Após renovar contrato com a Sony, Dinho Ouro Preto convoca Papatinho para participar do EP do grupo, que terá pegada politizada pegando um gancho no atual momento que o país vive.
Com seis faixas inéditas, o trabalho, que foi gravado no Rio de Janeiro pelo produtor Liminha, se chamará Viva a Revolução e contará também com a participação de Thiago Castanho (antigo guitarrista do Charlie Brown Jr.).
Dudu de Morro Agudo rimando no evento Terra do Rap
Dudu de Morro Agudo
Dudu de Morro Agudo
Dudu de Morro Agudo
Vinicius Terra, DJ Alfaiate e DMA
Dudu de Morro Agudo
DJ Alfaiate (Lisboa) dando Workshop de DJ.
Evento Terra do Rap, no SESI de Nova Iguaçu
Marcão Baixada
Tem muita gente fazendo o rap carioca se movimentar, são muitos os nomes e diversas as formas. Posso citar os caras da Cone Crew – mesmo com tanta gente falando mal – que estão com um trabalho estruturado e levando o rap carioca a vários cantos do Brasil; também o Filipe Ret, com a galera do Tudubom Records, que trouxeram uma legião de adolescentes para o estilo; a molecada mais nova como o Marcão Baixada e o Ualax MC, que inovam e se misturam, desconstruindo a idéia de bairrismo.
Tem uns caras que a muito tempo estão na ativa, e sempre se mantendo atuais, como o Slow da BF, o Marechal, o Átomo e o MV Bill, os dois últimos estão com álbuns novos, que diga-se de passagem, estão muito bons; existem outros que além de produzirem material musical a todo tempo, ainda encontram tempo para os eventos, que a meu ver são importantes, pois trabalham com o coletivo. Poderia citar o Pevirguladez, o Marcelo Dughettu e o Léo da XIII, todos esses produzem eventos de total importância para o estilo no estado, em diferentes regiões.
Tem um mano também que tá movimentando a cena carioca, o nome dele é Vinicius Terra. Um cara que está passeando por todo o estado do Rio de Janeiro e misturando todo mundo, inclusive já trabalhou com a maioria dos caras que eu citei acima. Essa é uma das características que acho mais interessante. Ele é o proprietário da “produtora Repprodutora”, tem uma visão diferenciada, com ele a parada é negócio mesmo, e isso vem somando muito para a propagação e inclusão do estilo em locais não conseguidos antes, assim como a geração de renda para os diversos artistas.
Eu mesmo participei de dois evento produzidos por ele esse ano, um foi no SESC e outro foi no SESI, ambos em Nova Iguaçu. Os dois foram muito bons e importantes, mas o do SESI, cujo o nome foi “Terra do Rap”, fazendo alusão ao nome do rapper e empresário, reuniu cerca de 100 alunos em um teatro para conversar e assistir uma apresentação de rap, que no caso foi a minha apresentação.
Mas esse evento percorreu diversas instalações do SESI por todo o estado do Rio de Janeiro e culminou com um grande evento que reuniu muita gente do rap carioca, inclusive o pai do hip hop, Afrika Bambaata.
Nesta matéria, tenho consciência que não citei muitos caras que também estão contribuindo para que o rap carioca chegue cada vez mais longe, ou melhor, que o rap carioca se mantenha aquecido. Mas é realmente essa a parte boa, pois seria triste se eu citasse apenas um ou dois nomes e dissesse que esses são os responsáveis por tudo o que está acontecendo. Hoje somos muitos e diversos.