Tag: Rap

  • Duas mil pessoas em sintonia no beco

    Duas mil pessoas em sintonia no beco

    Um festival organizado por jovens da Baixada Fluminense reuniu mais de 2000 pessoas para ouvir música durante nove horas em uma rua de Nova Iguaçu. Simples assim!!!

    Não tenho como não falar do B_eco Festival em minha coluna, pois três dias já se passaram, mas a emoção não.

    Quando ouvi falar a primeira vez a respeito do festival foi há cerca de um mês, logo após saber da festa que o meu mano – e parceiro musical – Marcão Baixada estava planejando, a “Bang Bang”. Dias depois comecei a ver a divulgação do “B_eco”, mas me confundi, achando que era tudo a mesma coisa. No fundo até era, mas não era. Entende?

    Outro dia o Rodrigo Caetano me ligou pedindo uma orientação a respeito de equipamentos pra festa, foi então que eu vi que realmente uma festa não tinha a ver com a outra… mas tinha.

    Quando aprofundei mais pra saber do que se tratava, soube que o Wesley Brasil também estava na jogada, bem ali na linha de frente. Depois soube que a Karina Vasconcelos também estava. E por fim entendi que o festival era uma união das festas (e figuras) mais tops do pedaço: Musicação na Pista – a festa de rap mais badalada de Nova Iguaçu, do meu “novamente” parceiro DMT, Laranja Mecânica – conhecida no meio indie iguaçuano, Bang Bang – o tiroteio musical do Marcão Baixada, Wobble que recebeu o título de melhor festa pelo Prêmio Noite Rio, Guetho – difusora da musica eletrônica criada nas periferias – e Bazinga – que faz uma mistura indie e pop sob festas temáticas do universo da série americana “The Big Bang Theory”.

    Semanas atrás, entre uma mensagem e outra, recebi o convite do Marcão Baixada para fazer duas músicas com ele durante a festa, a ideia era o bonde do #ComboIO (DMA, Marcão Baixada, Léo da XIII e DJ Léo Ribeiro) se apresentar.

    Nessa altura do campeonato, 10 em cada 10 posts nas redes sociais tinha algo sobre o #B_eco, todo mundo comentava, e a festa já havia dado certo antes mesmo de acontecer.

    No dia da festa, fiz questão de chegar ao meio dia em ponto, pra não perder nem um momento. Fui com o Léo da XIII. Abri mão de almoçar com minha família para conferir a festa desde o começo (essa atitude me custou caro depois).

    Ao chegar, já me deparei com Wesley Brasil correndo pra um lado e o Rodrigo Caetano correndo para o outro, num pique frenético. Haviam pouquíssimas pessoas, mas eu tinha certeza que a festa ia bombar. Fui recepcionado por Marcão Baixada e Danielle Seguer. O Samuca Azevedo já estava pronto – e disposto – para fazer as fotos para Hulle Brasil.

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    DMA, Nyl e Léo da XIII

     

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    Bruno, Fernanda, DMA e Ébano

     

    Aos poucos foram chegando alguns manos como Luiz Claudio, Nyl MC, Romildo e tantos outros. O calor infernal nos levava ao bar frequentemente e logo que a cerveja fazia efeito as músicas começavam a soar como conhecidas. Funk, Trap e Rock se misturavam e a galera curtia tudo, enquanto trocava ideia. Eu observava como as pessoas chegavam vestidas e se comportavam, e tenho certeza que estava sendo observado também, mas todo mundo se respeitava e tentava entender a mistura de estilos.

    Derrepente o “boom”.

    A festa estava LOTADA e eu nem havia percebido de onde tinha vindo tanta gente. Quando eu reparei estava no BackStage trocando altas ideias com o segurança, minutos antes do show do Marcão Baixada. Quando subi ao palco vi uma nuvem de gente. A galera do rap estava com o umbigo colado no palco, cantando junto, fortalecendo (e tem gente que diz que o rap da Baixada não é unido). Quando entrei pra cantar, fiz o meu possível, que naquele momento não era muito, por isso não lembrava da letra, o álcool já estava fazendo o seu trabalho, nem posso colocar a culpa no nervosismo, até poderia culpar a emoção, pois fui muita, em altas doses cavalares.

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    Público do festival

     

    A sorte é que o #ComboIO já ensaiou tanto, que as músicas já saem de forma orgânica, às vezes usando alguns sinônimos, às vezes alguns trechos de silêncio, mas a parada sempre flui. E fluiu. Como tudo fluía naquele dia. O universo conspirava a favor. Eram duas mil pessoas na mesma sintonia naquele “beco”.

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    DMA, Léo da XIII, Luiz Claudio e Samuca Azevedo

     

    Mas o ápice da festa foi quando um temporal sem precedentes deu as caras. Árvores se dobravam de forma aterrorizadora por causa do forte vento. A água caía com força do céu, e descia a rua fazendo uma espécie de cachoeira. Foi quando todos, inclusive eu, pensaram que a festa havia chegado ao fim. Por causa da forte chuva o som teve que ser desligado, mas o povo não parava de dançar, pular, gritar, se abraçar, se beijar… eu nunca tinha visto aquilo na minha vida.

    Estávamos embaixo da marquise, ao lado da Casa de Cultura. Conversava com o André Viana, com o DMT (que posicionou o seu carro de uma forma que pudéssemos continuar curtindo um som). Acredito que logo depois fui embora, porque as minhas lembranças do “B_eco Festival” terminam aqui.

    Só sei que essa festa me aproximou de uma galera aparentemente “muito” diferente e me motivou bastante. Agora vamos aguardar a segunda edição.

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    Se você quiser conferir tudo o que leu, pode dar uma olhada na cobertura que a Hulle Brasil fez, pelas lentes de Samuca Azevedo e Beatriz Dias: http://bit.ly/EventosHulle

     

  • [25 JAN] B_ECO Festival: Um circuito de festas no coração de Nova Iguaçu

    [25 JAN] B_ECO Festival: Um circuito de festas no coração de Nova Iguaçu

    As festas mais trending de Nova Iguaçu reunidas numa block party

    BangBang e Laranja Mecânica convidam seus amigos para um dia inteiro de festival, já na vibe do carnaval.

    É o rap e o indie juntos para se divertir junto de um convidado bacanudo do Rio, e recebendo ainda a visita do Ragga, Rock, Trap, Pop, Marchinhas de Carnaval e outras insanidades sonoras dessa juventude linda.

    Lineup:
    Festa Laranja Mecânica
    BangBang
    Rodrigo S. (Wobble)
    Musicação Na Pista
    Guetto
    Bazinga! Festa

    Serviço
    B_ECO Festival #1

    Domingo, 25 de Janeiro de 2015; à partir das 12h
    Rua Getúlio Vargas, Centro. Nova Iguaçu/RJ (Ao Lado da Estação de Trem de Nova Iguaçu)
    Entrada Franca
    Classificação: Livre

  • [19JAN] SambaRap

    [19JAN] SambaRap

    O SambaRap vai receber no dia 19 de Janeiro, artistas de Samba e Rap prometendo diversão e tranquilidade com música de primeira.

    O evento acontecerá no Instituto Palmares de Direitos Humanos, na Lapa e contará com apresentações de DJ Júlio Moska, Grupo Levada do Samba, Meninas do Rio, Mamão do Trombone, e RAPadura Xique-Chico.

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    A apresentação do evento fica por conta de Tekinho G-Rap.

    SambaRap
    19 de Janeiro de 2014 à partir das 19h
    IPDH – Av. Mem de Sá, 39 – Lapa/RJ (Ao Lado da FEBARJ)
    Entrada Franca
    Mais informações: http://on.fb.me/1CqrSiv

  • Marral lança EP “Trilha sonora da minha vida”

    Marral lança EP “Trilha sonora da minha vida”

    Marral Frutuoso Vasconcelos (20), conhecido no meio do rap apenas como Marral, é carioca, criado na Vila Cruzeiro, mas atualmente está representando o rap da Baixada Fluminense, com residência fixa em Vilar dos Teles.

    Amante do R&B e do Rap Old School, Marral está na cultura hip hop desde muito cedo, antes como B. Boy, e há 03 anos como MC, mas sua formação musical vem de sua família, formada por diversos músicos, o que o levou a cantar MPB em alguns bares.

    Através do apoio da banca AbaFamily, da AbaProduções, pôde começar a trabalhar o seu primeiro EP, intitulado “Trilha sonora da minha vida”, produzido por Hermes Filho, que fez um misto de Rap com R&B, e lançado no dia 07 de janeiro.

    O EP traz 06 faixas, mas destacamos a faixa 06, Meu RJ, com participação do rapper Don Capuccino.

    [tabgroup]

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    [tab title=”Contatos”]

    Contato/Shows: (21) 9 9252-8448 (Hermes Filho)
    Página oficial: facebook.com/MarralMcOficial

    YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=UxS4gi0iPyI
    SoundCloud: https://soundcloud.com/marralmc
    Download: https://www.4shared.com/rar/S0sxk0RZba/Marral_-_Trilha_Sonora_Da_Minh.html

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  • Afinal, o rap da Baixada “é ou não é” unido?

    Afinal, o rap da Baixada “é ou não é” unido?

    Após um post – no facebook – um tanto quanto polêmico do rapper Ualax MC, questionando amigos e fãs sobre a união do rap na Baixada Fluminense, decidi escrever esta coluna tentando aprofundar e problematizar ainda mais o tema.

    O post já rendeu cerca de 134 comentários e 69 curtidas até o momento, por isso resolvi fazer minha coluna sobre esse tema me baseando nos comentários mais interessantes que li.

    Minha opinião é uma só, e já deixei claro em meus comentários. Considero o rap da Baixada unido, talvez não considere o rap do Estado do Rio de Janeiro unido, muito menos o nacional, porque sempre vejo uma nota ou outra falando mal do Filipe Ret, da Cone Crew, Emicida, Projota e até do Racionais, mas nunca vi uma treta entre rappers da Baixada Fluminense. Sempre que acontece algo do tipo é apontando pra alguém que já tem uma projeção maior.

    Considero o rap da Baixada Fluminense unido porque sempre vejo os eventos cheios de MCs, bebendo, trocando ideia, participando um da música do outro, entre outras coisas, contudo algumas pessoas, assim como o Ualax, consideram o rap da região desunido. Vamos tentar entender o porque.

    Bhaman Melo, levanta uma questão instigante em seu cometário: – O que é união no rap (na visão do autor do post)?
    (Como eu disse acima, na minha visão união é não ter treta, e não tem treta, pelo menos eu não vejo, o que me é passado superficialmente é que tá todo mundo no mesmo barco e pro que der e vier).

    O MC Mateus Amoeba, levanta outra questão importante, quando objetiva ainda mais a pergunta: – Se unir em que ponto Ualax ??? musicalmente, financeiramente???
    ( É muito interessante quando o Amoeba faz esse questionamento, pois ele afunila o problema e nos coloca em uma bifurcação que nos leva a lugares totalmente distintos, pois se a união citada pelo autor do post é musical, a conversa não segue seu curso normal, pois as parcerias são diversas, desde sempre, o evento Dia da Rima, organizado pelo Movimento Enraizados, pro exemplo, proporcionou diversas destas parcerias musicais entre artistas da região. Porém se a pergunta nos leva para uma “união financeira”, a palavra união pode ser mudada para investimento ou patrocínio, e isso não acontece – pelo menos eu nunca vi – entre MCs de lugar nenhum do mundo, a não ser que os MCs sejam também empresários).

    O Marral Vasconcelos também vai por essa linha do investimento, mas de uma forma bem mais realista: – Não vinga porque a maioria não tem foco, não quer investir e acha que rap é brincadeira. Simples. O problema não é união, é falta de foco e profissionalidade. Se o cara mora na savana da Africa do Norte, tem talento e corre atrás do sonho, ele “explode”.
    (Concordo com ele, qualquer pessoa que invista em seu trabalho com mais seriedade certamente alcançará um resultado melhor do que os que não trabalham com profissionalismo).

    O Ualax Mc já acreditou que o rap da região poderia ser uma grande coorperativa, como ele deixa claro em seu post: – Já acreditei que fosse possível, mas hoje eu acho que a união geral é utopia.
    (Ele mesmo se corrige e diz que isso é utopia, essa também é minha opinião).

    E o Frávio SantoRua Antiéticos vai além e explica essa questão utópica comentada acima: – Se une quem possui os mesmos interesses. “União geral” é utopia. Mas, enquanto isso, para alcançarmos nossos objetivos, e para que não aja fragmentação em quem deseja estar junto, vamos todos na velocidade do mais lento!!
    (Aí sim, um vai ajudando o outro “na medida do possível”, sem onerar nenhum dos lados, contudo sempre estarão mais juntos os que têm algo em comum, os que tem uma proximidade natural maior, ou seja, interesses em comum).

    Pra finalizar, o  João Otávio faz um comentário que eu entendo como “quem está trabalhando tá unido” e quem não tá, tá falando: – Os de verdade, os verdadeiros, tão unido sim mano. Quem vem com essas fitas de intriga e desunião nem merecem fazer parte do movimento. O rap de verdade da Baixada, está unido sim e crescendo cada vez mais com novas uniões.
    (Eu não sou a favor desse negócio de rap de verdade, mc que representa, etc, porém eu consigo entender que há quase uma unidade de MCs trabalhando com vontade, produzindo. Os objetivos não são os mesmos, o investimento não é o mesmo e o talento não é o mesmo, mas estão quase sempre juntos no que eles tem de fundamental, o rap).

    O que fica para reflexão é o que cada um de nós está fazendo verdadeiramente para a evolução do rap na região? Quase sempre cobramos o que queremos que os outros façam por nós. A Baixada Fluminense é formada por 13 municípios, mas quando falamos de #RapBXD, quase sempre estamos nos referindo a Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Mesquita, Belford Roxo, Queimados e São João de Meriti. Mas e Nilópolis, Magé, Paracambi, Seropédica, Itaguaí, Japeri e Guapimirim? Quem tá fortalecendo esses MCs que tão na sombra da Baixada Fluminense?

    Chegou a hora de um MC parar de cobrar do outro e ambos cobrarem do poder público políticas públicas para a juventude. Alguém pode me explicar porque em Nova Iguaçu a “Semana do Hip Hop” não é lei? Alguém sabe me dizer em quais municípios da Baixada já existe essa lei? Alguem sabe como conseguiram?

    Talvez seja hora de parar de falar um pouco de maconha e buceta nas letras de rap e começarmos a entender o rap como ferramenta de exibilidade de direitos. Vamos na Câmara de Vereadores trocar essa ideia com os vereadores da cidade?

    Quem quiser entrar na debate pode comentar abaixo e quem quiser conferir o post original com outros comentários, basta clicar aqui http://on.fb.me/17HtNFP

  • Shawlin colocou na pista o disco “O Inferno do Cachorro Magro (EP do Vilão)”

    Shawlin colocou na pista o disco “O Inferno do Cachorro Magro (EP do Vilão)”

    Cachorro Magro colocou na pista o disco “O Inferno do Cachorro Magro (EP do Vilão)” através do selo Buum comandado por Zegon, que trata de acompanhar a evolução do hip hop e da Bass Music em geral, mas que é uma ótima ferramenta para quem curte rap tradicional e quer entender melhor as novas tendências.

    Para quem não tá ligado(a) Cachorro Magro é o alter-ego do rapper Shawlin, ou simplesmente Shaw, um dos principais nomes do rap carioca, que inclusive fez parte do grupo Quinto Andar.

    O disco “O Inferno do Cachorro Magro (EP do Vilão)” traz 08 faixas, todas muito bem produzidas, destacando as excelentes tracks 02 (FIM – Lado A) e (05) Deixa eu viver.

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  • Som de preto?

    Som de preto?

    Metade da minha família é branca, tenho influências e parceiros musicais brancos, não acho que o Rap deva ser feito apenas por pretos, mas estou cansado de ver esse rap representado apenas por “não pretos”.

    Desde que o mundo é mundo a indústria se apropria dos gêneros musicais criados pelos pretos e os embranquecem. Assim foi, e é, com o rock, com o samba com o funk, etc. Os maiores ícones do rock mundial são Elvis Presley, Beatles. O que falar do rock nacional? Dá pra contar nos dedos de uma mão, Derrick Green, do Sepultura, Clemente, do Inocentes, e Renato Rocha, da Legião Urbana, que por sinal nem foi mencionado no filme “Somos Tão Jovens”, que fala da banda.

    Entre os sambistas temos a “madrinha” Beth Carvalho, Clara Nunes, Noel Rosa e Adoniran Barbosa. A nova cara é a do Diogo Nogueira e a do Sambô. A cara do funk foi a do Ademir Lemos e a do Cidinho Cambalhota, num passado recente foi a cara da Kelly Key e da Perla, hoje é a cara da Anita, da Valesca Popozuda e a do latino.

    O rap? O rap do Gabriel o Pensador, do Cabal, do Criolo, da Flora Mattos, etc. Sem falar dos “menos pigmentados” de projeção nacional como Emicida, Rashid e Projota. Essa indústria age do mesmo modo que o governo da Bélgica, quando pôs os tutsis “menos pigmentados” no comando de Ruanda, em detrimento dos hutus, os “mais pigmentados”.

    Eu não estou questionando a qualidade do trabalho desses artistas, e sim o fato de não termos outros artistas de qualidade igual ou superior em destaque por conta de seus traços ou cor de suas peles. Por mais destaque que um preto venha ter, ele nunca supera o destaque de um branco, ou melhor, “não preto”.

  • Léo da XIII lança novo álbum: Inesquecível

    Léo da XIII lança novo álbum: Inesquecível

    O rapper carioca Léo da XIII acaba de lançar o álbum “Inesquecível”, que traz músicas que falam de sua infância e de suas correrias, coisas da sua adolescência. Na capa uma fotografia de seu pai, que é pra retratar algo bem pessoal, como na música “Assunto Íntimo”.

    “As músicas estão na gaveta desde 2010, mas agora achei que era a hora de colocar na pista”, diz Léo da XIII, que divide algumas tracks com  Samuel Azevedo, Elias Japi (Ethiopia), Diamante Mc, Marcão Baixada e Átomo.

    “Inesquecível” é o quinto álbum solo do rapper, que também lançou um disco com o coletivo #ComboIO em 2013. Este álbum custa  R$12,99 na loja da OneRPM onde os fãs podem encontrar os outros 04 álbuns, mas o rapper Léo da XIII disponibiliza gratuitamente para download três faixas: Assunto Íntimo, A Flor da Pele e Ana.

    OUÇA O ÁLBUM

    Compre o álbum aqui:
    https://onerpm.com.br/album/327230577

  • [26DEZ] #ComboIO fará o último show do ano na Lapa

    [26DEZ] #ComboIO fará o último show do ano na Lapa

    Os loucos da Baixada não descansam, um dia após o Natal eles se apresentarão na FEBARJ, no baile de rap mais antigo do Rio de Janeiro, comandado pelo DJ Marcelinho MG.

    O #ComboIO, formado pelos MCs Dudu de Morro Agudo, Léo da XIII, Marcão Baixada e DJ Léo Ribeiro, retrata em suas músicas o cotidiano das periferias brasileiras.

    Variando entre protestos rascantes e músicas festivas, e misturando instrumentais eletrônicos tradicionais do hip hop com instrumentos orgânicos, através da participação de músicos como Felipe Ribeiro e o francês Alias Poet, o quarteto consegue agradar gerações de diferentes estilos musicais, transformando fãs de seus trabalhos solos já consolidados em admiradores do trabalho coletivo experimental.

    Na madrugada do dia 26 de dezembro eles farão um pocket show, tocando as músicas linha de frente do disco de nome homônimo ao grupo, como Os Pretos, O que será que acontece? e #ComboIO.


    FÚRIA HIP HOP

    O baile mais antigo de rap da cidade, onde toca todas as vertentes dessa música, o underground e o mainstream, como também o R&B do subúrbio e BlimBlim da Zona Sul. Democrático e imprevisível, onde se vai para dançar e ouvir música boa e diferente dos outros lugares da cidade. Antes de começar o baile, já uma surpresa: Uma banda de afro se apresenta, a banda Afro ORUNMILA, com os seus tambores já anunciam que ali vira uma noite de puro embalo e alegria.
    A FÚRIA  é um local onde tem que ir sem preconceitos e aberto para o novo, por isso o sucesso dessa festa dura tanto tempo, tendo os seus 11 anos de LAPA.
    DJ MARCELINHO MG

    Carioca, nascido e criado no subúrbio do Rio de Janeiro, começou a se interessar pela música desde cedo nos bailes “Black” da região. Teve início no comando das pick up`s em bailes e festas de amigos. Sempre se identificando com a música negra tal como soul, reagge, funk, R&B, rap, etc. Suas influências musicais foram o samba e a black music, de grupos como “Soul Sonic Force”, “África Bambata”, “Naught By Nature” e outros que fizeram parte da sua trajetória como DJ.

    É fundador do baile que tornou-se referência do Rap no Rio de Janeiro, o “FURIA HIP HOP”, que resiste bravamente há 11 anos na FEBARJ – Lapa/RJ. Este evento semanal veio a transformar-se, na época, na primeira equipe de Hip Hop da cidade. Devido ao sucesso do evento, o “Fúria Hip Hop” ganhou espaço na Rádio Escola da Fundição Progresso – RJ e por quatro anos consecutivos realizou, em pleno carnaval, um projeto onde mesclou o Samba de Raiz, Charme e Rap dentro do “Terreirão do Samba”, mais precisamente na barraca do ORUNMILA.

    SERVIÇO

    Dia 26 de dezembro
    FEBARJ: Rua Men de Sá, 37, Lapa, Rio de Janeiro
    Horário: A partir das 22 horas
    Preço: Até às 00:00 de graça. Após às 00:00 homem paga R$10 e mulher R$5.

    Mais sobre o #ComboIO: https://www.onerpm.com/disco/album&album_number=782152499

    Mais sobre o Fúria Hip Hop: http://furiahiphop.com.br/

    Mais sobre Marcelinho MG: http://www.djmarcelinhomg.blogspot.com.br

  • Medo do Escuro

    Medo do Escuro

    Eis o preto no branco,
    A melanina, o cancro… No útero do reich.
    Eis o feijão no arroz,
    O “preju” dos sinhôs… A peça sem encaixe.

    Eis o sol das onze,
    A brasa, o bronze… Em teu sorriso a cárie.
    Avesso do vitiligo,
    Encardo e denigro… A descendência dos Áries.

    Eis o “Yin” no “yang”,
    Outro membro da gangue… Do líder Zumbi.
    Eclipso seus sóis,
    Sou as teclas bemóis… A outra perna do Saci.

    Eis a “língua negra”, a mancha,
    A extinção da prancha… E da chapinha.
    Não pedi que me aceite,
    Sou cafre, sou café no leite… “Eu sou neguinha!”

    Eis o blecaute,
    Na sua lei e leiaute… Me manifesto tal sardas.
    Apesar do seu veto,
    Cedo ou tarde um neto… Com a pele parda.

    Eis o revide do açoite,
    Como a inevitável noite… Logo, logo figuro.
    Agora é tarde não cedo,
    Sei que morres de medo… Medo do escuro.