Tag: Finlândia

  • DMA entrevista Baltar

    DMA entrevista Baltar

    Baltar, 21 anos de idade, começou observando a cena local e construindo uma rede de amigos, gravou a primeira track em casa e quatro anos depois  coleciona experiências em outras cidades, estados e países. 

    Defensor da cultura da Baixada Fluminense, Baltar retrata em suas letras o cotidiano do local em que vive e luta pela valorização da cena na região. 

    DMA – Quando começou a fazer rap?

    Baltar – Comecei a escrever de 2011 pra 2012, mas era muito aleatório o que eu escrevia. Gravei minha primeira música em casa, no microfone do headset, contudo divulguei só pros mais chegados pra ver qual era. Então no fim de 2014 ganhei, numa batalha de MCs, duas gravações com o Claudio Ur, que meu mano Eli-oh me deu, e em janeiro de 2015 lancei o meu primeiro trampo que considero sério. Foi aí que me encontrei.

    E lembrando de agradecer ao Léo da XIII, ao Dudu de Morro Agudo, ao Átomo USal, ao Marcão Baixada, ao Kall FBX e à todos que pisaram no Enraizados, graças à todos os que eu assisti, ouvi e aos que me ensinaram, que eu tive a coragem de botar a cara e pegar no mic.

    O que aborda em suas músicas?

    Bom, não tem uma diversificação muito grande de assuntos.
    Costumo abordar algumas situações vividas no meu bairro. Creio que não são acontecimentos particulares daqui, acho que acontecem em outras regiões. Mas abordo questão relacionadas ao pouco valor que não à cultura da nossa região, temas relacionados à família, prego amor ao próximo, que é a chave de tudo.

    Como enxerga a atual cena do rap no Rio de Janeiro?

    Em questão de talento não falta, tem rap bom pra todos os públicos, porém falta um certo tipo de união e respeito pelo trabalho do próximo. Eu prezo pela liberdade de expressão no rap. Se eu gostei, eu escuto e faço meus elogios, caso contrário eu guardo minha opinião.

    Como foi participar do projeto com os caras da Finlândia?

    Foi algo que me acrescentou demais poder conhecer a cena de outro país e ver pouca diferença, e o melhor foi a interação que os rappers Paleface, Gracias MC e o beatmaker/produtor Tommi Suoknuuti tiveram com a gente.

    Tivemos o prazer de mostrar nossas músicas, produções, fizemos vários freestyles juntos e apesar de eu não entender nada que eles falavam nos frees, foi épico. Mas na hora das conversações tinha um tradutor pra salvar a gente.

    Estamos trabalhando em um projeto que tem a participação minha, do Dree (LaGang Rap), EricBeatz e o Lessa Gustavo (Banal) que em breve haverá mais informações. Quem quiser ficar ligado, só seguir nas redes sociais.

    Qual a expectativa de fazer show fora do Rio. Como foi o lance em Minas?

    Foi lindo demais, poder conhecer a cena de Belo Horizonte e graças ao meu Irmão Gabriel Mirral (Sigavante) e ao Felipe Arco, pude deixar minhas mensagens por lá no evento de Lançamento do livro 200 mil paçocas e infinitas poesias, do Felipe Arco.

    Por lá fiz vários chegados, tive o prazer de conhecer dois dos caras que mais admiro no rap atualmente, que são o Felipe Inglés e o Neto (Sintese). Gravei uma track com meus irmãos do Grupo Sigavante (Em breve na sua playlist haha), além de ter visto a grande influência que o hip hop tem por lá, cada parede que você olha é um vestígio da cultura, tive o imenso prazer de ver em um final de semana os 4 elementos em verdadeira união e sintonia.
    Foi lindo demais.

    O que tem a dizer da Conexão ZOBXD, que faz intercâmbio de artistas da Baixada e da Zona Oeste, que você está participando.

    Acho que é o que estava faltando aqui no RJ, expandir as zonas e acabar com algumas rinhas que rolam no rap daqui, como disse acima da falta de união. Isso é algo que ajuda demais nesse ponto, além de ser um imenso prazer pra mim poder levar o que tenho pra somar lá na ZO. Só tenho a agradecer por esse projeto e o rap também.

    [soundcloud url=”https://api.soundcloud.com/tracks/188376123″ params=”auto_play=true&hide_related=false&show_comments=true&show_user=true&show_reposts=false&visual=true” width=”100%” height=”200″ iframe=”true” /]

    Quando espera lançar seu disco?

    Essa é a pergunta…
    Então, das coisas que pude extrair quando estive em BH foi a questão do profissionalismo independente de questão financeira, você pode ser profissional com o que tem ou com o que lutar pra ter, porque as pessoas vão levar seu trabalho a sério e ver que realmente isso é seu trabalho apesar de ser também algo que nos satisfaz e é isso o que faz melhor.

    Então eu estou programando um EP pra o fim do ano se der tudo certo, mas antes disso vou soltar mais 3 faixas. Duas solo e uma que já esta em andamento com a participação do Sigavante, de BH , nosso mano Jão beatz tá fazendo mágica nas produça e em breve estará dispónivel.

    Quem quiser contratar o Baltar, como faz?

    Pelo facebook é só clicar aqui: https://goo.gl/VwO2ri
    Tel. e WhatsApp : (21)9.6860-0839

    E aproveitando a deixa pra divulgar meu trampo…
    SoundCloud, meus beats: https://goo.gl/cgC5Do
    Youtube, meus sons: https://goo.gl/3erbx1

  • Hip-hop ‘viking’ em Queimados

    Hip-hop ‘viking’ em Queimados

    No próximo dia 20/05 (quarta-feira), o cantor de hip-hop da Finlândia, Paleface, fará um workshop gratuito de Beatmaking para 25
    jovens rappers, no conjunto habitacional Valdariosa, na periferia de Queimados.

    O encontro, das 15h às 18h30, reúne ainda, entre outros músicos da trupe escandinava, o ator e também músico Joonas Saartamo – o Jonde, que em seguida promoverá um workshop de improvisação.

    Além de jovens de Queimados, o encontro também vai receber jovens de Mesquita e de Morro Agudo. “Curti o som deles na
    primeira visita aqui em Valdariosa e não vejo a hora de repetir a dose de mostrar nossa arte e duelar com rappers famosos”, diz Kaique Diniz,
    integrante do grupo Roda de Rima, que realiza batalhas de rap na região.

    A iniciativa é parte do projeto de cooperação cultural Finlândia-Brasil, liderado pelo DJ, baterista e produtor cultural Tommi Suoknuuti e contou com o apoio do rapper brasileiro Marcelo Yuka.

    Um antigo admirador da música finlandesa, Yuka articulou diversas incursões musicais para o grupo, entre elas, uma na Cidade de Deus, no domingo, 17 de maio. As oficinas em Queimados serão integradas às ações culturais do projeto MaisValdariosa, de desenvolvimento local do conjunto habitacional Parque Valdariosa, realizado pelo Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (IETS) em parceria com o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase).

    O conteúdo desse intercâmbio, assim como o resultante de um tour cultural pelo Rio, das favelas à Lapa, dará origem a uma minissérie para a TV
    finlandesa, com cinco capítulos de dez minutos. “A ideia é contar, através do olhar de cada um de nós, músicos finlandeses, a experiência musical nas favelas, nos projetos sociais da cidade e na noite carioca”, conta Paleface, que vem ao Brasil pela segunda vez (na primeira, ele se apresentou com a banda finlandesa Maria Gasolina).

    Ainda faz parte do grupo o rapper Gracias, de 27 anos, nascido no Congo, vencedor de vários prêmios de música e considerado um artista revelação na Finlândia.

     

  • A melhor educação do mundo é gratuita. Tá duvidando?

    A melhor educação do mundo é gratuita. Tá duvidando?

    Os últimos números referentes à educação no Brasil, mostrou que temos que nos reinventar seriamente se quisermos melhorar um pouco nesse quesito, basta ver alguns exemplos que são visíveis, mas que passam longe da TV aberta.

    Bom, então vamos lá:

    A Finlândia tem a melhor educação do mundo. Lá todas as crianças tem direito ao mesmo ensino, seja o filho do empresário ou o filho do garçom. Todas as escolas são públicas-estatais, eficientes, profissionalizadas. Todos os professores são servidores públicos, ganham bem e são estimulados e reconhecidos. Nas escolas há serviços de saúde e alimentação, tudo gratuito.

    Na Finlândia a internet é um direito de todos. A Finlândia se destaca em tecnologia mais do que os Estados Unidos. Sim, na Finlândia se paga bastante impostos: 50% do PIB.

    O país dá um banho nos Estados Unidos da América em matéria de educação e de não corrupção. Na Finlândia se incentiva a colaboração, e não a competição. Mas os neoliberais-gerenciais, privatistas, continuam a citar os EUA como modelo.

    Difícil o Brasil chegar perto do modelo finlandês? Quase impossível. Mas qual modelo devemos perseguir? Com certeza não pode ser o da privatização.

    Acaba de sair um levantamento sobre educação no mundo feito pela editora britânica que publica a revista ECONOMIST. É um comparativo no qual foram incluídos países com dados confiáveis suficientes para que se pudesse fazer o estudo. Você pode adivinhar em que lugar o Brasil ficou. Seria rebaixado, caso fosse um campeonato de futebol.

    O Brasil disputou a última colocação com o México e a Indonésia.

    Surpresa? Dificilmente.

    20140703-00-samucaAssim como não existe surpresa no vencedor. De onde vem? Da Escandinávia, naturalmente – uma região quase utópica que vai se tornando um modelo para o mundo moderno.
    Foi a Finlândia a vencedora. A Finlândia costuma ficar em primeiro ou segundo lugar nas competições internacionais de estudantes, nas quais as disciplinas testadas são compreensão e redação, matemática e ciências.

    A mídia internacional tem coberto o assim chamado “fenômeno finlandês” com encanto e empenho. Educadores de todas as partes têm ido para lá para aprender o segredo.

    Se alguém leu alguma reportagem na imprensa brasileira, ou soube de alguma autoridade da educação que tenha ido à Finlândia, favor notificar. Nada vi.

    Funções básicas no sistema finlandês:
    1) Todas as crianças têm direito ao mesmo ensino. Não importa se é o filho do premiê ou do porteiro;
    2) Todas as escolas são públicas, e oferecem, além do ensino, serviços médicos e dentários, e também comida;
    3) Os professores são extraídos dos 10% mais bem colocados entre os graduados;
    4) As crianças têm um professor particular disponível para casos em que necessitem de reforço;
    5) Nos primeiros anos de aprendizado, as crianças não são submetidas a nenhum teste;
    6) Os alunos são instados a falar mais que os professores nas salas de aula (Nos Estados Unidos, uma pesquisa mostrou que 85% do tempo numa sala é o professor que fala).

    Isto é uma amostra, apenas.

    Claro que, para fazer isso, são necessários recursos. A carga tributária na Finlândia é de cerca de 50% do PIB. (No México, é 20%. No Brasil, 35%.)

    Os escandinavos formaram um consenso segundo o qual pagar impostos é o preço – módico – para ter uma sociedade harmoniosa.

    Não é à toa que, também nas listas internacionais de satisfação, os escandinavos apareçam sistematicamente como as pessoas mais felizes do mundo.

    Quem sabe nossos políticos já que ganham tantas passagens gratuitas, aproveitem e passem uma temporada nessa parte da Europa e tomem um pouco de vergonha na cara.