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  • O papel do Mc

    O papel do Mc

    Lembro-me bem quando eu tinha oito anos de idade e conheci a cultura hip hop, o gênero, os instrumentais e a ideologia de todo um movimento eram algo novo e que me encantaram de cara. Com o passar do tempo admirei a forma como os tais MC’s faziam parecer fácil usar rimas para expressar a sua mensagem.

    Ainda moleque, me arrisquei a fazer uns versos e fui me aprofundando nessa arte linda de manusear as palavras, fui bastante influenciado pelos raps de São Paulo, em que Realidade Cruel, Facção Central e Racionais gritavam a verdade das periferias não só do estado, mas de todo o Brasil.

    Fui percebendo a importância daquela figura periférica com o microfone na mão, a empatia do público com as palavras proferidas, sempre fluía uma sintonia mágica e eu admirava aquilo. Certa vez quando fui no show do Neto (Síntese), lembro que ele disse que o MC exerce uma influência muito grande para com os jovens que o cercam. Muita das vezes, o rapaz nem escuta a família e escuta o MC, portanto os artistas tem que se polir.

    O rap é música, o artista tem a liberdade de moldar as palavras a seu bel-prazer, mas antes de qualquer coisa, voltemos a essência do movimento e pensemos nos jovens que a cultura vem agregando a cada dia.

  • Sobre saudades…

    Sobre saudades…

    O tema da coluna dessa semana seria outro, mas ontem a noite recebi a notícia que um amigo havia morrido; ao saber eu continuei do mesmo jeito, pareceu normal, o que não deixa de ser, levando em consideração que todos morreremos, mas não recebi a notícia da mesma forma que recebia a anos atrás, não fiquei chorando e me perguntando “por que?”, continuei com meus afazeres e fui dormir depois, o que me fez refletir, me fiz várias perguntas como:

    Por que a morte de um amigo não me impactou?

    Será que eu não me importava tanto com ele?

    Será que eu sou um amigo tão ruim assim?

    Será que eu já esperava por isso?

    Será que me acostumei com a morte?

    Mas ao escrever esse desabafo, percebi que todas as perdas que tive até hj, me impactaram do mesmo jeito, no final o sentimento predominante é sempre a saudade, cada um tem um jeito de lidar com a morte e esse jeito pode mudar com o tempo, porém o que nunca muda é esse sentimento. Hoje, 27 de julho de 2017, estou aqui escrevendo esse texto, chorando e pensando no meu mano Gabriel, pensando no tempo que não nos víamos, pensando no gelo que íamos tomar e nunca marcamos, pensando na esposa e no filho dele. Não vou dizer o quanto ele era bom, tudo que ele já fez, ou o porquê dele ser especial, mas vou dizer que vai fazer muita falta. Descanse em paz, meu irmão Gabriel!!!

    E para encerrar, gostaria de pedir desculpa a todos os meus amigos, desculpa por não mandar uma mensagem, por não visitar, desculpa por não marcar aquele gelo, aquele churras ou aquele rolê, desculpa por não dizer sempre o quanto você é especial pra mim, por que você é! Eu já perdi tantos amigos que quando eu lembro a lágrima escorre e não tive oportunidade de dizer isso pra maior parte deles. Então se você me considera como seu amigo ou coisa do tipo, esse trecho é pra você.

  • 10 videoclipes de rap mais emblemáticos da Baixada Fluminense

    10 videoclipes de rap mais emblemáticos da Baixada Fluminense

    Em uma ordem cronológica apresento pra vocês os 10 videoclipes de rappers da Baixada Fluminense que considero mais emblemáticos. Os critérios que utilizei são roteiro, performance dos MCs, produção, locação, entre outros…

    Neste ano de 2017 foram produzidos muitos videoclipes, e muitos são bons de verdade, contudo alguns mais antigos tiveram um impacto muito positivo para a região na época, então também precisei considerar este fator.

    Espero que gostem da lista, mas lembrem que não coloquei do melhor videoclipe para o pior e nem vice-versa, os clipes estão em ordem cronológica e o intuito aqui é apresentar para vocês alguns artistas e clipes que eventualmente vocês não conheçam, e não instigar uma disputa sem sentido (mas se rolar tudo bem, rsrsrsr).

    Quem discordar da minha lista pode deixar mensagens nos comentários, vai ser um prazer trocar essa ideia com vocês e também conhecer mais clipes.


    01) WSO – Crime perfeito (2017)

    02) Aogiro – Muda nada (2017)

    03) Léo da XIII – Novos Planos (2016)

    04) Einstein NRC – Einstênio (2016)

    05) Marcão Baixada – Baixada em cena (2014)

    06) Slow da BF – Baixada (2013)

    07) Marcio RC – Virtudes (2012)

    08) Kapella – Noiztapafica (2012)

    09) Pêvirguladez – Eles não moram no morro (2011)

    10) Vou deixar o décimo por conta de vocês.
    Qual o clipe que não citei aqui que vocês acham que deveriam entrar nesta lista?
    Coloque o link nos comentários.

  • ‘Oi Kabum’ abre inscrições para novas turmas voltadas a projetos temáticos relacionados à Cultura Urbana.

    ‘Oi Kabum’ abre inscrições para novas turmas voltadas a projetos temáticos relacionados à Cultura Urbana.

    LAB.IU é um Laboratório gratuito de linguagens integradas para desenvolvimento de projetos referentes à Cultura Urbana.

    O processo de seleção é on-line com preenchimento de formulário, incluindo links de portfólio, trabalhos realizados e currículo nas áreas de arte e tecnologia. São 60 vagas para jovens de 16 a 29 anos, estudantes ou egressos da rede pública de ensino, com experiência em arte e tecnologia (autodidatas, formados pela oi Kabum! ou em outros cursos).

    São 440 horas de formação – pesquisa e desenvolvimento de projetos – com encontros às terças, quartas e quintas-feiras, das 8h às 13h, ao longo de 6 meses contínuos, incluindo o período de férias de janeiro de 2018, sendo assim, os alunos selecionados não terão férias.

    Se tiver dificuldade de acesso à internet, ligue para 2509-3812, para agendar o dia e horário para preenchimento deste formulário no CECIP – Centro de Criação de Imagem Popular. Dúvidas envie e-mail para oikabumrj@gmail.com

    Mais informações:

    Se inscreva aqui!

    Inscrição on-line: até 2 de agosto
    Divulgação do resultado final: 09 de agosto, no site oikabumrio.org.br
    Matrícula: 10 e 11 de agosto
    Início dos encontros: 15 de agosto 2017
    Encerramento dos encontros: 31 de janeiro 2018
    Local dos encontros: Centro Municipal de Artes Calouste Gulbenkian, Rua Benedito Hipólito, 125 – Praça Onze – Centro, Rio de Janeiro.

     

  • Homicídios, tráfico e prisão saem das ruas diretamente para as letras do grupo WE$T011

    Homicídios, tráfico e prisão saem das ruas diretamente para as letras do grupo WE$T011

    PR13, líder do grupo We$t011, tem uma história de vida que daria o roteiro de um filme bem cabuloso, envolvendo drama, crime e uma trilha sonora onde só o gangsta rap teria lugar garantido.

    O grupo, da cidade de Francisco Morato (SP), está trabalhando em seu novo CD com a participação de vários produtores do Brasil e do exterior. A faixa liberada recentemente, “Nunca Serão“, indica que será um dos trabalhos mais polêmicos do ano de 2017.

    Hoje, infelizmente, o dinheiro tá ficando acima da arte, e é preocupante porque têm trabalhos bons na mídia, com certeza, mas também têm trabalhos ruins, bem inferiores do que a maioria, e que só estão na mídia por (causa do) dinheiro“, desabafa PR, um dos integrantes do grupo, que diz que vão atirar para todos os lados, acabando com toda mentira existente no cenário, sem nenhuma piedade, mas sem perder o real alvo, que é o sistema opressor, e afirma ir muito além do que somente defender, mas manter vivo o verdadeiro Gangsta Rap no Brasil. 

    “O gangsta rap no Brasil passa por um momento difícil, o rap tá muito pop. Eu gosto (do gangsta rap), defendo a bandeira do original gangsta rap, que infelizmente não passa por uma fase muito boa. É algo que está dentro de mim, não forço, é como se estivesse no sangue. 
    O WE$T011 não vai deixar de fazê-lo pra ter mais status ou um reconhecimento maior, esse novo álbum é a prova disso. Nós não vendemos algo mentiroso, dentro desse meio existem muitos personagens e as pessoas só entendem isso quando passam de só admiradores à pessoas que vivem o rap e conhecem os bastidores; elas passam a entender o que o Brown falou sobre quem se diz revolução e humildade. O “tamo junto” não passa de ilusão.
    Graças a Deus, em todo esse tempo de caminhada que temos no cenário do Hip Hop, nós sempre mantivemos a postura e a verdade perante a todos. É algo que levamos conosco, fazemos por amor, procurando sempre os melhores meios pra trabalhar bem e viver cada vez mais nisso.”

    [box type=”info” align=”alignright” class=”” width=”100″]Gangsta Rap é um termo utilizado para definir um estilo de rap que tem por característica a descrição do dia-a-dia violento dos jovens de algumas cidades.[/box]

    O grupo WE$T011 vem ganhando destaque fora do Brasil, principalmente em Los Angeles aonde está surgindo uma parceria histórica que em breve será noticiado em suas redes sociais.

    Acompanhe abaixo o bate-papo que nós, do Portal Enraizados, tivemos com o PR,  onde ele conta um pouco mais sobre a trajetória que os trouxe até aqui e também sobre seus trabalhos futuros.

    • A formação do grupo e seus integrantes

      O grupo WE$T011 foi formado em 2012 por mim e pela minha esposa, a Kelsi, mas estou trabalhando no rap desde 1998, não tão profundamente quanto agora. Eu tinha uma participação com a Posse Rima e Revolução, filial da Nação Hip Hop, na mesma época eu era envolvido com outras coisas, crime, tráfico… Então não estava totalmente dedicado ao Hip Hop.

      Depois que casei, retornei ao cenário do rap e foi quando a gente começou a trabalhar e se dedicar mais; entramos de cabeça, elaboramos um trabalho, montamos nosso próprio estúdio, nosso selo, começamos a gravar, lançamos o EP, fizemos parcerias com outros grupos, e agora vamos colocar nosso segundo trabalho na rua, que já têm participações confirmadas do Tino e do Conejo e participações futuras com artistas de Portugal e Angola.

    • Destaque fora do Brasil

      Foi algo extraordinário. Primeiro fomos apresentado ao Chino 818 através de um amigo que mora em Maresias (SP), do nada ficamos amigos e depois de uns 2 ou 3 anos ele nos chamou pra uma participação. Ele sempre acompanhou o Hip Hop no Brasil, a cultura, as favelas, mas por ser gringo, eu nunca cogitei fazermos um trabalho juntos.

      Esse som fez com que nosso trabalho se expandisse, pessoas de diferentes países nos ouviram e começaram a acompanhar nossas músicas. Com isso, amigos dele de diferentes lugares, como o Conejo, conhecido como o Tupac mexicano, se aproximaram da gente também. Inclusive o Conejo disse que quer muito passar uma temporada no Brasil, fazer uma participação com o WE$T011, gravar um videoclipe tudo o mais. O único problema é que ele foi extraditado do México para Los Angeles, por acusações de homicídio. É um rapper conceituado e conhecido, mas está envolvido com gangs, o verdadeiro gangsta.

    • “Pelo sonho” é a principal música do novo álbum do WE$T011 e está sendo disponibilizada exclusivamente pro Enraizados

      Ela leva o sample da música Juicy, do Notorious Big. É muita responsabilidade, mas se encaixa perfeitamente, porque nosso novo álbum fala de toda nossa trajetória e o título é “Pelo Sonho”.

      Pra mim, estar fazendo rap é algo extraordinário porque cresci em uma família pobre, sem recursos, na rua. O meu irmão mais velho ficou 4 anos no Carandiru e depois que saiu continuou no tráfico, era a nossa realidade, minha mãe levava drogas pra ele no presídio; cresci vendo tudo isso, achava que essa era a vida, não tinha outra perspectiva, mas quando ele foi pego pela segunda vez, indo pro Rio de Janeiro, aconteceu aquela rebelião feita pelo PCC; descobriram que ele era de uma facção carioca e durante o banho de sol foram 48 presos contra meu irmão e mais um amigo. Ele morreu com uma faca que entrou pela nuca e saiu pelo queixo e quando eu o vi no caixão, tive um choque, percebi que o crime não era o que eu imaginava e com o decorrer do tempo saí da vida do crime, conheci o Hip Hop, entrei pra igreja e hoje tô aqui, fazendo música.

      Muitas vezes, quando eu estava na mata cuidando de máquinas pra não ter que vender drogas, escutava a 105FM e me perguntava se um dia poderia gravar também. Esse CD tá sendo apoiado pela Dhummal Produções & Família do Corre Monstro e vem relatando tudo isso, essa faixa em específico fala sobre traições na caminhada, pessoas que desacreditaram, disseram que eu não tinha o dom e toda essa pegada.

     

    SERVIÇO

    Facebook: https://www.facebook.com/west.011oficial
    Telefone: (11) 9.8540 – 3709

  • De onde viemos? Qual é a nossa estória?

    De onde viemos? Qual é a nossa estória?

    Qual é a sua estória? De onde você vem e para onde você vai?

    Essa semana tive a oportunidade de ter um encontro com o passado que nem sempre conhecemos. Fui com amigos e minha esposa fazer o caminho da ‘Pequena África’ no centro do Rio de Janeiro, caminho este que abriga a famosa Pedra do Sal, Jardim Suspenso do Valongo, Cemitério dos Pretos Novos, Cais do Valongo (considerado agora patrimônio da humanidade, onde chegavam os Tumbeiros trazendo os africanos em viagens desumanas, mortais) entre outros. Chama muito a atenção a situação de abandono do Cemitério dos Pretos Novos, que era o local onde eram enterrados os viajantes forçados que não resistiam à tenebrosa viagem. O IPN (Instituto de pesquisas e memória dos Pretos Novos) luta sem apoio governamental para manter o trabalho importante para a questão da nossa identidade e apenas a ajuda dos visitantes mantém o equipamento.

    Eu nunca conheci meus avôs, apenas minhas avós. A mãe do meu pai era bem de idade quando eu era criança e não tivemos muito tempo para conversas mais profundamente sobre de onde viria minha família. Meus pais também não possuíam tal entendimento. Isso foi me sufocando desde jovem e apenas um tempo mais tarde minha avó materna conversou comigo que teria vindo para o Rio de Janeiro correndo da situação complicada nas Minas Gerais, terra de seu nascimento. Nunca entendi o “Gonçalves Pacheco” do meu nome, minha avó era ‘de Jesus’, a outra era ‘Rodrigues’, enfim, um enorme quebra cabeça.

    Como a maioria dos negros brasileiros o que me vem à cabeça é que “Eu sou da África!”

    Mas de onde? Não faz sentido falar de país, e sim de etnia, povo, tribo. Qual delas seria o berço dos meus antepassados que foram escravizados e perderam seus nomes originais, religiões e cultura ao passarem pelos famosos e tristes “Portais do esquecimento“? Só no Brasil foram 4,9 milhões de africanos (a maior migração forçada vista no mundo) que tiveram o “rebatismo” com nomes católicos ocidentais, nomes como o “Jesus” de minha avó ou, talvez, Gonçalves de alguma família “dona” de escravos no Brasil.

    Tive acesso ao documentário “Brasil: Dna África” que foi produzido com a intenção de buscar as raízes dos afrodescendentes brasileiros e reconstruir, ou devolver a identidade de cada um de nós. É muito interessante ver um trabalho com o African Ancestry, laboratório em Washington que tem em suas bases de dados mais de 200 etnias africanas e faz a comparação com cada DNA analisado. A organização norte americana que faz o levantamento caso a caso de 150 brasileiros selecionados no projeto e descobre através da ciência a provável etnia à qual cada um deles pertencia pela linhagem materna e paterna. Recomendo muito a todos os leitores que assim como eu tem tal curiosidade.

    Conhecer nossas estórias, saber de onde viemos e para onde estamos querendo ir pavimenta o caminho para o nosso futuro. Eu que toda a semana gosto de divulgar aqui estórias individuais vim nesse texto provocar a reflexão coletiva, principalmente do povo da Diáspora africana pelas Américas. Que tal buscarmos esse caminho?

  • ‘Cidade dos Meninos’ é o novo clipe do grupo Malícia Urbana

    ‘Cidade dos Meninos’ é o novo clipe do grupo Malícia Urbana

    Formado por Fael Tujaviu, Kelson da Construção e DJ 2D, o grupo Malícia Urbana, da Zona Norte do Rio de Janeiro, surgiu em 2002, a partir de uma Crew de Grafiteiros, mas o rap só rolou mesmo dois anos depois.

    Sempre com esse estilo contestador, o grupo já lançou alguns webclipes, contudo em ‘Cidade dos Meninos’ arriscaram em um videoclipe com uma mensagem bem mais forte e uma produção de primeira.

    Com a ideia de mostrar a realidade em que vivem a partir de uma ponto de vista bem particular, roteirizaram um clipe recheado de armas – réplicas segundo Fael Tujaviu, mas que com a emoção da letra e imagens bem cortadas, parecem muito armas de verdade.

    Kelson e Fael

    Contudo Fael, ao ser questionado sobre uma possível interpretação dúbia por parte do público, que poderia acusar o grupo de apologia ao crime, ele rebate: – “A gente tem essa preocupação sim, isso foi motivo de muito diálogo entre nós, poderíamos fazer um clipe diferente com certeza, porém agente resolveu botar a cara e usar as imagens pra ilustrar o que estávamos querendo dizer. Nossas crianças estão vendo armas aqui agora, porém não tem nada de arte por trás dessas armas e elas levam eles pro caminho que a nossa arte não quer que ele vá. A gente pretende passar como mensagem é que temos escolhas na vida, independente da nossa situação social, e algumas dessas escolhas nós já sabemos o destino”.

    A ideia de fazer o clipe surgiu em 2014, contudo somente esse ano conseguiram colocar em prática, foram 10 dias de gravação para transformar o roteiro elaborado pelo Coletivo CRUA em realidade, foi um roteiro feito a várias mãos. O coletivo ainda fez uma preparação que transformou os amigos próximos do dos rappers em atores, inclusive a mãe de um deles.

    O clipe tem uma história bem bolada por trás de tudo, uma letra com conteúdo e uma outra vítima que fica em primeiro plano quando o clipe acaba. A mulher. A mãe. A guerreira.

    Cena do videoclipe Cidade dos Meninos
    Cena do videoclipe Cidade dos Meninos

    “Essa é uma história real que se repete frequentemente, já vimos diversas pela cidade. A Mulher, a Mãe, que segura uma barra que ninguém pode imaginar, ela teria que ter um papel de destaque nessa história. O fato de ter muitas cabeças mexendo com o roteiro, e entre essas pessoas homens e mulheres, de experiências diferentes dentro de favela, gerou esse resultado, que o Malícia Urbana curtiu muito”, completa Fael.

    O grupo não pretende deixar o vídeo somente na internet, pois o Coletivo CRUA tem um projeto chamado “Cinegrada”, uma mostra audiovisual, e a ideia é exibir o clipe nas comunidades próximas e onde mais forem chamados.

    Vale a pena ver o vídeo diversas vezes e fazer uma reflexão. Veja e deixe um comentário abaixo.

  • Inscrições abertas para curso gratuito de formação de gestores em políticas públicas

    Inscrições abertas para curso gratuito de formação de gestores em políticas públicas

    Formação é voltada para profissionais da Baixada Fluminense

    O curso, que é fruto de parceria com professores do Departamento de Sociologia/projeto de Extensão QUANTIDADOS, da Sub-reitoria de Extensão da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), tem o objetivo contribuir para a qualificação profissional de gestores e técnicos das prefeituras da Baixada Fluminense, técnicos dos CRAS e CREAS destas prefeituras, líderes comunitários da região e representantes das Organizações da Sociedade Civil, bem como um esforço de aproximação desses atores igualmente engajados nos debates em torno dos temas de educação, saúde, cultura, assistência social e juventude.

    A carga-horária será de 30 horas na modalidade presencial, as aulas começarão a partir de 30 de agosto, todas as quartas-feiras (exceto feriado), das 9h às 16h, no Sesc São João de Meriti.

    A formação terá as disciplinas:

    • Gestão em Políticas Municipais;
    • Orçamentos Governamentais para a Sustentabilidade;
    • Introdução à Teoria da Política Pública;
    • Processo de Formulação de Políticas Públicas;
    • Orientações para a Elaboração de Diagnóstico;
    • Indicadores Sociais;
    • Fonte de recursos financeiros;
    • Implementação de Políticas Públicas;
    • e Metodologia de Avaliação de Políticas Públicas.

    As inscrições podem ser feitas até 9 de agosto para concorrer às 40 vagas que foram abertas esse ano.

    Os interessados devem preencher formulário no link goo.gl/STgr17 ou enviar um currículo para o email brasil@cisp-ngo.org

    SERVIÇO
    O que é: Curso de Formação de Gestores em Políticas Públicas
    Quando é: Todas as quartas, a parir do dia 30 de agsoto
    Inscrições: Até o dia 09 de agosto no link goo.gl/STgr17 ou enviar um currículo para o email brasil@cisp-ngo.org
    Onde é: No SESC de São João de Meriti
    Informações: (21)2667-9265
    Blog: http://baixadaparacima.blogspot.com.br
    Facebook: https://www.facebook.com/baixadaparacima

     

  • Abracem seus artistas locais

    Abracem seus artistas locais

    A Baixada Fluminense vem se mostrando um celeiro de jovens artistas de rap e com os holofotes voltados para a cena é comum vermos cada vez mais eventos de rap, cada dia nasce um MC pelos acessos da Baixada, agora, se ele vai se dedicar e continuar empregando a Profissão MC  é outra história, mas vamos focar nos ditos eventos.

    As tão famosas rodas culturais geralmente funcionam no formato:

    Mestre de Cerimônia + DJ sets + Batalha de MC’s + Pocket show.  

    Porém enfrentamos um grande problema: O PÚBLICO. Sim, o público é alma da roda, o evento foi feito para ele, ele é o jurado das batalhas, grande parte do motivo daquela ocupação ser, na maioria das vezes, em um espaço público. Mas geralmente se a atração da noite é um artista local, a galera não presta a devida atenção no trabalho do amigo.

    Todos pedem por uma intervenção artística, um evento fixo num local, e quando finalmente se movimentam nesse sentido, muitas das vezes, parte do público desrespeita os artistas envolvidos, muitos só estão ali para presenciar a batalha, o foco principal da noite, e quando o artista convidado vai se apresentar, se dispersam e o MC tem que doar sua energia para meia dúzia de pessoas.

    Tudo depende do local, da vibe, mas é uma grande verdade que há um grande desrespeito com os grupos/MC’s desconhecidos da grande mídia que se apresentam em locais públicos. É comum presenciarmos um evento lotado e na hora do show, vermos menos da metade do público interagindo com o artista, isso ainda é triste. Não esperem que o trabalho do artista vire pra a partir de então passar a prestar atenção em seu trabalho, olhe agora, respeite aquele momento em que ele entrega seu trabalho para vocês. A partir do momento em que ele recita seus versos, a canção não é mais dele, retribuam com a energia necessária como um incentivo e façam daquele momento algo bonito, vocês verão os frutos a frente, lembrem-se, digo isso também enquanto artista.

  • Sérgio Sá Leitão é o novo ministro da cultura

    Sérgio Sá Leitão é o novo ministro da cultura

    Após mais de um mês sem Ministro da Cultura, o presidente fora-Temer indica o jornalista Sérgio Sá Leitão como o novo Ministro.

    Pra quem não tá ligado(a) logo depois de efetivar o golpe, fora-Temer acabou com o Ministério da Cultura, juntando-o com o Ministério da Educação, o que gerou uma série de protestos pelo Brasil agora, inclusive a ocupação do prédio Gustavo Capanema, onde funciona o Minc no Rio de Janeiro.

    Fora-Temer voltou atrás e anunciou o Marcelo Calero – na época secretário de cultura do Rio de Janeiro – como novo Ministro. O fato é que ele já havia convidado uma série de pessoas para o cargo, mas ninguém aceitou.

    Calero pede demissão sete meses depois, após revelar uma sujeira osquestrada pelo, na época Ministro de Governo, Geddel Vieira Lima, que estava o pressionando para que ele intervisse para que o Iphan liberasse uma obra em Salvador, onde Geddel teria um apartamento (conseguido sabe-se lá de que forma), mas fora-Temer defendeu Geddel e então Calero meteu o pé.

    Geddel foi preso no último mês por outros crimes, mas infelizmente agora está em prisão domiciliar.

    Com a saída de Calero, quem assumiu a Ministério da Cultura foi o Deputado Federal Roberto Freire (PPS-SP), que pediu demissão seis meses depois, assim que divulgaram a gravação do fora-Temer como Joesley Batista, o dono da JBS (Friboi e Havaianas), sim ele também é dono das sandálias Havaianas que tá no teu pé.

    Então João Batista de Andrade assumiu a batata quente como interino, mas pediu pra sair antes mesmo de entrar.

    Em uma entrevista para a BandNews ele disse que o Ministério da Cultura é uma verdadeira furada porque não tem dinheiro na pasta, não dá pra fazer nada, é só aborrecimento.

    A pasta já sofria vários cortes no orçamento desde os últimos governos. Mas só em 2017 houve um corte de 47% no orçamento do Minc, sim, eu disse 47%, diminuindo pela metade aquilo que já estava ruim.

    A partir daí, ninguém em sã consciência queria segurar esse elefante branco, mas sabe-se lá Deus porque, Sérgio Sá Leitão aceitou.

    Quem é Sergio Sá Leitão?

    Sérgio Sá Leitão é graduado em jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Foi repórter e editor do Jornal do Brasil e da Folha de S.Paulo, e na década de 2000 migrou para a carreira de cineasta, como diretor de filmes, documentários e propagandas.

    É co-autor dos livros “Futebol-arte: a cultura e o jeito brasileiro de jogar” (1998) e “Marketing esportivo ao vivo” (2000), entre outros.

    Entre 2003 e 2006, Sá Leitão foi Chefe de Gabinete do então Ministro da Cultura, Gilberto Gil, e Secretário de Políticas Culturais do MinC. Em maio de 2006, assumiu o posto de assessor da presidência do BNDES, atuando na criação do Departamento de Economia da Cultura e do Programa de Apoio à Cadeia Produtiva do Audiovisual (Procult). No MinC, coordenou os programas Copa da Cultura, Música do Brasil, CulturaPrev e Economia da Cultura, entre outros.

    Em 2007, foi nomeado assessor de diretoria da Agência Nacional do Cinema (Ancine). No ano seguinte passou a diretor do órgão, com mandato até 2010. No entanto, em janeiro de 2008 deixou o cargo para presidir a RioFilme, a convite do prefeito Eduardo Paes.

    Também foi secretario municipal da Cultura do Rio de Janeiro entre 2012 e 2015.

    [Fonte: Wikipedia]