Tag: Homofobia

  • Azizi: negro, gay e periférico

    Azizi: negro, gay e periférico

    Azizi é um jovem belo-horizontino de 21 anos, rapper e artista visual, que se destaca no cenário do Hip-Hop por trazer a tona as questões do universo LGBTQ em suas composições.

    Seus trabalhos se iniciaram em 2015 com o lançamento do disco “Desafio Duplo” encabeçado pelo single “Agressive Spit” produzido e lançado de forma independente pelos estúdios Concatena e Produto Novo.

    Nessa época Azizi era conhecido com ‘Izaque Bohr’ e a partir do ano passado tornou a usar seu nome de MC. Em sua trajetória o rapper participou de diversos eventos culturais em Minas Gerais, como a Semana Hip Hop de BH (2015 e 2016), Duelo de Vogue vs Duelo de Mcs (2015), Festival de Cenas Curtas no Galpão Cine Horto (2016) e Temporada Festival de Arte Negra (2016) e possui faixas nas coletâneas “Ano Dois” da Produto Novo e “Volume I” da Gangstar Klam, além de colaborações em discos de outros artistas.

    Atualmente ele é integrante do coletivo “Projeto Periféricxs” no qual também foi idealizador. Azizi trás minunciosamente em suas performances os diálogos de sua militância enquanto negro, gay e periférico, fazendo uma crítica as opressões do sistema e exclusões sociais que vivencia em seu cotidiano.

    O trabalho

    Azizi
    Azizi

    No dia 03 de fevereiro, Azizi MC lançou seu primeiro trabalho em vídeo no canal do Youtube, interpretando o verso “Rap de Viado”. No qual fala sobre o preconceito que enfrenta ao se impor como rapper em um ambiente marcado pelo machismo e homofobia.

    Ele retrata também uma ascensão da comunidade LGBT no cenário do rap nacional e salda a importância dessas pessoas começarem a ter voz ativa nesses espaços como uma alternativa para confrontar a discriminação social e o preconceito.

    Azizi não se deixa levar por ofensas ou falas intimidadoras de pessoas que se declaram contra gays fazerem rap e mostra que pessoas LGBT são tão capazes de fazer uma boa rima quanto os demais rappers heterossexuais.

    O video foi produzido por Caroline Andrade, cantora, produtora, fotografa, militante negra e travesti, que trabalhou nas imagens especificamente os aspectos que remetem a diversidade sexual e a liberdade de expressão do corpo como força política em vivências de periferia. No elenco do vídeo participaram as modelxs Sara Caroline, Ynaê Eliza e também o rapper Jeff da Independent Money Gang. As imagens foram gravadas em Janeiro desse ano em Belo Horizonte.

    Para além desse web-video o artista prepara um novo material com previsão de lançamento pro final do mês que vem, acompanhem pelas redes sociais:

    SAIBA MAIS
    http://facebook.com/azizi.inn
    http://instagram.com/azizi.mc
    http://twitter.com/azizimc_
    http://soundcloud.com/azizimc

  • Orientação Racial

    Orientação Racial

    Todos tem a ciência que tem aumentado o número de homossexuais assassinados – apesar de não se ter a confirmação de que todas as mortes sejam por esse motivo. Enfim, não entrarei nessa questão, até mesmo por que não considero nenhuma morte como algo vão.

    No entanto há algo que me incomoda sobremaneira, que é a equivalência que se fazem entre homossexuais e negros, no que diz respeito a violência que vitima tais grupos. Não é preciso ser nenhum exímio conhecedor do assunto para saber que os negros são alvos de vários tipos de violência por no mínimo quinhentos anos, o que está bem longe de ser a realidade no caso dos homossexuais.

    Acho que tais comparações fazem menos da luta por igualdade racial, inclusive de homossexuais. Como não é consenso entre os cientistas, não podemos afirmar categoricamente que alguém nasça homossexual. No caso dos negros não é orientação racial, essa condição é inata.

  • Cadeia alimentar

    Cadeia alimentar

    Um dia fui convidado para um evento de luta pela igualdade racial, quando lá cheguei e ia me sentar, fui informado que o lugar que escolhi estava reservado e eu deveria me sentar na fileira de trás. Percebi que alguns negros, para sentirem-se “brancos”, querem alguns “negros” para si, ainda que esses sejam “brancos”.

    Alguns desses negros e brancos pertencem às religiões de matriz africanas, que constantemente são vítimas de intolerância religiosa. No entanto, alguns deles não toleram o fato de outro negro ou branco não pertencer às religiões de matriz africana.

    Alguns cristãos negros e brancos, não toleram as religiões de matriz africanas, assim como também não toleram os ateus.

    Os tais ateus, brancos e negros, precisam desesperadamente que existam as religiões de matriz africana e também o cristianismo, ou já era o seu sentido de ser.

    Entre esses ateus há gays, negros, brancos, homens e mulheres. Esses gays são constantemente censurados pelos homofóbicos. Por sua vez, alguns desses gays censuram qualquer um, homem, mulher ou religioso que se oponham a sua orientação sexual, ainda que não sejam esses homofóbicos.

    Existem feministas, negros, brancos, religiosos, ateus, gays, homens e mulheres. Algumas dessas feministas querem ser “homem”, para dominar seus homens e também suas mulheres, sejam esses machistas ou não. E assim segue a cadeia alimentar, um devorando o outro.

  • Marcos Feliciano continua…

    Marcos Feliciano continua…

    Acabei de Compartilhar uma postagem do Célio Turino sobre a situação do Marcos Feliciano na Comissão de Direitos Humanos da Câmara “da Putada”. Fiquei de bobeira…

    Estão vendo só?

    Enquanto nós, a plebe, ficamos discutindo isso e aquilo (é crente falando mau de ateu, preto e gay e vice e versa), eles ficam enxendo a burra de dinheiro.

    Célio Turino não é qualquer um, veja a biografia dele:

    “Nascido em Indaiatuba e crescido em Campinas. Atua há mais de 30 anos junto à movimentos sociais e culturais como os Movimentos estudantil (no final da ditadura), sindical (nos anos 80, tendo sido fundador do primeiro sindicato de servidores públicos do Brasil, em 1988), participou do movimento contra a Carestia, em Defesa da Amazônia, a Anistia, as Diretas Já!, entre tantos. Célio Turino foi Secretário Municipal de Cultura de Campinas de 1990 a 1992, Diretor do Departamento de Programas de Lazer na Secretaria de Esportes, na gestão de Marta Suplicy, e Secretário na Secretaria da Cidadania Cultural do Ministério da Cultura entre 2004 e 2010, período em que criou o Programa Cultura Viva, política do Ministério da Cultura que marca uma mudança de paradigma na elaboração de políticas públicas para a Cultura no Brasil O Programa Cultura Viva viabilizou a criação de mais de 2000 Pontos de Cultura espalhados em mais de mil municípios do Brasil, beneficiando mais de 8 milhões de pessoas e criando 30.000 postos de trabalho.”
    fonte: ttp://www.celioturino.com.br

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    Eu já falei antes e continuo a falar:

    Vamos parar com essa palhaçada de intolerância a isso e aquilo antes que seja tarde demais e começarmos a jogar bombas um no outro. O Feliciano fez declarações absurdas e tal, não deveria estar lá, e tal – Se eu não concordasse com isso, eu não lutaria por dias melhores nesse país. Mas daí a achar que isso tudo aconteceu do nada? Que ele simplesmente apareceu lá e o Governo Federal não tem culpa no cartório? Aí é nos tirar como otários! Enquanto discutimos Marcos Feliciano, eles gastam o nosso dinheiro em outra comissão.

    O Célio Turino tem razão! Veja o post do Célio Turino

    —x—

    Isso me fez lembrar de uma piada

    Você sabe o que é comissão?
    “Alguém bate na porta e pergunta:_É aqui que é a comissão? A pessoa que abriu a porta diz: _É aqui sim, pode entrar! Ela entra e é violentada. Depois da “comissão” toda, a pessoa violentada lamenta:_Eu fui enganada, me disseram que aqui era a comissão!… O presidente da comissão vendo aquilo, grita em voz alta, interrompendo-a: _Atenção controle de qualidade, tem alguém insatisfeito aqui, entram mais de vinte homens e “comem” a pessoa novamente, só que dessa vez, com requintes de crueldade, se é que me entende!

    Agora você já sabe o que é comissão, então não reclama depois, senão…! Você já sabe.

    dumontt.com

     

  • “Mano” Mademoiselle posta rap contra homofobia no youtube

    “Mano” Mademoiselle posta rap contra homofobia no youtube

    Estava em casa terminando umas matérias para o meu blog quando recebi este vídeo, não tenho muito o que falar porque o quero ver mesmo são os comentários, só sei que achei muito foda, tecnicamente falando, rimas super maneiras e protesto legítimo.

    Para os que procuravam um MC homosexual, aí está. E tem um comentário muito maneiro no youtubube, onde diz: “Acho que tem espaço pra todos, o rap não pode ir contra quem se manifesta pra se defender, ou protege uma idéia, pelo menos a música tem rima e tem expressão, tem muito mano da antiga no rap que não rima um terço disso aí”.

    Concordei!!!

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