Tag: Esporte

  • “BeatBoxe”: Enraizados promove projeto inovador de exercícios ao ritmo do rap

    “BeatBoxe”: Enraizados promove projeto inovador de exercícios ao ritmo do rap

    Átomo e Dudu de Morro Agudo, dois talentosos artistas do Instituto Enraizados, estão quebrando paradigmas ao unir música e esporte no surpreendente projeto “BeatBoxe”.

    A iniciativa visa incentivar os membros do instituto a adotarem práticas esportivas, não necessariamente o boxe tradicional, mas sim exercícios aeróbicos inspirados no treinamento dessa modalidade.

    O diferencial do “BeatBoxe” está na fusão do universo musical com a prática esportiva. Durante aproximadamente uma hora e meia, os participantes são envolvidos pelo ritmo pulsante do rap, proveniente de uma playlist especial criada exclusivamente para o projeto. Essa playlist, intitulada “BeatBoxe”, é alimentada de forma colaborativa pelos próprios participantes, tornando-se uma trilha sonora autêntica e estimulante para os treinos.

    O encontro proporciona uma experiência única, na qual os participantes realizam atividades físicas como pular corda, abdominais, agachamentos, entre outros, enquanto são embalados por batidas envolventes. Átomo, um dos idealizadores do projeto, destaca: “A nossa ideia desde o início é que fosse algo divertido e inclusivo”.

    O embrião do “BeatBoxe” surgiu em 2019, quando Dudu de Morro Agudo buscava aprimorar seu condicionamento para uma apresentação no Rock In Rio. O envolvimento com o boxe surpreendeu o artista, que não só atingiu seus objetivos de condicionamento, mas também encontrou na prática uma paixão que persistiu mesmo durante a pandemia, quando as atividades foram temporariamente interrompidas.

    Para aqueles interessados em participar dessa experiência única, basta comparecer ao Enraizados e realizar a inscrição. O acesso é gratuito, mas é importante ressaltar que as vagas são limitadas. Não perca a oportunidade de unir rap, esporte e diversão no “BeatBoxe”, uma iniciativa que vai além dos limites convencionais, promovendo bem-estar físico e social no Instituto Enraizados.

    SAIBA MAIS:

    Quando: Terças e Quintas, das 19 às 20:30
    Onde: Quilombo Enraizados, Rua Presidente Kennedy, 41, Morro Agudo, Nova Iguaçu, RJ
    Quanto: 0800

  • Caixa Econômica Federal reúne importantes nomes do rap brasileiro em nova campanha

    Caixa Econômica Federal reúne importantes nomes do rap brasileiro em nova campanha

    No vídeo, Edi Rock inicia rimando, sendo acompanhado por Karol Conka, Projota e Negra Li, na segunda parte Edi Rock novamente começa as rimas seguido por Rincon Sapiência, Rapadura e Rashid.

    Claramente Edi Rock é o líder desse bonde pesado, que cumpre seu papel com flows e rimas já consagrados na cena, mas quem realmente se supera e se destaca no meio de tanta gente boa são os rappers Rincon Sapiência e Rachid, com rimas impecáveis.

    Certamente esta campanha é muito importante para o rap brasileiro, pois coloca o estilo musical em um outro patamar, por conta da valorização do estilo musical por uma empresa deste porte. Poderiam ter diversificado mais os estados, colocando rappers de outras regiões do país, como Norte e Centro-Oeste.

    LETRA

    EDI ROCK

    Então, vai!
    Nó na garganta, grave no peito.
    Arrepiando, fazendo efeito.
    Sente a força, a garra, sente a presença.
    Sente o nosso poder fazendo a diferença.

    Chegando pesado, impondo respeito.
    Com ginga moleque, alma de rap, ho! É o plano perfeito.
    A vontade eu aumento, a confiança é o momento.
    Com ímpeto, impulso, gana, vitória, a glória é questão de tempo.

    KAROL

    Então, vem! Não demora, vem!
    Se joga na pista.
    É pra cima, a hora é agora.
    Esse é o som da conquista.
    Felicidade grita, silêncio é barulheira.
    Tá na cara, tá na cor, na ginga brasileira.

    PROJOTA

    Tâmo sagaz, oh!
    Quebrar a barreira, a gente é capaz.
    Só correndo atrás.
    Lutando mais.
    Que o sonho tá vivo e ele se faz.
    Minha ambição.
    Minha missão.
    Pra chegar no topo com os pés no chão.
    O povo tá na praça só na vibração.
    A energia passa pelo coração.

    NEGRA LI

    São vários sotaques, cores e ritos.
    São várias vozes, tambores e mitos.
    Muitas histórias e um objetivo.
    A multidão unida num só grito.

    TODOS

    Vem! Então, vem!
    Vem! Então, vem!
    Ouve esse chamado e vem.
    A gente junto é mais do que cem.
    Tâmo junto também.
    Tâmo junto também.

    Vem! Então, vem!
    Vem! Então, vem!
    Ouve esse chamado e vem.
    A gente junto é mais do que cem.
    Tâmo junto também.
    Tâmo junto também.

    EDI ROCK

    Juntos pra vencer, fortes pra encarar.
    Do fio ao pavio, o desafio, objetivo pra se superar.
    Mente afiada, mente afinada, mente aguçada, pronta pra lutar.
    Nessa pegada, a minha chegada, tudo ou nada pra comemorar.

    RINCÓN SAPIÊNCIA

    Que você vai passar e vai conquistar.
    Vai olhar lá de cima, vendo o flash passar.
    Sua história feita com as próprias mãos.
    Se ontem foi atitude, hoje, é superação.

    RAPADURA

    Eu falo, eu faço, eu sigo,
    Se quiser vencer, começa contigo.
    Pra realizar, pode contar comigo.
    Vem pro nosso lado, encontra um abrigo.
    Digo: juntos somos mais, canta a voz, mais veloz.
    Tudo que aqui vem de nós, desata os nós, não estão sós.
    O trecho após, o amor constrói o que ninguém destrói.

    RASHID

    Olha só quem chegou, se juntou e acreditou que tentar é querer.
    Meu suor multiplica o valor, tipo uma semente, eu vim pra crescer.
    Sua vontade é poder, deixa os outros serem o que quiserem ser.
    Porque só você pode vencer sendo você.

    NEGRA LI

    São vários sotaques, cores e ritos.
    São várias vozes, tambores e mitos.
    Muitas histórias e um objetivo.
    A multidão unida num só grito.

    TODOS

    Vem! Então, vem!
    Vem! Então, vem!
    Ouve esse chamado e vem.
    A gente junto é mais do que cem.
    Tâmo junto também.
    Tâmo junto também.

    Vem! Então, vem!
    Vem! Então, vem!
    Ouve esse chamado e vem.
    A gente junto é mais do que cem.
    Tâmo junto também.
    Tâmo junto também.

  • Meu Depoimento pra Revista Européia

    Meu Depoimento pra Revista Européia

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    A Eurocom Magazine,  é uma edição especial da Objectif Grand Paris Nouveau Magazine, foi lançada na MIPIM 2014 (Le marché international des professionnels de l’immobilier), um evento de investidores do mercado imobiliário que acontece todo a ano e atrai empresários de todo o mundo. A Eurocom Magazine trouxe uma série de matérias especiais sobre as 25 maiores cidades do mundo, incluindo o Rio de Janeiro, onde eu dou um depoimento sobre a Cidade Maravilhosa na página 33. Apesar da revista ser bastante técnica, tem sempre um depoimento de algum morador que eles consideram interessante sobre a sua Cidade.

    Quem quiser curtir o documento original, que infelizmente não foi vendido no Brasil, clipei a parte do Rio de Janeiro no meu Blog (http://dumontt.com/clipping/), é só ir lá e conferir.

    Abaixo segue uma versão quase original em português:

    Grande abraço.

    —x—

    O Rio de Janeiro, continua sendo uma Cidade Maravilhosa, cidade que já foi descrita de várias formas, pra vários gostos distintos, retratada e escrita em versos e prosas, mas o que me chama mais atenção sobre essa bela cidade são suas contradições, e é disso que trata essas linhas.

    Terra de rara beleza, cartão postal do Brasil, capital cultural da América Latina, hoje também é a terra dos grandes eventos esportivos e das Manifestações Juvenis. Onde uma das maiores florestas urbanas do Mundo convive pacificamente com a Rocinha, a maior favela da América Latina.

    É hoje uma das Cidades mais caras para se viver, morar e passear, mas que também tem uma rede hoteleira com uma altíssima taxa de ocupação. Onde o Governo promove construções gigantescas para esconder as favelas que estão entre o Aeroporto Internacional do Galeão e o Centro da Cidade, Favelas essas ocupadas constantemente pelas Polícias Militar e Civil do Estado, umas das polícias mais letais do mundo, a PMERJ e a Civil, como são chamadas, por ano, matam mais do que o somatório de todas as polícias de todos os Estados dos USA juntas. Mas a maquiagem do Rio é boa e consegue passar uma imagem de segurança e tranqüilidade para os turistas, graças as Unidades de Polícia Pacificadoras, as chamadas UPPs que empurrou o tráfico de drogas para as periferias, dando ao Rio um ar de limpa e higienizada em relação a segurança pública, a ponto de transformar a favela em atração turística – hoje tem teleférico no Pão de Açucar e na Favela do Alemão, tem visita guiada no morro com direito a baile funk pra turistas.

    A Cidade do Rio de Janeiro consegue assumir um papel singular no imaginário e no coração de cada visitante, cada morador e de cada pessoa que interaja com ela, seja pelo motivo que for: trabalho, lazer, turismo, esporte; Onde o feio e o belo se misturam, com passeatas, ruas históricas e monumentos. Cidade da música, da boemia, do samba e da maior festa popular do mundo, o carnaval. Onde o maior reveillon do mundo é feito nas ruas, na praia, no encontro de todas as raças, todos os credos, todas as cores, todas as riquezas, todas as culturas que se aliam para formar uma outra cultura, uma cultura carioca, com swing e sotaques próprios, de fala chiada e gingado no corpo suado e avermelhado do sol.

    O Rio tem vocação para ser amada, com todas as suas contradições, pois consegue ser cosmopolita sem perder o que tem de mais local, ser grande, conservando as suas diversas culturas, seus grupos informais, seu ar de feriado, mesmo em dia de trabalho. Seu povo contente, risonho, barulhento e feliz, sim, feliz por morar em uma das mais belas cidades do mundo.

  • Não somos todos macacos – Racismo no esporte, oportunismo e postura

    Não somos todos macacos – Racismo no esporte, oportunismo e postura

    No último domingo, ao chegar em casa de mais uma sessão de gravação no estúdio, minha esposa me mostra um vídeo no Instagram do jogador Daniel Alves, durante um jogo do Barcelona em que, antes de ele cobrar um escanteio, uma banana é atirada contra ele. Daniel simplesmente a come e continua com sua cobrança. O vídeo deu início à um movimento intitulado #somostodosmacacos, que no princípio eu optei por não opinar e acompanhar o desenvolvimento dessa história.

    Amigos, conhecidos e artistas se posicionaram contra este movimento; e após fazer a leitura de um texto do Frávio SantoRua, MC do grupo Antiéticos, abriu um leque na minha mente pra que eu pudesse opinar:
    Sou preto e, não, eu não sou macaco porra nenhuma! Não mereço ser comparado com uma espécie inferior devido à cor da minha pele e/ou minha origem étnica.
    O termo ‘macaco’ é utilizado para inferiorizar nós, pretos, afirmando que somos de uma espécie sub-humana, irracional, da qual a elite branca racista pode tirar proveito; só que eu não sou macaco e, muito menos macaco de circo!

    As figuras públicas do nosso país têm que entender que não se combate o racismo vestindo a carapuça, mas sim, lutando pra que essas atitudes não aconteçam. Em um jogo de futebol, chuva de bananas, mas dentro da favela, são chuvas de tiros exterminando a população preta e pobre; e tenho certeza que se meter em frente de uma bala ou engolir um projétil não vai resolver o problema.

    Enquanto isso, na NBA, o dono do Los Angeles Clippers, Donald Sterling, acaba de ser multado em 2,5 milhões de dólares e banido para sempre da liga, devido à comentários ofensivos relacionados aos pretos e à presença dos mesmos na super liga de basquete. Nenhum jogador preto do Clippers encarou os comentários dele como elogio ou sequer concordaram ironicamente com a colocação de Sterling, pelo contrário, se posicionaram contra e se sentiram desmotivados a defender um time cujo o dono é racista.

    E creio eu que os atletas brasileiros devam aprender com essa atitude, antes de propagarem um marketing negativo e ‘zombar’ de toda a luta que passamos para criminalizar o racismo e realmente fazer isso valer.

    @marcaobaixada