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  • Festival Caleidoscópio X: Masterclass promove reflexão prática sobre produção cultural e finanças pessoais

    Festival Caleidoscópio X: Masterclass promove reflexão prática sobre produção cultural e finanças pessoais

    No dia 09 de abril, às 14h, será realizada a primeira masterclass do Festival Caleidoscópio 2025, também chamado de Festival Caleidoscópio X, em celebração à sua décima edição.

    A iniciativa é do Instituto Enraizados, com patrocínio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, viabilizado por meio de uma emenda parlamentar do deputado estadual Andrezinho Ceciliano, atual prefeito de Paracambi.

    O encontro será transmitido ao vivo pelos sites do Festival Caleidoscópio e do Instituto Enraizados, com inscrição gratuita pelo Sympla.

    A atividade faz parte do Curso Prático de Produção de Eventos Culturais (CPPEC) e tem como tema “Os desafios da produção cultural e da gestão financeira na vida real”. A masterclass será dividida em duas aulas de 30 minutos, com Sabrina Azevedo abordando os dilemas e estratégias do dia a dia da produção cultural, e Felipe Guimarães compartilhando caminhos práticos para uma organização financeira mais saudável e possível. Ao final, haverá 30 minutos de interação com o público.

    A proposta é fortalecer o conhecimento e a prática dos participantes, trazendo para o centro do debate a vida real dos produtores e artistas periféricos. Sem fórmulas prontas, a masterclass foca na experiência concreta, abordando temas muitas vezes negligenciados em formações tradicionais, e parte do princípio de que a produção cultural é, antes de tudo, feita por pessoas com trajetórias complexas, que enfrentam múltiplos desafios.

    Público prioritário e inscrições

    A atividade é aberta ao público, mas foi pensada especialmente para jovens a partir dos 18 anos, da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, com foco em pessoas pretas, mulheres e integrantes da comunidade LGBTQIAPN+ — respeitando o compromisso do festival com a diversidade.

    Serão disponibilizadas duas formas de participação: online, com inscrição pelo Sympla, e presencial, com 50 vagas limitadas. Não há nenhum pré-requisito além da vontade de participar.

    Troca real, com pessoas reais

    Mais do que uma palestra, a masterclass quer provocar uma reflexão profunda e prática sobre como as pessoas lidam com o trabalho na cultura e com suas finanças. “A ideia é que os participantes possam aplicar o que aprenderem não só na sua vida pessoal, mas também no desenvolvimento do Festival Caleidoscópio e de outros projetos futuros”, afirma Dudu de Morro Agudo, coordenador do Instituto Enraizados.

    A proposta é que essa e as próximas masterclasses também tenham um impacto transformador — fortalecendo trajetórias e promovendo o crescimento pessoal e coletivo dos participantes.

     

    SERVIÇO:

    Master Class: Os desafios da produção cultural e Gestão financeira
    Palestrantes:
    Sabrina Azevedo e Felipe Guimarães
    Quando:
    09 de abril, às 14 horas.
    Onde: Quilombo Enraizados – Rua Presidente Kennedy, 41, Morro Agudo, Nova Iguaçu, RJ

    INSCRIÇÕES:

    🔹 Presencial – vagas limitadas
    📍 Link de inscrição:
    👉 https://www.sympla.com.br/evento/master-class-desafios-da-producao-cultural-e-gestao-financeira/2899519

    🔹 Online – transmissão ao vivo pela internet
    📍 Link de inscrição:
    👉 https://www.sympla.com.br/evento/master-class-desafios-da-producao-cultural-e-gestao-financeira-on-line/2899561

     

  • Afinal, o rap da Baixada “é ou não é” unido?

    Afinal, o rap da Baixada “é ou não é” unido?

    Após um post – no facebook – um tanto quanto polêmico do rapper Ualax MC, questionando amigos e fãs sobre a união do rap na Baixada Fluminense, decidi escrever esta coluna tentando aprofundar e problematizar ainda mais o tema.

    O post já rendeu cerca de 134 comentários e 69 curtidas até o momento, por isso resolvi fazer minha coluna sobre esse tema me baseando nos comentários mais interessantes que li.

    Minha opinião é uma só, e já deixei claro em meus comentários. Considero o rap da Baixada unido, talvez não considere o rap do Estado do Rio de Janeiro unido, muito menos o nacional, porque sempre vejo uma nota ou outra falando mal do Filipe Ret, da Cone Crew, Emicida, Projota e até do Racionais, mas nunca vi uma treta entre rappers da Baixada Fluminense. Sempre que acontece algo do tipo é apontando pra alguém que já tem uma projeção maior.

    Considero o rap da Baixada Fluminense unido porque sempre vejo os eventos cheios de MCs, bebendo, trocando ideia, participando um da música do outro, entre outras coisas, contudo algumas pessoas, assim como o Ualax, consideram o rap da região desunido. Vamos tentar entender o porque.

    Bhaman Melo, levanta uma questão instigante em seu cometário: – O que é união no rap (na visão do autor do post)?
    (Como eu disse acima, na minha visão união é não ter treta, e não tem treta, pelo menos eu não vejo, o que me é passado superficialmente é que tá todo mundo no mesmo barco e pro que der e vier).

    O MC Mateus Amoeba, levanta outra questão importante, quando objetiva ainda mais a pergunta: – Se unir em que ponto Ualax ??? musicalmente, financeiramente???
    ( É muito interessante quando o Amoeba faz esse questionamento, pois ele afunila o problema e nos coloca em uma bifurcação que nos leva a lugares totalmente distintos, pois se a união citada pelo autor do post é musical, a conversa não segue seu curso normal, pois as parcerias são diversas, desde sempre, o evento Dia da Rima, organizado pelo Movimento Enraizados, pro exemplo, proporcionou diversas destas parcerias musicais entre artistas da região. Porém se a pergunta nos leva para uma “união financeira”, a palavra união pode ser mudada para investimento ou patrocínio, e isso não acontece – pelo menos eu nunca vi – entre MCs de lugar nenhum do mundo, a não ser que os MCs sejam também empresários).

    O Marral Vasconcelos também vai por essa linha do investimento, mas de uma forma bem mais realista: – Não vinga porque a maioria não tem foco, não quer investir e acha que rap é brincadeira. Simples. O problema não é união, é falta de foco e profissionalidade. Se o cara mora na savana da Africa do Norte, tem talento e corre atrás do sonho, ele “explode”.
    (Concordo com ele, qualquer pessoa que invista em seu trabalho com mais seriedade certamente alcançará um resultado melhor do que os que não trabalham com profissionalismo).

    O Ualax Mc já acreditou que o rap da região poderia ser uma grande coorperativa, como ele deixa claro em seu post: – Já acreditei que fosse possível, mas hoje eu acho que a união geral é utopia.
    (Ele mesmo se corrige e diz que isso é utopia, essa também é minha opinião).

    E o Frávio SantoRua Antiéticos vai além e explica essa questão utópica comentada acima: – Se une quem possui os mesmos interesses. “União geral” é utopia. Mas, enquanto isso, para alcançarmos nossos objetivos, e para que não aja fragmentação em quem deseja estar junto, vamos todos na velocidade do mais lento!!
    (Aí sim, um vai ajudando o outro “na medida do possível”, sem onerar nenhum dos lados, contudo sempre estarão mais juntos os que têm algo em comum, os que tem uma proximidade natural maior, ou seja, interesses em comum).

    Pra finalizar, o  João Otávio faz um comentário que eu entendo como “quem está trabalhando tá unido” e quem não tá, tá falando: – Os de verdade, os verdadeiros, tão unido sim mano. Quem vem com essas fitas de intriga e desunião nem merecem fazer parte do movimento. O rap de verdade da Baixada, está unido sim e crescendo cada vez mais com novas uniões.
    (Eu não sou a favor desse negócio de rap de verdade, mc que representa, etc, porém eu consigo entender que há quase uma unidade de MCs trabalhando com vontade, produzindo. Os objetivos não são os mesmos, o investimento não é o mesmo e o talento não é o mesmo, mas estão quase sempre juntos no que eles tem de fundamental, o rap).

    O que fica para reflexão é o que cada um de nós está fazendo verdadeiramente para a evolução do rap na região? Quase sempre cobramos o que queremos que os outros façam por nós. A Baixada Fluminense é formada por 13 municípios, mas quando falamos de #RapBXD, quase sempre estamos nos referindo a Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Mesquita, Belford Roxo, Queimados e São João de Meriti. Mas e Nilópolis, Magé, Paracambi, Seropédica, Itaguaí, Japeri e Guapimirim? Quem tá fortalecendo esses MCs que tão na sombra da Baixada Fluminense?

    Chegou a hora de um MC parar de cobrar do outro e ambos cobrarem do poder público políticas públicas para a juventude. Alguém pode me explicar porque em Nova Iguaçu a “Semana do Hip Hop” não é lei? Alguém sabe me dizer em quais municípios da Baixada já existe essa lei? Alguem sabe como conseguiram?

    Talvez seja hora de parar de falar um pouco de maconha e buceta nas letras de rap e começarmos a entender o rap como ferramenta de exibilidade de direitos. Vamos na Câmara de Vereadores trocar essa ideia com os vereadores da cidade?

    Quem quiser entrar na debate pode comentar abaixo e quem quiser conferir o post original com outros comentários, basta clicar aqui http://on.fb.me/17HtNFP