Autor: Dorgo Dj

  • Maui: A jóia rara da Baixada fala sobre sua caminhada até aqui e sobre o show de lançamento do EP Rubi, de graça, em Caxias.

    Maui: A jóia rara da Baixada fala sobre sua caminhada até aqui e sobre o show de lançamento do EP Rubi, de graça, em Caxias.

    Vamos passar um final de semana em Parada Angélica?

    Parada Angélica é um bairro localizado no 3º distrito do município de Duque de Caxias, região metropolitana do Rio de Janeiro. E se você ainda não conhece, irá conhecer através de Maui, a Jóia Rara da Baixada Fluminense.

    Maui é um jovem, morador da Baixada, cantor e MC muito conhecido por misturar o Soul Music e o R&B com diversos gêneros da música urbana, como o rap, a música eletrônica, o reggae e todos os seus desdobramentos. Começou a cantar bem novo, na igreja, e depois na escola, mas sua carreira artística começou de fato no Slam (batalha de poesia falada) onde, além de competir, Maui organizava o Slam BXD (principal Slam da Baixada Fluminense).

    Como organizador e poeta, logo percebeu que, apesar de amar a literatura, o seu sonho era ser músico, e foi aí que a partir de 2019 decidiu investir em sua carreira solo, com poucos, porém sempre certeiros lançamentos musicais, buscando ser objetivo e traduzir para as pessoas toda emoção de ser cria da Baixada, de ser favelado, de amar, curtir festas e de lidar com todas as questões emocionais do dia a dia.

    No dia 13 de Janeiro de 2023 Maui lançou o EP Rubi em todas as plataformas de streaming e também no Youtube, com videoclipe de uma faixa literalmente ABSURDA!

    Ao perguntar a Maui como surge a ideia do EP e como foi todo o processo, além de perceber a emoção em cada frase, é notável o quão focado ele está em seus objetivos:

    “Por conta do mercado, eu entendi que o próximo passo, depois de lançar alguns singles, era lançar um EP, que é um projeto mais completo. E aí, se a pessoa gosta de uma música, ela vai lá e escuta as outras, eu comecei esse processo em 2019, mas com um escopo totalmente diferente do que foi o EP Rubi. O nome do EP seria Aquarianos, e eu tava muito focado nessa ideia do comercial, de acertar, porque era uma preocupação, né mano?! A gente quer mudar de vida.

    Mas no meio do processo, eu não conseguia, estava tentando me prender nos ritmos tradicionais da época, o que bombava, só que eu estava conhecendo muita coisa nova, o R&Dril foi uma novidade, o Afrobeat era uma parada que eu estava mergulhando, e acabou que eu fui abrindo mão daquela estética que eu tinha construído inicialmente. Falei: eu vou falar de algo que realmente importa pra mim no meu primeiro projeto, eu quero falar das pessoas e do lugar de onde eu vim, eu quero falar de Parada Angélica, e aí assim nasceu Rubi.” 

    A ideia do EP é passar a sensação de um fim de semana em Parada Angélica, começando pelo valor das pessoas, que são a base, a curtição no baile, a sensação de conhecer uma gatinha, de dançar e depois de ir pra trocação sincera com ela. Por último a “Segunda-feira”, que acaba sempre trazendo a realidade de que apesar da gente se ver como jóia, a sociedade não nos trata dessa forma!

    No próximo domingo, 12 de fevereiro de 2023, Duque de Caxias irá parar para receber a festa Melodyne, que vai contar com o grande show de lançamento do EP Rubi, de Maui. O evento contará com a presença de Antconstantino, Afrodite, Joazz e Jaquelone, tudo isso 0800, na praça Humaitá, Jardim Vinte e Cinco de Agosto, à partir das 17h.

    A festa Melodyne é um evento que busca unir o melhor da bass music com o soul, uma rave com melodia e rappers, MCs e DJs que se preocupam com a melodia, o intuito é criar essa festa equilibrada, perfeita para todos os públicos, e atender a Baixada Fluminense. A produção do evento é feita por Maui, responsável pela produção artística, Diogo Queiroz e Mirella Souza, importantes produtores independentes de Caxias, responsáveis por festas como waves, Exportação e baile da valente.

    “Eu sempre gostei muito de barulho, sempre gostei muito de Rock, heavy metal, trash metal, mas eu também amo Soul, amo música instrumental, melodia, arranjos, amo a Black Music e todos os seus desdobramentos, e em todo evento que eu ia era sempre muito um, ou muito outro. Por exemplo uma parada de R&B, onde às vezes ficava até meio chato, por ficar repetitivo, ou uma parada muito underground de Grime, de pulação e muito barulho. Eu gosto dos dois eventos, mas queria ter um lugar onde eu pudesse uni los, um lugar  para juntar as pessoas que gostam dos gêneros musicais mais enérgicos, que são dançantes, que são pulantes, mas com um recorte de trabalhar com artistas que têm esse cuidado com a melodia, um cuidado com a construção harmônica. Isso não quer dizer que “só vai gente que canta”, mas rappers e DJs que tem essa preocupação na hora de construir as suas musicalidades, e é assim que nasceu a Melodyne. 

    Eu sou fruto de Duque de Caxias, tudo que eu sou, tudo que eu construo é da Baixada Fluminense e não só eu, meus amigos também, tudo que a gente sabe fazer, tanto tecnicamente quanto artisticamente é nesse contexto, eu acho que o Rio de Janeiro tem a sua cultura, é valorosa, é boemia, mas a cultura na baixada tem um outro valor para quem consome, ela é é valiosa, ela é preciosa, é o nosso momento, é o ápice, sabe? 

    Tu ir num baile charme, tu ir num baile funk, não é uma coisa constante aqui, no Rio tu tem evento direto, na baixada é sábado, é domingo, é aquele  momento, que acaba sendo escasso, já que o estado dificulta, então apesar do evento ser itinerante, a prioridade é fazer em Caxias, porque eu tenho que retribuir tudo que a cidade me dá e eu sei a importância de ter um evento desse tipo pra quem mora, pra quem vive ali, eu acho que não tem sentido ficar levando isso para outros lugares, principalmente lugares que tem tanto acesso. Não é sempre que o evento vai ser gratuito, mas a gente sempre que pode faz e esse foi o caso, a primeira edição tinha um ingresso super acessível, mas nessa edição a produtora Mirella Souza conseguiu a liberação da praça e não perdemos a oportunidade.

    -Maui sobre Melodyne- 

    Para finalizar, Maui deixou um recado para os fãs:

    “Cara, os fãs podem esperar muito, mas muito lançamento, tanto de projetos, porque eu gosto muito de fazer EP e fazer mixtape, mas também de singles. Muitas parcerias, gosto de agregar, sou muito família, gosto de colaborar com as pessoas que estão ao meu redor.

    Vai ter muita novidade, mas não fiquem esperando de mim R&Drill, não espere que eu seja a cara do R&Drill, eu não me proponho a ser a cara de nada. Posso ser a cara do Soul moderno, o Soul de hoje em dia, e vou usar todas as batidas rítmicas e gêneros que tiver na minha frente pra fazer isso, meus crias e meus fãs já me conhecem, eles sabem que podem esperar qualidade de mim,  independente do contexto e surpresa sempre, sou músico, sou artista e vou utilizar de todas as ferramentas pra entregar o que quero, além de entretenimento também, junto a minha equipe vamos gerar uns conteúdos pras redes sociais, para o Youtube também, devo lançar um programa esse ano convidando outros Artistas e tamo aí, ativão nas redes e também na pista, e tu (aqui ele fala para o público em geral) vai me ver toda hora.

  • Enraizados no Vagão: Erro de português

    Enraizados no Vagão: Erro de português

    Se o transporte é público por que noiz paga?
    Por que nossa saúde anda tão doente?
    Isso é porque a educação não tá educando nada
    e nos enfiam goela abaixo que somos concorrentes

    Porquê no nosso país meritocracia é só pra quem paga
    e nos obrigam a ser melhor que gente da nossa gente
    noiz viemos da Baixada Fluminense
    e lá o saneamento básico é um conto de fadas

    e a segurança pública é a farda que prende
    eles já prenderam mais de 1.000 Rafael Braga
    e o verdadeiro terrorista?
    fala inglês fluente

    e o verdadeiro terrorista?
    na campanha mente

    e o verdadeiro terrorista?
    virou presidente

    mas calma, é por isso que tâmo fazendo poesia
    porque “noiz vai” fazer o Brasil seguir em frente

    e “noiz vai” não é erro de português
    erro de português foi a colonização.

  • Nada acontece por acaso e não existe um destino traçado para nós.

    Nada acontece por acaso e não existe um destino traçado para nós.

    Odeio pensar na ideia de não termos controle sobre a vida, a ideia de que existe um destino nos esperando, é de certa forma assustadora.
    Nossas vidas são baseadas em escolhas, cada um tem o controle sobre sua própria vida e as escolhas nos levam a determinados destinos.
    O que é chamado de acaso é na verdade, as escolhas de outras pessoas te levando a outro destino, isso por que vivemos em sociedades capitalistas e sempre um pequeno grupo de afortunados fazem escolhas que vão afetar vidas de milhares de pessoas.

     

    As minhas escolhas podem não garantir o meu próprio destino.

    Vou me usar como exemplo, eu escolhi ser Dj, trabalhar com isso, viver disso, mas sou obrigado a trabalhar em coisas completamente diferente, para pagar as contas e por comida dentro casa, fazendo com que, muitas vezes eu não consiga exercer minha função como Dj mesmo dando o máximo do máximo, mas eu não abaixo a cabeça, as minhas escolhas coincidiram com as de outras pessoas e me trouxeram aqui, basta eu saber disso pra focar em priorizar minhas escolhas e deixar bem claro que, eu vou viver como Dj, vou ser um dos mais brabos e ter meu trampo valorizado.
    Essas são minhas escolhas e esse será meu destino.

    Faça suas escolhas, pense antes de tomar decisões.

    Antes de votar em qualquer político por ter colocado asfalto ou por ter lhe dado 50 reais, pense em quanto isso pode mudar a sua vida, pense em tudo que você já abriu mão por um misero salário mínimo e principalmente estude as propostas antes de se decidir.

     

     

    #MudarDeOpiniãoéLegal !!

    #ForaTemer

  • Em aniversário de 2 anos RapFree Jazz presenteia a Baixada Fluminese

    Em aniversário de 2 anos RapFree Jazz presenteia a Baixada Fluminese

    O RapFree Jazz é um evento realizado pelo Coletivo FALA a dois anos, com o intuito de ser itinerante e levar os acontecimentos da Baixada Fluminense para a própria Baixada através das artes.
    Quando eu digo artes é porque o RapFree Jazz faz uma junção de todas as artes, se tem alguma expressão artística que ainda não rolou no evento é porque ainda não passou na cabeça deles, mas quando passar…
    Em seus dois anos de vida o RapFree Jazz já teve diversas intervenções artísticas como:
    Rap com dj e mc, break, graffiti, exposições de fotos, artesanato, projeções, poesia, bandas de diversos gêneros e até mesmo esporte já rolou no Free Jazz.

    O RapFree Jazz é a troca de conhecimento, de afeto, de curiosidade e de música, é um evento que engloba muitos âmbitos, é voltado pra cultura do Hip Hop mas ao mesmo tempo ele abraça outros públicos, pois além do Rap, rola Funk, Reggae, samba, entre outros.

    A principal propostas do evento é a Jam Sessions onde os Mc’s rimam em cima, fazendo improvisos ou mandando um som, muitas vezes rola até a final da Batalha em cima da Jam, como já presenciei e foi simplesmente mágico.

    A próxima edição do RapFree Jazz será no próximo sábado dia 16 de Setembro a partir das 18:00 horas na Praça do Galo, Duque de Caxias, será a edição de aniversário com direito a uma Batalha de Mc’s temática com Dj Jeff Jay, batalha all style com Dj Tecnykko no comando das pick-ups, exposições, dança com grupo MOVIMENTE-SE, apresentação Acústico do Mc Silva KS e pra fechar com chave de ouro, intervenção do Literatura das ruas, com direito a uma biblioteca comunitária, distribuição de poesias ou letras de rap dos artistas locais e shows de Dorgo Dj e Einstein Mc.

    Se você já conhece o Coletivo Fala ou o RapFree Jazz não precisou nem ler essa coluna pra decidir ir ao evento, mas caso você ainda não conheça presencialmente, não deixe de ir, porque depois vai ficar chorando arrependido.

     

    Baixada Fluminense no bagulho!!!

  • Eu acredito em tudo

    Eu acredito em tudo

    Eu acredito em tudo, acredito que existem vidas fora da terra, acredito que existe vida que nem imaginamos na terra, acredito que vivemos em uma simulação, ou que somos máquinas como relatado em West World. Enfim acredito em tanta coisa que me sinto perdido as vezes, porém, tudo é possível, toda teoria que tenha um bom fundamento tem que ser analisada.

    Acredito que Deus existe, que Ele tem grande poder e influência na natureza e consequentemente em nossas vidas, mas não acho que Ele tenha controle sobre tudo, que decide o destino de tudo e todos, afinal, cada um faz o seu caminho e toma suas próprias decisões. Acredito que todos têm um Deus dentro de si e esses Deuses servem a um Deus maior, que pode ser o criador de tudo, ou uma energia e/ou espécie evoluída ao ponto de criar uma realidade e se nomear o Deus de sua própria.

    Durante muito tempo fui cristão. Cresci dentro da igreja católica, mas aos poucos fui questionando muita coisa e pesquisando, vendo divergências dentro da igreja e na palavra, além de alguns acontecimentos que abalaram muito minha fé. Hoje em dia posso dizer que não tenho religião, pois religião só existe para nos separar. Podem existir religiões com boas ideologias e que são importantes para muitas pessoas, mas ainda vejo religião como uma segregação.

    Mas como eu tenho dito desde o início do texto, isso é o que eu acredito e não o que eu sei. Na real não sabemos nada relacionado à nossa existência, assim como não sei nada em relação a Deus.

    Isso tudo pode ser uma simulação, Deus pode ser o programador, ou o Big Bang pode ter sido o Big Boot e nós fazemos parte da programação assim como os agentes em Matrix, como uma parte completamente virtual dessa simulação, que nem precisa ser tão realista. O universo simulado pode parecer bem simples pra quem vive dentro dele e só parecer complicado pra quem olha de perto.

    Então rapaziada, esse texto é mais uma viagem minha, mas realmente acredito em tudo isso e muito mais que preferi não me aprofundar pra não transformar em um texto gigante bem mais viajado.

    Espero que tenha ficado claro que essas são minhas crenças e respeito a crença de todos, menos se você acredita que não houve golpe.

  • Baixada Fluminense é sinônimo de empreendedorismo

    Baixada Fluminense é sinônimo de empreendedorismo

    A Baixada Fluminense tem um dos maiores índices de desemprego do país, segundo dados da Casa Fluminense divulgados em Abril de 2016, cerca de 195 mil pessoas ficaram desempregadas nesse período, de lá pra cá o índice só aumentou, hoje são cerca de 1.300.000 desempregados.

    Com tantos desempregados, não só na Baixada Fluminense, mas em todo o país, acaba se destacando quem pensa fora da caixinha.

    Pensar fora da caixinha não é algo simples, sair da zona de conforto é tão difícil quanto arrumar um emprego, mas mesmo em tempos de crise alguns conseguem, e nesse caso, pensar fora da caixinha é empreender.

    Empreendedorismo é ter a disposição de resolver problemas, ter ideias inovadoras, habilidade de organizar e liderar pessoas, mas a parte principal é ter determinação.

    Para os moradores da Baixada Fluminense empreender não é novidade, pois eles só tem duas escolhas: ser um trabalhador comum que enriquece o patrão; ou empreender pra ter uma vida melhor e mais digna. Lógico que não é fácil, mas pra quem vive na margem tudo é difícil e mesmo com tantas dificuldades pode se ver um aumento considerável no empreendedorismo da região.

    A juventude é a principal responsável por esse aumento, tendo em vista o quanto é difícil ganhar dinheiro, os jovens apresentam ótimas ideias de empreendedorismo com o passar do tempo. Temos ótimos exemplos como: o Bh Studio que é um estúdio onde o músico pode comprar desde o instrumental até gravar e lançar um videoclipe; o Brechó Original Bxd que é um brechó itinerante e online já há bastante tempo e pretende lançar sua marca Original Baixada no próximo ano; a Páia da Boa que  foi criada pelo Mc e Beatmaker, Gustavo Baltar com o intuito de ser sua fonte de renda e hoje já é um negócio mais bem estruturado, trabalhando com encomendas e com vagas abertas para revendedores.

    Se estiver desempregado e se interessar em ser um revendedor Páia da Boa pode entrar em contato com Baltar ou Dorgo.

    Existem outros empreendimentos que não foram citados mas que tem um impacto positivo assim como esses, no próximo domingo dia 3 de Setembro acontecerá a Feira Gambiarra na Praça do Skate de Nova Iguaçu com exposição de artesanato, brechós, culinária caseira e artesanal. Uma grande parte desses empreendedores estará lá pode ser uma ótima oportunidade de conhece-los, fazer umas comprinhas consciente nos brechós, comer umas delícias culinárias e curtir as apresentações das Dj’s Moonjay, Lari Hill e kakao. Vale apena conferir!

    Se você gostou da coluna, leia as últimas onde falei sobre o transporte público e a cultura na Baixada Fluminense e na próxima quinta tem mais.

    Nunca desista do seu sonho, independente de qual seja esse sonho, você pode realiza-lo.

    Nunca ignore uma ideia, são das ideias mais loucas que nascem as melhores coisas.

    Nunca duvide de você, pois apenas você pode se impedir de conquistar o que quer.

  • Baixada Fluminense é o Epicentro da Cultura no Rio De Janeiro

    Baixada Fluminense é o Epicentro da Cultura no Rio De Janeiro

    A Baixada Fluminense é o epicentro da cultura no Rio de Janeiro, a região que é marginalizada gera conteúdos incríveis, como: poesias, músicas, livros, entre outros.

    A cultura na Baixada sempre foi muito rica, apesar da falta de atenção e verbas destinadas a mesma.

    Na última coluna falei do transporte público, ou melhor dizendo da falta dele, também citei alguns outros problemas que podem afetar drasticamente a cultura na região, porém mesmo com tantos fatores contra, vemos uma explosão cultural na Baixada Fluminense.

    Grande parte disso é devido a ocupação dos espaços públicos, a juventude vem produzindo saraus de poesia, rodas culturais e feiras criativasreunindo centenas de jovens nesses espaços, com intuito de revitalizar os espaços ocupados, valorizar a arte e os artistas locais e enaltecer o poder que os cidadãos têm, fazendo pressão política e pedindo por melhorias.

    Morro agudo lugar onde cresci e aprendi tudo que sei hoje, é um ótimo exemplo, temos artistas excepcionais, que realmente fizeram a diferença na região, Dudu de Morro Agudo, Lisa Castro, Átomo e Antonio Feitosa são alguns deles que através da arte e da cultura tem trazido melhorias não só pra Morro Agudo e sim pra todo território Fluminense.

    Muitos nomes não foram citados aqui, mas o intuito é mostrar a você um pouco do que a Baixada tem e faz em relação a cultura, a terra de Serginho Meriti, Robson Gabiru e Jota Rodrigues está muito bem representada.

     

     

  • Fator Cinderela

    Fator Cinderela

    Durante toda existência, a Baixada Fluminense sofreu com diversos problemas, desde a falta d’água e esgoto a céu aberto, até escolas mal estruturadas. Muitos problemas persistem até hoje e alguns não estão nem perto de uma solução. Meu pai me conta histórias de problemas da época dele que se encontram do mesmo jeito ainda hoje.

    A Baixada Fluminense está à margem e o Estado não olha pra margem, as prefeituras, na maior parte dos mandatos, são abandonadas, os prefeitos fazem o que querem, e alguns não estão nem um pouco preocupados com o que acontece em suas cidades.

    Nós, moradores da Baixada, somos basicamente obrigados a trabalhar fora, pois as oportunidades por aqui são pouquíssimas e nem todos tem a sorte de conseguir uma vaga. Para sair ou transitar pela Baixada necessitamos de transporte público, assim como em todas as outras cidades, mas a diferença da Baixada para os outros lugares é o “Fator Cinderela”.

    O “Fator Cinderela” é bem simples de entender. Você é livre pra ir onde quiser, mas não na hora que quiser. Você tem até 23h 59Min, pois quando o relógio marcar 00h Puff!!! A fada madrinha acaba com a mágica do transporte. Lógico que não são todos que somem assim do nada, alguns acabam bem antes, tem os ônibus que passam na Dutra em direção a Central, porém os motoristas não param nesse horário, o transporte público por aqui se resume a isso.

    Já trabalhei no turno da noite em Copacabana, tinha que sair mais cedo de casa e ficar esperando no trabalho, pois se eu fosse descansar pra sair no horário certo, corria o risco de o motorista não parar pra mim e eu chegar atrasado, se eu conseguisse chegar.

    Já saí diversas vezes tendo que esperar o dia amanhecer pra voltar pra casa, tanto no Rio quanto na Baixada.

    Isso foi apenas um relato do que acontece na minha querida Baixada Fluminense que é repleta de problemas sim, mas que ainda assim é maravilhosa. As pessoas daqui são as que mais me inspiram, as histórias daqui são as mais impressionantes e pretendo dividi-las com vocês. Nas minhas próximas colunas farei uma série (aceito ideias para o nome) onde contarei algumas histórias e alguns relatos sobre a nossa BXD.

    Se curtiu a coluna, compartilha pra chegar na rapaziada, a próxima vou falar sobre………………………………………………………. Cola aqui na próxima quinta que eu te falo.

  • Conheça o projeto Literatura da Ruas

    Conheça o projeto Literatura da Ruas

    O Literatura das ruas é um projeto que tem como objetivo mesclar a literatura com as artes das ruas, através de intervenções literárias em eventos de cultura urbana como: rodas culturais, saraus de poesia, entre outros.

    As Intervenções literárias contam com:

    • Uma biblioteca comunitária que incentiva a troca de livros e o consumo da literatura marginal produzida nas periferias do Brasil.
    • Distribuição de poesias e letras de rap, de artistas da Baixada Fluminense.
    • Apresentação de um(a) DJ e um Pocket Show.

    Em sua primeira edição terão 6 intervenções em diferentes cidades da Baixada Fluminense, que culminarão em um grande evento na praça Zumbi dos Palmares; onde haverá shows, batalha de mc’s, slam de poesia, DJs, entre outras atrações. O line será composto pelos artistas das cidades visitadas, visando fazer um intercâmbio artístico e cultural.

    Antes de ser Literatura das Ruas o projeto se chamava “Banca Ohana Livros, uma biblioteca comunitária dentro do Festival Caleidoscópio, foi idealizado por Carol Tavares aka DJ Moonjay e criado com a ajuda de Marlon Gonçalves aka DorgoDJ.

    Moonjay sempre sonhou em ver uma biblioteca comunitária em seu bairro e através do Enraizados esse sonho se tornou real. Na primeira edição os livros foram levados e organizados em caixotes de madeira, cerca de 80 livros conseguidos em doações; no final do festival havia cerca de 80 livros como no início, porém eram outros livros, o público abraçou a ideia da biblioteca de “trocar livros”, além de consumirem literatura, eles contribuíram para que outras pessoas também pudessem consumir.

    Dorgo DJ conta um pouco sobre o know-how de ter uma biblioteca itinerante:

    “Nossa experiência nos faz crer que a juventude gosta de ler, ao contrário do que algumas pessoas acreditam; contudo, o difícil acesso a um conteúdo específico, que seja realmente interessante para estes jovens, faz com que os mesmos acabem buscando satisfação em outras formas de cultura.

    Acreditamos que proporcionar um espaço onde livros escritos por pessoas com histórias de vida parecidas com a nossa realidade, com temas interessantes, estejam disponíveis nos locais onde a juventude já ocupa, sem custo, apenas com o compromisso de devolver ou passar adiante em outra biblioteca móvel, pode transformar a relação entre os jovens e os livros. Além de incentivar a leitura, valorizar os escritores marginais e incentivar a criação de uma rede de bibliotecas móveis, sabemos que o hábito de ler trará benefícios para a juventude, como o desenvolvimento de um pensamento crítico e estímulo da criatividade.

    A primeira intervenção do Literatura das Ruas foi no Festival Caleidoscópio e novamente foi um sucesso, a próxima será no Rap Free Jazz em Duque de Caxias, no dia 16 de Setembro, com muitas novidades. Se você quer saber mais ou contribuir de alguma forma para o projeto, fique atento nas redes sociais.”

  • REC16 lança o projeto Rimas Gerais pra movimentar a cena do Rap nacional

    REC16 lança o projeto Rimas Gerais pra movimentar a cena do Rap nacional

    O lançamento do projeto Rimas Gerais com os Mc’s: Mini (Dogtown), Well, FBC (DV), Chris e Mirral na produção foi no dia 25 de julho pelo canal Estúdio Rec16.

    O projeto objetiva mostrar o potencial do rap de BH, através de videoclipes, no estilo cypher, mesclando entre artistas que já tem um reconhecimento na cena atual e artistas que ainda não são reconhecidos, pretendendo lançar 5 edições ainda esse ano.

    A Rec16 que começou como um sonho para o produtor Jão Beatz, hoje é um dos melhores estúdios de BH, com um trabalho impecável e de muita qualidade. A cerca de um ano e meio o estúdio está pronto e funcionando com força total, mas Jão trabalha nisso há muito tempo, no começo ele só queria gravar os sons, ai começou a fazer beat porque não tinha grana pra pagar o instrumental, com o tempo foi comprando equipamento e montando o ‘estúdio’ no próprio quarto pra gravar os sons do Sigavante, grupo de Rap no qual Jão faz parte, onde entra a outra metade do Estúdio Rec16, Rodrigo Noronha.

    Rodrigo Noronha era produtor do Sigavante, foi lá que conheceu Jão e seu projeto de estúdio, literalmente um projeto, pois Jão só tinha um Microfone e o computador, mas tinha um sonho de transformar aquele projeto em algo muito maior e com a ajuda de Rodrigo começou a colocar em prática. Digamos que eles começaram dos 10% e com muita força de vontade eles conseguiram concretizar. Mas a ideia principal da Rec16 não é ser apenas um estúdio, é ser um selo independente, onde os artistas do selo e outros de fora possam gravar seus sons, além comprar beats, arte visual, gravar videoclipes e lyrics vídeos, também pretende lançar sua marca de roupa, que já tem algumas peças pra serem lançadas.

    A Rec16, tem planos pra ser uma grande referência na Musica nacional, não pensam só no Rap, já tem até alguns projetos em andamento envolvendo bandas de MPB e um projeto de acústico, como podemos ver, a rapaziada de BH ta com muita vontade e mostrando um enorme potencial, fica ligado nos trampo da Rec16!

    Tive uns spoiller e só tem coisa boa vindo ai, tem videoclipes dos Mc’s Djonga, Chris e Clara Lima, também a próxima edição do Rimas Gerais que já está sendo finalizada. Se ficou curioso de saber como devem estar esses trampos da um confere nos que já estão na pista: Well – O Preço do Amanhã part. Coruja BC1 (Prod. B7Z) e Audioclan – Banco de couro.

    Se curtiu o trampo da Rec16, acompanha os manos nas redes sociais, sempre tem uma novidade e se curtiu a matéria, pode compartilha com a rapaziada, dá um confere nas colunas que escrevo semanalmente e seguir @dorgodj nas redes sociais. Valeu rapaziada e até quinta que vem!