festival. F-Dois ressaltou sua parceria com DJ Raffa Santoro, produtor de todas as suas faixas, incluindo “Quem é Você”, do álbum Pronto para Guerra, disponível no Spotify.

    DJ Monkey

    Diretamente de Florianópolis, DJ Monkey celebrou sua participação no Festival de Hip Hop do Cerrado, na Ceilândia, ao lado do filho, o rapper e produtor VK. Para ele, foi emocionante unir gerações no palco e compartilhar a caminhada com artistas como Japão e DJ Raffa, que foi peça-chave para abrir portas para VK. Monkey destacou os desafios de se fazer Hip Hop em Santa Catarina, estado com cultura eurocentrada e baixa população negra, e exaltou a importância da Ceilândia como referência para o movimento.

    Iniciando sua carreira em 1992, Monkey contou que seu primeiro disco para scratch foi o DJ Scratch, produzido pelo DJ Raffa. Hoje, ele e VK gerenciam um estúdio musical em uma escola de São José (SC), atendendo 120 crianças em contraturno escolar. VK é também o primeiro rapper de sua geração no estado a cursar licenciatura em música pela UDESC. Para Monkey, o Hip Hop vai além da arte: “é ferramenta de transformação social e intergeracional.”

    MC VK (Florianópolis, SC)

    Com 19 anos, VK iniciou sua trajetória no rap aos 12, influenciado pelo pai, DJ Monkey, e pelo convívio desde a infância com estúdios e artistas em Florianópolis. Em sua fala no palco do 6º Festival de Hip Hop do Cerrado, na Ceilândia, destacou os desafios de fazer rap em Santa Catarina, um estado marcado pela cultura eurocentrada e com poucos espaços para a cena negra. Mesmo assim, ressaltou a qualidade e resistência dos artistas locais.

    VK celebrou a oportunidade de dividir palco com nomes como G.O.G., Japão e Atitude Feminina, agradecendo especialmente a DJ Raffa e Japão pelo apoio desde seus 14 anos. Contou também sobre os eventos que fortalece com o pai em Florianópolis, como o tradicional Baile Charme e batalhas de rima. O V de Victor, traz um K, em homenagem ao seu padrinho e pioneiro do Hip Hop em SC, o DJ Kchaça.

    Nova edição do festival confirmada

    A proposta do festival foi clara e poderosa: descentralizar o eixo Rio-SP e valorizar a cultura periférica, mostrando que a arte que nasce nas bordas transforma o centro. E conseguiu. Com maestria.
    A emoção ainda pulsa no meu peito. Vi sorrisos, lágrimas, danças, crianças no ombro dos pais, juventude vibrando, veteranos emocionados. Vi o Hip Hop que me formou e que continua formando tantos. Vi o futuro.

    E a melhor notícia: vem mais por aí. Uma nova edição do festival já está confirmada para o segundo semestre. Porque quando a quebrada se levanta, não tem tempo feio que segure.

  • A impunidade do assassino de Hailé Selassié I

    A impunidade do assassino de Hailé Selassié I

    Mengistu Haile Mariam, o assassino de Hailé Selassié I, vive em exílio no Zimbábue, desafiando a justiça e a memória histórica.

    Cerca de 50 anos após a revolução que derrubou o último imperador da dinastia salomônica, Hailé Selassié I, a justiça ainda parece um sonho distante para os milhares de etíopes que sofreram sob o regime do ditador Mengistu Haile Mariam. Apesar de condenado à morte em 2007 por genocídio e outros crimes contra a humanidade, Mengistu vive exilado no Zimbábue, protegido pelo governo local, deixando um rastro de impunidade que ecoa pelos corredores da história.

    Hailé Selassié I: O “Rei dos Reis” e o Pai do Pan-africanismo

    Hailé Selassié I, que nasceu como Tafari Makonnen em 1892, foi o líder da Etiópia entre 1930 e 1974, incluindo o período da ocupação italiana, de 1936 a 1941. Descendente direto da linhagem do rei Salomão e da rainha de Sabá, Selassié tornou-se uma figura política e espiritual influente tanto dentro quanto fora da África. Durante seu governo, promoveu a modernização do país, introduzindo a primeira universidade, companhias aéreas e hospitais na Etiópia, além de consolidar a posição do país como membro fundador da Organização da Unidade Africana (atual União Africana).
    Mesmo tendo contribuído para o desenvolvimento do país, Hailé Selassié I foi criticado por manter um sistema feudal que alimentava desigualdades. Nos anos 1970, seu governo também ficou marcado por uma fome devastadora, que acabou sendo um dos motivos para sua queda.

    No entanto, para os adeptos do Rastafarianismo — um movimento religioso que emergiu na Jamaica nos anos 1930 — Hailé Selassié I era muito mais que um imperador. Ele era visto como a reencarnação de Jah, uma figura messiânica que libertaria os descendentes africanos da opressão colonial e guiaria um êxodo espiritual e físico para a África. A visita de Selassié à Jamaica em 1966 consolidou seu status entre os rastafáris, sendo saudado por milhares, incluindo a família de Bob Marley, que mais tarde se tornaria um dos maiores divulgadores da causa.

    Estandarte Real Imperial para Haile Selassie I

    Marcus Garvey e o Rei Negro: a profecia que inspirou uma fé global

    O Salmo 87 exalta Sião como a cidade escolhida por Deus, um local de glória onde todas as nações se reúnem em harmonia. Para os rastafáris, esse salmo ecoa a visão profética de Marcus Garvey, que previu o surgimento de um rei negro na África como o salvador dos descendentes africanos no Ocidente. Essa profecia foi vista como cumprida com a coroação de Hailé Selassié I, o “Rei dos Reis” e “Leão Conquistador da Tribo de Judá”. Assim, Sião, simbolizada pela Etiópia, tornou-se um refúgio espiritual, enquanto Selassié foi identificado como a personificação de Jah na Terra, fortalecendo a identidade cultural e a fé dos rastafáris em sua busca por libertação e justiça.

    A ascensão e os crimes de Mengistu Haile Mariam

    Mengistu Haile Mariam, nascido em 1937, foi um dos principais arquitetos do golpe militar que derrubou Hailé Selassié I no ano de 1974. Mengistu, um severo coronel do exército que se tornou um marxista linha-dura, era pouco conhecido do mundo exterior quando liderou um grupo de oficiais do exército na derrubada do imperador.

    Como líder do Derg, a junta militar socialista que assumiu o poder, Mengistu consolidou sua posição por meio de expurgos sangrentos, conhecidos como o “Terror Vermelho”. Entre 1977 e 1978, milhares de oponentes políticos foram torturados e mortos. Estima-se que durante seu regime, dezenas de milhares de pessoas tenham sido assassinadas, além de milhares de desaparecidos cujos destinos permanecem um mistério.

    Entre os crimes mais infames atribuídos a Mengistu Haile Mariam está o assassinato de Hailé Selassié I. Registros históricos apontam que o imperador foi cruelmente estrangulado em seu leito em 1975 e enterrado em uma cova secreta. Anos mais tarde, após a queda do regime do Dergue, quando os restos mortais foram finalmente localizados, constatou-se que quase todos os ossos de seu corpo haviam sido brutalmente quebrados por seus algozes.

    Durante o julgamento de 67 ex-membros da junta militar liderada por Mengistu, os juízes revelaram documentos que descreviam uma reunião realizada em 23 de agosto de 1975, na qual os oficiais decidiram que “Sua Majestade Imperial Hailé Selassié I deveria ser estrangulado por ser o símbolo do sistema feudal”. Em 26 de agosto, o ato foi consumado de maneira cruel em sua própria cama. Este assassinato figura entre os mais de 2.000 homicídios e desaparecimentos supostamente ordenados sob o regime de Mengistu, deixando um legado de horror e impunidade.

    Mengistu manteve-se no poder até 1991, quando foi deposto por grupos rebeldes. Fugiu para o Zimbábue em maio daquele ano, onde recebeu asilo do então presidente Robert Mugabe. Apesar de seu julgamento e condenação à morte por genocídio em 2007, o Zimbábue recusou-se a extraditá-lo, permitindo que vivesse em luxo enquanto suas vítimas continuam a esperar por justiça.

    Mengistu continua impune no Zimbábue

    A memória de Hailé Selassié I e a persistente busca por justiça

    O legado de Hailé Selassié I permanece vivo, tanto na Etiópia quanto na diáspora africana. Em 2000, seu corpo foi reenterrado em uma cerimônia discreta na Catedral da Santíssima Trindade, em Addis Abeba. O evento atraiu lideranças religiosas, monarquistas e rastafáris de todo o mundo, reafirmando seu status como um ícone espiritual e histórico.
    Por outro lado, a sobrevivência de Mengistu Haile Mariam em exílio ilustra as complexidades da justiça internacional. O Zimbábue, sob a liderança de Mugabe, ofereceu-lhe proteção em troca de apoio político e diplomático. Essa situação, para muitos, é um lembrete de como interesses políticos podem obstruir a busca por responsabilização e reconciliação.

    A história de Hailé Selassié I e Mengistu Haile Mariam é um reflexo das contradições da luta por liberdade, poder e justiça na África. Enquanto um representava a continuidade e a resistência contra o colonialismo, o outro simboliza o custo humano de regimes totalitários. A impunidade de Mengistu continua a desafiar os avanços na governança e nos direitos humanos, provando que a justiça é, muitas vezes, uma vitória tardia e incompleta.

    O Imperador na capital brasileira: um encontro de nações

    Imagine a grandiosidade: em 1960, o Imperador Hailé Selassié I, a majestade que personificava a história e a espiritualidade da Etiópia, desembarcou em Brasília. Recebido com honras no aeroporto Juscelino Kubitscheck, acompanhado de todo o seu ministério, o imperador encantou a jovem capital brasileira. No Congresso Nacional e no Superior Tribunal Federal, Selassié foi homenageado como uma figura de grande prestígio internacional. Em uma cerimônia no Palácio do Planalto, condecorou o presidente Juscelino Kubitscheck com a Medalha de Sabá, a mais elevada honraria da Etiópia, simbolizando laços de respeito e cooperação. Durante sua estadia, o Imperador desfrutou da hospitalidade no icônico Palácio da Alvorada, deixando um marco histórico que uniu as duas nações em um momento de celebração e troca cultural.

    Hailé Selassié I e Juscelino Kubitscheck, presidente do Brasil (1960)

    Hailé Selassié I em Brasília (1960)

    Selo comemorativo da visita de Haile Selassie I ao Brasil

    Curiosidades sobre Selassié e Mengistu

    1. A coroação de Hailé Selassié I: Foi um evento grandioso, marcado pelo esplendor e pela presença de líderes e autoridades de diversas partes do mundo. À época, o jornal The New York Times estimou que as festividades custaram mais de US$ 3 milhões (equivalente a cerca de R$ 9,5 milhões em valores atuais). O impacto do evento foi tão significativo que a revista Time dedicou sua capa ao novo imperador, consolidando-o como uma figura de destaque e projeção global.

    2. Fidel Castro e Mengistu: Em 1977, Fidel Castro desembarcou na Etiópia para oferecer apoio ao regime de Mengistu Haile Mariam, marcando o início de uma aliança curiosa. No ano seguinte, Mengistu retribuiu a visita condecorando Castro com a Grande Ordem da Estrela de Honra da Etiópia Socialista. Quando Mengistu chegou a Havana, em 1979, foi recebido com a mais alta honraria de Cuba. A relação continuou em 1984, quando Mengistu voltou a Cuba como convidado especial de Fidel. Durante suas conversas, os líderes focaram nos esforços conjuntos para combater a seca devastadora que assolava vastas regiões da África. O encontro culminou na assinatura de um acordo de cooperação entre os dois países, selando uma aliança marcada por ideais socialistas e momentos de solidariedade internacional.

    3. Bob Marley e o Rastafarismo: Marley considerava Selassié um messias e espalhou sua mensagem em canções como “Jah Live” e “War”, a última baseada em um discurso do imperador na ONU.

    ”Até que os direitos humanos básicos sejam
    igualmente garantidos a todos, sem distinção de raça.
    Isso é uma guerra.”
    (War – Bob Marley)

    Referências:
    A Brief Biography of His Imperial Majesty Emperor Haile Selassie I 23 JULY 1892 – 27 AUGUST 1975
    https://ethiopiancrown.org/biography-emperor-haile-selassie-i/

    Revista Times – 3 de novembro de 1930
    https://time.com/archive/6819639/abyssinia-coronation-2/

    Mengistu Leaves Ethiopia In Shambles
    https://www.washingtonpost.com/archive/politics/1991/05/22/mengistu-leaves-ethiopi a-in-shambles/77631652-4cfb-469a-8af0-d292f1ecc5ec/

    Instituto Cubano del Arte e Industria Cinematográficos
    https://www.youtube.com/watch?v=xey37olc7ZI

    Jornalista especializado no Chifre da África e na África Austral
    https://martinplaut.com/2023/05/23/a-moment-in-history-fidel-castros-visit-to-ethiopia/

    Site do Ministério das Relações Exteriores – República Democrática Federal da Etiópia
    https://www.gov.br/mre/pt-br/assuntos/relacoes-bilaterais/todos-os-paises/republica-democra tica-federal-da-etiopia

    Kapuściński, Ryszard. O Império Africano. Traduzido por Tomasz Barcinski. São Paulo: Companhia das Letras, 1978.

  • GT-RJ representa e fortalece a cultura em Brasília

    GT-RJ representa e fortalece a cultura em Brasília

    Com rimas afiadas e ideias firmes, representantes do Hip Hop carioca mostram que a cultura Hip Hop é a ponte para a transformação social e política

    Nos dias 29 e 30 de novembro de 2024, Brasília respirou rima, ritmo e resistência com o Seminário Internacional da Construção Nacional do Hip Hop. Representando o Rio de Janeiro, oito vozes marcantes do movimento cultural mais revolucionário do planeta levaram suas histórias, perspectivas e desejos para o futuro do Hip Hop. O evento não foi só um marco, mas um grito de união, organizado para construir políticas públicas e fortalecer uma cultura que há 50 anos transforma vidas.

    As vozes do GT-RJ

    De Cabo Frio à Lapa, da CDD à Baixada Fluminense, do basquete de rua às batalhas de rima, os representantes do GT-RJ têm trajetórias que misturam arte, educação e transformação social. Conheça quem são algumas dessas lideranças e o que pensam sobre o impacto do seminário.

    Taz Mureb – MC e porta-voz da resistência do interior

    Primeira colocada no edital do Ministério da Cultura na região Sudeste, Taz Mureb, de Cabo Frio, é MC, produtora cultural e uma das vozes mais marcantes do GT-RJ. Para ela, o seminário é um divisor de águas para a cultura Hip Hop no Brasil.

    “O seminário é um marco. Estamos institucionalizando o Hip Hop como política pública cultural. É mais que música ou dança, é um movimento sociocultural e político. Aqui, a gente abre diálogo com órgãos do governo, empresas e até frentes internacionais. Sonho com o Hip Hop sendo ferramenta de promoção cultural no Brasil e no exterior. É o começo de algo muito maior.”

    Taz destacou também a importância de criar um legado para as próximas gerações: “Precisamos transformar iniciativas locais em políticas nacionais e mostrar que o Hip Hop pode mudar o Brasil. É isso que estamos construindo aqui.”

    DJ Drika – O coração pulsante da Baixada Fluminense

    Adriane Fernandes Freire, ou DJ Drika, carrega a Baixada Fluminense no peito. Fundadora da Roda Cultural do Centenário, ela e sua equipe levam os quatro elementos do Hip Hop para as favelas de Duque de Caxias há seis anos.
    “Estar aqui no seminário é histórico. É uma vitória da cultura periférica, uma chance de dialogar com o governo e fortalecer o que já fazemos nas comunidades. A cultura Hip Hop precisa de apoio contínuo, e eventos como este abrem caminhos para que nossas vozes sejam ouvidas.”

    Drika enfatizou que o Hip Hop não é só arte, mas também resistência: “Nosso movimento nasceu para transformar. Com a parceria do governo federal, podemos ir mais longe e impactar mais vidas.”

    MC Rafinha – A força da união

    Parceiro de Drika na Roda Cultural do Centenário, Rafael Alves, o MC Rafinha, é um mestre de cerimônias que acredita na força coletiva. Ele vê o seminário como uma plataforma para expandir o trabalho que já realiza com batalhas de rima, grafite e poesia na Baixada Fluminense.

    “Esse evento é sobre união. É a chance de estarmos juntos, trocando ideias e mostrando que o Hip Hop vai além das nossas rodas culturais. Aqui, colocamos nossa luta no mapa e mostramos que estamos prontos para construir juntos.”

    Para Rafinha, o seminário marca o início de um novo capítulo para o movimento. “O Hip Hop é a voz da periferia. Estar aqui é garantir que essa voz ecoe mais alto.”

    Erick CK – Conectando a cena em Niterói

    Com sete anos de atuação nas rodas culturais de Niterói, Erick Silva, o CK, sabe o peso de levar o Hip Hop para os palcos e ruas. No seminário, ele viu uma oportunidade de conectar as demandas dos artistas locais com políticas públicas mais amplas.

    “É muito importante estarmos aqui. Precisamos discutir os problemas reais do Hip Hop, como falta de patrocínio para DJs e grafiteiros, e a valorização dos produtores que estão sempre nos bastidores. O seminário abre essas portas.”

    CK ressaltou a relevância de manter o diálogo aberto para futuras edições: “Que este seja o primeiro de muitos eventos que fortaleçam o movimento em todo o Brasil.”

    Anderson Reef – Transformação social em Madureira

    Palestrante no painel “Retratos do Brasil: Narrativas Regionais e Potência Construtiva”, Reef é produtor cultural, responsável pela Batalha Marginow, evento semanal, que acontece todas as segundas e tem uma década de trabalho embaixo do Viaduto Madureira, zona norte do Rio. Ele usa o Hip Hop para revitalizar espaços e gerar economia criativa.

    “O Hip Hop salva vidas. Aqui em Brasília, mostramos ao governo que nosso movimento vai além da música. Trabalhamos com saúde, educação, teatro e dança. Precisamos de mais estrutura para continuar impactando nossas comunidades.”

    Para Reef, o seminário também é um espaço para pensar grande: “Quero ver o próximo evento num lugar maior, com mais gente. O Hip Hop merece ser tratado como prioridade nacional.”

    Anderson Reef

    Rafa Guze – Uma cineasta na linha de frente

    Educadora social e diretora do Instituto BR-55, Rafa Guze acredita no poder do Hip Hop para transformar vulnerabilidades sociais. Para ela, o seminário é uma chance de estruturar
    políticas que atendam as bases do movimento.

    “O Hip Hop é uma potência global, mas nossas comunidades ainda enfrentam muitas dificuldades. Este evento é sobre construir soluções, criar políticas que combatam fome, genocídio, feminicídio e outras desigualdades. É sobre usar nossa cultura para transformar realidades.”

    Rafa destacou a importância de trabalhar em parceria com o governo: “Sabemos como resolver os problemas. Só precisamos de apoio para fazer isso acontecer.”

    Lebron – Formando novas gerações

    Victor, ou Lebron, é um veterano do basquete de rua e do Hip Hop em Campos dos Goytacazes. Fundador de uma ONG que atua há 18 anos, ele vê o seminário como uma oportunidade de renovar o movimento.

    “O Hip Hop me ensinou tudo que sei. Agora, quero retribuir, formando novas gerações de artistas, DJs e produtores culturais. Precisamos de mais eventos assim, que conectem pessoas e ideias para planejar o futuro.”

    Para Lebron, o maior desafio é garantir que o movimento continue crescendo de forma sustentável: “Estamos retomando espaços e precisamos de articulação para avançar.”

    Bruno Rafael

    Bruno Rafael – Liderança que inspira

    Com 27 anos de trajetória, Bruno Rafael é uma figura central do Hip Hop carioca. Palestrante no painel “Retratos do Brasil: Narrativas Regionais e Potência Construtiva”, ele destacou o amadurecimento do movimento.

    “Esse seminário é fruto de trabalho coletivo. Mostramos que o Hip Hop está politizado e organizado. Hoje, conseguimos dialogar diretamente com ministros e secretários, algo que
    nunca foi possível antes.”

    Para Bruno, o evento é um reflexo da força do movimento: “O Hip Hop tem o poder de transformar vidas. Estamos só começando a mostrar do que somos capazes.”

    O impacto do seminário

    Entre as falas, há um consenso: o Hip Hop precisa ser reconhecido como política pública prioritária. Os representantes do GT-RJ destacaram que o movimento não é apenas arte, mas uma ferramenta para combater desigualdades, gerar renda e formar futuros líderes culturais. Para os representantes do GT-RJ, dois nomes de peso tiveram grande importância para a realização deste seminário: Claudia Maciel e Rafa Rafuagi.

    “A Claudia é pura visão estratégica”, disse Taz Mureb.

    Já Rafa Rafuagi, é a ponte que liga cultura e política: “Ele é aquele cara que transforma discurso em ação. Além de ser referência no rap do Sul, ele trouxe a ideia de que o Hip Hop pode e deve dialogar diretamente com o governo, sem perder nossa essência de resistência.”

    Para o grupo, Cláudia e Rafa não foram apenas organizadores, mas exemplos vivos de que o Hip Hop é articulação, união e transformação.

    Caminhos para o futuro

    O Seminário Internacional da Construção Nacional do Hip Hop foi mais do que um evento. Foi um passo firme em direção a um Brasil mais justo e diverso, onde a cultura Hip Hop ocupa o lugar que merece: o de protagonista na transformação social.

    Com vozes como as do GT-RJ, o futuro do Hip Hop promete ser brilhante – e revolucionário.

    No corre da favela e do asfalto, na batida da vida, todo mundo mandou o papo reto: “O Hip Hop salva vidas!”

  • Hip-Hop em Movimento: Transformação social e sustentabilidade na periferia e além

    Hip-Hop em Movimento: Transformação social e sustentabilidade na periferia e além

    No 1º dia do Seminário Internacional do Hip-Hop, artistas e ativistas mostram como o movimento une cultura, economia criativa e impacto social.

    O auditório da Petrobras em Brasília foi palco de um dos momentos mais significativos para a cultura Hip-Hop no Brasil nesta sexta-feira (29/11). Dentro do 1º Seminário Internacional do Hip-Hop, que se estende até sábado (30), o painel “Inovação e Sustentabilidade na Cultura Hip-Hop como Economia Criativa” reuniu artistas, pesquisadores e gestores culturais de diferentes partes do Brasil e da América Latina. Com o objetivo de discutir caminhos para fortalecer o movimento enquanto ferramenta de transformação social e fonte de renda, a conversa trouxe reflexões sobre políticas públicas, iniciativas locais e o papel do
    Hip-Hop como patrimônio cultural.

    Sustentabilidade e inovação no Hip-Hop: depoimentos que inspiram

    O painel contou com a participação de nomes expressivos, como CDJ de Goiás, Giovanni Nieto, conhecido como YBNT da Colômbia, Douglas Nunes da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, a produtora cultural Andrea Felix de Uberlândia, Minas Gerais e Jailson Correia, o Preto Mil Grau de Guiné Bissau. Cada um deles trouxe experiências de como o Hip-Hop vem rompendo barreiras e construindo novas possibilidades.

    Para o hip hoper CDJ, o Hip-Hop não é apenas um movimento cultural, mas uma ferramenta econômica e social transformadora. “Participar dessa rodada de conversa foi algo muito importante para que a gente pudesse transmitir um pouco do que eu acredito ser sustentabilidade. É buscar meios de capacitar a galera, principalmente nas periferias, para que elas possam olhar para o Hip-Hop como fonte de renda através da música, dança, grafite e discotecagem”, destacou.

    Ele também apontou ações concretas em Goiás, como plantio de árvores e hortas comunitárias, que geram não apenas renda, mas também segurança alimentar nas periferias. “O Hip-Hop pode dialogar com a iniciativa privada e o poder público, porque ele traz retorno. Diversas empresas querem seu nome ligado a algo sustentável, e acredito que o Hip-Hop é essa fonte.”

    Da Colômbia, YBNT, idealizador do festival ambiental Cuida Natura, compartilhou como o movimento se consolidou em parceria com instituições públicas. “Na Colômbia, conseguimos aliar o Hip-Hop à universidade pública, formando artistas e docentes capazes de ensinar Hip-Hop em escolas, universidades, fundações, e até mesmo em presídios. Nosso trabalho inclui populações indígenas, afrodescendentes e moradores de rua, sempre com um enfoque pedagógico e de paz nos territórios.”

    Negro Lamar (Maranhão), DJ Fábio ACM e DJ Big

    O papel das políticas públicas e do Conselhão

    Representando a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Douglas Nunes destacou a importância do diálogo com o movimento para a construção de políticas públicas mais eficazes. Ele ressaltou a atuação de Cláudia Maciel, conselheira do presidente Lula e uma das articuladoras do seminário, no debate sobre igualdade racial.

    “Ela levou ao Conselhão o compromisso de transformar as demandas e propostas geradas aqui em políticas públicas concretas, reforçando a escuta ativa das comunidades.”

    Hip-Hop em rede: conexões nacionais e internacionais

    Para Andrea Felix, organizadora do UDI Hip-Hop Festival, o impacto do Hip-Hop transcende fronteiras. Ela compartilhou a experiência de Uberlândia, onde o festival se consolidou como o maior do Triângulo Mineiro, fomentando economia criativa e inspirando eventos semelhantes em Salvador, Portugal e Emirados Árabes. “Essa troca fortalece nossa construção nacional e expande nosso alcance. A 14ª edição do festival já conta com apoio da prefeitura pelo terceiro ano consecutivo, mostrando como é possível fazer o Hip-Hop gerar economia e transformação.”

    Já Jailson Correia, o Preto Mil Grau de Guiné Bissau, reforçou a essência educativa do movimento. “Um evento como esse traz um dos pilares do Hip-Hop, que é o conhecimento. Esse espaço é fundamental para a troca de saberes e a mistura de culturas, que só fortalecem o movimento.”

    Contexto e avanços do Seminário Internacional

    O seminário, que ocorre dentro do calendário da Campanha Cultura Negra Vive, celebra o Dia Mundial do Hip-Hop (12/11) e o Mês da Consciência Negra (20/11). A programação diversificada inclui mesas-redondas como “Cultura Hip-Hop como Patrimônio Imaterial”, debates sobre igualdade racial e apresentações culturais de grupos como Atitude Feminina e Viela 17.

    Segundo Cláudia Maciel, o evento marca um momento histórico para o movimento. “O decreto nº 11.784, assinado pelo presidente Lula, consolida o Hip-Hop como uma legítima expressão da identidade brasileira. Além disso, o inventário participativo com o Iphan avança no reconhecimento do Hip-Hop como Patrimônio Cultural Imaterial.”

    A ministra da Cultura, Margareth Menezes, e a socióloga Vilma Reis também estão entre os grandes nomes que compõem as discussões. O evento reflete o fortalecimento do movimento como força cultural e política no Brasil e no mundo, apontando para um futuro onde o Hip-Hop se consolida como eixo transformador da sociedade.

    Protagonismo das comunidades periféricas

    Os debates também destacam o papel das comunidades periféricas como epicentro do Hip-Hop. A conexão entre tradição e inovação surge como um dos principais motores para transformar realidades e ampliar a luta por justiça social e racial.

    No segundo dia do seminário, o foco será a implementação de políticas públicas específicas para o movimento, com mesas como “Mulherismo Afrikana e Políticas Públicas para
    Homens Negros” e “Cultura de Base Comunitária como Ferramenta de Transformação Social”.

    O encerramento ficará por conta do grupo Viela 17, consolidando o Hip-Hop como uma força vibrante e necessária para a cultura brasileira.

  • Dudu de Morro Agudo lançará clipe de ‘Delatores VS Delatados’ no dia 06 de julho

    Dudu de Morro Agudo lançará clipe de ‘Delatores VS Delatados’ no dia 06 de julho

    Tá com saudades das letras pesadas dos raps dos anos 90, mas não abre mão da batida contagiante do funk carioca?

    Então você precisa ouvir a música ‘Delatores Vs Delatados’ que faz parte do novo álbum do rapper baixadense que se apresentará no palco do Espaço Favela no Rock In Rio 2019.

    Quem conhece Dudu de Morro Agudo e já ouviu músicas como Sacolinha, Legado e Caprichosos – e já viu seus respectivos videoclipes, entende que o estilo do rapper é único e sabe bem que de forma alguma ele deixa de dizer o que tem que ser dito.

    Aproveitando mais esse escândalo na política brasileira, envolvendo o ex-juiz e atual Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, ele viu a oportunidade de promover a música que já está com um videoclipe engatilhado para ser lançado no próximo dia 06 de julho pela produtora Mero Filmes.

    Gravação do videoclip Delatores VS Delatados
    Gravação do videoclip Delatores VS Delatados

    Apesar de bastante crítico e ríspido em suas letras, DMA não abre mão do bom humor, e por isso está realizando uma promoção na sua conta do Instagram, onde, para promover a música e o clipe, provoca seus fãs a gravarem vídeos ouvindo a música e a indicarem amigos para ganharem prêmios. Os sorteados ganharão uma caneca exclusiva e duas blusas.

    Quer saber como participar da promoção?

    Então preste atenção no passo a passo:

    01) Faça um vídeo no stories do Instragram, ouvindo ou cantando a música Delatores VS Delatados (Você acessar os destaques da conta do Dudu no Instagram para ver quem está participando);

    02) Marque dois dos seus melhores amigos, que você gostaria que ganhasse os prêmios com você;

    03) Marque o @DuduDeMorroAgudo e siga-o no Instagram.

    04) O sorteio será realizado ao vivo, no dia 27 de junho, às 20 horas no Instagram do Dudu de Morro Agudo. As(os) sorteadas(os) deverão estar assistindo durante o sorteio para poderem ganhar os prêmios.

    SAIBA MAIS

    Instagram: www.instagram.com/dududemorroagudo

    Teaser: www.youtube.com/watch?v=IlkLguxFtjg

  • A cidade de Tianguá, no Ceará, entra no mapa do rap brasileiro através da música do rapper MH.

    A cidade de Tianguá, no Ceará, entra no mapa do rap brasileiro através da música do rapper MH.

    O rapper MH é um dos principais nomes da cena em Tianguá, no Ceará. Construindo rimas utilizando como referência frases e versos de artistas como Luiz Gonzaga, Patativa do Assaré e dos repentistas Caju e Castanha, consegue aproximar o público mais jovem desses poetas que cantam a alma do Nordeste, ao mesmo tempo em que populariza o rap na região.

    Seu estilo de fazer rap une o tradicional e o contemporâneo, resgatando a memória popular sampleando os sons de sanfona, da zabumba, do triãngulo, do pandeiro, além das melodias de pífano, que são remixadas com maestria pelo DJ Sales Medeiros.

    Sua música está chegando forte no Rio de Janeiro, mais precisamente nas rodas de rima da Baixada Fluminense, onde os DJs tocam principalmente a música “Mandacaru Gang”.

    [button color=”red” size=”medium” link=”http://bit.ly/MandacaruGang” icon=”” target=”true”]Download[/button]

    Mas a história de MH no rap começou timidamente no ano de 2006, quando lançou seu primeiro CD, intitulado “Demonstração”. E após concorrer com mais de 400 músicos de todo o Brasil e conquistar o primeiro lugar em um concurso nacional de jingles, realizado pela Secretaria Nacional Antidrogas – SENAD, pôde morar em Brasília e consequentemente se aproximar da cena do rap nacional e então alavancar sua carreira.

    Quando voltou para sua cidade natal, no ano de 2009, totalmente renovado e bem mais experiente, estabeleceu parcerias com importantes DJs da região, como os DJ Natal, Sales e Mazili. Aos poucos foi desenhando seu próprio estilo, exaltando a cultura nordestina, mesclando a música regional com as batidas de trap e boombap, até que em 2014 lançou a mixtape “Frenético”, onde o mesmo define como “um verdadeiro caldeirão de estilos musicais”.

    MH durante apresentação
    MH durante apresentação

    Novo disco

    MH começou o ano de 2018  lançando vídeos e singles em seu canal do Youtube, que já soma mais de 150.000 visualizações, e está preparando o show de pré-lançamento de seu novo álbum “Nordeste Bass” onde cria combinações capazes de animar “qualquer festa”.

    Tianguá – CE

    Tianguá é um município brasileiro do estado do Ceará, fundado em 1890, com cerca de 70 mil habitantes, e que fica localiza-se na microrregião da ibiapaba, mesorregião do Noroeste Cearense. Segundo o livro “Tianguá… Raízes de sua história e de sua cultura”, Tianguá é um termo aportuguesado dos vocábulos tupi “Tyanha” (gancho) e “Guaba” (a água), que quer dizer: o gancho que prende as águas, em alusão ao rio Tianguá e seus afluentes.

    Tianguá fazia parte do território da Villa Viçosa Real da América, antiga aldeia tabajara chefiada pelo morubixaba Irapuã.

    A cidade surgiu em torno de uma pequena capela católica, feita de taipa e coberta com palhas de babaçu, erigida em louvor a Senhora Santana. No município, assim como na maior parte da Serra da Ibiapaba, é muito comum o plantio da cana de açúcar, batata-doce, caju, morango, tomate e pimentão, além de outras frutas e hortaliças.

    No Turismo, o açude forma uma prainha, utilizada pela população para lazer nos finais de semanas, chegando a receber centenas de pessoas oriunda das mais diferentes e distantes cidades da região. O local oferece uma excelente opção para a prática de pesca esportiva. Em sua gastronomia local, o visitante poderá desfrutar de diversos tipos de pratos com os mais variados peixes.

    Fontes:
    Site Guia Turismo Brasil: https://www.guiadoturismobrasil.com/cidade/CE/335/tiangua
    Wikipedi: https://pt.wikipedia.org/wiki/Tianguá

    SAIBA MAIS

    Facebook: https://www.facebook.com/MH.Rapper

    Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCGGQ9dSWlOi2iV6h-Tk-P2Q

     

  • Governar pra quem?

    Governar pra quem?

    No próximo domingo, dia 26/10/2014 haverá o maior acontecimento da história do planeta, é verdade, também haverá eleição, mas nesse caso eu falo do meu aniversário.

    E nada mais extraordinário do que comemorar um aniversário exercendo o meu papel de cidadão votando em alguém que vai MANDAR no meu bairro, na minha rua com e sem buracos, na minha cidade, no meu bolso, nos hospitais que eu usarei, na escola que o meu filho vai frequentar, na universidade que eu estudo, na polícia que me achaca na rua, no controle da bandidagem que invadiu o meu bairro, no poste que fica em frente a minha casa sem iluminação pública enquanto eu pago 14 reais por mês pra ter direito a essa iluminação, na minha conta de água, de luz, de internet, no gás de cozinha, no combustível do meu carro, em fim, em tudo que se relaciona com a minha vida, porque na minha vida mesmo, quem governa é Deus.

    Eu fiz essa pequena explanação para que as pessoas que votam em qualquer um tentem imaginar o quanto é importante o voto. E para finalizar essa sacodidela, ainda me resta dizer que nas eleições é um dos 2 momentos em que o pobre e o rico se equiparam em valor, todos os dois valem a mesma coisa (um voto), a outra forma do pobre se equiparar ao rico é quando estamos no banheiro e escutamos alguém bater na porta, ambos falamos: “Tem gente!”. Fora isso, somos bem diferentes e é por isso que precisamos prestar muita atenção em quem votamos, porque podemos estar votando justamente na pessoa que vai governar para o outro lado e desfavorecer o nosso, ou melhor, puxar a brasa pra outra sardinha e deixar a gente na mão.

    Eu já escolhi os meus candidatos e usei os seguintes critérios:

    – Não votarei em candidato barulhento que me tiram a paz e sossego do meu silêncio, principalmente se eu estiver na minha casa, o que significa dizer que pode ser o melhor candidato do mundo se passou o seu carrinho de som na porta da minha casa ligado, perde o meu voto.

    – Não votarei em candidato que tornou a minha vida mais perigosa, o que significa dizer que aquele candidato do governo que implantou as UPPs na capital e que por isso os bandidos armados até os dentes, alguns com armas que são maiores que eles, vieram pro meu bairro ou proximo a ele, perdeu o meu voto.

    – Não votarei em candidato que trabalha para uma pequena parcela da sociedade e deixa os pobres morrendo a mingua e fingem com o maior descaramento que trabalha para a “integração nacional”.

    – Não voto em candidato que não respeita a autoridade, porque se ele não respeita a autoridade agora que ele é apenas candidato, quem ele vai respeitar quando estiver no poder?

    – E por último, mas não menos importante, não votarei em candidato que não respeita as mulheres, eu fui criado por minha avó que me ensinou a respeitar as mulheres simplesmente pelo que elas são, criaturas mais frágeis fisicamente que os homens, mas com grande força moral, intelectual e sensibilidade, além de ter o dom divino da maternidade que é o veículo pelo qual todos nós, bons ou ruins, baixos e altos, ricos e pobres, independentemente de credo, raça ou costume, viemos ao mundo. Isso inclui, agressão verbal, moral e física, e no caso da física, o meu asco é particularmente maior.

    Desta forma acho que me sobraram raríssimas opções. Mas, mesmo assim eu consegui escolher as minhas opções e só não vou falar aqui nessa coluna porque não é o veículo apropriado para isso.

    Grande abraço.

    Boas eleições.

    E não se esqueça do meu presente… 😮

  • Rapper Japão desabafa via Facebook

    Rapper Japão desabafa via Facebook

    Como é difícil viver na cultura Hip Hop, em vários momentos de minha vida, veio em mente, desistir, jogar tudo pro alto, mesmo assim me mantenho em pé, mesmo com todas dificuldades.

    Quantos amigos vi desistir de seus sonhos, pessoas com talento incontestável, quantos eventos, palestras, corpo a corpo, debates e lutas que se perderam, dando lugar a ostentação do que se tem no momento, migalhas.

    Nesses 23 anos de carreira, tive muitas alegrias e muitas frustrações, pensei que, passado mais de 30 anos de cultura Hip Hop no Brasil teríamos um império de pensamentos e um exército imbatível, tão forte que o sistema tremeria ao nós ver, mas tudo isso está se perdendo, fico muito triste vendo nossa cultura sendo domesticada.

    Hoje ainda vejo foco de ativistas espalhado pelos 4 cantos do Brasil, mas entrincheirados em suas comunidades, descrentes de um futuro perfeito, mas lutando como bravos guerreiros.
    Do outro lado, vejo uma torre de babel, ninguém mais se entende, trocam farpas, se contradizem o tempo todo e alguns aproveitadores lucram com o suor de quem trabalha sério para levar o trabalho para outro nível.

    Uns vivem de lutas, outros deitam na sombra e sugam o resto das forças existente.
    Sendo assim, me fortaleço e me torno uma rocha, com um único propósito, lutar até a ultima gota de sangue por quem merece.
    Sou rapper, sou ativista, sou garra, sou Marcos Vinicios Morais, Japão.

  • Erick Pitt lança “Soldado Escolhido” com download grátis

    Erick Pitt lança “Soldado Escolhido” com download grátis

    “Soldado Escolhido” é o titulo da MixTape do rapper Erick Pitt, que foi lançada em parceria com a D’Responsa Produções.
    Erick Pitt é um artista goiano que se dedica ao rap a muitos anos, iniciando sua carreira como um dos fundadores do grupo Conexão Suburbana.

    Atualmente o rapper reside em Brasília e com muita perseverança chega pra deixar registrado na cena o seu segundo trabalho musical seguindo a linha gospel. Essa obra vem com 13 faixas, além do testemunho do próprio artista e então missionário. A mixagem e masterização foi realizada pelo DJ Brunno Gargamel (Ex-Cartel) que já produziu artistas de renome como DJ Jamaika e Cirurgia Moral.

    As produções dos beats ficaram por conta de Mortão [VMG], Victor Beats, Duck Jay, DJ Gargamel e DJ Zap, que o acompanha nos Shows.
    Nas participações tem as vozes de Shay Reis, Mjey, LP Bronks [Us Manos], Negrona Rosilene, Uzzy [Caçadores de Harmonia] e do funkeiro Lucky Dias.

    As vozes foram gravadas nos studios Primeiro Mandamento e Sergios Studio.
    A Mix Tape já esta disponível para Downloads Gratuito.

    SERVIÇO
    Contatos: Erick Pitt
    Facebook: https://www.facebook.com/ericpit
    Email: erickpittcs@hotmail.com
    Fone: (61)9644-7514

  • Blog Underground Lusófono lança mixtape

    Blog Underground Lusófono lança mixtape

    Após 10 meses em prol da cultura hip hop underground feito nos países de língua portuguesa, o Blog Underground Lusófono decidiu criou o projeto “Vozes da CPLP”, com o objetivo de unir nações e transmitir para os amantes do rap, bons sons vindos dos rappers da nova escola.

    Neste vol.1 há participações de rappers de Portugal, Angola, Brasil e Moçambique, ficando de fora, por enquanto, rappers de Macau, Guine Bissau, Cabo Verde, Goa, Timor-Leste, São Tome e Príncipe.

    Saiba mais:
    http://www.mediafire.com/download/22xx3uxiidteta0/Mixtape_Vozes_Da_CPLP.zip