O Festival Terra do Rap 2014 – “Rio de Janeiro: Capital do Rap Lusófono” será a realização de um intercâmbio entre rappers de países da língua portuguesa. Nesta edição, estarão presentes músicos do Brasil, Portugal e Angola.
No formato de “Workshop/Showcase” e com curadoria da Repprodutora, a Caravana do Rap Lusófono contará com uma conversa sobre o processo criativo do rap e as diferenças e semelhanças da CPLP, com um workshop de produção literária/musical e shows com artistas do Brasil, Portugal e Angola.
O Festival começa oficialmente nesta sexta (18) no Teatro SESI Caxias, com o melhor do hip-hop, workshops e muita diversão. Os mediadores desse primeiro encontro são: Vinicius Terra (Brasil); Eva RapDiva (Angola), DJ Sr Alfaiate (Portugal).
O rapper BobX encerra a noite com um pocket show e recebe Dudu de Morro Agudo e Léo da XIII, além de outros convidados especiais.
“De Caravela ou a nado, vim viver um bom legado Porque de onde venho, estar vivo é poesia Versos por filantropia, renasço e morro a cada dia Vejam quem diria .. onde a Favela chegaria .. Atravessaria/ o Atlantico graças a Lusofonia ..” BOB-X
SERVIÇO Faixa Etária: 16 anos Ingressos: R$ 10,00
Local: Teatro SESI Caxias Endereço: Rua Arthur Neiva, 100 – Bairro 25 de Agosto – Duque de Caxias
Vinicius Terra apresenta seu mais recente trabalho feito em 2013. Pra quem não tá ligado, Vinicius Terra é rapper e produtor cultural, é um dos caras que mais movimento o cenário do Hip-Hop no Rio de Janeiro. Recentemente junto com a REPPRODUTORA, promoveu o Festival Terra do Rap, festiva que promoveu a interação entre países de língua portuguesa.
Ano passado, Vinicius lançou o “BossaRaps; Jam Sessions & Demotapes”, primeiro songbook de Rap entre países de língua portuguesa, trazendo consigo inúmeras influências da música popular brasileira.
“Meu Fim” é a nova empreitada do rapper; e contou com um time pesado. Vocais de Marion Lemmonier, instrumental produzido por DJ Machintal, guitarra de Alex Gaspar, tecados por L-TON, synths e mixagem por Damien Seth e masterização de Luiz Café.
Dudu de Morro Agudo rimando no evento Terra do Rap
Dudu de Morro Agudo
Dudu de Morro Agudo
Dudu de Morro Agudo
Vinicius Terra, DJ Alfaiate e DMA
Dudu de Morro Agudo
DJ Alfaiate (Lisboa) dando Workshop de DJ.
Evento Terra do Rap, no SESI de Nova Iguaçu
Marcão Baixada
Tem muita gente fazendo o rap carioca se movimentar, são muitos os nomes e diversas as formas. Posso citar os caras da Cone Crew – mesmo com tanta gente falando mal – que estão com um trabalho estruturado e levando o rap carioca a vários cantos do Brasil; também o Filipe Ret, com a galera do Tudubom Records, que trouxeram uma legião de adolescentes para o estilo; a molecada mais nova como o Marcão Baixada e o Ualax MC, que inovam e se misturam, desconstruindo a idéia de bairrismo.
Tem uns caras que a muito tempo estão na ativa, e sempre se mantendo atuais, como o Slow da BF, o Marechal, o Átomo e o MV Bill, os dois últimos estão com álbuns novos, que diga-se de passagem, estão muito bons; existem outros que além de produzirem material musical a todo tempo, ainda encontram tempo para os eventos, que a meu ver são importantes, pois trabalham com o coletivo. Poderia citar o Pevirguladez, o Marcelo Dughettu e o Léo da XIII, todos esses produzem eventos de total importância para o estilo no estado, em diferentes regiões.
Tem um mano também que tá movimentando a cena carioca, o nome dele é Vinicius Terra. Um cara que está passeando por todo o estado do Rio de Janeiro e misturando todo mundo, inclusive já trabalhou com a maioria dos caras que eu citei acima. Essa é uma das características que acho mais interessante. Ele é o proprietário da “produtora Repprodutora”, tem uma visão diferenciada, com ele a parada é negócio mesmo, e isso vem somando muito para a propagação e inclusão do estilo em locais não conseguidos antes, assim como a geração de renda para os diversos artistas.
Eu mesmo participei de dois evento produzidos por ele esse ano, um foi no SESC e outro foi no SESI, ambos em Nova Iguaçu. Os dois foram muito bons e importantes, mas o do SESI, cujo o nome foi “Terra do Rap”, fazendo alusão ao nome do rapper e empresário, reuniu cerca de 100 alunos em um teatro para conversar e assistir uma apresentação de rap, que no caso foi a minha apresentação.
Mas esse evento percorreu diversas instalações do SESI por todo o estado do Rio de Janeiro e culminou com um grande evento que reuniu muita gente do rap carioca, inclusive o pai do hip hop, Afrika Bambaata.
Nesta matéria, tenho consciência que não citei muitos caras que também estão contribuindo para que o rap carioca chegue cada vez mais longe, ou melhor, que o rap carioca se mantenha aquecido. Mas é realmente essa a parte boa, pois seria triste se eu citasse apenas um ou dois nomes e dissesse que esses são os responsáveis por tudo o que está acontecendo. Hoje somos muitos e diversos.