Tag: DJ

  • GT-RJ representa e fortalece a cultura em Brasília

    GT-RJ representa e fortalece a cultura em Brasília

    Com rimas afiadas e ideias firmes, representantes do Hip Hop carioca mostram que a cultura Hip Hop é a ponte para a transformação social e política

    Nos dias 29 e 30 de novembro de 2024, Brasília respirou rima, ritmo e resistência com o Seminário Internacional da Construção Nacional do Hip Hop. Representando o Rio de Janeiro, oito vozes marcantes do movimento cultural mais revolucionário do planeta levaram suas histórias, perspectivas e desejos para o futuro do Hip Hop. O evento não foi só um marco, mas um grito de união, organizado para construir políticas públicas e fortalecer uma cultura que há 50 anos transforma vidas.

    As vozes do GT-RJ

    De Cabo Frio à Lapa, da CDD à Baixada Fluminense, do basquete de rua às batalhas de rima, os representantes do GT-RJ têm trajetórias que misturam arte, educação e transformação social. Conheça quem são algumas dessas lideranças e o que pensam sobre o impacto do seminário.

    Taz Mureb – MC e porta-voz da resistência do interior

    Primeira colocada no edital do Ministério da Cultura na região Sudeste, Taz Mureb, de Cabo Frio, é MC, produtora cultural e uma das vozes mais marcantes do GT-RJ. Para ela, o seminário é um divisor de águas para a cultura Hip Hop no Brasil.

    “O seminário é um marco. Estamos institucionalizando o Hip Hop como política pública cultural. É mais que música ou dança, é um movimento sociocultural e político. Aqui, a gente abre diálogo com órgãos do governo, empresas e até frentes internacionais. Sonho com o Hip Hop sendo ferramenta de promoção cultural no Brasil e no exterior. É o começo de algo muito maior.”

    Taz destacou também a importância de criar um legado para as próximas gerações: “Precisamos transformar iniciativas locais em políticas nacionais e mostrar que o Hip Hop pode mudar o Brasil. É isso que estamos construindo aqui.”

    DJ Drika – O coração pulsante da Baixada Fluminense

    Adriane Fernandes Freire, ou DJ Drika, carrega a Baixada Fluminense no peito. Fundadora da Roda Cultural do Centenário, ela e sua equipe levam os quatro elementos do Hip Hop para as favelas de Duque de Caxias há seis anos.
    “Estar aqui no seminário é histórico. É uma vitória da cultura periférica, uma chance de dialogar com o governo e fortalecer o que já fazemos nas comunidades. A cultura Hip Hop precisa de apoio contínuo, e eventos como este abrem caminhos para que nossas vozes sejam ouvidas.”

    Drika enfatizou que o Hip Hop não é só arte, mas também resistência: “Nosso movimento nasceu para transformar. Com a parceria do governo federal, podemos ir mais longe e impactar mais vidas.”

    MC Rafinha – A força da união

    Parceiro de Drika na Roda Cultural do Centenário, Rafael Alves, o MC Rafinha, é um mestre de cerimônias que acredita na força coletiva. Ele vê o seminário como uma plataforma para expandir o trabalho que já realiza com batalhas de rima, grafite e poesia na Baixada Fluminense.

    “Esse evento é sobre união. É a chance de estarmos juntos, trocando ideias e mostrando que o Hip Hop vai além das nossas rodas culturais. Aqui, colocamos nossa luta no mapa e mostramos que estamos prontos para construir juntos.”

    Para Rafinha, o seminário marca o início de um novo capítulo para o movimento. “O Hip Hop é a voz da periferia. Estar aqui é garantir que essa voz ecoe mais alto.”

    Erick CK – Conectando a cena em Niterói

    Com sete anos de atuação nas rodas culturais de Niterói, Erick Silva, o CK, sabe o peso de levar o Hip Hop para os palcos e ruas. No seminário, ele viu uma oportunidade de conectar as demandas dos artistas locais com políticas públicas mais amplas.

    “É muito importante estarmos aqui. Precisamos discutir os problemas reais do Hip Hop, como falta de patrocínio para DJs e grafiteiros, e a valorização dos produtores que estão sempre nos bastidores. O seminário abre essas portas.”

    CK ressaltou a relevância de manter o diálogo aberto para futuras edições: “Que este seja o primeiro de muitos eventos que fortaleçam o movimento em todo o Brasil.”

    Anderson Reef – Transformação social em Madureira

    Palestrante no painel “Retratos do Brasil: Narrativas Regionais e Potência Construtiva”, Reef é produtor cultural, responsável pela Batalha Marginow, evento semanal, que acontece todas as segundas e tem uma década de trabalho embaixo do Viaduto Madureira, zona norte do Rio. Ele usa o Hip Hop para revitalizar espaços e gerar economia criativa.

    “O Hip Hop salva vidas. Aqui em Brasília, mostramos ao governo que nosso movimento vai além da música. Trabalhamos com saúde, educação, teatro e dança. Precisamos de mais estrutura para continuar impactando nossas comunidades.”

    Para Reef, o seminário também é um espaço para pensar grande: “Quero ver o próximo evento num lugar maior, com mais gente. O Hip Hop merece ser tratado como prioridade nacional.”

    Anderson Reef

    Rafa Guze – Uma cineasta na linha de frente

    Educadora social e diretora do Instituto BR-55, Rafa Guze acredita no poder do Hip Hop para transformar vulnerabilidades sociais. Para ela, o seminário é uma chance de estruturar
    políticas que atendam as bases do movimento.

    “O Hip Hop é uma potência global, mas nossas comunidades ainda enfrentam muitas dificuldades. Este evento é sobre construir soluções, criar políticas que combatam fome, genocídio, feminicídio e outras desigualdades. É sobre usar nossa cultura para transformar realidades.”

    Rafa destacou a importância de trabalhar em parceria com o governo: “Sabemos como resolver os problemas. Só precisamos de apoio para fazer isso acontecer.”

    Lebron – Formando novas gerações

    Victor, ou Lebron, é um veterano do basquete de rua e do Hip Hop em Campos dos Goytacazes. Fundador de uma ONG que atua há 18 anos, ele vê o seminário como uma oportunidade de renovar o movimento.

    “O Hip Hop me ensinou tudo que sei. Agora, quero retribuir, formando novas gerações de artistas, DJs e produtores culturais. Precisamos de mais eventos assim, que conectem pessoas e ideias para planejar o futuro.”

    Para Lebron, o maior desafio é garantir que o movimento continue crescendo de forma sustentável: “Estamos retomando espaços e precisamos de articulação para avançar.”

    Bruno Rafael

    Bruno Rafael – Liderança que inspira

    Com 27 anos de trajetória, Bruno Rafael é uma figura central do Hip Hop carioca. Palestrante no painel “Retratos do Brasil: Narrativas Regionais e Potência Construtiva”, ele destacou o amadurecimento do movimento.

    “Esse seminário é fruto de trabalho coletivo. Mostramos que o Hip Hop está politizado e organizado. Hoje, conseguimos dialogar diretamente com ministros e secretários, algo que
    nunca foi possível antes.”

    Para Bruno, o evento é um reflexo da força do movimento: “O Hip Hop tem o poder de transformar vidas. Estamos só começando a mostrar do que somos capazes.”

    O impacto do seminário

    Entre as falas, há um consenso: o Hip Hop precisa ser reconhecido como política pública prioritária. Os representantes do GT-RJ destacaram que o movimento não é apenas arte, mas uma ferramenta para combater desigualdades, gerar renda e formar futuros líderes culturais. Para os representantes do GT-RJ, dois nomes de peso tiveram grande importância para a realização deste seminário: Claudia Maciel e Rafa Rafuagi.

    “A Claudia é pura visão estratégica”, disse Taz Mureb.

    Já Rafa Rafuagi, é a ponte que liga cultura e política: “Ele é aquele cara que transforma discurso em ação. Além de ser referência no rap do Sul, ele trouxe a ideia de que o Hip Hop pode e deve dialogar diretamente com o governo, sem perder nossa essência de resistência.”

    Para o grupo, Cláudia e Rafa não foram apenas organizadores, mas exemplos vivos de que o Hip Hop é articulação, união e transformação.

    Caminhos para o futuro

    O Seminário Internacional da Construção Nacional do Hip Hop foi mais do que um evento. Foi um passo firme em direção a um Brasil mais justo e diverso, onde a cultura Hip Hop ocupa o lugar que merece: o de protagonista na transformação social.

    Com vozes como as do GT-RJ, o futuro do Hip Hop promete ser brilhante – e revolucionário.

    No corre da favela e do asfalto, na batida da vida, todo mundo mandou o papo reto: “O Hip Hop salva vidas!”

  • Slow da BF: As histórias do hip hop da Baixada Fluminense

    Slow da BF: As histórias do hip hop da Baixada Fluminense

    Meu nome é Slow da BF, eu nasci na Zona Oeste porque meu pai era militar, mas só por isso. Em seguida já voltei pra Baixada. Morei em Nilópolis, São João, Caxias, sempre fui de lá.

    Comecei muito cedo a ir pra baile porque meu pai era DJ. É DJ até hoje. Desde que eu me entendo por gente, até antes de ir pra baile, eu já ia pra feira dos discos com meu pai, então sempre ficava ouvindo essas músicas e tal.

    Pra mim, a minha parada com arte, com cultura, começou com vinil, ouvindo disco, queria saber o que era, e quando eu menos esperei estava escrevendo pra poder fazer o que eu via os caras cantando.

    Eu não comecei inspirado em gente que eu conheço, amigo, comecei dentro da minha casa, ouvindo o disco do Afrika Bambaata, e tinha aqueles caras fazendo a rima. Eu era muito bom na escola também, sempre fui.

    Eu fazia redação, então ficava pensando, na minha cabeça, antes de saber que existia hip hop, que se eu conseguisse colocar rima nas coisas que eu escrevia, aquilo ia parecer com o que aqueles caras estavam cantando, em inglês primeiro, porque a gente não tinha referência brasileira, em oitenta e pouco não, foi ter a primeira referência com o Black Junior, que era um rapper meio breaker, isso em 84. Eu ouvi, mas não era meu o disco, ouvi uma vez em algum lugar e alguém falou que era Black Junior.

    <continua…>

  • Victou Lou: DJ goiano fará turnê pela América do Norte no fim de janeiro

    Victou Lou: DJ goiano fará turnê pela América do Norte no fim de janeiro

    Nascido em Goiânia, Victou Lou atuou em diversas áreas antes de se tornar produtor musical e DJ com renome internacional, foi pintor, servente de pedreiro, eletricista e atendente de telemarketing.

    Ainda na adolescência descobriu a música eletrônica, matriculou-se num curso de mixagem e em meados de 2015 fez sua primeira apresentação profissional. Não demorou e foi convidado para tocar em um festival na Rússia durante a Copa do Mundo de 2018.

    Victou Lou sairá em turnê nos Estados Unidos no fim de janeiro entre os dias 22 à 28. Ele passará por Orlando, Washington D.C. e Temple, no Arizona.

    Em fevereiro ele participa do seleto grupo que tocará no evento “Carnaval do Bem “, em Belo Horizonte, ao lado do Martin Garrix.

    Assista o Set:

     

  • DIA MUNDIAL DO HIP HOP: Enraizados oferecerá oficinas gratuitas

    DIA MUNDIAL DO HIP HOP: Enraizados oferecerá oficinas gratuitas

    Todos sabem, ou pelo menos deveriam saber, que no mês de novembro comemora-se a ‘consciência negra’, contudo há outra comemoração que agita bastante este mês, é o dia 12 de novembro, ‘Dia Mundial do Hip Hop’, que é comemorado durante uma semana em diversas cidades do Brasil.

    Na semana do hip hop o Instituto Enraizados oferecerá gratuitamente oficinas de DJ, rap, graffiti e break, começando no dia 11 de novembro com a oficina de graffiti ministrada pelo grafiteiro FML, seguindo com as oficinas de DJ, rap e break no dias seguintes, ministradas por DJ Dorgo, Dudu de Morro Agudo e Rebeca Pereira respectivamente.

    Essas atividades integram o Festival dos CRIAS, uma iniciativa da instituição que visa desenvolver um espaço de troca entre a juventude preta e pobre da metrópole do Rio de Janeiro, realizando e recebendo atividades durante os 30 dias do mês de novembro, afim de promover a potência artística, empreendedora e intelectual deste grupo social.

    Os interessados e as interessadas em participar das oficinas, devem preencher o formulário de inscrição clicando no link correspondente abaixo e aguardar o contato da equipe do Instituto Enraizados confirmando a inscrição. Lembrando que as vagas são limitadas.

    INSCRIÇÕES

    Oficina de Graffiti
    https://forms.gle/UTCuPzrGcU9pApz87

    A oficina de graffiti será ministrada pelo grafiteiro FML no dia 11 de novembro de 2019, no Quilombo Enraizados.
    Podem se inscrever pessoas com idade a partir de 12 anos. A atividade acontecerá das 09 às 12 horas e é gratuita.

     

     


    Oficina de DJ
    https://forms.gle/MzdjXXz4pqGS1b1a6

    A oficina de DJ será ministrada pelo DJ Dorgo no dia 12 de novembro de 2019, no Quilombo Enraizados.
    Podem se inscrever pessoas com idade a partir de 16 anos. A atividade acontecerá das 14 às 17 horas e é gratuita.

     

     


    Oficina de RapRapLab
    https://forms.gle/Qz1zH5qJGLuHiSbbA

    A oficina de rap será ministrada pelo rapper Dudu de Morro Agudo no dia 13 de novembro de 2019, no Quilombo Enraizados. Podem se inscrever pessoas com idade a partir de 16 anos. A atividade acontecerá das 16 às 19 horas e é gratuita.

     

     

     


    Oficina de Danças Urbanas
    https://forms.gle/ydhD9ERK2EiHQNzY8

    A Oficina de dança será ministrada pela bailarina Rebeca Pereira, no dia 14 de novembro de 2019, no Quilombo Enraizados. Podem se inscrever pessoas com idade a partir de 12 anos. A atividade acontecerá das 09 às 12 horas e é gratuita.

     

     


    SAIBA MAIS:
    O que? Semana do Hip Hop
    Quando? 11/11/2019 à 14/11/2019
    Onde? Quilombo Enraizados – Rua Presidente Kennedy, 41, em Morro Agudo, Nova Iguaçu.
    Informações: (21)4123-0102 ou enraizados@gmail.com.

  • Festival dos CRIAS: A juventude preta e periférica assumindo o controle do mês da consciência negra.

    Festival dos CRIAS: A juventude preta e periférica assumindo o controle do mês da consciência negra.

    O “Festival dos CRIAS” é uma iniciativa do Instituto Enraizados que visa desenvolver um espaço de troca entre a juventude preta e pobre da metrópole do Rio de Janeiro, realizando e recebendo atividades durante os 30 dias do mês de novembro, afim de promover a potência artística, empreendedora e intelectual deste grupo social.

    As atividades acontecerão no Quilombo Enraizados, um local que transborda afeto e solidariedade, e a ideia é reunir fazedores para que estes troquem experiências entre si, ensinando e aprendendo, potencializando aquilo que já fazem, e criando novas possibilidades a partir de uma rede tecida organicamente.

    Queremos trazer para um mesmo espaço diferentes atividades, discussões relevantes sobre variados temas à partir dos eixos de “cultura, raça e identidade”, sob a perspectiva e vivência desta juventude e destes territórios.

    Dentre as atividades que já estão no calendário do festival estão: exposição de arte, workshops de “rap, DJ, graffiti e dança”, mostra audiovisual, eventos de música, sarau de poesias, mutirão de graffiti, cineclube, semana de brechó com discussão sobre moda consciente, rodas de leitura, encontro de educadores, etc.

    O Quilombo Enraizados estará aberto todos os dias, das 08 às 20 horas para visitação, todas as informações sobre as atividades estarão disponíveis no Portal Enraizados, assim como os formulários de inscrição para as atividades.

    CALENDÁRIO <em construção>

    01 de novembro – Expo Urban Art

    02 de novembro – Sarau Poetas Compulsivos

    03 de novembro – Audição – Átomo

    04 de novembro à 10 de novembro – Feira Belchior

    11 de novembro – Oficina de Graffti

    12 de novembro – Oficina de DJ

    13 de novembro – Oficina de Rap

    14 de novembro – Oficina de Danças Urbanas

    16 de novembro – Ocupação de Graffiti

    30 de novembro – Mostra Pretos na Tela

    SERVIÇO:
    O que? Festival dos CRIAS
    Quando? 01 à 30 de novembro
    Onde? Quilombo Enraizados – Rua Presidente Kennedy, 41, em Morro Agudo, Nova Iguaçu.
    Quer saber mais, quer participar? (21)4123-0102 ou enraizados@gmail.com.

     

     

  • Nada acontece por acaso e não existe um destino traçado para nós.

    Nada acontece por acaso e não existe um destino traçado para nós.

    Odeio pensar na ideia de não termos controle sobre a vida, a ideia de que existe um destino nos esperando, é de certa forma assustadora.
    Nossas vidas são baseadas em escolhas, cada um tem o controle sobre sua própria vida e as escolhas nos levam a determinados destinos.
    O que é chamado de acaso é na verdade, as escolhas de outras pessoas te levando a outro destino, isso por que vivemos em sociedades capitalistas e sempre um pequeno grupo de afortunados fazem escolhas que vão afetar vidas de milhares de pessoas.

     

    As minhas escolhas podem não garantir o meu próprio destino.

    Vou me usar como exemplo, eu escolhi ser Dj, trabalhar com isso, viver disso, mas sou obrigado a trabalhar em coisas completamente diferente, para pagar as contas e por comida dentro casa, fazendo com que, muitas vezes eu não consiga exercer minha função como Dj mesmo dando o máximo do máximo, mas eu não abaixo a cabeça, as minhas escolhas coincidiram com as de outras pessoas e me trouxeram aqui, basta eu saber disso pra focar em priorizar minhas escolhas e deixar bem claro que, eu vou viver como Dj, vou ser um dos mais brabos e ter meu trampo valorizado.
    Essas são minhas escolhas e esse será meu destino.

    Faça suas escolhas, pense antes de tomar decisões.

    Antes de votar em qualquer político por ter colocado asfalto ou por ter lhe dado 50 reais, pense em quanto isso pode mudar a sua vida, pense em tudo que você já abriu mão por um misero salário mínimo e principalmente estude as propostas antes de se decidir.

     

     

    #MudarDeOpiniãoéLegal !!

    #ForaTemer

  • A descentralização do DJ na Cultura Hip Hop

    A descentralização do DJ na Cultura Hip Hop

    No início de tudo, haviam apenas três elementos na cultura Hip Hop, o DJ, o Bboy e o grafiteiro (que era o único que conseguia “andar” sem o DJ), sendo assim, o Disc Jockey é o pilar e responsável pela condução de tudo, do instrumental pro MC versar e pro Bboy dançar. O MC surgiu da necessidade de se ter uma voz representando a cultura, “a voz das ruas”.

    Com o passar do tempo o protagonismo do Hip Hop foi transferido do DJ para o MC sem aviso prévio e os DJs foram perdendo bastante espaço na cena. Os MCs falavam o que o público queria falar e ouvir.

    Atualmente o DJ tem sido colocado como mero coadjuvante, empurrado de canto, para o MC que ganha todos os holofotes, a real é que a cena de hoje não dá o devido valor ao DJ. O DJ vem sendo chamado para tapar o buraco da line up nos eventos, nos flyers dos eventos se veem em destaque fotos e nomes dos MCs como atrações principais e os condutores ficam com menor destaque, induzindo o publico a pensar que sua importância seja menor e isso acaba desencorajando quem pensa em seguir a carreira.

    Obviamente sem o DJ nada flui no evento,  ele é o condutor de tudo e atualmente é muito raro vê-lo no centro do evento, como lhe é de direito. Porém na cultura reggae, mais especificamente no Dub, há um respeito muito grande para com a figura do DJ, ele é tido como um sacerdote que faz a ligação do público com Jah.

    “A cultura sound system é a base de tudo, os bailes eram diferentes […] a galera do Dub chega a ser conservadora, fazem até hoje do mesmo jeito que nos anos 60, no rap o MC aparece bem mais, acontece nas rodas culturais de a galera só ir ver a batalha e meio que ignorar o resto.” Rodrigo Caê (Guetto)

     

  • Abracem seus artistas locais

    Abracem seus artistas locais

    A Baixada Fluminense vem se mostrando um celeiro de jovens artistas de rap e com os holofotes voltados para a cena é comum vermos cada vez mais eventos de rap, cada dia nasce um MC pelos acessos da Baixada, agora, se ele vai se dedicar e continuar empregando a Profissão MC  é outra história, mas vamos focar nos ditos eventos.

    As tão famosas rodas culturais geralmente funcionam no formato:

    Mestre de Cerimônia + DJ sets + Batalha de MC’s + Pocket show.  

    Porém enfrentamos um grande problema: O PÚBLICO. Sim, o público é alma da roda, o evento foi feito para ele, ele é o jurado das batalhas, grande parte do motivo daquela ocupação ser, na maioria das vezes, em um espaço público. Mas geralmente se a atração da noite é um artista local, a galera não presta a devida atenção no trabalho do amigo.

    Todos pedem por uma intervenção artística, um evento fixo num local, e quando finalmente se movimentam nesse sentido, muitas das vezes, parte do público desrespeita os artistas envolvidos, muitos só estão ali para presenciar a batalha, o foco principal da noite, e quando o artista convidado vai se apresentar, se dispersam e o MC tem que doar sua energia para meia dúzia de pessoas.

    Tudo depende do local, da vibe, mas é uma grande verdade que há um grande desrespeito com os grupos/MC’s desconhecidos da grande mídia que se apresentam em locais públicos. É comum presenciarmos um evento lotado e na hora do show, vermos menos da metade do público interagindo com o artista, isso ainda é triste. Não esperem que o trabalho do artista vire pra a partir de então passar a prestar atenção em seu trabalho, olhe agora, respeite aquele momento em que ele entrega seu trabalho para vocês. A partir do momento em que ele recita seus versos, a canção não é mais dele, retribuam com a energia necessária como um incentivo e façam daquele momento algo bonito, vocês verão os frutos a frente, lembrem-se, digo isso também enquanto artista.

  • De DJ a Produtor de Eventos, Dorgo é um dos espelhos que compõe o Caleidoscópio

    De DJ a Produtor de Eventos, Dorgo é um dos espelhos que compõe o Caleidoscópio

    Desde que trocou a profissão de mecânico pela arte, Marlon Gonçalves tem estudado para atuar em todos os campos possíveis da cultura urbana. 

    Marlon Gonçalves, aka DJ Dorgo, é atualmente o DJ mais atuante na Baixada Fluminense, tocando com os principais grupos da região, como o grupo #ComboIO (campeão mundial de hip hop pelo Take Back The Mic 2015 – Miami – USA) e Gustavo Baltar (Semi-finalista do Take Back The Mic 2016 – Los Angeles – EUA).


    DJ residente das principais festas de hip hop de Nova Iguaçu, como o Musicação na Pista e o Caleidoscópio, Dorgo se destaca na cena por valorizar os artistas independentes do rap nacional e principalmente da baixada em suas sessions, o que o faz ser convidado para tocar em diversos eventos como a Brooklyn, Faveliera, Batidas & Rimas, etc.

    No Instituto Enraizados participa dos projetos #RapLAB e do grupo Dinastia, que o levou a dividir o palco com o MC Marechal durante o evento Jovem Negro Vivo, promovido pela Anistia Internacional no Leão Etíope, no Méier.
    Começou sua trajetória em 2016 e apesar do pouco tempo de carreira, ele tem muitos anos de estudo e pesquisa além de ter feito um curso de Dj numa parceria do Afro Reggae com o Sebrae, tendo como instrutor o DJ Nino Leal, o que o faz ser extremamente requisitado por grupos de rap para freelance em shows, como foi o caso do grupo Sigavante (BH), que o contratou para uma turnê realizada no Rio de Janeiro. 

    Além de atuar como DJ e integrar o squad do Brechó Original BXD, se formou em audiovisual e produção de eventos pelos cursos propostos pelo Enraizados, tendo o Dudu de Morro Agudo como mentor e professor. Dorgo é o produtor do Projeto Literatura das Ruas, que foi aprovado no edital Territórios Culturais / Favela Criativa, idealizado por Moonjay e um dos produtores do Caleidoscópio.

     

     

    Contato:

    (21) 9.8315.9016
    dorgodj@gmail.com
    soudclound

  • 5 Remixes & Mashups de 2014 que você já deveria ter ouvido!

    5 Remixes & Mashups de 2014 que você já deveria ter ouvido!

    Nessa vida de leitura de blogs e sites sobre música eu sempre vejo um monte de lista de melhores isso e melhores aquilo. Seguindo essa onda editorial da internet, fiz uma pequena listinha de 5 remixes e mashups, todos brazucas, lançados nesse 1º semestre do ano da Copa e Eleições. Não se esqueça!

    São alguns sons que ouça na pista e que também eu toco nos dj sets que faço. Aumenta o volume e treina sua dança da sedução para as baladas!

    1. Marginal men – (Jackal, Gorila & Preto)

    Marginal Men, uma dupla de djs daqui do Rio e lineup da Wobble Crew fez esse mashup de trap com funk carioca juntando Jackal com a dupla mais zueira do funk carioca, Gorila & Preto cantando em homenagem aos novinhos que tão sensacional!

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    2. João Brasil – Caraca, muleke! (Thiaguinho Remix)

    Na vibe da rasteria que tá bombando em SP, o saudoso João Brasil fez esse remix do Thiaguinho pra bombar em todos os pagofunks.

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    3. Apavoramento Sound System– (Pearls Negras Remix)

    A galera da Apavoramento (que tá produzindo só coisa fina!) fez esse remix das 3 mcs mais tchutchcas do Vidigal, as Pearls Negras.

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    4. Ale Messina – Baixada Night (Marcão Baixada vs Defunk)

    Ale Messina juntou o Marcão com Defunk pra mostrar que a Baixada é Cruel!

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    5. Wil Love – Lana – Del – Rey – Summertime – Sadness – Vs- W – Ill Love Produçoes (RMX)

    Consolidando o tecnobrega com o gênero mais hipster desse Brasil, temos Wil Love. Ele que é um dos membros da Gang do Eletro botou os indie pra dançar na tristesa do verão!

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