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  • Ninja e “Nuvem Ent” celebram o lançamento de “Bloco”, em parceria com Rico Mesquita

    Ninja e “Nuvem Ent” celebram o lançamento de “Bloco”, em parceria com Rico Mesquita

    No vasto universo musical, descobrir novos talentos é uma jornada que se assemelha a garimpar ouro. No entanto, quando dois artistas notáveis como Ninja e Rico Mesquita se encontram em uma encruzilhada de batalhas musicais, o resultado transcende as expectativas, dando início a uma colaboração única que promete marcar época.

    A trajetória dessa aliança musical começou no final do ano passado, quando Ninja se deparou com o talento notável de Rico Mesquita em uma batalhas de MCs. O brilho inegável do Rico chamou a atenção do Ninja, um entusiasta da música eletrônica desde o início de sua carreira. Esse encontro promissor marcou o ponto de partida para uma colaboração que se revelaria extraordinária.

    Rico Mesquita, com sua energia característica do trap – entre outros estilos, apresentou ao Ninja uma versão de uma música em desenvolvimento, fruto de sua parceria com o talentoso Passarinho. O que poderia ter sido uma fusão comum de estilos tomou um rumo surpreendente quando Ninja, inspirado por sua paixão pela música eletrônica, viu a oportunidade de explorar uma convergência única de gêneros.

    A música, inicialmente moldada pela pegada trap de Rico e Passarinho, desencadeou uma reviravolta emocionante ao se aventurar por territórios mais eletrônicos. Essa transição não apenas prometia uma experiência auditiva singular, mas também mergulhava nas raízes musicais profundas do próprio Ninja. Enquanto Rico Mesquita se aventurava em um terreno inexplorado, sua energia contribuía para um contexto sonoro completamente novo.

    O processo de produção instrumental expandiu-se para incluir talentos como “AJ Beatmaker” e “Bino”. Durante uma sessão criativa, a ideia de adicionar uma guitarra surgiu organicamente, adicionando camadas emocionais à música. A colaboração entre os artistas e produtores revelou-se vital na criação de uma peça musical rica e envolvente, proporcionando uma experiência sonora única.

    Quando o foco se voltou para o videoclipe, a criatividade dos envolvidos brilhou intensamente durante a gravação da voz em estúdio. A proposta de um clipe em preto e branco, com o refrão mais próximo e os versos mais abertos, ganhou vida graças à visão única de Ninja, Rico e Passarinho. Mesmo diante das limitações de espaço, a aplicação do chroma key ofereceu uma solução inovadora, transformando a ideia inicial em uma experiência visual intrigante.

    O envolvimento direto dos artistas na produção do videoclipe, especialmente de Rico, trouxe uma dinâmica única ao projeto. Adaptando-se às circunstâncias, a colaboração estreita resultou em um videoclipe envolvente que complementa perfeitamente a atmosfera da música, proporcionando uma experiência audiovisual completa.

    Essa colaboração entre Ninja, Rico, AJ Beatmaker e Bino não apenas transcendeu fronteiras de estilos musicais, mas também destacou a magia que ocorre quando mentes criativas se unem. Desde a descoberta do talento nas batalhas até a criação de uma obra única, essa jornada é um testemunho da riqueza que surge quando a música se torna uma verdadeira colaboração artística.

     

    A Nuvem Ent e o Futuro Artístico na Baixada

    Por trás desse projeto inovador está a “Nuvem Ent”, muito mais do que uma gravadora – é um verdadeiro hub artístico, conforme descrito por Ninja. Seu propósito vai além do convencional, visando fornecer suporte a cada artista, independentemente da forma de expressão artística, permitindo que eles se concentrem exclusivamente em criar sua arte com excelência.

    Questionado sobre o objetivo do novo projeto de gravações, Ninja enfatizou a missão de expandir a presença da Nuvem em toda a Baixada. “A meta é alcançar todas as pessoas próximas, incluindo aquelas que ainda não conhecem a Nuvem, e estabelecer a produtora como uma referência abrangente na região”.

    Ao olhar para o futuro, a visão da “Nuvem Ent” é ambiciosa: realizar diversos projetos em várias áreas, consolidando ainda mais sua presença e influência nas expressões artísticas da região. A colaboração musical entre Ninja e Rico Mesquita é apenas o começo de uma jornada promissora, onde a “Nuvem Ent” busca não apenas descobrir talentos, mas também elevar a cena artística local a novos patamares de criatividade e expressão.

    https://open.spotify.com/intl-pt/track/12HDhRLZ1i8wMq0EXuq8Gg

     

  • 21 polegadas

    21 polegadas

    No dia do jogo do Brasil contra o Chile pelas oitavas de final da Copa do Mundo de 2014, eu tive um compromisso. Apesar de estar muito contrariado com esse evento aqui no Brasil, sou fã de futebol, e intentava voltar pra casa a tempo de assistir a partida.

    No entanto, a reunião demorou mais que o esperado e perdi o tempo regulamentar e a prorrogação.

    A caminho de casa vi um grupo de torcedores que estava em frente a uma lanchonete para assistir a disputa de pênaltis, e me uni a eles. O que me chamou atenção foi que nesse grupo havia todo tipo de gente: morador de rua, executivo, jovens, velhos, mulheres e até policiais militares.

    Naquele momento não havia nenhum tipo de discriminação, divisão ou preconceito, ninguém olhava para os lados, o foco era a pequena televisão de 21 polegadas que estava à frente.

    Todos tinham um único objetivo, torcer pela seleção brasileira. Gostaria que esse senso de comunidade, respeito e igualdade não se limitasse somente ao futebol.

  • Sobre a Polícia Adúltera

    Sobre a Polícia Adúltera

    Eu estou enganado ou só agora que a imprensa descobriu que a polícia adultera, forja provas, ou melhor, comete estes e outros crimes?

    Me lembro bem de quando eu era criança e via um helicóptero da polícia, todas as crianças da minha época se escondiam, quando víamos um carro de polícia ou um policial, todos calávam-se e se sentiam ameaçados. Nunca ninguém me explicou porque todos os meus vizinhos faziam assim, principalmente os garotos, mas confesso que até hoje eu não me sinto a vontade perto da polícia.

    Eu só fui conhecer policiais bons depois que eu comecei a trabalhar com o Enraizados e me relacionar com algumas pessoas e instituições que são referências nas áreas de segurança pública e direitos humanos, mas são tão poucos que eu poderia até citar os nomes.

    A polícia que eu conheci desde criança, SEMPRE matava os meus vizinhos, SEMPRE humilhava os meus amigos, SEMPRE se comportava de forma arrogante, SEMPRE desobedecia as Leis [porque as Leis só serviam para o cidadão comum, eles eram excessão], SEMPRE maltratava as pessoas. E eu não nascí bandido e nem os meus vizinhos o eram ou se tornaram, ao contrário, eram trabalhadores que passavam a maior parte do seu tempo longe dos filhos porque tinham que sair muito cedo de casa para o trabalho e chegavam muito tarde.

    Já ví e ouví casos absurdos de pessoas serem roubadas diante da polícia e o policial ver a cena, virar as costas e ir embora, de policiais humilharem usuários de drogas, de exigirem dinheiro pra liberar um flagrante de trânsito [já aconteceu comigo, inclusive].

    Uma vez eu trabalhava em uma lanchonete no centro de Nova Iguaçu / RJ; Essa lanchote era visitada periodicamente por policiais que comiam o que queriam e simplesmente não pagavam, viravam as costas e iam embora. Aconteceu que eu assumi a gerência da casa e o meu patrão me passou a inculbência de aumentar os lucros, foi então que eu percebi que o prejuízo da casa em sua maioria era dada pela má administração dos recursos e pela atuação da polícia. Praticamente todos os policiais de atuavam ou passavam em Nova Iguaçu comiam de graça na loja.

    Então eu tive que parar de dar lanche de graça aos policiais. Como eles não me davam chance de cobrá-los [comiam, viravam as costas e iam embora] eu simplesmente cobrava antes de dar a mercadoria, falava o preço e esperava eles pagarem; Primeiro houve o estranhamento, eles achavam que era piada, e eu permanecia imóvel esperando o dinheiro, e então a ficha deles caiam e eles tentavam usar a sua dita “autoridade” sobre mim, diziam que era pra eu seví-los que eles eram policiais e que eles me mantinham em segurança, que graças a eles eu não era roubado e que não era nada demais eu os favorecer com lanches de graça. Então eu simplesmente falava o preço de novo e dizia que eles deveriam pagar primeiro. Eles então se ofendiam e perguntavam porque só eles teriam que pagar primeiro se os outros clientes só pagavam depois que comiam. Então eu diziam que os outros clientes não eram policiais. Aí a chapa esquentava de verdade, porque eles se sentiam ofendidos por mim, me chamavam de folgado e me diziam que sabiam a hora que eu chega e saia da loja, que eu não era de ferro e que poderia acontecer alguma coisa comigo. Era nessa hora que eu pegava a caneta, um pedaço de guardanapo de papel, escrevia o nome do policial e completava com: “me ameaçou em… data e hora. Depois aparentando uma calma [que era pura encenação] eu voltava ao caixa, pendurava o papel e de lá mesmo eu falava alto para que todos ouvissem, a hora que eu abria e fechava a loja e perguntava se eles desejavam mais alguma coisa.

    Hoje eu não faria isso dessa maneira, de certa forma eu concordo com os policias que diziam que eu era muito folgado e confesso que Deus foi muito bom comigo porque logo [uns 3 meses depois de começar a agir assim]  começaram a aparecer policiais que faziam o seu pedido com a carteira na mão. Eu sempre atendia os policias pessoalmente e quando terminava de atender a esses que estavam com a carteira na mão e eles iam tiram o dinheiro da carteira eu falava: Senhor, se preferir, pode comer primeiro e pagar depois – Muito obrigado pela sua compreenção e auxílio. Com o passar do tempo eu não tive mais problemas com os maus policiais e fiquei ainda mais orgulhoso de mim e da minha coragem em enfrentá-los. Eu morria de medo, mas isso não me impedia de fazer a minha parte e exigir um posicionamento deles.

    De vez enquando eu passo em algum estabelecimento e vejo o camburão parado e alguns policiais “fazendo compras”, tenho ânsia de vômito quando vejo esses ditos “policiais” que mais parecem abutres carniceiros em cima do cidadão como se fossem suculentas carniças. Mas sei que esses cidadão deixam esses sanguessugas sugarem o seu sangue, o seu lucro, o seu dinheiro e a sua dignidade.

    Concluindo:
    Aprendi, com a vida, que só teremos uma polícia decente, quando agirmos com decência, só teremos uma polícia digna de respeito, quando agirmos com dignidade, só teremos uma polícia honesta, quando aprendermos e praticar a honestidade, mesmo quando estivermos no erro.

    A polícia que nós convivemos, não veio do espaço sideral e dominou a nossa sociedade. Ao contrário, são pessoas de nossa sociedade como eu e você, com os mesmos valores, moral e padrões de honestidade que temos, se a nossa polícia rouba, mata, humilha, é arrogante e preconceituosa, é porque, faríamos o mesmo se estivéssemos lá.

    Pense nisso!

    Trabalhe por um mundo melhor melhorando a sí mesmo primeiro!

    Fica a dica.

    Paz, sempre.