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  • Meu Depoimento pra Revista Européia

    Meu Depoimento pra Revista Européia

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    A Eurocom Magazine,  é uma edição especial da Objectif Grand Paris Nouveau Magazine, foi lançada na MIPIM 2014 (Le marché international des professionnels de l’immobilier), um evento de investidores do mercado imobiliário que acontece todo a ano e atrai empresários de todo o mundo. A Eurocom Magazine trouxe uma série de matérias especiais sobre as 25 maiores cidades do mundo, incluindo o Rio de Janeiro, onde eu dou um depoimento sobre a Cidade Maravilhosa na página 33. Apesar da revista ser bastante técnica, tem sempre um depoimento de algum morador que eles consideram interessante sobre a sua Cidade.

    Quem quiser curtir o documento original, que infelizmente não foi vendido no Brasil, clipei a parte do Rio de Janeiro no meu Blog (http://dumontt.com/clipping/), é só ir lá e conferir.

    Abaixo segue uma versão quase original em português:

    Grande abraço.

    —x—

    O Rio de Janeiro, continua sendo uma Cidade Maravilhosa, cidade que já foi descrita de várias formas, pra vários gostos distintos, retratada e escrita em versos e prosas, mas o que me chama mais atenção sobre essa bela cidade são suas contradições, e é disso que trata essas linhas.

    Terra de rara beleza, cartão postal do Brasil, capital cultural da América Latina, hoje também é a terra dos grandes eventos esportivos e das Manifestações Juvenis. Onde uma das maiores florestas urbanas do Mundo convive pacificamente com a Rocinha, a maior favela da América Latina.

    É hoje uma das Cidades mais caras para se viver, morar e passear, mas que também tem uma rede hoteleira com uma altíssima taxa de ocupação. Onde o Governo promove construções gigantescas para esconder as favelas que estão entre o Aeroporto Internacional do Galeão e o Centro da Cidade, Favelas essas ocupadas constantemente pelas Polícias Militar e Civil do Estado, umas das polícias mais letais do mundo, a PMERJ e a Civil, como são chamadas, por ano, matam mais do que o somatório de todas as polícias de todos os Estados dos USA juntas. Mas a maquiagem do Rio é boa e consegue passar uma imagem de segurança e tranqüilidade para os turistas, graças as Unidades de Polícia Pacificadoras, as chamadas UPPs que empurrou o tráfico de drogas para as periferias, dando ao Rio um ar de limpa e higienizada em relação a segurança pública, a ponto de transformar a favela em atração turística – hoje tem teleférico no Pão de Açucar e na Favela do Alemão, tem visita guiada no morro com direito a baile funk pra turistas.

    A Cidade do Rio de Janeiro consegue assumir um papel singular no imaginário e no coração de cada visitante, cada morador e de cada pessoa que interaja com ela, seja pelo motivo que for: trabalho, lazer, turismo, esporte; Onde o feio e o belo se misturam, com passeatas, ruas históricas e monumentos. Cidade da música, da boemia, do samba e da maior festa popular do mundo, o carnaval. Onde o maior reveillon do mundo é feito nas ruas, na praia, no encontro de todas as raças, todos os credos, todas as cores, todas as riquezas, todas as culturas que se aliam para formar uma outra cultura, uma cultura carioca, com swing e sotaques próprios, de fala chiada e gingado no corpo suado e avermelhado do sol.

    O Rio tem vocação para ser amada, com todas as suas contradições, pois consegue ser cosmopolita sem perder o que tem de mais local, ser grande, conservando as suas diversas culturas, seus grupos informais, seu ar de feriado, mesmo em dia de trabalho. Seu povo contente, risonho, barulhento e feliz, sim, feliz por morar em uma das mais belas cidades do mundo.

  • A sujeira debaixo do tapete!!!

    A sujeira debaixo do tapete!!!

    Não é novidade que as ações na área da segurança na capital do RJ, mesmo que sejam paliativas, estão criando um êxodo na criminalidade, que está procurando expandir seu espaço de atuação e por consequência aportando em nossa já sofrida e desmantelada Baixada Fluminense.

    A violência desenfreada tomou conta de nossa região em todos os níveis, mas nem mesmo esses números assombrosos parecem sensibilizar nossas “autoridades”, no sentido de solucionar o problema.

    A chapa tá quente em todos os bairros, e a merda acabou respingando nos bairros classe média alta de Nova Iguaçu, que até agora estava quietinha porque a pimenta não tinha ardido no fiofó deles, então foi uma choradeira generalizada, já que eles estavam em pânico.

    ScreenShot083A incidência de crimes como: Homicídios, latrocínios, roubo a veículos, assalto a pedestres, mais uma porrada de desgraças, teve uma escalada sem precedentes.

    As ações criminosas tem alterado a rotina dosa moradores de vários bairros que tem evitado circular a noite, afim de evitar problemas.

    Isso tem trazido à tona uma questão preocupante, muitas pessoas dizem sentir falta das milícias, porque segundo elas, se sentiam mais seguras, como fala uma moradora, dona Maria (nome fictício), do bairro Austin, em Nova Iguaçu: – “Quando a milícia tava aqui, num tinha bagunça não senhor, quem roubava na comunidade morria na mesma hora”.

    Tá achando pouco? Várias execuções estão acontecendo em plena luz do dia, enquanto o tráfico prolifera como baratas.
    Outra modalidade que vem assustando é o estupro. Nova Iguaçu está em 2º lugar, perdendo apenas para a capital do RJ, isso envolvendo adolescentes e crianças.

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    A prefeitura local diz que o conselho de segurança da cidade se reúne constantemente para resolver o problema, bom, só se for para tomar cafezinho e falar asneiras. Informam ainda que o Estado prometeu a instalação de um batalhão em Nova Iguaçu, e que segundo o prefeito, será instalado na estrada de madureira, numa área de 20.000m², já que o 20º batalhão, acreditem, com um efetivo de 650 policiais, precisa fazer a ronda ostensiva de: Nova Iguaçu, Mesquita e Nilópolis. Em Nova Iguaçu, Duque de Caxias e São João de Meriti, falam em monitoramento por câmeras.

    Dados do Ministério da Justiça apontam que o 20º batalhão vive a pior situação do estado em relação a seu efetivo, enquanto a média nacional é 431 habitantes por PM, esse batalhão apresenta uma média de 1.659 habitantes por PM, isso reflete mais de 284% da marca nacional, e se se fosse na zona sul do RJ?

    No Leblon são 157 habitantes por PM, Botafogo 451.

    Na Baixada Fluminense o número de vítimas é 13 vezes maior que na zona sul do RJ.

    O Estado se justifica dizendo que em todos os grandes centros urbanos é normal que haja mais segurança nas áreas turísticas. Então manda a família do governador vir morar aqui na periferia e depois me fale a repeito, e aquele discurso que todos são iguais perante a lei?

    Ah, tá, esqueci que nós da Baixada Fluminense, ainda não fomos incluídos no mapa oficial do RJ.
    Como este é um ano de eleições, vão tentar de todas as formas nos ludibriar, dizer que a mídia é tendenciosa e tal, mas a verdade está aí batendo em nossa porta, não tem meio termo, ou resolve efetivamente o continuarão a fazer o que são especialistas, ocultar a imundície.

  • Esperar é Caminhar

    Esperar é Caminhar

    Toc! Toc! Toc! Dá licença meus senhores, sei que esse solo é sagrado, por isso chego com o devido respeito e pisando suave. Agradeço a oportunidade e a confiança do Sr. Dudu e do comparsa Átomo. Espero não decepcioná-los.


    Bom, eu fiquei tentado a escrever sobre a Copa, FiFa, Dilma, PT, Black Blocs, manifestações e todos esses temas pertinentes no nosso contexto atual, mas pelo o que vi por aqui, tenho colegas mais competentes do que eu para escrever sobre essas demandas. Passo a vez.

    Então, minha primeira crônica é uma pequena provocação para mim e para você.

    Lembro-me sempre dos versos do B.Negão que diz: “a maioria se trocasse de lugar, faria o mesmo, mesmo que em escala menor”.

    A polícia é corrupta e nós a odiamos por isso. Porém, nenhum maconheiro quer um policial honesto quando for pego com um baseado. É melhor perder R$ 50 conto, do que assinar o artigo 16 (usuário) ou quem sabe, até o 12 (tráfico), do código penal.

    São as contradições das ideologias humanas, sempre com dois pesos e duas medidas.

    Se eu não caibo no cristianismo e na direita por conta de suas corrupções conservadoras e coronelistas, quem dirá nessa esquerda caviar, escrota, contraditória e que usa o nome do povo para a luta, mas no fundo, luta pelo poder.

    Triste coisa é ver as legitimas causas serem lutadas por gente de interesses inescrupulosos. Clamam por justiça, mas lutam por vingança! Clamam por liberdade, mas lutam apenas para que sejam feitas as vontades libertárias de seus umbigos.

    Nossos heróis morreram de overdose, outros apertaram as mãos de ladrões por alguns minutos a mais na propaganda eleitoral. O que restou?

    Restou à liberdade de quem não cabe mais em rótulos, em títulos e quintais. Restou apenas o caminho para caminhar.

  • Sepe apoia participação dos Black Blocks nas manifestações

    Sepe apoia participação dos Black Blocks nas manifestações

    Uma matéria interessante que assisti no Terra TV que trago aqui hoje para a nossa reflexão diz respeito à criminalização dos Black Bloc nas manifestações do Rio de Janeiro. De forma geral, tanto o Estado, através de seu aparelho repressor, neste caso, a polícia, vem vandalizando os grupos e coletivos de manifestantes, quanto alguns agentes da imprensa.

    No caso da POLÍCIA: São usados ARMAS que eles consideram não letais contra pessoas civis desarmadas e nesse âmbito, o que os Black Block fazem é jogar de volta as bombas, jogar pedra em quem atira neles com as chamadas balas de borrachas e sprays de pimenta. Os policiais que sempre estão de armadura e capacete contra-atacam com mais tiros, bambas, cacetetes e outros equipamentos de repressão de massas organizadas e os manifestantes ainda foram proibidos, pelo judiciário, até mesmo de usarem máscaras de protesto no rosto que não protegem eles contra os tiros e os sprays da polícia.

    No caso da IMPRENSA: A maioria da nossa imprensa marrom, vandaliza os manifestantes jogando a opinião pública contra eles dizendo que eles promovem quebra-quebra, quando na verdade, já estamos cansados de saber que existem vários policiais disfarçados de manifestantes fazendo esse trabalho, os chamados P2 que de vez enquando são identificados pelos próprios manifestantes e entregues ao vivo via Midia Ninja e outros narradores independentes que acompanham esses eventos e transmitem ao vivo pela Internet; Internet esta que, aliás, têm mostrado uma programação infinitamente superior à da TV enganadora, repressora e manipuladora da opinião pública. Uma boa alternativa pra quem não quer ficar nas mãos desses farçantes!

    Os professores estão gratos pela ajuda recebida dos Black Blocks e reconhecem a legitimidade de seus atos, apesar de não aprovarem a depredação de patrimônios como forma de protestos, mas, a fala dos mestres oprimidos no sentido de fazerem uma frente de defesa dos professores nas próximas manifestações me faz pensar o seguinte:

    _ Será que teremos a criação de um Teacher Block ou Black Teacher?

    Pena que os filhos do Paes e do Cabral não estudam nas escolas públicas, senão eles rapidamente se preocupariam em resolverem mais esse problema da nossa educação.

    Por último, mas não menos importante, quero fazer uma proposta: Os políticos, de forma geral, deveriam ser obrigados por Lei a usarem todos os serviços públicos, sem excessão, inclusive os colégios e os hospitais públicos e não usarem planos de saúde e escolas particulares. Dessa forma, creio que teríamos menos problemas nessas e em outras áreas, além de refrescar bastante o orçamento dos 3 poderes.

    Até breve.