Tag: Crítica social

  • Escambo [Átomo Pseudopoeta]

    Escambo [Átomo Pseudopoeta]

    Buenos dias, bon jour,
    um tour…
    pela miséria.
    preto versus azul,
    Cabul…
    colônia de férias.
    Brincar de matrix,
    se esquivar da rajada.
    do choro um remix,
    ra! dizer que é risada.

    Cidade maravilha,
    brilha…
    o sol para todos.
    mas só uns nessa ilha,
    tem palmeira por toldo.
    Chá de boldo se brinda,
    sem fazer cara feia.
    engole a seco e ainda,
    diz que saboreia.

    Pra quê educação?
    há pão,
    pra encher a pança.
    Tio Sam faz canção.
    então…
    a gente que dança.
    ritmo de festa,
    sincronismo no passo,
    derrubem a floresta,
    pra termos mais espaço.

    Curtir hit pornô,
    melô…
    proibida.
    lixo a se decompor,
    luxo na avenida.
    s.i.d.a. cidra nas veias,
    festejar revellion.
    enterra ontem na areia,
    limpe o CD-Rom,
    ouço o, ron, ron… do motor,
    doutor fecha o vidro.
    não é por causa da cor,
    dão-te o valor… devido.

    Tem até acrobata,
    no sinal vermelho.
    levem ouro e prata.
    deixem apenas espelho.
    Não pra que se enxergue,
    reflita a respeito.
    pau-brasil leva o jegue,
    dá-se por satisfeitos.
    Perdendo terreno,
    como fosse molambo.
    Nós que agradecemos,
    valeu pelo escambo.

  • T-Remotto lança novo single “Click, Clack, Boom” e se prepara para o EP “Post Chaos”

    T-Remotto lança novo single “Click, Clack, Boom” e se prepara para o EP “Post Chaos”

    A banda iguaçuana T-Remotto acaba de lançar seu novo single, intitulado “Click, Clack, Boom”, em todas as plataformas digitais. Este lançamento é um aperitivo do que está por vir em seu próximo EP, Post Chaos, previsto para ser lançado ainda em 2024. Conhecida por sua mistura envolvente de Rap, Reggae e Rock and Roll, a banda está gerando grandes expectativas com essa nova fase.

    O vocalista Rogério Sylp revela que a faixa “Click, Clack, Boom” traz uma reflexão profunda sobre a violência. “A canção explora os efeitos devastadores de um tiro, simbolizando como a pólvora é cultuada como entretenimento e acaba gerando lucros para os ‘senhores da guerra’. É uma crítica ao ciclo de violência que parece nunca terminar”, comenta. Essa abordagem crítica não é nova para a T-Remotto, que tem suas raízes fincadas em questões sociais e políticas, sempre abordadas de forma visceral em suas composições.

    O novo EP, Post Chaos, segue uma temática densa, marcada pelos desafios do período pós-pandêmico, mas também carrega uma mensagem de esperança. “A continuidade é a melhor resposta para tudo aquilo que ainda nos assombra. Esse trabalho é um passo em direção ao futuro”, acrescenta Sylp, dando pistas sobre a proposta do novo projeto.

    Além de “Click, Clack, Boom”, o EP já conta com outra faixa disponível nas plataformas de streaming: a impactante “Heróis do Gueto”. Essa música também reflete a identidade única da banda, que sempre mescla sons urbanos e poderosos com letras que ecoam as realidades da vida nas periferias.

    A T-Remotto tem se consolidado como uma das principais bandas da cena independente de Nova Iguaçu, trazendo uma sonoridade autêntica e um discurso contundente. Com o lançamento de Post Chaos, a banda promete continuar quebrando barreiras e oferecendo ao público uma experiência musical única.

    Ouça “Click, Clack, Boom” na Plataforma de Streaming que preferir:
    https://onerpm.link/507397047840

  • Legados do Hip-Hop: Public Enemy e Wu-Tang Clan

    Legados do Hip-Hop: Public Enemy e Wu-Tang Clan

    Ícones do rap que moldaram e influenciaram gerações na cultura hip-hop global.

    A relação entre Public Enemy e Wu-Tang Clan é uma parte importante da história do hip-hop, marcada pelo respeito mútuo entre os dois grupos mais icônicos do gênero.
    Public Enemy, formado em Long Island, Nova York, nos anos 80, é considerado um dos pioneiros do hip-hop político e consciente. Com sua abordagem única de letras carregadas de críticas sociais e políticas, eles se destacaram não apenas como músicos, mas como ativistas político-culturais. Public Enemy teve um impacto significativo na cena hip-hop, não apenas por sua música, mas também por sua mensagem e postura militante.

    Por outro lado, o Wu-Tang Clan, originário de Staten Island, Nova York, é conhecido por sua abordagem crua e autêntica no hip-hop. Com uma mistura distinta de letras afiadas, batidas cruas e uma mitologia única em torno de sua identidade de grupo, o Wu-Tang Clan rapidamente se estabeleceu como uma força inovadora no mundo do rap dos anos 90.

    A relação entre esses dois grupos é multifacetada. Primeiramente, há uma conexão geográfica, já que ambos são originários de Nova York, especificamente da região metropolitana. Isso os coloca dentro do mesmo cenário musical e cultural em evolução.

    Além disso, há um reconhecimento recíproco entre os dois grupos. Public Enemy, com sua abordagem politicamente consciente, ajudou a pavimentar o caminho para artistas como Wu-Tang Clan, que também incorporaram elementos de consciência social em suas músicas, embora de uma maneira diferente. Wu-Tang, por sua vez, foi uma força disruptiva no cenário do hip-hop, trazendo uma nova energia e estética que influenciou muitos artistas, incluindo membros do Public Enemy.

    Em suma, a relação entre Public Enemy e Wu-Tang Clan é marcada por uma mistura de respeito. Ambos os grupos desempenharam papeis significativos na evolução do hip-hop e continuam a ser reverenciados como pilares do gênero. Chuck D, como membro do Public Enemy, e RZA, como membro e produtor principal do Wu-Tang Clan, representam dois pilares distintos da cultura hip-hop. Embora não tenham necessariamente trabalhado juntos em um projeto específico, é claro que ambos têm respeito mútuo e admiração pelo trabalho um do outro.

    Este artigo baseia-se em conhecimento geral e, portanto, não inclui citações específicas. No entanto, a seguir, são apresentadas algumas referências bibliográficas relevantes que podem ser utilizadas para explorar a influência e a importância de Public Enemy e Wu-Tang Clan na cultura hip-hop. Estas obras oferecem um contexto aprofundado sobre a evolução do hip-hop, destacando a contribuição significativa dos dois grupos:

    1. Chang, Jeff. “Can’t Stop Won’t Stop: A History of the Hip-Hop Generation”. St. Martin’s Press, 2005.
    2. George, Nelson. “Hip Hop America”. Viking Penguin, 1998.
    3. Dyson, Michael Eric. “Know What I Mean? Reflections on Hip-Hop”. Basic Civitas Books, 2007.
    4. Light, Alan. “The Vibe History of Hip-Hop”. Three Rivers Press, 1999.