Tag: São João de Meriti

  • Rapper Ninja, do Estúdio Nuvem, canta “Celta Cinza” em São João de Meriti

    Rapper Ninja, do Estúdio Nuvem, canta “Celta Cinza” em São João de Meriti

    O rapper Ninja, fez show junto com outros artistas do casting do Estúdio Nuvem – empreendimento do qual é sócio – no evento “Se Essa Praça Fosse Minha”, em São João de Meriti.

    A Hulle Brasil foi lá conferir e fez um vídeo ao vivo para o projeto “Direct Hulle”, uma playlist do canal da Hulle Brasil no youtube. Dentre as músicas que o rapper cantou está “Celta Cinza”, que já tem um videoclipe no youtube, no canal da Nuvem.

    Veja o vídeo, comente e sugira novos artistas para a Hulle Brasil fazer vídeos para o Direct Hulle.

  • Rapper Marcão Baixada se apresenta pela primeira vez no SESC São João de Meriti

    Rapper Marcão Baixada se apresenta pela primeira vez no SESC São João de Meriti

    Constantemente citado pela crítica musical como uma das revelações da cena Rap do Rio de Janeiro e apontado também como influenciador e agitador cultural de destaque na região da Baixada Fluminense, o rapper Marcão Baixada se apresenta, pela primeira vez, no Sesc São João de Meriti. O show acontece no próximo dia 06 de abril (sábado), às 19h, a preços populares.

    Os ingressos custam R$ 5,00 (inteira), R$ 2,50 (meia entrada), R$ 2,00 (habilitado Sesc) e gratuito (PCG) e serão vendidos a partir do 26 de março, na bilheteria do Sesc São João de Meriti.

    O repertório conta com músicas do seu último EP “Vermelho Outono”, além de outras já conhecidas na voz de Marcão, como “Bang Bang”, “Psico” e “Automóvel Clube”, canções que subvertem a ideia de violência inerente à Baixada, ao abordar temas como pós-modernidade, urbanidade e moda, afirmando sua identidade como artista questionador.

    Com uma estrada marcada pela militância e composições em variados estilos, como o Boom Bap e o Trap, além do flerte com gêneros como Dubstep e o Funk Carioca, o jovem rapper, tem acumulado premiações significativas ao longo de sua carreira, como o Take Back the Mic, conhecido como a Copa do Mundo do Hip Hop, realizado em Miami e o Prêmio Baixada na categoria Música, ambos em 2015. Marcão têm, ainda, passagens pelo Circo Voador, Batalha do Real, Rio+20, no clube Le Quai’Son (França) e Festival Manifeste (SP).

    Apesar desta trajetória, o show no Sesc de São João de Meriti tem um significado especial, como destaca Marcão: “São João de Meriti é minha cidade natal e pude assistir a shows de artistas que me influenciaram, no Sesc da cidade, como Emicida, BNegão e Tom Zé. Agora, após dez anos de carreira, apresentar meu trabalho artístico neste palco é realmente muito gratificante”.

    Marcão Baixada sobe ao palco acompanhado por D’emmer (toca-discos, controladora e teclados), Rodrigo Caê (vocais) e Well de Abreu (projeções). O show tem produção da Horizontal Produções e realização do Sesc.

    SERVIÇO

    Marcão Baixada | Sesc São João de Meriti
    Dados: 06/04/2019
    Horário: 19h
    Endereço: Av. Automóvel Clube, 66, Centro – São João de Meriti

    Ingressos (Somente na bilheteria do Sesc São João de Meriti): R$ 5,00 (inteira), R$ 2,50 (meia entrada), R$ 2,00 (associados Sesc) e gratuito (PCG) – Venda limitada a 2 ingressos por pessoa

    Classificação: 16 Anos
    Capacidade do teatro: 289 pessoas
    Informações: (21) 2755-6513
    Evento no Facebook: bit.ly/MarcaoBaixadaSesc
    Produção: Horizontal Produções
    Realização: Sesc RJ
    Assessoria de Imprensa:
    Daniel Barros
    dbarros.prod@gmail.com
    (21) 2151-8017 | (21) 97272-0033

  • Inbute lança lyric video de seu novo single ‘Libido’

    Inbute lança lyric video de seu novo single ‘Libido’

    Libido é o segundo single do futuro Ep Fase 2 da carreira do rapper Inbute. A música tem uma mistura de rap com sex song, e estreiou no youtube na última quarta-feira (16).

    “Libido é uma música feita pra ouvir de olhos fechados e sentindo cada palavra e beat. Faz parte de uma fase marcada pela saída da zona de conforto”, conta Inbute.

    O instrumental de Libido foi produzido por Tarcis. Já a captação, mixagem e masterização é do estúdio Reppresent Music.

    Neste ano, Inbute lançou também o single Luzes. Um som marcado pela filosofia das noites urbanas, evocando a periferia e o movimento jovem que ocupa cada vez mais espaços públicos e os transformam por meio da arte.

    Sobre Inbute

    Matheus Figueiredo, o Inbute, tem apenas 21 anos, mora no bairro Éden, em São João de Meriti e compõe desde o 5º ano do ensino fundamental. Sua principal referência no rap é Marcão Baixada e Criolo.

    Acompanhe o artista em sua página

  • #ComboIO marcou presença no evento “BF TOTALMENTE D+” organizado pela galera do Jardim e do Cinema de Guerrilha

    #ComboIO marcou presença no evento “BF TOTALMENTE D+” organizado pela galera do Jardim e do Cinema de Guerrilha

    Os rappers Dudu de Morro Agudo e Marcão Baixada, representando o #ComboIO, foram ao evento BF Totalmente D+, realizado pelos coletivos Jardim e Cinema de Guerrilha na Baixadapara fazerem um pocket show e falar sobre a viagem para Miami.

    Infelizmente a forte chuva inviabilizou a apresentação da dupla e de outras bandas, contudo o videoclipe Dos Barões Ao Extermínio foi exibido e fez grande sucesso.

    Matéria originalmente públicada no site do #ComboIO.

  • Festival Talentos da Música causa mal estar na comunidade do hip hop

    Festival Talentos da Música causa mal estar na comunidade do hip hop

    O FESTIVAL TALENTOS DA MÚSICA foi criado com o objetivo de revelar novos talentos da música da Baixada Fluminense, por meio de uma competição, divida em 04 (quatro) categorias:

    Categoria 1: Samba/Pagode/MPB/Bossa Nova/Axé/Afoxé/SambaReggae/ Maracatu;
    Categoria 2: Pop/Rock/Jazz/Blues/Soul/Reggae;
    Categoria 3: Rap/Funk/Charm/Melody;
    Categoria 4: Sertanejo/ Forró/ Regional.

    O prêmio é de R$10 mil para o vencedor de cada categoria, além de mais R$10 mil para um menção honrosa ao talento da cidade deSão João de Meriti que for melhor colocado na competição.

    Mas porque será que os rappers da Baixada Fluminense não estão tão satisfeitos assim com esse festival que aparentemente é “tão bom”?

    Tudo começou por causa do item “3.21” do edital, que diz que: “O candidato deverá gravar 2 vídeos de no máximo 10 minutos cada, sendo o vídeo nº 01 – uma música inédita/autoral, em português, que será objeto da participação no concurso”.

    O problema é que no item “3.21.1”, diz queo vídeo nº 2 deverá ser de uma música “COVER”, podendo ser nacional ou estrangeira, em português ou qualquer outra língua apresentada pelo próprio candidato. Ambas as músicas, autoral/inéditas e cover, devem estar enquadradas no estilo musical compatível à categoria inscrita no festival”.

     

    Quem conhece um pouco de hip hop tá ligado que MC não faz cover.

    O primeiro a se manifestar foi o rapper Marcão Baixada, que coincidentemente ou não, é morador da cidade de São João e uma das maiores expressões do gênero na região. Em uma postagem no seu perfil no facebook, Marcão questionou vários pontos do edital, que começa dia 05 de fevereiro e vai até o dia 25, pegando a semana morta do carnaval. Faz também duras críticas às pessoas que elaboraram o edital.

    Dezenas de outros artistas curtiram, comentaram e compartilharam seus post, concordando com sua analise. Entre eles estão Aori, Ébano Gama, DMT  e Tony Boss.

    O FESTIVAL TALENTOS DA MÚSICA conta com o apoio da FUNARTE – Fundação Nacional de Artes – Ministério da Cultura e Governo Federal.

    Leia na íntegra o que Marcão escreveu em ser perfil no Facebook:

    “Sobre o Festival Talentos da Música 2015 realizado pela Prefeitura de São João de Meriti com apoio da FUNARTE:
    Um prêmio de R$10.000 sempre chama a atenção dos músicos da Baixada Fluminense, ainda mais quando na maior parte do tempo, as instituições governamentais (Prefeituras e Secretarias) não dão a devida atenção a classe (Eu disse na maior parte do tempo, não disse ‘nunca’).

    Até aí, beleza, mas aí começo a ler o regulamento e já fico preocupado, pois as inscrições abriram dia 5 e vão até o dia 25 e nesse meio-tempo tá rolando o Carnaval, o que consequentemente ofusca a divulgação das inscrições. Só que aí a fase eliminatória acontece simultaneamente ao período de inscrições.

    Como assim? Quer dizer que se eu me inscrever e me rejeitarem logo de cara e algum outro que se inscrever depois com material com qualidade inferior ao meu pode ser selecionado e eu não?

    No regulamento parece até que quem o escreveu não tem uma definição correta dos gêneros musicais que serão aceitos. E outra, muitos artistas que têm trabalho autoral NÃO FAZEM/GRAVAM COVERS. Principalmente no RAP. Acho que tá na hora desses festivais e concursos entenderem isso.

    Beleza, no meu show eu até canto um som conhecido, mas não tenho isso gravado. Isso quer dizer que tenho que gravar o cover e fazer upload de 2 vídeos, um com música inédita autoral e outro com o cover, o que demanda tempo, dinheiro e disposição de quem faria esse serviço, sendo que com o Carnaval isso se torna inviável, pra quem não tem Home Studio e/ou equipamento próprio de Áudio/Vídeo.

    Beleza, beleza. Mas suponhamos que mesmo assim, eu me anime e me inscreva e seja selecionado até a fase final, no dia da apresentação não será oferecido pelo Festival serviços de alimentação e buffet e os candidatos selecionados, desde já, concordam em se deslocar, por sua conta e risco, aos locais de reunião e aos locais de realização do Festival, (Assim está escrito no regulamento), amigos artistas, convenhamos que comida no camarim não é luxo e que saco vazio não pára em pé, nossa classe sabe muito bem que a correria de estúdio/show/trabalho ás vezes não nos permite fazer uma boa refeição e transporte é apenas uma questão de facilitar o acesso e proporcionar segurança aos equipamentos de cada artista.

    E pensando bem, R$10.000 é um prêmio e tanto, mas se parar pra ver legal, tu entra no jogo tomando prejú e ainda por cima se tu não for o vencedor do Festival, tu tá é f*dido, mais do que estava antes de pensar em se inscrever. Eu tento ser muito compreensivo com as falhas, faltas de interpretação e entendimento das pessoas/entidades que promovem esses tipos de eventos e festivais, só que por favor, gente, chega de ser sacaneado por gente que não entende nada da música que fazemos, da nossa realidade e dos perrengues que passamos no dia-a-dia.

    Se for pra fazer, QUE FAÇA DIREITO. Esse post não é pra ninguém da Prefeitura, da Ex-Secretaria de Cultura (que virou subpasta de outra Secretaria), pra ninguém da FUNARTE, não tem nenhum caráter de ofender e muito menos rixa pessoal com alguém da produção, até porque eu não sei quem tá envolvido com essa parada. Isso é apenas um desabafo do que sinto em relação a fazer música na Baixada e de todas vezes em que eu e vários amigos se f* pra tocar em algum lugar, mas enquanto isso tinha alguém que realmente tava lucrando (e não falo apenas de grana, falo de prestígio/mídia/ficar bem na fita).
    Um bom dia”.

    Para saber mais sobre o festival acesse aqui: http://www.talentosdamusica.com.br

  • Afinal, o rap da Baixada “é ou não é” unido?

    Afinal, o rap da Baixada “é ou não é” unido?

    Após um post – no facebook – um tanto quanto polêmico do rapper Ualax MC, questionando amigos e fãs sobre a união do rap na Baixada Fluminense, decidi escrever esta coluna tentando aprofundar e problematizar ainda mais o tema.

    O post já rendeu cerca de 134 comentários e 69 curtidas até o momento, por isso resolvi fazer minha coluna sobre esse tema me baseando nos comentários mais interessantes que li.

    Minha opinião é uma só, e já deixei claro em meus comentários. Considero o rap da Baixada unido, talvez não considere o rap do Estado do Rio de Janeiro unido, muito menos o nacional, porque sempre vejo uma nota ou outra falando mal do Filipe Ret, da Cone Crew, Emicida, Projota e até do Racionais, mas nunca vi uma treta entre rappers da Baixada Fluminense. Sempre que acontece algo do tipo é apontando pra alguém que já tem uma projeção maior.

    Considero o rap da Baixada Fluminense unido porque sempre vejo os eventos cheios de MCs, bebendo, trocando ideia, participando um da música do outro, entre outras coisas, contudo algumas pessoas, assim como o Ualax, consideram o rap da região desunido. Vamos tentar entender o porque.

    Bhaman Melo, levanta uma questão instigante em seu cometário: – O que é união no rap (na visão do autor do post)?
    (Como eu disse acima, na minha visão união é não ter treta, e não tem treta, pelo menos eu não vejo, o que me é passado superficialmente é que tá todo mundo no mesmo barco e pro que der e vier).

    O MC Mateus Amoeba, levanta outra questão importante, quando objetiva ainda mais a pergunta: – Se unir em que ponto Ualax ??? musicalmente, financeiramente???
    ( É muito interessante quando o Amoeba faz esse questionamento, pois ele afunila o problema e nos coloca em uma bifurcação que nos leva a lugares totalmente distintos, pois se a união citada pelo autor do post é musical, a conversa não segue seu curso normal, pois as parcerias são diversas, desde sempre, o evento Dia da Rima, organizado pelo Movimento Enraizados, pro exemplo, proporcionou diversas destas parcerias musicais entre artistas da região. Porém se a pergunta nos leva para uma “união financeira”, a palavra união pode ser mudada para investimento ou patrocínio, e isso não acontece – pelo menos eu nunca vi – entre MCs de lugar nenhum do mundo, a não ser que os MCs sejam também empresários).

    O Marral Vasconcelos também vai por essa linha do investimento, mas de uma forma bem mais realista: – Não vinga porque a maioria não tem foco, não quer investir e acha que rap é brincadeira. Simples. O problema não é união, é falta de foco e profissionalidade. Se o cara mora na savana da Africa do Norte, tem talento e corre atrás do sonho, ele “explode”.
    (Concordo com ele, qualquer pessoa que invista em seu trabalho com mais seriedade certamente alcançará um resultado melhor do que os que não trabalham com profissionalismo).

    O Ualax Mc já acreditou que o rap da região poderia ser uma grande coorperativa, como ele deixa claro em seu post: – Já acreditei que fosse possível, mas hoje eu acho que a união geral é utopia.
    (Ele mesmo se corrige e diz que isso é utopia, essa também é minha opinião).

    E o Frávio SantoRua Antiéticos vai além e explica essa questão utópica comentada acima: – Se une quem possui os mesmos interesses. “União geral” é utopia. Mas, enquanto isso, para alcançarmos nossos objetivos, e para que não aja fragmentação em quem deseja estar junto, vamos todos na velocidade do mais lento!!
    (Aí sim, um vai ajudando o outro “na medida do possível”, sem onerar nenhum dos lados, contudo sempre estarão mais juntos os que têm algo em comum, os que tem uma proximidade natural maior, ou seja, interesses em comum).

    Pra finalizar, o  João Otávio faz um comentário que eu entendo como “quem está trabalhando tá unido” e quem não tá, tá falando: – Os de verdade, os verdadeiros, tão unido sim mano. Quem vem com essas fitas de intriga e desunião nem merecem fazer parte do movimento. O rap de verdade da Baixada, está unido sim e crescendo cada vez mais com novas uniões.
    (Eu não sou a favor desse negócio de rap de verdade, mc que representa, etc, porém eu consigo entender que há quase uma unidade de MCs trabalhando com vontade, produzindo. Os objetivos não são os mesmos, o investimento não é o mesmo e o talento não é o mesmo, mas estão quase sempre juntos no que eles tem de fundamental, o rap).

    O que fica para reflexão é o que cada um de nós está fazendo verdadeiramente para a evolução do rap na região? Quase sempre cobramos o que queremos que os outros façam por nós. A Baixada Fluminense é formada por 13 municípios, mas quando falamos de #RapBXD, quase sempre estamos nos referindo a Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Mesquita, Belford Roxo, Queimados e São João de Meriti. Mas e Nilópolis, Magé, Paracambi, Seropédica, Itaguaí, Japeri e Guapimirim? Quem tá fortalecendo esses MCs que tão na sombra da Baixada Fluminense?

    Chegou a hora de um MC parar de cobrar do outro e ambos cobrarem do poder público políticas públicas para a juventude. Alguém pode me explicar porque em Nova Iguaçu a “Semana do Hip Hop” não é lei? Alguém sabe me dizer em quais municípios da Baixada já existe essa lei? Alguem sabe como conseguiram?

    Talvez seja hora de parar de falar um pouco de maconha e buceta nas letras de rap e começarmos a entender o rap como ferramenta de exibilidade de direitos. Vamos na Câmara de Vereadores trocar essa ideia com os vereadores da cidade?

    Quem quiser entrar na debate pode comentar abaixo e quem quiser conferir o post original com outros comentários, basta clicar aqui http://on.fb.me/17HtNFP

  • Marcos Lamoreux: morando numa mochila e procurando confusão boa

    Marcos Lamoreux: morando numa mochila e procurando confusão boa

    Tenho estado ausente com as minhas colunas de sexta-feira, é um compromisso que assumi aqui e com o qual falhei nas últimas semanas; e o texto que era pra eu entregar ontem, tô entregando hoje, mas acredito que valeu a demora e torço pra que vocês gostem.

    Entrevistei um dos caras mais “rua” que eu conheço. Cria de São João de Meriti, vegano, figura fácil nos shows de Hardcore do Rio, do Brasil e quiçá, do mundo. Marcos Lamoreux, um verdadeiro Itinerante, que vaga por aí em busca de boa confusão. Lembro da primeira vez que o vi pessoalmente, foi em 2011, quando uma amiga estava de passagem no Rio e fui encontrá-la em uma loja de doces perto da Praça do Skate de São João, a loja era do pai de Marcos e ele trabalhava lá na época.

    Alguns meses se passaram e o reencontrei numa apresentação do BNegão junto com o Digitaldubs no SESC de Meriti e meses depois estávamos no mesmo SESC no show da banda Confronto, no meio de uma roda de pogo (roda punk, bate-cabeça). Nunca tinha dado um mosh na minha vida, e tava super afim de me jogar do palco aquele dia, só que super grilado da galera ver um gordo em cima do palco e abrir espaço pra eu me ferrar de cara no chão. Ele, um rato dos moshs do Rio me explicou: “É simples cara, não se joga de cara, deixa seu corpo leve, para que as pessoas possam te segurar com facilidade”.

    Conclusão: Foram 2 moshs, um de cima do palco, e outro da própria platéia, onde me levantaram e eu fui de um lado pro outro do Teatro do SESC. Dia histórico, memorável.

    Em seguida descobri que o “Marquinho” também fazia beats, e outras inúmeras coisas típicas de um itinerante. E 2 anos depois, ele se prepara pra lançar seu 1° livro que não poderia ter outro nome que resumisse a vida dele: “Minha Casa é Minha Mochila”. Saiba mais sobre isso e um penca de outras coisas que esse rapaz faz, porque parado ele não fica.
    Primeiro de tudo… Quem é o Marcos Lamoreux?
    Marcos Lamoreux é um cara bem complicado, oficialmente ele é documentarista, guia de turismo e metido nas artes visuais, mas ele quer mais, eu quero mais. Eu quero ser tudo o que eu posso ser. Eu tô sempre em shows de hardcore, faço uns lanches veganos pra vender e tô sempre com um freelancer ou assunto da faculdade pra resolver. Não gosto muito de me definir mas acabo sempre o fazendo, eu sei quem eu sou porque todos os dias eu me descubro, todos os dias eu (r)existo.
    Como a sua criação em vivência em São João de Meriti contribui pra sua formação?
    Falar de São João é falar de exclusão, pobreza. Sempre foi mesmo que indiretamente. Aqui eu aprendi muito do que sei e meus amigos e família estão aqui, eu adoro esse lugar.
    Tive a oportunidade de conhecer a Europa, Angola,  o Brasil inteiro e viajar por toda a América do sul, nessas viagens eu coloquei em prática tudo aquilo que aprendi aqui, a sobreviver e a superar.
    Como é o esquema de ser vegano? Você tem amigos que comem carne? Interage bem com eles? Eles curtem as comidas que tu faz?
    O veganismo é amor, praticar esse amor a vida e a dignidade, não consumir nenhum tipo de produto de origem animal;
    leite, ovos e seus derivados, carnes, mel, couro e algumas costuras coisas que as pessoas não fazem ideia de que veio de algum animal como por exemplo glicerina que basicamente é gordura.
    É também ir contra a sociedade de consumo, eu tenho vários amigos que insistem fazer brincadeiras, eu não ligo muito algumas são engraçadas outras são ridículas, mas eu me dou bem sim, porque como disse veganismo é amor.
    Como é seu envolvimento com a arte? Quando foi que tu parou e pensou: “Vou lançar um livro” e qual o porquê do título “Minha Casa é Minha Mochila”?
    Como disse antes superação, sempre me superar. O título é parte de uma música do rapper Funkero (Um Drink No Inferno); e quando ouvi aquilo me identifiquei na hora porque eu me sinto em casa em qualquer lugar, não é preciso muito pra eu me sentir bem.
    A ideia do livro veio porque muita gente ouvia minhas história de viagem e sempre diziam que um dia eu iria lançar um livro, achei que a hora tinha chego e to batalhando muito pra que isso aconteça.
    Eu já fiz graffiti, pinto telas e já fiz algumas batidas de Rap e já tive banda de rock, já produzi alguns documentários pra fora do Brasil e tento o tempo todo me renovar, alguma coisa nova mas semelhante esquecer as antigas.
    Publicar um livro, lançar uma música, um vídeo, enfim… Tudo isso envolvem processos burocráticos…
    Quais estão sendo as dificuldades pra botar esse livro na pista? E quais os meios que você está utilizando para fazer isso acontecer.
    Editoras funcionam como  gravadoras, a primeira editora que entrei em contato tinham uma esquema muito bom, eu não iria tirar um centavo do bolso e as vendas seriam online, concordei em quase não receber direitos autorias com a  promessa de o valor final do livro ser acessível, o que não aconteceu. Agora estou em um formato de financiamento coletivo, onde as pessoas doam valores estabelecidos e recebem o livro em casa e uma recompensa que vária de acordo com a quantidade doada. No site tem tudo explicado direitinho.
    Assista o vídeo onde o Marcos explica sobre o livro e divulga a campanha no catar.se. Aqui ele mostra o seu talento como ator:
    [yframe url=’http://www.youtube.com/watch?v=ZeNwWzk1uvE’]
    Quem é que fecha contigo no teu dia-a-dia nessas viagens, shows e correrias doidas?
    Qualquer um que venha pra agregar, todos são bem-vindos assim como eu fui bem vindo em muitos lugares, conheci pessoas incríveis em lugares bem comuns ou situações completamente doida.
    Eu tô sempre por aí, com a mochila nas costas procurando uma confusão boa.
    E por último, gostaria que você deixasse um salve pra galera que acompanha o Portal Enraizados…
    Pra todo mundo que ta ligado no Portal enraizados, um grande abraço, um beijo e um salve. Eu convido vocês a conhecerem mais sobre algumas coisas que eu falei aqui, veganismo principalmente. Se você não puder ajudar financeiramente, entre nos links, compartilhe os vídeos e fique por dentro que ainda terão varias novidades e um evento pra lançar o livro.
    Saiba mais
    Campanha para lançamento do livro no catarse: catarse.me/pt/minhacasaminhamochila
    Tumblr do Marcos: destruirotumbler.tumblr.com/
    Evento no Facebook sobre o lançamento e a campanha: facebook.com/events/344097522426611/
  • Carlos Bobi irá expor no SESC de São João de Meriti

    Carlos Bobi irá expor no SESC de São João de Meriti

    O SESC São João de Meriti apresenta “Alma, calma!”, exposição em que o artista Carlos Bobi retrata mulheres que são personagens criados por sua imaginação, personalizando suas identidades, suas origens, índoles pessoais e intimidades. Essa criação resulta na interação visual da percepção sensível, transportando a calma da alma ao imaginário de quem as observa.

    bobi-sesc

    +Info na página do evento: http://on.fb.me/1g7yYNu

    SERVIÇO
    Exposição “Alma, calma!”, de Carlos Bobi
    Inauguração: 08/02/2013 às 16 Hrs.
    Entrada Franca
    Classificação etária: Livre
    SESC São João de Meriti
    Av. Automóvel Clube, 66. São João de Meriti