Tag: corrupção

  • MV Bill e 2Pac: A união de dois mundos em “Só Deus Pode Me Julgar”

    MV Bill e 2Pac: A união de dois mundos em “Só Deus Pode Me Julgar”

    Em um cruzamento de gerações e culturas, as músicas “Só Deus Pode Me Julgar” de MV Bill, lançada em 2002, e “Only God Can Judge Me” de 2Pac, lançada em 1996, se encontram em um terreno comum, onde a resistência e a autoafirmação são os pilares que sustentam as vozes de dois ícones do hip-hop mundial.

    As letras dessas músicas, compostas em diferentes contextos e momentos, convergem em uma mensagem de determinação, desafiando os padrões sociais e reivindicando a autonomia individual perante as adversidades. Tanto MV Bill quanto 2Pac expressam a ideia de que apenas Deus pode julgar suas ações e escolhas, rejeitando os julgamentos da sociedade.

    MV Bill – “Só Deus Pode Me Julgar”:
    “Só Deus pode me julgar, por isso eu vou na fé
    Soldado da guerra a favor da justiça
    Igualdade por aqui é coisa fictícia”

    2Pac – “Only God Can Judge Me”:
    “Só Deus pode me julgar
    Aquilo que não me mata só me deixa mais forte
    E eu não entendo porque as pessoas acham que
    Precisam ficar me dizendo como viver a minha vida”

    Esses trechos compartilham uma mensagem poderosa de autenticidade, resistência e determinação, enquanto desafiam a autoridade e os julgamentos externos.
    No trecho de MV Bill, ele proclama que somente Deus pode julgá-lo, expressando sua fé e confiança em um poder superior. Ao se declarar um “soldado da guerra a favor da justiça”, ele reforça seu compromisso com a luta por um sistema mais justo e igualitário. A referência à igualdade como algo fictício sugere uma crítica contundente à realidade social brasileira, onde a igualdade ainda é uma meta distante e muitas vezes ilusória para grande parte da população.

    Por sua vez, 2Pac também invoca a autoridade divina. Ele reflete sobre a resiliência diante das adversidades, argumentando que as experiências que não o destroem apenas o fortalecem. A linha “E eu não entendo porque as pessoas acham que/ Precisam ficar me dizendo como viver a minha vida” ressoa com uma mensagem de independência e autoconfiança, desafiando a interferência externa na sua forma de
    viver e se expressar.

    Ambos os trechos destacam a importância de manter a própria integridade e autenticidade, mesmo diante das críticas e pressões sociais. “Only God Can Judge Me” de 2Pac foi produzida por Doug Rasheed, um renomado produtor musical americano, enquanto “Só Deus Pode Me Julgar” de MV Bill foi produzida pelo DJ Luciano Rocha.

    MV Bill, nascido Alex Pereira Barbosa, inspira-se em suas vivências nas favelas do Rio de Janeiro para criar músicas que denunciam a injustiça social e promovem a resistência. Já 2Pac, ou Tupac Shakur, vindo de um contexto de pobreza e violência nos Estados Unidos, utiliza sua arte como uma forma de expressar suas frustrações com as injustiças do mundo, transmitindo mensagens de empoderamento para comunidades marginalizadas.

    As letras de ambas as músicas são marcadas por críticas sociais contundentes, abordando temas como desigualdade, injustiça racial, corrupção e violência. MV Bill discute a realidade das favelas brasileiras, enquanto 2Pac enfrentava questões como segregação e opressão nos Estados Unidos.

    As músicas “Só Deus Pode Me Julgar” de MV Bill e “Only God Can Judge Me” de 2Pac representam um testemunho poderoso da força do hip-hop como veículo de expressão e resistência. Em um mundo onde as vozes dos marginalizados são frequentemente silenciadas, essas músicas ecoam como hinos de determinação e empoderamento, unindo dois artistas e duas realidades em uma busca comum por justiça e igualdade.

    As referências bibliográficas para a elaboração do texto são baseadas nas análises das letras das músicas e no contexto dos artistas. Seguem algumas fontes que podem ser utilizadas para aprofundar o estudo:
    1. Biografias e Análises Críticas:
    ○ Chang, Jeff. Can’t Stop Won’t Stop: A History of the Hip-Hop Generation. St. Martin’s Press, 2005. (Este livro oferece uma visão abrangente da evolução do hip-hop, incluindo o impacto de 2Pac na cena musical).
    ○ MV Bill e Celso Athayde. Cabeça de Porco. Objetiva, 2005. (Este livro co-escrito por MV Bill oferece uma visão detalhada de suas experiências e visão sobre a desigualdade social no Brasil).
    2. Entrevistas e Documentários:
    ○ Entrevistas de MV Bill disponíveis em portais como G1 e Folha de S.Paulo.
    ○ Documentário Tupac: Resurrection (2003), dirigido por Lauren Lazin. (Este documentário sobre a vida de 2Pac fornece insights sobre suas inspirações e lutas).

  • De quem é o problema mesmo?

    De quem é o problema mesmo?

    Nessa época de campanha eleitoral, muitas vezes me pego me questionando sobre muitas perguntas que só me vem à cabeça nessa hora fatídica.

    Uma delas é sobre o comportamento viciado de muitos dos políticos que estão disputando as eleições. Vejamos alguns desses vícios:

    1. Uso da máquina pública para fazer campanha – é uma das coisas mais desonrosas e desonestas que eu vejo os políticos fazerem, nesse época eles inauguram coisas, colocam placas de obras em locais onde nunca existiu canteiro de obras algum, além de, é claro, daquilo que eles chamam de ação social e cadastramentos que na verdade são fachadas para a safadeza generalizada de usar a máquina pública em favor próprio. Um outro mecanismo muito comum, em épocas fora de período eleitoral, é o prefeito sitiar determinadas áreas e setores da cidade para os seus apoiadores, é o caso de hospitais, escolas e postos de saúde que você só consegue atendimento decente ou vagas se falar com fulano ou cicrano, seja ele vereador ou não. Esses são os crimes mais comuns dessas pessoas. Não se enganem, quem faz isso não é bonzinho, na verdade eles estão a serviço do mau. São criminosos políticos e o fato deles sempre escaparem ilesos é porque eles pagam enormes propinas para policiais, juízes e desembargadores desse sistema viciado e corrupto que se chama democracia brasileira.

    2. O abuso do poder financeiro – Não se engane, um político que faz uma campanha milionária, pra ganhar um cargo público cujo somatório dos salários dele durante todo o seu mandato não vai pagar a sua campanha, com certeza não está agindo honestamente com o seu eleitor. Ele, no mínimo, não vai representar o seu eleitor em coisa alguma, ele deve estar a serviço de outra pessoa ou grupo com interesses muito escusos para que não apareçam e digam para quem quiser que são eles os reais donos dessa candidatura. Muito cuidado com esse tipo de crápula, ele esconde uma sombra malígina que se apropria de sua imagem e da sua habilidade de movimentar as multidões. Com certeza ele não está sendo usado injustamente, ou inocentemente. Ele também é um crápula tanto quanto o é o seu patrão maldito.

    3. O descompromisso com o eleitor – Muitos desses farsantes que se escondem em um mandato, simplesmente te repudiam, e não conversariam contigo se te encontrasse, por exemplo, na rua, até mesmo porque eles não andam nas ruas que o cidadão costumam andar, será por pura coincidência que eles só aparecem em época de campanha política? Se liga. Se o candidato já teve um mandato e nunca se preocupou em prestar contas de eu mandato, é porque ele não tem o menor respeito e consideração pelo seu eleitor, seja ele quem for. Um político que se prese, deveria ao menos ir as sessões da casa legislativa a que ganhou o seu mandato e no mínimo prestar contas de TUDO o que realizou com o seu voto. Isso mesmo, com o seu voto, porque ele te representa porque você dá a ele o seu voto que serve como um talão de cheques em branco para que ele faça a gestão dos recursos públicos que é propriedade de todos nós. Acontece que alguns malandros usam esses cheques em benefício próprio. Tenha muito cuidado com quem foi lá, mamou nas tetas do poder por 4 anos e não fez nada ou não se preocupou em prestar contas de nada. Esse cara, no mínimo, continuará fazendo mal uso desse benefício se você o der a ele novamente.

    4. Isolamento do povo – Ninguém consegue ficar longe de quem ama. Muitos políticos dizem amar o povo, sua gente, ou seus eleitores, mas de fato não demonstram isso de verdade na prática. Eles se isolam depois que ganham as eleições e só retornam a falar com o povo novamente na próxima campanha eleitoral. Preste muita antenção nesses covardes. Imagene se você tem um parente que só te visita quando precisa de alguma coisa de você, o que você faria com ele? Você deveria fazer a mesma coisa com esses tipos de políticos que só procuram o povo quando precisam de voto.

    Não se esqueça de que o seu voto interferem na minha vida.

    “O problrema é seu. O mundo é nosso. Então o que nós vai fazer sócio?” (Costa a Costa)

    Se você escolhe mal o seu candidato, com certeza, eu também sofrerei as conseqüências dessa sua má escolha.

    Pense nisso.

  • Politicando sobre o eleitor

    Politicando sobre o eleitor

    Nesse último Sábado (16/08/14), no 2º Fórum Rio, que aconteceu no Circo Crescer e Viver na Praça Onze, eu me lembrei novamente de algo que eu sempre me lembro em toda a eleição – que desde muito criança, eu sempre ví os candidatos na TV prometendo: SAÚDE, EDUCAÇÃO E MORADIA. O tempo passou, eu fui crescendo, e os políticos continuaram a prometer SAÚDE, EDUCAÇÃO E MORADIA, eu já estou chegando na idade em que os adolescentes me chamam de tiozinho e os políticos continuam a prometer as mesmas coisas: SAÚDE, EDUCAÇÃO E MORADIA.

    Vejamos, as possíveis causas disso:

    Causa 1: O tempo não passa, eu é quem envelheço isoladamente independentemente do tempo
    – Essa é uma causa fora de questão, isso porque, mesmo que eu envelheça, isso não acontece de forma isolada, afinal eu reparo que o mundo tem mudado muito ao meu redor e, inclusive, muitas outras pessoas envelhecem junto comigo.

    Causa 2: Os políticos são incompetentes
    – Houve uma época que eu cheguei a pensar nessa hipótese como verdadeira, mas tenho pensado que os politicos são muito competentes, inclusive pra manter o estado de coisas é preciso muita competência! As pessoas tendem a quererem o melhor para sí e por isso não acredito que ninguém gostaria de NÃO viver melhor, ainda mais levando-se em consideração que as pessoas sabem escolher o que é melhor pra sí mesmo, basta que pra isso elas tenham escolhas. Por exemplo: Eu não acredito que um pedreiro não queira colocar o seu filho em uma faculdade de engenharia, por exemplo, ao invés de deixar o garoto repetir a sua profissão, apesar de muito dígna, ir para a faculdade de engenharia, o fará ganhar mais e experimentar coisas que o pai não teve a chance de experimentar. Se depois de ele ser engenheiro, preferir ser pedreiro, aí será a escolha dele, pelo menos ele teve mais uma opção. Sendo assim as coisa não melhoram, não é por culpa da inaptidão do povo em escolher a opção melhor para sí mesmo, e diante de um mundo tão plural e diverso, tem que ser muito competente pra manter o povo preso em uma sociedade sem opção, ou com opções limitadíssimas. Sendo assim, descarto essa possibilidade de causa para o efeito dos políticos não mudarem o discurso ao longo do tempo.

    Causa 3: O Povo precisa assumir o protagonismo político
    – Essa é a causa mais provável, no meu ponto de vista. Tem uma frase de Eistein que diz que “insanidade é querer resultados diferentes fazendo sempre a mesma coisa”, eu creio nisso; muitos reclamam dos políticos, mas não mudam o seu proceder em relação a política: Votam em qualquer um, não escolhem com cautela o seu candidato, e depois, nos quatro anos que se seguem, não acompanham o seu candidato pra saber o que ele anda fazendo e cobrar aquilo que foi prometido durante a eleição, outros, até mesmo se abstém de votar. Depois reclamam da má sorte em ter um político que só pensa em sí mesmo e não trabalha para o povo, ao contrário, trabalha pela hegemonia na dominação do seu voto.

    Quer mudança de verdade? Mude a sí mesmo, a sua forma de ver, agir e pensar também interfere na minha vida. Seja responsável consigo e com a sua comunidade. Vote com decência, coragem e sem preguiça de escolher um candidato que, ainda que não seja o melhor, seja o menos ruim deles. Para o nosso próprio bem e para o bem dos nossos filhos.

    Pense nisso.

  • Avante Brasil! Jogando com o Povo!

    Avante Brasil! Jogando com o Povo!

    Nesta Terça-feira, dia de jogo da Seleção Brasileira de Football, vamos botar alguns pingos nos “Is”!

    1. Tem muito brasileiro confundindo o República Federativa do Brasil com a Seleção Brasileira de Football (O Brasil não é a Seleção):
    – Enquanto a Seleção Brasileira de Football ganha se marcar gols, o Brasil só ganha se melhorarmos a nossa democracia;- Melhorar a Democracia significa: Combater a corrupção e o jeitinho brasileiro, Não votar em qualquer um, parar de acreditar na TV que chama de vândalos os manifestantes que lutam para melhorar o nosso País inclusive pra quem os criticam, não dar arrego aos policiais corrúptos, não ser conivente com a servergonhice dos safados que estão no poder, parar de pensar que tudo é uma merda e assim por diante;

    2. Tem gente achando que ser cidadão é igual a ser torcedor de football, e isso nunca foi verdade, portanto você não é mais cidadão só porque você está se esgoelando em frente da TV na hora do jogo, e nem mais cidadão do que quem não está nem aí pra essa coisa econômica chamada football;

    3. O adversário da seleção brasileira não é necesariamente um inimigo do Brasil, os argentinos, por exemplo, não são anti-brasileiros e muito menos é alguém que devemos sacanear só porque são argentinos, particularmente, todos os argentinos que eu conhecí, foram super solícitos comigo e sempre me respeitaram muito, mesmo eu eu sendo brasileiro;

    4. A solução dos nossos problemas econômicos, estruturais, políticos e sociais passam bem longe do gramado dos estádios e muitas vezes são até antagônicos, portanto, não pense que o Brasil será ou ficará melhor, e nem o brasileiro se tornará mais importante se a Seleção Brasileira de Football ganhar mais um campeonato;

    5. Árbitro de football não é Juíz, portanto ele não julga nada e nem dá sentenças, e a propósito, o pênalti não marcado não é mais importante do que o nosso voto e o superfaturamento nas obras do Maracanã e nem nas maracutáias das concessões dos estádios para grandes empreiteiras ganharem muito mais dinheiro do que já ganharam com as superfaturadas construções;

    Eu sei que infelizmente esses alertas provavelmente não irão adiantar de nada, porque os brasileiros não estão nem aí pra política que decide o seu salário, os trens superlotados que eles andam suados e se acotovelando, a rua sem esgoto e sem calçamento, a rua esburacada e os bueiracos que as prefeituras constroem igual as caras de pau dos prefeitos incompetentes que botamos no poder, a nossa polícia nos achacando até o que não temos, enquanto grupos armados revendem a segurança pública e os bandidos migram pra outras regiões indicadas pelas autoridades em negociatas pra uma segurança fajuta de uma copa do mundo feita exclusivamente para os turistas estrangeiros. Apesar disso tudo, eu preciso alertar, mas eu sei que não vai adiantar de nada mesmo, porque esse tipo de notícia não passa no jornal nacional da globo e por isso o brasileiro não acredita, porque se fosse verdade mesmo, passaria até no fantástico, mas como é apenas uma bobagem de um militante exausto de dar murros em pontas de facas, isso não tem importância alguma pra nossa população.

    Seja como for. Beba bastante, grite muito, solte bastante fogos. Sorriam o quanto puderem. Porque quando a FIFA for embora pra Europa com os seus bilhões de dólares isentos de impostos, vamos continuar pagando a nossa taxa tributária exorbitante pra manter esse adorável podre sistema de bosta de chamamos de pátria amada Brasil com os seus mamadores do poder sugando a todo vapor essas tetas leiteiras, de leite alvo, feito com o sangue bom e suado dos trabalhadores brasileiros.

    Avante Brasil!

    Vai que é tuuuuuuuaaaaaaa Blaaaaateeeeerrrrrr!!!!!!……..

  • Como o Rio de Janeiro vai votar?

    Como o Rio de Janeiro vai votar?

    Esse foi o tema discutido no Rio de Encontros, na última terça-feira (27). A equipe conseguiu reunir três convidados distintos para discutir com os jovens sobre “Como o Rio vota? Política, representação e redes sociais”. Como provocadores do debate, o cientista político José Eisenberg, o antropólogo Cláudio Gama, diretor do Instituto Mapear, e o jornalista político Alexandre Rodrigues, do jornal O Globo foram essenciais para esquentar essa troca de ideias numa terça-feira fria.

    A princípio de conversa, cá entre nós, me diga quantos jovens estão realmente interessados em falar sobre política neste atual momento que o Brasil passa? Estamos prestes à completar 1 ano dos protestos de Junho de 2013, um fenômeno que ainda não consegue ser entendido por boa parte dos cientistas sociais; e, às vésperas da Copa do Mundo, grande evento que acontecerá em nosso país, com ou sem protestos, onde os olhos de todo o mundo estão voltados para cá.

    Curtindo e compartilhando

    Alexandre Rodrigues abriu o bate-papo falando sobre a necessidade da sociedade em se comunicar com os candidatos, incentivar a participação e a interação; e que redes sociais como o Facebook são são ótimas para tal coisa, mas fica claro de que ainda existe a falta de entendimento de boa parte dos políticos para com essa questão.

    “As pessoas confiam no amigo do Facebook, o que abre a possibilidade de credibilidade. Por outro lado, há o risco da informação errada compartilhada desordenadamente”, afirma.

    Um bom exemplo dessa informação errada e ‘desordenada’ é o fato de muitas vezes, os políticos terem uma equipe que fica responsável por suas publicações nas redes e por falta de conhecimento de determinada coisa, acabam reduzindo essa credibilidade à zero. Isso me faz lembrar de uma foto compartilhada na página do Senador Lindberg Farias, em comemoração ao dia da Baixada Fluminense (30 de Abril), sendo que a foto em questão, tinha a igreja da Penha como plano de fundo… What a fuck? Após algumas pessoas que acompanham a página do Senador terem informado sobre o erro, o post foi deletado, mas você pode vê-lo clicando aqui, porque a zoeira não tem limites.

    Mudança de perfis

    Cláudio Gama se preocupa com o vazio dentro das discussões políticas entre a classe média que reside na Zona Sul, e ressalta que ainda não há interesse em saber o que está sendo feito e o que não está; mas na hora de criticar algo, há apenas uma retórica em criticar por criticar. Cláudio afirma com convicção de que essa ideia de que ‘formador de opinião’ é um grupo formado apenas por intelectuais de classes mais altas já foi por água abaixo. A prova viva é que os jovens que participam do Rio de Encontros, são formadores de opinião e, em sua grande maioria, são moradores da periferia do Rio de Janeiro.

    Papo reto

    Se tinha alguém dormindo durante o debate, tenho certeza de que acordou ao escutar José Eisenberg falar. Foi um choque de realidade em todos que participavam do encontro. Fazendo menção à Junho de 2013, José deixa claro, que o perfil das pessoas que participaram daquelas manifestações é formado por jovens universitários, em sua maioria; ficou claro que hoje o ensino superior está muito mais acessível do que há anos atrás para as classes não altas; mas no Brasil, maior grau de escolaridade ainda não é sinônimo de aumento de renda:
    “O prêmio salarial vem caindo e o acesso à educação não leva à mobilidade social através do mercado de trabalho Assim, de um lado, há a expectativa frustrada dos pais. Do outro, a frustração dos filhos”, afirma o cientista político.


    Beijinho no ombro

    José ainda afirma que o “Rio é recalcado”; e trás consigo um sentimento de que foi ‘abandonado’ quando deixou de ser a capital do país; e que não há uma ‘grande maioria’ que gosta de partidos no Rio, as pessoas se identificam com este ou aquele candidato; e José também ressalta as manifestações pelas ruas. Será que elas têm a função de distanciar a sociedade da política ou de distanciar a sociedade do modelo político vigente? Fica essa dúvida no ar.

    riodeencontros
    Eu tirando uma fotinho da hora pra postar no Insta.

    Mas e a Baixada?

    Senti que o debate focou muito no município do Rio; e a Baixada Fluminense traz consigo uma forte expressão eleitoral; e que na maioria das vezes é uma das regiões, que decide boa parte das eleições. Tive a oportunidade de falar e afirmei que existe sim uma política de comabate ao tráfico de drogas nas comunidades, mas não existe uma pauta de políticas de segurança pública para o combate às milícias.
    Hoje milícias atuam em diversas regiões da Baixada Fluminense, trazendo consigo o retorno do ‘voto de cabresto’ e que, infelizmente o Estado parece não se preocupar e/ou não se importar; a não ser quando começa a doer no calo de alguém que esteja no poder, ponto.

    Em minha humilde opinião o debate foi esclarecedor e de extrema importância para refletir acerca do meu exercício de cidadania; além de me ajudar a pensar em quem irei votar.

    Concorda, discorda, ou disconcorda? Não deixe de comentar!

    Boa sexta,

    @marcaobaixada

  • Conheça a música de Raffa Moreira

    Conheça a música de Raffa Moreira

    Raffa moreira é músico, arranjador, compositor e produtor musical de São Paulo; e vem se dedicando à trabalhos autorais repletos de originalidade.

    No último dia 15, Raffa lançou o webclipe da canção “De$igualdade”, faixa que mescla gêneros como Cloud Rap, Neo Soul e R&B, mas ele utilizar o termo música para evitar rótulos. A canção aborda um paradoxo existente entre a ascensão da classe C no Brasil e a corrupção que assola todas classes.
    Para este trabalho, Raffa contou com a participação do MC Stepanov,  do coletivo ∆4 (A QUADRILHA). A produção foi feita pelo próprio Raffa e foi executada por Jhow Produz.

    O clipe foi filmado e editado por Moah Buffalo.

    [+] Raffa Moreira no Facebook

     

     

  • Reclamando de Barriga Cheia

    Reclamando de Barriga Cheia

    O Rio de Janeiro continua lindo, apesar dos pesares, apesar dos políticos, apesar da corrupção, apesar dos bandidos que migraram pra Baixada Fluminense com seus fuzis e suas drogas pesadas, apesar da Copa do Mundo que ninguém está comemorando nas ruas porque estamos PT da vida com os gastos abusivos do Governo, apesar da polícia que extorque o cidadão na rua, apesar do pensamento hegemônico estar se organizando ainda mais pra enfiar goela abaixo alguns formatos de vida via Leis Federais com a ajuda da Igreja… apesar de… apesar de… apesar…

    Mas, como eu nunca me propus a ficar reclamando da vida sem lutar, então, eu resolvi falar de um assunto novo, pelo menos pra mim, vamos deixar a política um pouco de lado pra falar a respeito de um mercado que vem crescendo a passos largos no Brasil, o mercado de Coaching.

    Coaching é um processo definido com um acordo entre o coach (profissional) e o coachee (cliente) para atingir a um objetivo desejado pelo cliente.” (http://pt.wikipedia.org/wiki/Coaching).

    Em outras palavras, se você resolveu empreender a você ou a seu negócio, e deseja alcançar mais rapidamente o sucesso, provavelmente você precisará de um profissional especializado que lhe oriente e lhe diga o que fazer para o seu negócio dar certo.

    Atualmente eu estou muito envolvido com isso e estou testando vários processos, alguns estão dando frutos bem interessantes, o que tem aumentado ainda mais o meu interesse no assunto, principalmente porque esse assunto quase não é falado em relação ao mercado cultural.

    Nunca ouvi falar de profissionais que dão suporte ao empreendedor cultural. Existem algumas assessorias especializadas em capitação de recursos e/ou execução de projetos e prestação de contas, mas, não passa disso.

    Particularmente, estou preparando uma série de perguntas a ser levantadas que vão me ajudar a desvendar alguns mistérios nesse campo, e estou disposto a compartilhar com tod@s que tenham interesse nesse assunto, aqui pelo canal do Enraizados. Algumas coisas eu já publiquei no Jornal Extra uma vez e pretendo fazer mais ainda.

    Pra começar, vou fazer algumas perguntas sobre:

    – Como estruturar o seu negócio cultural: Como abrir a sua empresa, grupo cultural, associação, Instituto, ONG, Oscip, OS. Quais são os formatos a serem adotados, onde buscar esse conhecimento;

    – Como pensar o seu negócio, como realizar o seu sonho;

    – Quem são os possíveis apoiadores, onde tem esse conhecimento;

    – Como fazer um projeto, captar por editais e prestação de contas;

    – Quais são as empresas mais tchan do mercado para você se capacitar pro seu empreendimento;

    – Que tipo de profissional você deve buscar e porque;

    Talvez não seja novidade esses tópicos para muitos de vocês, mas com certeza, se você estiver começando o seu negócio, vai precisar de alguns toques importantes de alguém que já penou bastante a procura desse conhecimento que ninguém dá de graça.

    Depois a gente volta a falar da política e da cretinice do sistema, mas agora, cuidemos um pouco mais das nossas necessidades básicas, para que não morramos de inanição e sede por não conseguirmos o sustento de cada dia pra nossas casas e nossos projetos.

    Um grande abraço.

    Paz.