Tag: Enraizados

  • Conheça o projeto Literatura da Ruas

    Conheça o projeto Literatura da Ruas

    O Literatura das ruas é um projeto que tem como objetivo mesclar a literatura com as artes das ruas, através de intervenções literárias em eventos de cultura urbana como: rodas culturais, saraus de poesia, entre outros.

    As Intervenções literárias contam com:

    • Uma biblioteca comunitária que incentiva a troca de livros e o consumo da literatura marginal produzida nas periferias do Brasil.
    • Distribuição de poesias e letras de rap, de artistas da Baixada Fluminense.
    • Apresentação de um(a) DJ e um Pocket Show.

    Em sua primeira edição terão 6 intervenções em diferentes cidades da Baixada Fluminense, que culminarão em um grande evento na praça Zumbi dos Palmares; onde haverá shows, batalha de mc’s, slam de poesia, DJs, entre outras atrações. O line será composto pelos artistas das cidades visitadas, visando fazer um intercâmbio artístico e cultural.

    Antes de ser Literatura das Ruas o projeto se chamava “Banca Ohana Livros, uma biblioteca comunitária dentro do Festival Caleidoscópio, foi idealizado por Carol Tavares aka DJ Moonjay e criado com a ajuda de Marlon Gonçalves aka DorgoDJ.

    Moonjay sempre sonhou em ver uma biblioteca comunitária em seu bairro e através do Enraizados esse sonho se tornou real. Na primeira edição os livros foram levados e organizados em caixotes de madeira, cerca de 80 livros conseguidos em doações; no final do festival havia cerca de 80 livros como no início, porém eram outros livros, o público abraçou a ideia da biblioteca de “trocar livros”, além de consumirem literatura, eles contribuíram para que outras pessoas também pudessem consumir.

    Dorgo DJ conta um pouco sobre o know-how de ter uma biblioteca itinerante:

    “Nossa experiência nos faz crer que a juventude gosta de ler, ao contrário do que algumas pessoas acreditam; contudo, o difícil acesso a um conteúdo específico, que seja realmente interessante para estes jovens, faz com que os mesmos acabem buscando satisfação em outras formas de cultura.

    Acreditamos que proporcionar um espaço onde livros escritos por pessoas com histórias de vida parecidas com a nossa realidade, com temas interessantes, estejam disponíveis nos locais onde a juventude já ocupa, sem custo, apenas com o compromisso de devolver ou passar adiante em outra biblioteca móvel, pode transformar a relação entre os jovens e os livros. Além de incentivar a leitura, valorizar os escritores marginais e incentivar a criação de uma rede de bibliotecas móveis, sabemos que o hábito de ler trará benefícios para a juventude, como o desenvolvimento de um pensamento crítico e estímulo da criatividade.

    A primeira intervenção do Literatura das Ruas foi no Festival Caleidoscópio e novamente foi um sucesso, a próxima será no Rap Free Jazz em Duque de Caxias, no dia 16 de Setembro, com muitas novidades. Se você quer saber mais ou contribuir de alguma forma para o projeto, fique atento nas redes sociais.”

  • A importancia do beatmaker

    A importancia do beatmaker

    Hoje resolvi falar sobre a importância do beatmaker.

    Pra quem não sabe, o beatmaker é um “produtor de batidas”, ele produz bases ou instrumentais para os Mc’s gravarem suas músicas.

    O beatmaker é tão importante quanto o Mc, ele dita o ritmo da música assim como um dj dita o ritmo de uma festa.

    Infelizmente o trabalho do beatmaker é muito desvalorizado, mesmo com o crescimento que tem na cena do rap, muitos mcs não pagam o valor real de um beat, o que chega ser ridículo as vezes. Vemos ótimos beatmakers que não conseguem sobreviver do seu trabalho e acabam fazendo outras coisas para garantir sua renda, deixando o talento de lado.

    Mcs não deixem de investir em seus trabalhos, paguem por um bom beat, paguem por uma boa gravação, paguem por um bom clipe, além de estar valorizando outros trabalhos, vai valorizar o seu!

    É isso rapaziada, vamos ficar por aqui, vou deixar uma lista com o trampo (link anexo ao nome) de alguns beatmakers da Baixada que mandam muito bem,  dá um confere.

     

     

  • Instituto Enraizados e Rede Funk Social aproximam ainda mais o hip hop e o funk

    Instituto Enraizados e Rede Funk Social aproximam ainda mais o hip hop e o funk

    Na manhã da quinta-feira (06), os diretores da Rede Social Funk, Priscila Rebeca e Renato Patrão, estiveram na sede do Instituto Enraizados, em Morro Agudo, para firmarem uma parceria que aproximará São Gonçalo de Morro Agudo, e também o Hip Hop e o Funk.

    Dudu de Morro Agudo, diretor executivo do Instituto Enraizados, os recebeu por volta das 10:30 para a reunião que tinha como principal objetivo de estabelecer um acordo para produção conjunta de um evento de Miami Bass, que provavelmente será um ‘encontro de viníl’, que reunirá DJs e MCs de todo o Rio de Janeiro.

    Priscila, DMA e Patrão
    Priscila, DMA e Patrão na Incubadora do Instituto Enraizados

    A Rede Funk Social tem 16 anos de existência e há cerca de dois ano ocupou uma escola estadual que estava abandonada em São Gonçalo, com o aval do Governador do Estado do Rio de Janeiro. Já o Instituto Enraizados, que faz 18 anos de atividades em janeiro do próximo ano, ocupou, como aval da Prefeitura da Cidade de Nova Iguaçu, um espaço que estava abandonado há cerca de 07 anos em Morro Agudo, e atualmente aguarda somente a assinatura do prefeito Rogério Lisboa em um documento para que possam iniciar as obras no local.

    Os diretores das instituições se conheceram há 10 anos, durante os encontros de juventude realizados pela FASE e mantém a amizade e a parceria institucional até os dias de hoje, contudo, nesta fase da história das instituições, pretendem estar mais próximos para se fortalecerem institucionalmente.

    “Após a reunião fizemos um passeio pelo bairro, onde pudemos conhecer alguns graffitis da Galeria 20-26 e depois almoçamos no famoso Buteco da Juliana”, afirmou Priscila Rebeca.

    SAIBA MAIS SOBRE A REDE FUNK SOCIAL

    Facebook: https://www.facebook.com/rede.funk

    IMPRENSA

    Grupo que transformou escola abandonada em projeto social de funk promove sarau de poesia neste sábado
    https://extra.globo.com/noticias/rio/grupo-que-transformou-escola-abandonada-em-projeto-social-de-funk-promove-sarau-de-poesia-neste-sabado-20293833.html

    Movimento funk transforma escola estadual abandonada em São Gonçalo em centro cultural
    https://extra.globo.com/noticias/rio/movimento-funk-transforma-escola-estadual-abandonada-em-sao-goncalo-em-centro-cultural-17028748.html

    Escola abandonada no RJ vira centro cultural do funk; saiba como ajudar
    https://extra.globo.com/noticias/rio/movimento-funk-transforma-escola-estadual-abandonada-em-sao-goncalo-em-centro-cultural-17028748.html

  • De DJ a Produtor de Eventos, Dorgo é um dos espelhos que compõe o Caleidoscópio

    De DJ a Produtor de Eventos, Dorgo é um dos espelhos que compõe o Caleidoscópio

    Desde que trocou a profissão de mecânico pela arte, Marlon Gonçalves tem estudado para atuar em todos os campos possíveis da cultura urbana. 

    Marlon Gonçalves, aka DJ Dorgo, é atualmente o DJ mais atuante na Baixada Fluminense, tocando com os principais grupos da região, como o grupo #ComboIO (campeão mundial de hip hop pelo Take Back The Mic 2015 – Miami – USA) e Gustavo Baltar (Semi-finalista do Take Back The Mic 2016 – Los Angeles – EUA).


    DJ residente das principais festas de hip hop de Nova Iguaçu, como o Musicação na Pista e o Caleidoscópio, Dorgo se destaca na cena por valorizar os artistas independentes do rap nacional e principalmente da baixada em suas sessions, o que o faz ser convidado para tocar em diversos eventos como a Brooklyn, Faveliera, Batidas & Rimas, etc.

    No Instituto Enraizados participa dos projetos #RapLAB e do grupo Dinastia, que o levou a dividir o palco com o MC Marechal durante o evento Jovem Negro Vivo, promovido pela Anistia Internacional no Leão Etíope, no Méier.
    Começou sua trajetória em 2016 e apesar do pouco tempo de carreira, ele tem muitos anos de estudo e pesquisa além de ter feito um curso de Dj numa parceria do Afro Reggae com o Sebrae, tendo como instrutor o DJ Nino Leal, o que o faz ser extremamente requisitado por grupos de rap para freelance em shows, como foi o caso do grupo Sigavante (BH), que o contratou para uma turnê realizada no Rio de Janeiro. 

    Além de atuar como DJ e integrar o squad do Brechó Original BXD, se formou em audiovisual e produção de eventos pelos cursos propostos pelo Enraizados, tendo o Dudu de Morro Agudo como mentor e professor. Dorgo é o produtor do Projeto Literatura das Ruas, que foi aprovado no edital Territórios Culturais / Favela Criativa, idealizado por Moonjay e um dos produtores do Caleidoscópio.

     

     

    Contato:

    (21) 9.8315.9016
    dorgodj@gmail.com
    soudclound

  • O curso de produção do Enraizados iniciou na UFRRJ com a sala lotada

    O curso de produção do Enraizados iniciou na UFRRJ com a sala lotada

    Cada edição do CPPEC é uma experiência extremamente nova.

    Eu estava muito ansioso para encontrar os participantes dessa nova turma, por isso no último sábado acordei bem cedo para dar um jeitinho nos últimos detalhes.

    Por volta das 08 horas da manhã levantei e fui dar um tapa no visual, logo depois participei de uma reunião sobre o GVV6, projeto de graffiti do Enraizados, com os grafiteiros Babu e FML, em seguida fui comprar uns equipamentos e pronto, já eram 12 horas e certamente não daria tempo de eu almoçar.

    Era um sábado quente, não sei se porque a temperatura estava elevada ou porque o meu grau de ansiedade estava aquecendo meu corpo de forma anormal. Cheguei na UFRRJ por volta das 13 horas e fui pra sala 209 pra testar os equipamentos antes que a turma chegasse, por mais que eu não fosse utilizar nenhum dos equipamentos na primeira aula.

    Dudu de Morro Agudo em aula
    Dudu de Morro Agudo em aula

    Os alunos foram chegando um a um, numa diversidade já esperada, pois na seleção priorizamos essa diferença entre os participantes. São alunos de todas as idades, de oito cidades, contendo a mesma quantidade de homens e mulheres. Mas eu não sabia nada sobre as habilidades de cada um e nem a ‘profissão’ deles, isto é, o que cada um fazia para sobreviver. Só sabia que seis pessoas eram alunos da UFRRJ e uns dez já faziam parte do Instituto Enraizados, mas os outros 14 eu não tinha ideia de quem eram e estava pronto para ser surpreendido. E fui

    Muitas pessoas com discursos bem politizados, outros declararam amor pela Baixada Fluminense, alguns com projetos já em andamentos e outros com projetos bem legais na cabeça. É justamente o que eu preciso para transformar uma simples aula em algo pra lá de especial, com pessoas especiais.

    [box type=”success” align=”alignright” class=”” width=”200″]30 participantes de 08 cidades[/box]

    A turma estava bem conectada, já estavam se organizando pelo grupo que criei no WhatsApp. Lá eles falam de tudo, é um grupo bem descontraído, mas o mais interessante foi o encontro que marcaram para chegar no curso antes do horário marcado. E chegaram.

    Utilizei a primeira aula para que nos conhececemos, apresentei o Enraizados e o curso, além de pedir para que cada participante se apresentasse, cada apresentação foi uma aula à parte, foi incrível. Falamos sobre o ‘conceito’ do Festival Caleidoscópio e começamos a preparar o ‘briefing’.

    Turma do CPPEC na UFFRJ, em Nova Iguaçu
    Turma do CPPEC na UFFRJ, em Nova Iguaçu

    A ideia é que no próximo sábado a gente já comece a falar sobre a identidade visual, curadoria, visita técnica, orçamento, parcerias e captação de recursos. E como as aulas são práticas, trabalharemos com documentos reais do Festival Caleidoscópio, que serão sempre disponibilizados na página do grupo no facebook para será utilizado como uma espécie de repositório.

    Um outro fato bem legal é que um dos participantes, o Chante, já sugeriu, via Whatsapp, um tema para o festival, tema este que já vem acoplado com uma campanha. Achei bem interessante e já estou fazendo planos.

    Sinceramente espero que todos e todas possam estar presentes novamente na próxima semana, pois temos muito trabalho pela frente.

     

  • Enraizados divulga a lista com os selecionados para o CPPEC 2017

    Enraizados divulga a lista com os selecionados para o CPPEC 2017

    O CPPEC é o ‘curso prático de produção de eventos culturais’ do Instituto Enraizados, e esse ano será realizado em parceria com a UFRRJ.

    O curso já é sucesso antes mesmo de as aulas começarem, como já é esperado em todas as edições houveram  inscrições de várias cidades da região metropolitana do Rio de Janeiro , contudo desta vez batemos todos os recordes, pois mais de 200 pessoas se inscreveram para disputar as 20 vagas oferecidas.

    Como a procura foi muito grande, a equipe do Instituto Enraizados resolveu oferecer mais 10 vagas, como consta na lista abaixo.

    Os(as) selecionados(as) para participar do curso são:

    1. Alan de Araújo da Silva
    2. Emanuela da Silva de Oliveira
    3. Filipe Fonseca Souza de Alencar
    4. Gabriel Alves Ramos
    5. João Vitor Silva Ferreira
    6. Julio Cesar Alves
    7. Karina Cristina Fernandes Vitorino
    8. Larissa Peixoto dos Santos
    9. Marcia Cristina Carneiro da Silva Pereira
    10. Marcos Vinícius Pereira dos Santos
    11. Mariane Brum dos Santos
    12. Raiany de Sousa Gomes
    13. Ramon Tavares da Silva
    14. Thamiris da Costa Carvalhaes
    15. Thiago Chantre dos Santos
    16. Debora Luisa de Freitas da Silva
    17. Guilherme Santos Cabral de Oliveira
    18. Jhessica Souza Silva de Carvalho
    19. Lizandra Córdova Alves Vieira
    20. Luiza Helena Dias Braga
    21. Patricia Gonçalves de Freitas
    22. Eduardo Dias Oliveira
    23. Yago Feitosa da Paschoa
    24. Antonio Ribeiro Feitosa
    25. Beatriz Dias de Assis
    26. Beatriz Fernandes dos Santos
    27. Caroline Tavares Gonçalves
    28. Karl Marx Rosa de Lima
    29. Luiz Gustavo Oguano Baltar da Silva
    30. Marlon Gonçalves

    Muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre algumas questões do curso, por isso fizemos um FAQ com as dúvidas mais frequentes, mas se as dúvidas persistirem, podem escrever nos cometários que responderemos o mais rápido possível.

    FAQ

    O curso abrangente produção em geral ou apenas a cultura de hip hop?
    O objetivo do curso é fazer com que os participantes entendam o processo de produção de qualquer tipo de evento, contudo o nosso laboratório será em um festival onde o principal segmento é o rap, e o festival dialóga muito com outros elementos do hip hop como o break, o DJ e o Graffiti, além da cultura urbana de uma forma geral.

    Preciso de algum material específico para a realização do curso?
    Não. Pedimos que leve caderno e caneta pra que possa fazer anotações que considere relevante, mas todo o material do curso é disponibilizado digitalmente.

    O curso será ministrado somente aos sábados ou terá algum horário alternativo?
    Não. O curso será somente aos sábados, das 15 às 17 horas.

    O curso será no Espaço Enraizados?
    Não, o curso será no Campus da UFRRJ, que fica na rua Savério José Bruno, s/n – Moquetá, Nova Iguaçu.

    Onde será a aula prática?
    A aula prática será realizada na Praça de Morro Agudo, que fica na esquina das ruas Ângelo Gregória com a rua Thomaz Fonseca, em Morro Agudo.

    Praça de Morro Agudo
    Praça de Morro Agudo

    É necessário ter algum tipo de experiência na área para participar do curso?
    Não. Não é necessário ter experiência em produção.

    Gostaria de saber se além do conhecimento prático na criação do evento, também é oferecido suporte para aprender a lidar com equipamentos de som, iluminação e etc?
    Prática é isso aí. No dia do evento, cada pessoa poderá atuar na área que mais se identifica, sob orientação de outros profissionais.

    O curso disponibiliza certificado?
    Sim, no dia da conclusão será disponibilizado um certificado provisório e em seguida um certificado da UFRRJ.

    Terá algum custo para o participante ?
    Não, o curso é totalmente gratuito.

    No caso de quem deseja cursar produção cultural, essas horas servem para diminuir a carga horária na faculdade?
    Não. Essas horas servem como AAC (Atividades Acadêmicas Complementares).

     

    SERVIÇO

    O que?
    CPPEC – Curso Prático de Produção de Eventos Culturais
    Quando?
    Todos os sábados, do dia 06 de maio a 10 de junho, das 14 às 17 horas.
    Onde?
    A UFRRJ fica na rua Rua Savério José Bruno, s/n – Moquetá, Nova Iguaçu.

  • Entrevista com Camila Guimarães e Higor Cabral da Pitanga Audiovisual

    Entrevista com Camila Guimarães e Higor Cabral da Pitanga Audiovisual

    Camila Guimarães e Higor Cabral são casados, pais de uma linda menina chamada Maria Flor e sócios em uma produtora chamada Pitanga Audiovisual, onde além de garantir o ganha pão, permite que coloquem em prática muitas ideias legais.

    Durante os últimos anos eles produziram muitos clipes de rap, principalmente dos MCs da Baixada Fluminense, onde destacam-se Marcão Baixada, Léo da XIII e Einstein. Em março eles ministrarão no Espaço Enraizados um curso totalmente experimental de audiovisual, com ênfase na produção de videoclipes.

    Aproveitando a oportunidade que tivemos, nós, da Hulle Brasil, fizemos uma entrevista pra lá de exclusiva com eles. Esperamos de todos e todas curtam muito!!!

    Hulle Brasil – O que é a Pitanga Audiovisual?

    Pitanga Audiovisual – É uma produtora criada por nós para que pudéssemos colocar pra fora tudo o que ficávamos pensando quando não tínhamos condição de ter uma câmera. Tudo mesmo.
    Buscamos sempre captar as imagens de forma artística, porém orgânica e visceral ao mesmo tempo. Gostamos de deixar fluir, sem muita firula. Prezamos pelo real até quando estamos fazendo algo mais controlado como um clipe. São nesses pilares que a Pitanga se apoia.
    Mas não se engane, no fim somos apenas um casal que adora fazer vídeos (risos).

    Vocês já produziram muitos clipes de rap, como começou essa correria na cena?

    Um belo dia fizemos um trabalho em um evento do Dia da Baixada. Foi um show com vários MCs no SESC Nova Iguaçu. Ali entrevistamos Marcão Baixada, Slow da BF, Dudu de Morro Agudo e muitos outros.

    A partir daí foi totalmente natural entrarmos nesse mundo. Além de começarmos a curtir de verdade o trabalho do pessoal, fomos aos poucos conhecendo mais a fundo cada um. Conhecemos o Enraizados e passamos a acompanhar a produção cultural da Baixada, coisa que a gente, morando aqui desde sempre, não conhecia.

    Ficamos muito próximos do Marcão Baixada e propomos a ele fazer um clipe. Porque como dissemos numa pergunta anterior, queríamos fazer, colocar pra fora. E estávamos curtindo de verdade o trabalho da galera. Ele aceitou e fizemos “Baixada em Cena” na guerrilha total, do jeito que a gente sempre faz, pois quase sempre a nossa condição e a do artista não permite uma produção maior. A partir daí muitas pessoas vieram perguntar sobre o nosso trabalho. Já fizemos outras coisas com outros estilos musicais, mas o rap predomina totalmente, pois já estamos inseridos na cena.

    A gente conhecia bem pouco sobre rap e fomos aprendendo enquanto fomos trabalhando dentro da cena. Isso foi incrível porque hoje o que mais toca em casa é rap.

    Quantos videoclipes vocês já fizeram?

    Nunca contamos, mas deve estar em torno de 10. Tem muita coisa já gravada que em breve estará na rua.

    É só rap? Porque?

    90% sim. Não nos limitamos. Mas por estarmos inseridos na cena acaba que rola muita indicação de um artista para o outro.

    Como surgiu a ideia de fazer esse curso de audiovisual com ênfase em videoclipe?

    A gente sempre pensou em fazer algo assim. Principalmente focando na produção em condições precárias, na guerrilha. Porque não adianta nada ensinar a trabalhar com equipamentos incríveis e numa produção que dificilmente as pessoas conseguirão participar no começo.

    Estamos há 4 anos nessa e fizemos pouquíssimas produções maiores como quando produzimos junto da Leila, do Eu Amo Baile Funk, e do pessoal do Apavoramento o clipe “Paradinha”, do MC Duduzinho. Não participamos da parte audiovisual do clipe em si, fizemos o vídeo de making of e a produção executiva e de set.

    E a ênfase em videoclipe é porque é a coisa que mais estamos fazendo nos últimos tempos, sem contar os trabalhos com casamento. Já temos uma boa bagagem em produzir algo sem muita estrutura e conseguir um resultado legal.

    Higor Cabral
    Higor Cabral

    Vocês são donos de uma produtora, não é contraditório formar pessoas que podem ser seus concorrentes?

    Não mesmo! Inicialmente pode parecer, mas além de podermos ter pessoas para poder trabalhar conosco futuramente, “formar concorrentes” é ótimo para aumentarmos a diversidade de coisas produzidas.

    Tem muita gente que gosta de esconder o jogo, não dizer como faz isso ou aquilo. Como conseguiu tal coisa. Não temos problema nenhum com isso. Estamos sempre trocando informações valiosíssimas com todos.

    Acho essa troca essencial para a evolução da cena audiovisual na Baixada. Tem muita coisa pra fazer em relação a vídeo. E outra coisa que pensamos muito é: – “Só 3 produtoras vão fazer todos os clipes de todos os artistas?”
    Não faz sentido algum, pois cada um tem uma estética e originalidade a oferecer.

    Como esse curso vai funcionar na prática? Tipo dias e horários, conteúdo e como serão as aulas?

    Vai acontecer do dia 15 ao dia 19 de março, das 16h às 20h. Cada dia será totalmente diferente do outro. No primeiro dia falaremos sobre a nossa forma de trabalho e viajaremos entre referências e nossos trabalhos antigos.

    No segundo dia conversaremos com Léo da XIII e Dudu de Morro Agudo sobre a música e veremos todo o norte para a produção do clipe de uma forma totalmente livre, nós não pensaremos nada sobre o clipe até o curso.

    Essa urgência será um diferencial para o curso também, teremos pouco tempo para resolver tudo. No terceiro dia definiremos tudo de roteiro e produção. A partir do quarto dia já estaremos filmando, editando e colorizando.

    Na outra semana faremos a conclusão do curso com uma festinha e exibição do clipe pronto.

    Porque a música O AÇO, do Léo da XIII?

    Já fizemos o clipe da música Novos Planos” do Léo da XIII e sempre fica aquele gostinho de quero mais. Um dia ele veio falar sobre fazer um clipe dessa música. E naquela mesma semana nós estávamos falando sobre finalmente colocar algo como um curso em prática. Aí juntamos tudo. Falei com o Léo que falaria com o Dudu sobre isso e aí a gente aproveitava e usava o clipe como um produto do curso. E já temos o artista para o próximo curso, será uma música ainda não escolhida do Marcelo Peregrino.

    Camila Guimarães
    Camila Guimarães

    Todo o processo de produção e concepção do videoclipe será coletivo, isso me parece complexo, pois serão muitas cabeças pensando coisas diferentes tanto para roteirizar, gravar e editar. Têm certeza que isso vai dar certo?

    Então, vai ser totalmente experimental. Na verdade vai ser como um exercício de criatividade. Com muitas cabeças pensando, tudo pode ser ótimo e horrível ao mesmo tempo. Mas acho que o mais legal do curso vai ser isso.

    Ver como podemos nos perder, pensar mil coisas impossíveis e depois colocar os pés no chão. Já que o curso tem a premissa de ser uma produção de custo quase zero. Penso nas pessoas saindo desse curso com a mente aberta e a certeza de que podem fazer tudo que quiserem.

    Vai ser um experiência completa pois teremos o clipe pronto no final. Isso é um diferencial sensacional para as pessoas verem que fizeram a diferença naquele projeto. Porque é assim mesmo que acontece, a pessoa que não é a roteirista do projeto dá a melhor ideia para o roteiro, o próprio artista dá a melhor ideia de direção, alguém do elenco acaba pegando a câmera e filmando.

    Aconteceu isso em “Psico” do Marcão, não conseguiríamos subir numa laje para filmar de cima, daí um dos caras do elenco filmou pra gente.

    O Espaço Enraizados ainda não está pronto, mas mesmo assim vocês decidiram fazer o curso no quintal, no chão de terra. Qual o motivo?

    Já estávamos com essa vontade a muito tempo. então queríamos fazer logo (risos).
    E um curso de audiovisual num quintal, embaixo de uma árvore, pisando no chão de terra, me parece uma belíssima ideia. Vai ser um ambiente informal e com uma produção feita na raça; Exataamente o que o curso propõe.

    Em breve a sede do Enraizados estará totalmente reformada e nós vamos usufruir de todo conforto e estrutura. Mas nunca podemos esquecer dos momentos difíceis, pois é exatamente nesses momentos que mora a genialidade e a criatividade de fazer algo único.

    Depois de 4 anos estamos com condição de alugar uma câmera melhor para os clipes, mas nem sempre foi assim. Precisamos saber fazer acontecer com tudo e com nada.

    Pitanga Audiovisual em ação
    Pitanga Audiovisual em ação

    Qual resultado vocês esperam com esse curso?

    Não esperamos um resultado imediato ou algo que mude totalmente quem participar.
    O que esperamos é mostrar uma perspectiva que talvez eles ainda não tenham enxergado sobre a produção audiovisual. As vezes a gente pensa que tudo acontece de uma forma mágica, mas no curso vão ver a quantidade de erros, problemas e gambiarras que precisamos fazer para tudo dar certo no final.

    Só assistir ao clipe não traz toda essa noção dos bastidores. É só assistir algum making of de um filme milionário de Hollywood que você percebe o quão complicado é, mesmo com milhões disponíveis.
    Então a ideia é o pessoal sair desse curso com uma ideia mais desconstruída do que é fazer um vídeo.

    E pro futuro, pretendem fazer outros?

    Com certeza! Temos várias outras ideias que em breve colocaremos em prática. A ideia vai ser sempre plantar uma sementinha que aos poucos vai brotar na cabeça da galera. De que dá pra fazer muito com pouco, de que é possível fazer as paradas acontecerem e no fim de tudo, poder conseguir algum dinheiro com isso.

    Se esperássemos ter algum dinheiro antes de fazer algo, não existiria 90% da classe artística aqui na Baixada. Temos que arrumar um jeito de fazermos antes pra conseguir algo depois. E as vezes isso pode ser bem depois.
    Inclusive esse curso de videoclipe já tem até outra edição, só não sabemos quando, mas vai ter.

    SAIBA MAIS

    Facebook Pitanga Audiovisual: https://www.facebook.com/pitangaaudiovisual

     

     

  • Dudu de Morro Agudo participa da web série Só Lazer, da Mate Leão

    Dudu de Morro Agudo participa da web série Só Lazer, da Mate Leão

    DMA (Dudu de Morro Agudo) recebeu o convite para fazer parte de uma web série cujo o principal objetivo  era fazer um mapeamento cultural na cidade de Nova Iguaçu. Apresentada por Rafael Mike, do Dream Team do Passinho, a web série também contou com a presença de outros Enraizados como Lisa Castro e Marcão Baixada, além dos produtores culturais Diego Bion, produtor do Cineclube Buraco do Getúlio e Rogério Costa, proprietário do Cultural Bar.

    O vídeo de Dudu de Morro Agudo já conta com mais de 250.000 vizualizações no youtube e mais de 350.000 no facebook.

    Veja o que ele achou da iniciativa:

    Como surgiu o convite para participar dessa web-série?

    Recebi uma ligação do Wesley Brasil dizendo que estavam interessados em fazer a filmagem. Achei a proposta interessante, mas não sabia o que era a fundo, só aceitei a priori por que haviam outros amigos envolvidos.

    O resultado foi o esperado?

    Sim, na verdade eu não esperava muita coisa, não estava na muito claro pra mim. Eu só sabia que era um filme e que haveria um mapeamento cultural da cidade. Pra mim esse tipo de mapeamento sempre foi interessante, é sempre interessante promover a cidade e seus artistas, contudo a repercussão foi muito maior do que eu esperava. A equipe que produziu os vídeos tratou a cidade, seus produtores e artistas com muito respeito e investiram em mídia para promover os videos. Foi legal.

     

  • No mês da consciência negra, mutirão com feijoada no novo Espaço Enraizados

    No mês da consciência negra, mutirão com feijoada no novo Espaço Enraizados

    Nós, do Instituto Enraizados, estamos de casa nova, ou melhor, construindo uma casa nova em Morro Agudo, e por isso, nos últimos meses fizemos alguns mutirões, sempre contando com a colaboração dos amigos e parceiros para capinar o mato, pintar as paredes e carregar muito peso.

    Galera do Enraizados no último mutirão.
    Galera do Enraizados no último mutirão.

    Agora que estamos na reta final, faremos mais um mutirão, sendo que este, além de contar com a ajuda dos amigos para limpar algumas coisas, consertar outras e construir uma horta vertical, temos também o objetivo de apresentar o novo Espaço Enraizados para os amigos e parceiros, assim como todas as atividades que acontecerão por lá.

    Para celebrar esse encontro, não coincidentemente no mês da consciência negra, faremos uma bela e apetitosa feijoada a lenha, com direito a muita música comandada pelos DJs da casa.

    Podemos contar com você?
    https://www.facebook.com/events/604821726392105

    SAIBA MAIS
    Mutirão Enraizados
    Dia 15 de novembro de 2017
    A partir das 10 horas da manhã
    Rua Presidente Kennedy, 41, Morro Agudo, Nova Iguaçu
    Próximo ao colégio Antônio Huback

     

  • Festival Caleidoscópio consolidará Morro Agudo como celeiro do hip hop brasileiro

    Festival Caleidoscópio consolidará Morro Agudo como celeiro do hip hop brasileiro

    Consolidando Morro Agudo como celeiro do Hip Hop nacional, o Instituto Enraizados promoverá no próximo dia 17 de setembro o 5º Festival Caleidoscópio – Edição Dia de Responsa, cujo o tema central é a ‘Qualidade de Vida’.

    Mais de 2.500 pessoas já conferiram as quatro edições anteriores, e mais mil são esperadas na quinta, que movimentará a praça do bairro iguaçuano. Mais de 100 artistas e 50 voluntários – participantes do curso prático de produção de eventos culturais, CPPEC, promovido pelo Instituto Enraizados – estão envolvidos na ação, que levará 12 horas de música, arte e ativismo, reunindo expressões artísticas variadas.

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    Quarta edição do festival caleidoscópio, em Morro Agudo

    Durante o Caleidoscópio, o Instituto Enraizados lançará uma campanha de crowdfunding para a reforma de sua nova sede, em Morro Agudo, que está prevista para ser inaugurada em março de 2017.

    Dezenas de atividades acontecerão simultaneamente, como feira criativa, caleidokids (espaço para crianças menores de 10 anos), painel de grafite, biblioteca coletiva, gastronomia das ruas, sarau de poesias, desfile de moda, apresentações de DJs, batalhas de MCs e shows de rap com os grupos Antiéticos e Conexão Popular, de São Paulo.

    Ainda contaremos com uma mobilização de conscientização para o consumo consciente de bebidas alcoólicas, em parceria com o programa Na Responsa, da AMBEV.

    O Instituto Enraizados é uma das 27 organizações que fazem parte da rede do programa “NA RESPONSA”, que ajudam a trabalhar o tema CONSUMO RESPONSÁVEL por meio de atividades com os jovens de suas comunidades, além de mobilizar comerciantes para evitar a venda de bebidas alcoólicas para menores.

    O objetivo do Programa de Consumo Responsável da AMBEV é estimular o cumprimento da lei que proíbe a venda de bebidas alcoólicas a menores – criando o hábito de se pedir o documento de identidade do consumidor no momento da venda – além de promover a segurança viária e incentivar o consumo moderado, orientando sobre o consumo excessivo e associado à direção.

    Apesar de ser uma celebração da vida e das artes, o Caleidoscópio surgiu como um grito contra a violência que estava atingindo a região, em 2015. “Em maio do ano passado, o Babu, de 18 anos, um dos grafiteiros do Enraizados foi atingido por uma bala perdida quando saía da escola”, relembra o rapper e diretor executivo do instituto, Dudu de Morro Agudo, 37 anos, que naquele momento resolveu fazer um festival para mostrar que o bairro aonde foi criado não era um celeiro de violência, mas sim de artes, cultura, e principalmente do Hip Hop.

    Apesar do Festival Caleidoscópio ser realizado no dia 17 de setembro, desde o início de agosto estão acontecendo ações da ‘Agenda Caleidoscópio’ – micro-eventos esportivos e culturais que servem de ‘esquenta’ para o festival.

    As ações contaram com passeio de bicicleta, partidas de futebol em quadras públicas da cidade, trilhas, treinos de corrida e sessões de cineclube – e culminará no ‘Torneio na Responsa’, com várias partidas de futebol, no dia 16 de setembro. “Na primeira edição o tema central era a segurança pública na Baixada Fluminense. Na quinta, o tema é a qualidade de vida dos moradores da Baixada, por isso estamos fazendo os micro-eventos esportivos, que estão fazendo muito sucesso com a juventude, que já discute e pratica a ocupação dos equipamentos públicos e estão se preocupando com a saúde”, conta Dudu. “Estamos trazendo para discussão a questão da prática esportiva, a mobilidade urbana e a falta (e/ou depredação) de equipamentos culturais e esportivos na região”, complementa.

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    Sobre o Instituto Enraizados
    É a primeira escola de Hip Hop da América Latina, com 16 anos de atuação, presença nos 27 estados brasileiros e em mais 11 países. Desde 1999 já atendeu mais de 58 mil jovens e desenvolveu 48 projetos. Foi criada para colocar em contato pessoas de todo o Brasil que praticam as artes integradas do Hip Hop (rap, break, DJ e grafite), divulgando cada artista e promovendo a cultura e a inclusão social através da militância nas periferias das grandes cidades.  O Instituto Enraizados se desenvolve com base em três eixos: comunicação, formação e intercâmbio, tendo pelo menos um projeto de referência em cada área.

    Prêmios recebidos
    [2012] – Filme ‘Bem Vindo Ao Clube’ – Melhor Roteiro no Festival Cine Faces de Paracambi/RJ.
    [2010] – Filme ‘A Realidade Dos Jovens’ – Prêmio de Melhor Filme de Projeto Social no Festival Iguacine de Nova Iguaçu/RJ.
    [2010] – Revista Enraizados – Prêmio de Mídias Livres (Ministério da Cultura).
    [2009] – Portal Enraizados (www.enraizados.com.br) – Prêmio de Mídias Livres (Ministério da Cultura).
    [2009] – Prêmio Baixada, na Categoria Comunicação (Fórum de Cultura da Baixada Fluminense).
    [2008] – Biblioteca Enraizados – Prêmio Ponto de Leitura, Edição Machado de Assis (Ministério da Cultura).
    [2007] – Rede Enraizados – 1º Lugar no Prêmio Cultura Viva 2ª Edição -Categoria Organização da Sociedade Civil (Ministério da Cultura).

    Dudu de Morro Agudo
    Dudu de Morro Agudo

    Sobre Dudu de Morro Agudo
    Dudu de Morro Agudo conheceu o rap em 1994, aos 14 anos, desde então lançou nove discos, dentre os quais se destacam DMÁtomo, em parceria com o rapper Átomo; #ComboIO com os rappers Léo da XIII e Marcão Baixada; e o disco solo, Rolo Compressor, com o qual ele fez turnê pela França e Chile, em 2010.
    Sua inquietude artística o permitiu escrever o livro ‘Enraizados: os Híbridos Glocais’, pela Editora Aeroplano, e dirigir o premiado documentário ‘Mães do Hip Hop’. Em 2015 foi a Miami com seu grupo de rap, ComboIO, disputar o campeonato Take Back The Mic, promovido pela plataforma AMP.it, do qual foi vencedor. Atualmente, Dudu está gravando seu novo disco solo e dedicando maior parte do seu tempo à campanha da nova sede do Instituto Enraizados.

    Serviço
    Caleidoscópio
    Dia 17 de setembro
    Praça de Morro Agudo (Rua Thomaz Fonseca, próximo ao número 200)
    A partir das 10 horas: Feira Criativa, CaleidoKids e Painel de Graffiti;
    A partir das 16 horas: Atividades Culturais.
    Programação: https://www.facebook.com/events/632388846918837