Tag: Rio de Janeiro

  • Beni e Aori – Taxista Mafioso

    Beni e Aori – Taxista Mafioso

    Taxista Mafioso é a nova canção do MC carioca Beni,  que conta com a participação de MC Aori.
    A música narra a história de um taxista e um passageiro na noite do Rio de Janeiro.
    A produção é do póprio Beni, com Mix/Master de Gênio. A música foi gravada no estúdio Onda Sonora.

     

     

    Ouça:
    [soundcloud width=”100%” height=”81″ params=”show_comments=true&auto_play=false&color=ff7700″ url=”http://api.soundcloud.com/tracks/26761414″]

    Saiba mais sobre os MCs:
    http://soundcloud.com/beni-mc
    http://www.myspace.com/mafiadacaneta
    http://soundcloud.com/mclapa
    http://mclapa.blogspot.com/

  • Funkero lança “V de Vingança”

    Funkero lança “V de Vingança”

    Rapper lança single e anuncia nova mixtape.

    Enquanto Funkero não lança a mixtape “Em carne viva”, o rapper carioca vem divulgando na internet alguns dos singles que farão parte do  projeto.

    Hoje foi lançado o single “V de Vingança”, que tem produção de Goribeatzz e Mix/Master de Fábio Broa.

     

     

    Confira o single:

    [soundcloud width=”100%” height=”81″ params=”” url=”http://api.soundcloud.com/tracks/26384073″]

    Saiba mais sobre o trabalho do rapper Funkero:
    Twitter:@_funkero
    Blog: http://funkero.tumblr.com/

  • Petter MC lança single “Tô no ar, rapá!”

    Petter MC lança single “Tô no ar, rapá!”

    O “rappórter” (rapper e repórter) Petter MC, lançou seu single, que finca no solo da música a afirmação de seu trabalho jornalístico na TV.

    Desde o inicio de 2011 Petter está desenvolvendo um trabalho na TV Globo Rio, no quadro “Parceiro do RJ”, que vai ao ar pelo telejornal RJTV – 1ª Edição, de segunda à sábado. Petter e mais 15 jovens moradores de 8 regiões do Rio de Janeiro relatam o dia-a-dia de suas comunidades sob o próprio ponto de vista, tornando-os repórteres e cinegrafistas diferenciados.

    Petter faz questão de dizer que não está sozinho nessa tarefa: “Na missão, não estou sozinho, não. Eu sei”… Nem todos os integrantes da cultura hip-hop ficaram muitos satisfeitos com isso e sentiram-se traídos por alguém que “se vendeu” ao “sistema”. No entanto, o “rappórter” morador de Nova Iguaçu, na Baixada Fluiminense, conta com apoio de importantes grupos das periferias brasileiras que se sentem representados ali na telinha da TV.

    Uma resposta. Uma celebração. Uma pancada nos críticos. Relatos e mais relatos do ponto de vista de um rapper que é repórter. Trecho da música “Tô no ar, rapá!”: …”O mic já tá na mão. É o poder da informação. Formação de opinião, fica ligado. Fortalecendo o jornalismo integrado. Aliado do povvão, aí, ganhou prestígio. Repórter favelado fazendo prodígios”…

    Ouça o single: 
    [soundcloud width=”100%” height=”81″ params=”” url=”http://api.soundcloud.com/tracks/26056472″]

    O single foi gravado no estúdio Castelo dos Loucos, pelo rapper e produtor, Kapella e instrumental, Mix/Master por Léo da XIII, no Estúdio Enraizados.

    Saiba mais sobre Petter MC:
    Blog: www.pettermc.wordpress.com
    Twitter: @PetterMC

  • U-Flow lança videoclipe com participação de MC Maomé

    U-Flow lança videoclipe com participação de MC Maomé

    O rap carioca mais uma vez marca presença com um registro audiovisual de qualidade.
    Confira o videoclipe da canção “Dia de Cobrança”, do grupo U-Flow, com participação de MC Maomé, da ConeCrewDiretoria.

    O videoclipe tem roteiro escrito por Fábio Beleza e Renan Vieira, produção de Mateus Melandre, fotografia de Rafael Hernandes e Renan Vieira, direção de Renan Vieira e produção de XHB media & Paradoxo Filmes.

     

    Confira o videoclipe:
    [yframe url=’http://www.youtube.com/watch?v=JuNk4h5Arw0′]

    Saiba mais sobre o grupo U-Flow: http://www.uflow.com.br/

  • Dudu de Morro Agudo marca presença na XV Bienal do Livro

    Dudu de Morro Agudo marca presença na XV Bienal do Livro

    A XV Bienal Internacional do Livro teve início no dia 1/09 e se estenderá até o dia 11/09.
    Como boa parte dos leitores do Portal Enraizados devem saber, Dudu de Morro Agudo, lançou no início de 2011, o livro “Enraizados – Os Híbridos Glocais”, pela Editora Aeroplano, que conta cronologicamente, e na visão do rapper, como surgiu e o que é o Movimento Enraizados.
    O livro faz parte da Coletânea Tramas Urbanas, que tem curadoria de Heloísa Buarque de Holanda, e patrocínio da Petrobrás, que também é a atual patrocinadora da Bienal.

    A Petrobrás está com seu estande no evento, onde ocorreram debates entre alguns dos autores que fazem parte da Coletânea, como Marcus Vinicius Faustini e Écio Salles.

    No último domingo (4), o debate contou com a participação Dudu, Luciana Bezerra e Flávio Lenz.
    Dudu contou sobre sua trajetória, a criação do Movimento Enraizados e sua ampliação, através dos meios de comunicação.

    Luciana é autora do livro “Meu destino era o Nós do Morro”, e contou sobre sua atuação no Grupo Nós do Morro, seu envolvimento com a arte e o que é ser artista.

    Flávio é autor do livro “Daspu – A Moda Sem Vergonha”, ele é jornalista e falou sobre seus trabalhos, e como “entrou para o mundo da prostituição” e participou no projeto da grife “Daspu”.

    O debate teve como tema “A hora do cinema e da literatura nas favelas” e os autores falaram sobre como é criar, produzir e desenvolver arte nas favelas e periferias, fazendo parte das camadas populares.

    Veja a programação no estande da Petrobrás na Bineal do Livro: http://bit.ly/pxOqbi

    Caso tenha interesse em comprar o livro “Enraizados – Os Híbridos Glocais”, acesse a Web-Loja InRaiz: http://inraiz.webnode.com.br/

    Confira as fotos em nossa galeria:

    GALERIA

     

  • DJs, beatmakers e produtores do Rio promovem encontro

    DJs, beatmakers e produtores do Rio promovem encontro

    No dia 22 de Setembro, acontecerá o Encontro Carioca de DJs, Produtores e Beatamkers.
    O encontro será realizado na intenção de marcar um local para uma reunião de cena de DJs, produtores e beatmakers do Rio de Janeiro, para troca de ideias, lançamentos de trabalhos e performances.

    O evento será quinzenal, e aberto ao público; e a cada edição haverão convidados para mostrar seu trabalho ao vivo.

    Saiba dos detalhes da 1ª edição:
    Apresentador: Ramonzin
    Performance de BEATS (Mr. BREAK)
    Performance de DJ (DJ ERIK SCRATCH)
    Homenageado da Noite: Pete Rock
    Set temático(DJ KONG)
    JAM Session – DJ + BEATMAKER+ MC
    Set em conjunto – DJ MACHINTAL
    + DJ MARCELINHO MG
    Feira de Vinil e Equipamentos

    Página do Evento no Facebook: http://www.facebook.com/event.php?eid=192875430779108

    SERVIÇO
    Encontro Carioca de DJs, Produtores e Beatamkers
    Local: Lapaeskina – Ladeira de Santa Teresa, esquina c/ Rua Joaquim Silva (em frente aos Arcos)
    Data: 22/09
    Horário: 19:00
    Entrada Franca
    Apoio:
    ULTRA 420
    RAPEVOLUSOM.COM
    FILMADÃO PRODUÇÕES
    Apoio Cultural:
    CCRP

  • B2C – Música e Militância diretamente da Zona Norte.

    B2C – Música e Militância diretamente da Zona Norte.

    O B2C, ou “Bonde dos Cria”, como é conhecido, surgiu quando o rapper e militante do Hip-Hop K-Lot, decidiu reunir músicos, improvisadores e rimadores.
    Atualmente o grupo é formado por ele, ao lado de Pedrin e Eddi MC. Possuem repertório diferenciado, geralmente abordando a temática do dia-a-dia do subúrbio carioca, destacando a Zona Norte como reduto da Música Brasileira.

    K-Lot eEddi são uns dos pioneiros do Rap carioca. Há quase duas décadas se dedicam ao desenvolvimento conceitual da Cultura Hip-Hop.
    K-Lote também integrou o grupo Veredito  do Gueto, que entrou pra lista de umm dos CDs de rap mais apreciados, em 2000 e foi indicado ao Prêmio Hutuz, além de inúmeras matérias em sites e revistas, como a Raça Brasil.

    Eddi MC foi um dos vocalistasda Banda Nocaute, que concorreu ao Grammy latino, na categoria de melhor álbum de Rap, no Ano de 2002; além de ter trabalhado com Fernanda Abreu, Cidade Negra e Gabriel O Pensador.

    Pedrin, além de colaborar com rimas improvisadas, também toca violão, e auxilia o grupo na criação de uma identidade única, características próprias que  o grupo vem trazendo para os palcos em que passam.

    Toda essa versatilidade musical pode ser conferida na Mixtape do grupo, intitulada “K-Lot e e o Bonde dos  Cria”.

    Ouça a canção “Bonde dos Cria”:
    [soundcloud width=”100%” height=”81″ params=”” url=”http://api.soundcloud.com/tracks/22509104″]
     

    Enraizados
    O Bonde dos Cria, além de marcar presença no Portal Enraizados, também estará conosco no próximo programa de uma das nossas principais ferramentas de difusão, a Rádio Enraizados, na próxima sexta-feira, dia 9/09; e você poderá conferir ao vivo, acessando o link http://InRaiz.Com.Br/ ou clicando na guia “Rádio Web” no Painel do Portal.

    O grupo também se apresentará na Banca Enraizados, evento tradicional, que acontece no Espaço Enraizados e que reúne MCs para sessões de improviso, batalhas e pocket-shows. A próxima edição acontecerá no dia 17/09, e o Bonde dos Cria serão convidados dos rappers Diamante MC e Marcão Baixada, que  também se apresentarão durante o evento.

    SERVIÇO
    Banca da Freestyle Enraizados
    Pocket-shows de Diamante MC, Marcão Baixada e Bonde dos Cria.
    Quando: 17 de setembro de 2011
    Hora: A partir das 17h
    Onde: Espaço Enraizados
    Rua Thomaz Fonseca, 508 – Morro Agudo – Nova Iguaçu – RJ
    Entrada Gratuita
    Informações: (21)2768-2207

  • O Rap e o VMB

    O Rap e o VMB

    Em 2011, pudemos observar o investimento pesado que os MCs/grupos de Rap fizeram no Audiovisual.
    Muitos videoclipes sendo lançados, de Norte ao Sul do país, lançamentos, twitcams com os artistas sendo feitas para o lançamento, páginas exclusivas em redes sociais criadas para divulgação dos trabalhos. Formas criativas de empreendimento artístico foram desenvolvidas. Com o advento da internet, os artistas passaram a usar isso ao seu favor, e o rap não ficou de fora dessa.

    Além de fazer uso dessas formas criativas, os trabalhos lançados nesse ano apresentam grande qualidade e autonomia. Os artistas chegam a triplicar o alcance de sua música, quando estas, ganham registros audiovisuais. E conforme são apresentados trabalhos desse porte, a repercussão e reconhecimento vêm em seguida. Por isso, temos 5 MCs e um grupo de rap, indicados ao Video Music Brasil (VMB), premiação musical realizada pela MTV Brasil. Saiba quem são:


    Criolo
    O “Gênio sensível” -como a jornalista e grande amiga minha, Angelina Miranda, refere-se ao MC-, lidera as indicações. Criolo Doido, como também é conhecido, já tem mais de 20 anos de carreira, já havia lançado o disco “Ainda Há Tempo”, e se tornou referência ao criar a “Rinha dos MCs”. Em 2011, lança “Nó na Orelha”, com uma sonoridade bem diferente da que o público rap está acostumado, mas que rapidamente cativou á todos, principalmente pelo fato de resgatar e trazer muitas influências da música popular brasileira. Criolo está concorrendo a Artista do Ano, Clipe do Ano, Revelação, Melhor Música  e Melhor Disco.

    Emicida
    A primeira vez que Emicida participou do VMB, foi em 2009, com o videoclipe da canção “Triunfo”, que faz parte de sua primeira Mixtape lançada, “Pra quem já mordeu cachorro por comida, até que eu cheguei longe.” O MC, oriundo das batalhas de freestyle, ainda não lançou um álbum, mas lançou uma segunda-mixtape, um EP temático, e um EP em parceria com produtores internacionais, além de singles, participações e videoclipes. Em 2011, está concorrendo a Hit do Ano, Artista do Ano e Clipe do Ano.

    Karol Conká
    Karol é uma das principais mulheres na linha de frente do rap paranaense. O estado possui uma enorme safra de MCs, beatmakers e eventos de Hip-Hop. Karol não tem álbum lançado, mas lançou uma Promo, e um videoclipe da canção “Boa Noite”. Está em estúdio, gravando seu primeiro álbum, que tem previsão de lançamento para este ano ainda. Karol está concorrendo à categoria Aposta.

    Lurdez da Luz
    Pra quem já conhece o Mamelo Sound System, conhece sua voz e suas rimas afiadas. A MC já fez participações com Afrika Bambataa, Thaíde & DJ Hum, The Roots, entre outros. Em 2010 lançou seu primeiro trabalho solo, o EP, que leva o seu nome, lançado de forma independente. Lançou o videoclipe da música “Andei”, e está concorrendo a Videoclipe do Ano.


    Start
    Concorrendo à Aposta e Hit do Ano, está o grupo Start, formado por Stephan, filho de Marcelo D2, Faruck, Shock e DJ Alves. Com rimas inteligentes e descontraídas, trazendo influencias da música brasileira, o grupo lançou, em 2010 o videoclipe da canção “Que Vença o Melhor”, e em 2011, lançaram o EP “Porradão de 5”, além de divulgar seu trabalho pela internet e fazer shows pelo Brasil.

    Flora Matos
    Flora iniciou-se como MC no projeto Noções Unidas, em 2003. Em 2006, passou a fazer shows solo, e foi considerada a melhor cantora do ano, em Brasília. Trabalhou com os DJs Cia e KL Jay. Participou de uma mixtape dirigida por Ice Blue e Mano Brown. Fez uma turnê pela Europa, e em 2009 lançou seu disco de estreia “Flora Matos vs StereoDubs”. Tambem lançou o videoclipe da canção “Pretin”. Está concorrendo à Hit do Ano.

    Para votar e saber quem são os demais artistas indicados ao VMB, de outro gêneros musicais, acesse o site: http://vmb.mtv.uol.com.br/

     

  • Nyl MC: Focado e caminhando

    Nyl MC: Focado e caminhando

    Ele se iniciou no rap, sendo backing vocal do rapper Fydell, logo após, integrou o BDO MCs, grupo que em pouquíssimo tempo, chamou a atenção do “Hip-Hop Rio”. Se apresentaram na antiga LIBBRA, Hutúz e TV Futura. Hoje, em carreira solo, focado e caminhando, integra o selo “Front Urbano” e prepara o EP intitulado “Escuta Essa Parada”. Lançou uma mini-tape, para divulgar seus singles já lançados, e recentemente, lançou o videoclipe da música “Vamo Q Vamo”. Confira a entrevista com Nyl MC, muita ideia, flow e balanço:

    Marcão: Você era fã de hardcore, como se deu o envolvimento com a Cultura Hip-Hop?
    Nyl MC:
    Foi por volta de 2006. Eu ia aos eventos, conhecia bandas da área e internacionais também. Acho a filosofia do HC a síntese da cultura de rua: Faça você mesmo. Mas apesar da filosofia, faltava uma identificação maior nas letras pra mim. Na época, os amigos mais próximos estavam ouvindo bastante rap nacional e fui me interessando pelas músicas do MV Bill, Sabotage e Racionais. Passei a me ver mais nas letras que eles faziam do que com as de outras bandas, como Paura, Confronto e Dead Kennedys, por exemplo. Daí comecei a ir em algumas festas como o Ressaca Hip Hop e Hutúz. E quando me vi, já ouvia Rap todo dia! (risos). Ainda gosto e respeito muita coisa do Rock nacional e internacional, mas confesso que não ouço tanto como antes.

     

     

    Você, junto com amigos, formou o BDO MCs, em 2007, que chamou bastante atenção no RJ nos anos seguintes. Como foi pra você, integrar um grupo que gerou grande repercussão no cenáro?
    Foi sem dúvida um grande aprendizado de vida, de música e de como as coisas funcionam no meio. O meu irmão Léo, que na época era mais conhecido como Pancinha, começou com a ideia. Ele chegou a comentar com o Lennon e o Raul e eles toparam. De primeira eu não queria participar. Por mais que eu gostasse e quisesse, eu não me sentia confiante de estar num palco com o mic na mão e rimando diante das pessoas. Mas ele acreditou no meu potencial, me lembrou que num projeto de banda que tivemos eu tinha feito umas letras. Ter participado como rapper de apoio do Fydell foi um ótimo aprendizado também, principalmente por ter sido antes de eu começar a fazer shows com o BDO. Bons tempos que deixam saudades…

    Em 2 anos de caminhada, o BDO MCs se apresentou na TV Brasil, na Liga Brasileira de Basquete de Rua, no Hutúz Rap Festival, Festival Palco Livre, matéria pra TV Futura e destaques em diversos sites. Nos programas de TV, rolou dificuldade de interagir diante das câmeras?
    Foi engraçado ver essas coisas acontecerem nos meus 18 anos. Na primeira vez eu estava meio tímido. Estava focado mais em rimar ao vivo do que em falar com o público pela câmera. Como o outro trabalho pra TV foi matéria, então foi mais tranquilo. Até porque, já tínhamos passado por essa experiência.

    Quando o grupo encerrou suas atividades, você pensou, em algum momento, em parar, ou já tinha em mente em dar continuidade à sua carreira com o trabalho solo?
    Eu não queria que o grupo encerrasse, mas ficou complicado fazer os corres e conciliar com os compromissos dos integrantes. Ainda mais desfalcado, já que o Léo tinha saído pra se dedicar ao Rap Gospel. Vi que pra continuar, teria que ser sozinho e precisei captar forças pra isso. Por mais que eu pensasse em fazer um trabalho solo, seria paralelo ao grupo e não principal. Precisei ter forças pra seguir, ainda mais que o grupo estava começando e tinha acabado de lançar um EP. Amo fazer música e ainda tenho muita coisa pra mostrar e muito mais pra realizar.


    E quais são suas influências musicais?
    O Rap me ensinou a valorizar ainda mais a música brasileira que eu já escutava em casa, devido a minha família. Meu pai gosta muito de Soul, Disco Music e Charme. Minha mãe já vai mais pro Samba, Pagode e MPB. Dos meus 13 aos 15 anos eu caí mais pro Rock. Quando era mais novo, ouvi muito Claudinho e Buchecha e o Funk daquela época. Cheguei a ir a uns bailes também quando tinha 16 anos. No Rap admiro a caminhada e os trabalhos do MV Bill, Gabriel, o Pensador e Kamau.

    Você lançou uma mini-tape, que contém singles seus lançados até agora, e que estarão presentes no seu EP. O que podemos esperar desse trabalho?
    A Mini-Tape é um aperitivo para o que ainda está por vir, que é o EP “Escuta essa Parada”. Foi a maneira que encontrei pra divulgar junto os singles já lançados, Fome de Gol e Monumental com o último Vamo Q Vamo. A MiniTape está sendo vendida nos shows e também está disponível pra download. O EP deve estar saindo no início do ano que vem e serve pra marcar o começo dessa caminhada, uma afirmação como artista independente e principalmente mostrar novas opções de Rap pra quem já conhece e pra quem não conhece também. Procuro carregar muita ideia, flow e balanço. São elementos essenciais num Rap pra mim. E quero mostrar o meu jeito de fazer isso, meu olhar sobre o mundo e a vida. Só aguardar que logo, logo vocês poderão escutar essa parada. (risos)

    E paralelo aos seus projetos solo, você faz parte do “Projeto Br.Inde”… Fale um pouco desse projeto.
    O Projeto Br.Inde é uma iniciativa do grande DJ Row G. A ideia basicamente é juntar uma galera nova, lançar o single de cada um e promover a imagem e o trabalho do grupo/MC. Já teve gente boa sendo lançada e ainda vem muito mais por ai. Row G tem procurado diferenciar no trabalho e fico feliz de fazer parte desse time.

    O Projeto “Br.Inde” abriu o show do Emicida, no Viaduto de Madureira, um dos maiores redutos da Black Music e da cultura Hip-Hop no Brasil. Como foi essa experiência?
    Sempre é bom poder participar de um evento desse porte em um baile tradicional como é o Viaduto. Curto o trabalho do Emicida também, e ter essa oportunidade de dividir o mesmo palco foi ótimo. Só deu vontade de mostrar mais músicas, mas o cronograma tem que ser respeitado. O mais importante é que estamos trabalhando e a consequência desse trabalho tem acontecido gradativamente..

    Recentemente você lançou o videoclipe da canção “Vamo Q Vamo”. Como foi o processo de gravação e quais são as expectativas?
    Pra mim, cada trabalho me mostra um ensinamento. Seja sobre música,audiovisual ou até sobre a vida mesmo. E o clip não foi diferente. O trabalho foi realizado pela 7 Filmes, produtora que apoia e acredita no meu trabalho. As filmagens aconteceram em Irajá, Lapa e Santa Tereza. São lugares que combinam com a pegada da música. O clipe é simples e direto como a mensagem da música: estamos focados e caminhando. E a aceitação está sendo muito boa também. Chegamos em 500 visualizações em 1 semana. Pro meu trabalho solo que tem 1 ano acho muito bom. Mas o Hip Hop me ensinou que devemos evoluir diariamente, então quando vir outro trabalho ele terá que ser melhor e com alcance maior.

    Assista ao videoclipe da canção “Vamo Q Vamo”:
    [yframe url=’http://www.youtube.com/watch?v=OBFgGA2R4IU’]

    E quais serão os próximos passos, planos e metas?
    Terminar a gravação do EP, elaborar outros trabalhos com a 7 Filmes, tem umas colaborações maneiras pra gravar também que devem sair esse ano ainda e principalmente fazer muitos shows pra poder mostrar o meu som ao vivo e na rua que é a essência da cultura.

    Nyl, muito obrigado pela entrevista, gostaria que deixasse uma mensagem aos leitores do Portal.
    Só tenho a agradecer a todos que gostam, apoiam, se identificam, escutam, assistem e baixam o trabalho. Sempre quis ter uma banda, mas não aprendi a tocar nenhum instrumento. O Rap me mostrou que eu poderia fazer música e aprender música mesmo sem tocar um instrumento. Amo essa parada! Agradeço também a família Enraizados, que sempre me recebeu muito bem. Evolução diária é a nossa luta. E vamo que vamo que o mundo temos que ganhar né? (risos)

     

  • O Átomo e suas partículas

    O Átomo e suas partículas

    “O Átomo” é morador de Morro Agudo, em Nova Iguaçu (RJ), é rapper, e integra o grupo de rap cristão Ultimato à Salvação (U-Sal), além de desenvolver trabalhos solo. Recentemente, lançou seu primeiro compacto solo, intitulado “Nêutrons [Partícula N ° 1], que faz parte de uma triologia, que contará tambem com “Prótons[Partícula Nº2]” e “Elétrons[Partícula Nº3]”.

    O projeto tem o intuito de traduzir os sentimentos do rapper fazendo analogia ao Átomo. O disco conta com rimas e produções do próprio rapper; além de participação de outros artistas e scratches de DJ Orácio, um dos pseudônimos do rapper.

    Arte de “O Átomo”, desenvolvida pelo desenhista Luís Severino:

    Clique na arte da capa para fazer o download ou clique aqui.

     

    O disco foi disponibilizado para download pelo próprio rapper, mas você pode comprá-lo por apenas R$5 (oatomo@ymail.com). Valorize o artista.

    Ouça “Nêutrons”, faixa que dá nome ao disco:[soundcloud width=”100%” height=”81″ params=”” url=”http://api.soundcloud.com/tracks/20951013″]

    Tive a oportunidade de fazer uma rápida entrevista com o rapper, confira:

    Marcão: Como surgiu essa ideia de lançar “partículas”, uma triologia que faz analogias ao átomo?
    Átomo:
    Eu tinha muita letra escrita. Conforme eu ia produzindo ou algum parceiro me enviava alguma batida, eu ia gravando de forma desordenada. Depois de quase um ano eu tinha quase umas quarenta músicas prontas e como sou meio sistemático, arranjei uma forma de classificá-las; e a que achei mais interessante foi essa. Eu acho que tem haver com os nossos sentimentos, tipo: hoje eu tô feliz, triste, ou nenhum dos dois. Por isso nêutrons, prótons e elétrons.

    Como foi o processo de criação e produção do disco?
    O negócio de escrever e fazer batidas (principalmente escrever), é algo que sempre faço, independente de estar pensando num disco, ou não. Esse processo de criação e produção é constante. Depois que consegui comprar os equipamentos básicos para gravação, foi só acionar o “rec” e pronto.

    O disco conta com produções e rimas suas e de outros artistas. Quem mais colaborou?
    A faixa chamada “Narciso” foi produzida pelo grande Kapella, foi gravada em 2004, lá na casa dele. A outra é a “Analogias” que foi produzida pelo DJ Scooby, do Manuscritos, que na minha opinião é um dos maiores produtores do Brasil. E a “Anamorphosis” foi proeza do Cronista do Apocalipse (CDA), ele é lá de São Paulo, e é um dos que atualmente eu mais me identifico, principalmente pelo modo pouco convencional do seu trabalho. E pra fazer a música que dá nome ao disco eu tive a honra de ter rimando comigo, Slow… Eu acho que a primeira vez que eu o ouvi foi em 1998. No disco “Zoeira”, junto com o seu grupo, o Esquadrão Zona Norte. Eu tinha acabado de começar, e ele já rimava em alto nível, o que continua fazendo cada vez melhor.

    Quem ouve seus sons, nota referências literárias, de filmes e desenhos animados, como surgem essas referências em meio às suas composições?
    Eu procuro um meio de fazer com que a minha escrita fique interessante. Então pra que eu consiga levar minha mensagem ao maior número de pessoas possível, eu uso essas referências. Não é pra tentar agradar aos ouvintes, mas principalmente por serem coisas com as quais eu me identifico.

    Além das partículas, quais os outros projetos que você desenvolverá, futuramente?
    Estou colaborando para o EP do Marcão Baixada (eu, e DJ Orácio, com “O”). Depois finalizaremos o disco do “U-Sal”, pra ver se lançamos em dezembro ou em janeiro. O “Oxímoros”, que é um projeto que tenho com o Comuna, também tá em fase de finalização, assim como o projeto “Amálgama”, pelo Enraizados. Ano que vem sairá o CD do “Vocábuluz”; é um coletivo que conta com os grupos U-Sal e AMP (Associação Manuscritos de Poesia). Quem sabe mais alguma coisa do “Clube dos Cinco”… Esse coletivo é composto por DMA, Léo da XIII, Petter MC, Wilson Neném e eu. Acho que é só. Se Deus assim permitir.

    Átomo, gostaria que deixasse uma mensagem para os leitores do portal enraizados?
    “Maldito torcicolo, nos comparamos somente com quem tem mais. Mas além do nosso nariz há dois polos. E vários em condição bem pior lá atrás.” Para de se queixar, Deus é bom. Acredite.

    Saiba mais sobre seu trabalho:
    http://myspace.com/oatomo
    http://myspace.com/ultimatoasalvacao
    http://myspace.com/produsal