Na última quarta-feira, Dudu de Morro Agudo se reuniu com seis jovens moradores de bairros da cidade de Nova Iguaçu para realizar a terceira matéria da série Juventude e Mobilidade Urbana, da 1ª Chamada Pública do Fundo Casa Fluminense.
A ideia desta terceira matéria era gravar um podcast de uma hora de bate-papo sobre Mobilidade Urbana baseado na experiência das duas primeiras matérias publicadas aqui no Portal Enraizados onde eles relataram a saga da juventude da Baixada Fluminense para chegar ao Rio de Janeiro e a circulação da juventude pela própria Baixada Fluminense, conforme os links abaixo:
Nesta roda de conversa eles puderam explanar sobre problemáticas nas estruturas locais e estaduais, propuseram soluções e levantaram questões muito importantes sobre o transporte público, fazendo comparativos entre a periferia e o centro.
Ouça o podcast abaixo:
[box type=”info” align=”” class=”” width=””]O trabalho Juventude e Mobilidade Urbana: a conexão cultural entre a Baixada Fluminense e o Centro. de Marlon Gonçalves, Beatriz Dias e Flávio de Assis, faz parte de uma série de reportagens sobre Mobilidade Urbana da 1ª Chamada Pública do Fundo Casa Fluminense e está licenciado com uma Licença Creative Commons – Atribuição 4.0 Internacional.[/box]
Na noite do dia 19 de junho, uma segunda-feira calorosa, o Instituto Enraizados, representado por Dudu de Morro Agudo, Beatriz Dias, Cleber Gonçalves e Antônio Feitoza, recebeu, junto com outras 41 instituições e artistas, o diploma Heloneida Studart de Cultura, na Sala Cecília Meireles, na Lapa, Rio de Janeiro.
O diploma, promovido pela Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), é um instrumento de reconhecimento e estímulo às boas práticas culturais, uma honraria que contempla pessoas físicas e jurídicas, organizações não governamentais e outras instituições que promovem a cultura no Estado.
Ivone Landim (Falanas de tal) e Diego Tecknykko (Cypher de Rua), são outros representantes da Baixada Fluminense.
O presidente da Comissão de Cultura, deputado Zaqueu Teixeira (PDT), comentou a importância do prêmio: – “É uma honra começar um novo processo para selecionar aqueles que receberão o Diploma, um instrumento que reconhece a importância dos que lutam e disseminam a Cultura no Rio”, declarou.
O Deputado Estadual Eliomar Coelho (PSol), foi quem entregou o Diploma para o Instituto Enraizados, e segundo ele, produzir cultura é um ato cotidiano dos cidadãos e a seleção garante o reconhecimento dos que contribuem para a produção do estado. “Todos nós produzimos e consumimos cultura diariamente. Por isso, daremos destaque para cidadãos que têm contribuído para esse processo cultural, reconhecendo os fomentadores do nosso estado”.
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Dudu de Morro Agudo
Diego Tecnykko e Dudu de Morro Agudo
Deputado Eliomar Coelho, Antônio Feitoza, Cleber Gonçalves, Dudu de Morro Agudo e Beatriz Dias
Deputado Eliomar Coelho e Ivone Landim
Diego Tecnykko
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A história do diploma
Jovem Cerebral foi o mestre de cerimônias da noite
Criado em 17 de dezembro de 2009 pela Resolução nº 874/2009, o diploma carrega o nome da escritora e também ex-deputada estadual Heloneida Studart. Ela se destacou por abordar pautas feministas na política e por suas produções literárias.
Desde a criação do Diploma, diversos artistas e instituições voltados à promoção da cultura no estado já receberam a honraria. Entre eles, a atriz Letícia Sabatella, que, ao ganhar, pontuou a necessidade do fomento à cultura para o desenvolvimento do país. “A cultura abrange tantas coisas que contribuem para o desenvolvimento de um país, como a autoestima, a identidade e o modelo de desenvolvimento que se escolhe”, defendeu.
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Biografia Heloneida Studart
Heloneida Studart
Nascida em Fortaleza, Heloneida veio para o Rio de Janeiro aos 16 anos e estreou como colunista no jornal O Nordeste. Na década de 1960, tornou-se presidente do Sindicato das Entidades Culturais (Senambra). Na Alerj, Studart presidiu a Casa de 1981 a 1982 e integrou comissões voltadas ao direito da mulher.
Em 1978, elegeu-se deputada estadual pelo antigo MDB (Movimento Democrático Brasileiro). Em 1989 ingressou no Partido dos Trabalhadores (PT). Também participou da fundação do Centro Estadual dos Direitos da Mulher (Cedim) e Centro da Mulher Brasileira, a primeira entidade feminista do Brasil.
Na Alerj, presidiu as Comissões de Meio Ambiente e de Direitos Humanos. De 2002 a 2006, exerceu o mandato como a primeira mulher vice-presidente da Casa. Em 2007, foi nomeada diretora do Centro Cultural da Alerj e do Fórum de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro.
Grupo de rap residente na cidade de Macaé, no Rio de Janeiro, já existente no cenário musical do genero a aproximadamente 5 anos.
O grupo se classifica em não ter classificação, reunindo várias influências musicais para a produção de seus beats com a seleção bem aplicada dos timbres mais lindos. Tendo eles a caracteristica boom bap mais puxado pro “golden era” norte americano.
Com a composição encorpada em analogias bastante reflexivas e impactantes. Tendo sua formação atual sendo representada por, Kep(Mc), Goathi(Mc/Beatmaker) e Dj Rataria(DJ).
O grupo trabalha e levanta a bandeira da gravadora e selo musical “Endola Rec”, criado pelo próprio Coletivo Pés Descalços que também abraça outros trabalhos de outros artistas.
A Casa Fluminense e grupo amplo de parceiros da sociedade civil lançam Campanha #Rio2017 para disputar a agenda pública da cidade pós-Olimpíadas, no próximo dia 26 no Teatro Rival.
A iniciativa parte da construção conjunta da Agenda Rio 2017, documento que sintetiza propostas do grupo para os principais desafios do Rio nos próximos anos.
O rapper carioca Fernando Rodox acaba de lançar o terceiro som do CD que será lançado em março deste ano, cujo o título é “Pró Céu”. O som “Labirinto” conta com a participação de Marthin D e do Angolano Weenzy Monster. O som é assinado pelo produtor Apoda Verbal, irmão do Weenzy Monster.
Música: Labirinto
Álbum: Pro Céu
Mix / Master / Beat: Apoda Verbal
Produção: Labirinto Records
Arte: Apoda Verbal
Apoio: RAPresento o Evangelho / Terra Prometida / Firme Forte.
LETRA
[Marthin D] Sem tempo pra Beef então relaxa,
Hj mcs só querem fazer caixa
No madeiro foi pago uma taxa
É quem? É a Labirinto.
Somos a “caixa baixa”
Oh só, se tu não aguenta por que veio,
não peça pra sair o importante é resistir neguin…
O rap é ferramenta, o meu meio de comunicação pra tá aqui
então escuta aí.
A mente é o nosso campo de batalha, será
que você está pronto pra batalha.
Que seu fogo não seja fogo de palha
tesouro, nunca se envolva com a gentalha.
É o momento do “Boom!” acorda!
Aplico Salmos 1 para aqueles que insistem a sentarem na roda
Diabo é cobra e te cobra sem desenrolo
Ficar em cima do muro é sacrifício de tolo
E desce o rolo
a molecada brinca demais
xinga demais
as vezes até rima demais
Cadê o conteúdo nas batidas?
Pensam que salvam vidas?
só atrasam vidas!
Das ruas da ZO a Zona Norte É Terra Prometida e Firme Forte Uma canção por toda a terra vai se ouvindo Estamos vivos Brasil – Angola é a Labirinto
Hey Hey é Labirinto (4x)
[Fernando Rodox]
Pronto pra batalha tô aqui sem deixar falha
Sem religião, religião pra mim só atrapalha
Internet faz juiz antes de ser graduado
Cada um fala o que quer e o ódio tá formado
Na mente do menor
que pensa que é vantagem roubar em troca de pó
A população pega, espanca e chama a polícia
Mas não adianta nada pq no dia seguinte ele vai tá na pista
Fazendo as mesmas coisas que ele aprendeu
A Rua ensina o que infelizmente o estado não deu
Muitos por aí defendem a legalização
Mas em 1° lugar Legalize a saúde e educação
Ahhhh mas isso não, deixa eu olhar meu próprio rabo
Ultimato a salvação já tinha dado antes o Papo:
“Maldito sois com seus conceitos
se você dá dois irmão, como manterá o respeito?”
Das ruas da ZO a Zona Norte É Terra Prometida e Firme Forte Uma canção por toda a terra vai se ouvindo, Estamos vivos Brasil – Angola é a Labirinto
Hey Hey é Labirinto (4x)
[Weenzy Monster]
O terror está de volta para atormentar a tua gente
isso é lavagem cerebral com Socos na tua mente
não é para mexer a bunda e para mexer o consciente
se pensas que acabou não é apenas o início do expediente
eu sou o sub -tenente controla a tua gente
não é masturbação mental mais deixo-te eloquente
rap são cólicas menstruais então usem absorvente
Shiiii silêncio Weenzy Monster está presente
Senta compreende cala escuta vê se entende
rap é ritmo arte e poesia e por ele derramo sangue
seu nível de atitude não vejo é insuficiente
aqui ninguém subtraí somos positivo expoente
dou aspirina apodatoria para esses rappers demente
Não vejo conteúdo vossa inteligência é inexistente
Quem faz por amor diz o que é real e o que sente
Enquanto vocês continuam no vosso mundo viajante
Das ruas da ZO a Zona Norte É Terra Prometida e Firme Forte Uma canção por toda a terra vai se ouvindo, Estamos vivos Brasil – Angola é a Labirinto
Kauã Vasconcelos é estudante de Ciências Sociais da PUC-Rio e membro fundador da Mondé Produções, produtora multicultural fundada no Rio de Janeiro que tem como enfoque principal trabalhos com música, cinema e design; e escreveu esse texto sobre sua experiência na festa TropikAll Vibez, realizada no dia 3 de Abril de 2015. Crédito das imagens: Deu Zebraa.
Confira o artigo:
A noite da última Sexta-feira, dia 03 de Abril, foi especial para a cena musical da cidade do Rio de Janeiro, mesmo que grande parte da cidade não tenha ideia disso. No La Paz, casa noturna do bairro da Lapa, um Line Up de quatro shows seguidos superou todas as expectativas que poderia haver sobre a festa TropikAll Vibez. Em nenhum cenário possível, mesmo conhecendo o talento da maioria dos artistas que se apresentaram, poderia vislumbrar a força e a contundência que os shows deixaram no ar.
Depois de uma interessante, porém crua apresentação do grupo Afrofunk, comandadas no mic pela sempre enérgica Negra Rê, que se seguiu pela morosidade de um dos DJs residentes, o público ficou anestesiado e com a certeza de que seria só mais uma noite comum na repetição da liquidez da noite carioca. Ledo engano.
A apresentação do grupo Antiéticos, formado por Flávio Santa Rua, Thiago Ultra e o DJ Will-ow, foi a ponta da navalha na curva dos acontecimentos da noite. Donos de um discurso incisivo e hostil, deixando sangrar a questão racial sem pena. Os beats estourando na mente de todos na plateia, a galera mais próxima batendo cabeça e os desavisados frequentadores da casa espantados com o tom agudo da crítica. Flávio intercalava as músicas com discursos contundentes que levaram parte da plateia aos gritos e outros as vaias. Em um ponto do show o MC fez uma crítica direta a dois “estandartes” da música brasileira, Tom Jobim e Vinicius de Moraes, desqualificando os dois e o movimento da Bossa-Nova. Foi seguido de vaias pelo público que não comprou a ideia do grupo, onde criticar figuras como Vinicius e Tom é uma maneira de expressar algo de forma performática para chocar. Para os que já apontavam um discurso de ódio por parte do grupo, ao fim do show os mesmos ofereceram seus CDs ao público em troca de um abraço. Jogada de mestre, desmontando todos que estavam ali. Coisa de artista.
Logo em seguida, dando continuidade aos acontecimentos improváveis daquela noite, o grupo d’Os Descolados entrou em cena. Seu vocalista, Espanhol, já começou seguindo a pegada dos discursos pró juventude negra em manifesto contra os acontecimentos recentes no Complexo do Alemão (crítica já iniciada no show dos Antiéticos). Depois o que se seguiu foi pura festa, com os dançarinos Salsa e Kipula convocando o público pra dançar. “Vai” e “Festa na Favela” colocaram a casa a baixo e depois se seguiu um coro com a plateia no ritmo do batidão do funk.
O duo de rap Carta na Manga veio logo em seguida, e o clima no ar já era o de êxtase. Com a batida cravando nos ouvidos, Mau e MG convocaram o público já no começo para o coro de “Rio Pra Quem?”. Com muita energia e seu som de crônica da cidade, o Carta na Manga colocou a galera pra pular, cantar e dançar. Destaque para a participação de Marcão Baixada na pedrada “Rolezinho”, da dançante e hipnótica “Sandália” e do final eufórico ao som de “Calor no Baile”, celebrando a desobediência com todos os artistas presentes em uma desordem coletiva de alegria. Nesse momento, a galera de fora já tava de cara querendo saber de onde vinha aquela musicalidade nova e que força era aquela, querendo participar também da festa. Já era o sinal da consolidação de uma noite importantíssima para os rumos da música na cidade.
Por fim, o sempre carismático e imagético Marcão Baixada colocou o que sobrou da casa no chão. Com sua levada única, Marcão estourou o som da Baixada no ouvido dos que sobreviveram ao fim da noite no La Paz, que não eram poucos. Seus beats enérgicos fizeram até os transeuntes descompromissados (aquela galerinha que perdeu a história acontecendo na cara deles e tava na casa só de rolé ou ouvindo DJ no primeiro andar) pararem para entender o que era aquilo… “Esse neguinho de cabelo loiro e blusão estampado está realmente cantando em cima dessa batida?”. É ele tava sim. E ao som de “Bang Bang” e do já clássico “Danny Glover” chamou o bonde firme pra cantar e pular. Antes de fechar a noite, Marcão colocou em palavras, sabiamente, o que tava rolando no local. Esse espaço não podia mais ser negado àqueles artistas, pois eles haviam acabado de conquista-lo. Não há motivos para repetir atrações e virar as costas para tanto talento. Não dá pra calar a reação do público com o que esses artistas fizeram nessa última noite de sexta, numa despretensiosa balada de feriado na Lapa. Eles foram além, eles fizeram muito mais que cumprir o combinado, superando todas as expectativas. Eles fizeram a nova cena acontecer*.
O rapper Dudu de Morro Agudo foi convidado pela Banda Setor Bronx para fazer uma participação no show que rolou no evento Barulheira Rock Fest, que aconteceu no bar Suburbio Alternativo, em Brás de Pina, RJ.
Quando o rapper Dudu de Morro Agudo pensou em lançar o vídeo da música Dos Barões ao Extermínio, queria algo diferenciado, por isso propôs à equipe da Hulle Brasil um “Lyric Hulle” – um vídeo com a letra da música – em conjunto com um vídeo colaborativo onde as pessoas pudessem contribuir com imagens pedindo a paz para a Baixada Fluminense.
Dessa forma nasceu a campanha #PazNaBF.
As pessoas que participaram do vídeo, enviaram sua contribuição para o email da Hulle Brasil com um vídeo ou fotografia com uma cartaz escrito #PazNaBF ou cantando a música em playback.
Hoje, dia 02 de abril, é o lançamento do vídeo, mas segundo o rapper, essa discussão está apenas no começo, pois ele pretende ainda este mês fazer uma atividade na Praça de Morro Agudo, chamada #PazNaBF, em homenagem ao grafiteiro Babu, que foi baleado no bairro há cerca de um mês.
O rapper também afirma que este não é o videoclipe da música, pois o roteiro do clipe está sendo elaborado pelo cineasta Bruno Thomassin, da produtora La Casa Loca.
Aori Sauthon, aka MC Lapa lançou na última segunda (2), seu mais novo EP. Intitulado “Anaga”, o disco foi gravado e mixado no Estúdio Garimpo, por Bernardo Pauleira e DJ Babz, um oferecimento Apavoro Brutal.
O EP contou com a colaboração de produtores MCs e cantores, unindo velha-escola e nova-escola para formar um bonde pesado que deu vida ao trabalho.
DJ Martins, DJ Nuts (Marcelo D2), Ibrahem (Chicago) e o próprio Bernardo Pauleira compõem o time de produtores que trouxeram versatilidade à sonoridade do EP que vão desde o ‘Jazzy Hip-Hop’ de A Tribe e Slum Village ao ‘Break-Beat’ do Lords Of The Underground. Maomé (ConeCrewDiretoria), Old Dirty Bacon, Marcão Baixada (Este que vos fala) e Milla formam o time de vozes que participaram de algumas das faixas; e não poderia esquecer de DJ Babz, parceiro fiel ao lado de Aori no duo Inumanos, que assinou os scratches e colagens, em 4 das 7 faixas do EP. O Nuts também assina os scratches no hino B-boy “Disciplina”.
A última pincelada dessa obra, foi a arte de capa, desenvolvida pelo Hayala Garcia, dono do blog Moro na rua.