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  • Ivana Bentes é a nova Secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura

    Ivana Bentes é a nova Secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura

    Hoje, segunda (12/01) é o dia da posse de Juca Ferreira no Ministério da Cultura. Diversos representantes da cultura carioca – e nacional – foram para Brasília participar do ato. Porém, uma outra notícia – tão boa quanto – pegou muitos de surpresa.

    Ivana Bentes publicou no seu perfil no facebook que recebeu um convite do próprio Ministro para assumir a Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura.

    Veja abaixo o post de Ivana, na íntegra:

    Amigos é com grande prazer que recebi e aceitei o convite do Ministro Juca Ferreira para assumir a Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura. Trata-se de um desafio e uma honra encabeçar a Secretaria que elabora e executa o Programa Cultura Viva uma das maiores inovações em políticas culturais do Brasil e que criou os Pontos de Cultura.

    Não poderia haver circunstância mais feliz para aceitar esse convite do que a volta do Ministro Juca Ferreira, que toma posse hoje aqui em Brasilia. Acompanhei as políticas do MinC como elaboradora no campo de Comunicação, como participante da rede dos Pontos, com a implantação do Pontão de Cultura Digital da ECO/UFRJ, desde 2009, como Diretora da Escola de Comunicação (de 2006 a 2013) quando implementamos o Laboratório Cultura Viva e o Laboratório de Polícas Públicas da Cultura entre tantas ações, seminários, encontros, mobilizações.

    Muito me orgulha ter aberto uma instituição pública, a Escola de Comunicação da UFRJ, para o ativismo cultural e os novos movimentos: as redes de midialivre, os coletivos e redes das periferias, a cultura digital.

    O que mais me entusiasma, é poder contribuir, mesmo em um cenário político hostil, para uma virada de imaginário, a partir da cultura.

    A cultura não é “luxo” nem “exceção”, é o modelo de mutação do trabalho precário em potência e vida. Nesse sentido, a cultura hoje é um processo transversal que impacta nas formas de produção de valor em todos os demais campos.

    Não tem como pensar cultura separado de Comunicação e Midia também. A cultura, no seu viés antropológico, precisa de narrativas para circular, de linguagens.

    O MinC de Juca Ferreira traz esse novo entendimento: que podemos, partindo da cultura, repensar questões decisivas como a valorização, apoio, sustentabilidade e ampliação da política dos Pontos de Cultura, dos Pontos de Cultura Indígenas, ações de formação dos movimentos urbanos, novas redes de produção audiovisual, de mídia, dos povos tradicionais, cultura digital, as linguagens urbanas e das artes.

    Nem folclore engessado (o típico, o turístico e exótico), nem indústria cultural, simplesmente. O MinC pode e precisa se reconectar com o Ministério da Cultura com a a Educação, Comunicação, com os novos processos das redes e ruas, em que as cidades são os novos laboratórios de políticas públicas.
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    Não será fácil, a luta dos movimentos da cultura está no cerne de uma dura disputa, de um embate vital, de interesses que conspiram contra a vida e contra a imaginação, mas é daqui mesmo, do Plano Piloto e do Eixão Imaginário, que vamos encarar esse embate. Da Diversidade e “Da adversidade vivemos!” (Hélio Oiticica).

    Estamos no front, acredito que é possível lutar de qualquer lugar, de dentro e fora da Universidade, de dentro e fora dos Estados, de dentro e fora dos movimentos.

    Conto com todos vocês nessa nova etapa de uma construção coletiva!

  • Mais um mestre do/no Hip Hop

    Mais um mestre do/no Hip Hop

    A algum tempo atrás, cerca de seis meses se não me engano, recebi um telefonema de um cara que queria fazer uma entrevista comigo para a tese de mestrado dele. Pensei: “- Mais um pra fazer tese com a periferia e com o hip hop”. Foi quando ele me disse que o Luck, fundador do GBCR, da Rocinha (RJ), foi quem havia me indicado, aí eu realmente aceitei o convite e cedi a entrevista.

    Dias depois estava o Rociclei no Espaço Enraizados, em Morro Agudo, trocando altas idéias comigo, querendo saber de tudo, e eu, como um bom orador, falei durante horas e passei muitos contatos, assim como o Luck do GBCR fez. Um dos contatos foi o do Renan, do grupo Inquérito, inclusive mostrei algumas músicas.

    Rociclei citando o filme Mães do Hip Hop

    O Rociclei viajou para São Paulo, conversou com vááááários MCs de lá, como o próprio Renan, o Emicida e o Projota. Voltou diversas vezes no Enraizados, conversou com as meninas Re.Fem e Lisa Castro, participou da Rádio Enraizados e não parou.

    Semana passada recebi o convite para assistir a defesa de tese de mestrado desse camarada, que aconteceu no dia 24 de março, última quinta-feira, na UFRJ, na Urca (RJ), e não pude deixar de ir. Ele representou muito bem a cultura hip hop, defendeu não só a tese dele, mas o hip hop, com unhas e dentes. Citou novas pessoas, novas organizações, não caiu nas mesmices que costumamos presenciar.

    Lá, dentre as pessoas que estavam avaliando a tese – acho que é avaliando que se diz, mas não tenho certeza – estava a Ivana Bentes, pessoa que admiro muito e tive o prazer de trocar uma idéia depois, que deu umas dicas legais para o Rociclei, deixando claro que ele não poderia parar por ali.

    Sendo assim, daqui a alguns anos teremos um doutor do/no hip hop.

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