Tag: Audiovisual

  • O Rap e o VMB

    O Rap e o VMB

    Em 2011, pudemos observar o investimento pesado que os MCs/grupos de Rap fizeram no Audiovisual.
    Muitos videoclipes sendo lançados, de Norte ao Sul do país, lançamentos, twitcams com os artistas sendo feitas para o lançamento, páginas exclusivas em redes sociais criadas para divulgação dos trabalhos. Formas criativas de empreendimento artístico foram desenvolvidas. Com o advento da internet, os artistas passaram a usar isso ao seu favor, e o rap não ficou de fora dessa.

    Além de fazer uso dessas formas criativas, os trabalhos lançados nesse ano apresentam grande qualidade e autonomia. Os artistas chegam a triplicar o alcance de sua música, quando estas, ganham registros audiovisuais. E conforme são apresentados trabalhos desse porte, a repercussão e reconhecimento vêm em seguida. Por isso, temos 5 MCs e um grupo de rap, indicados ao Video Music Brasil (VMB), premiação musical realizada pela MTV Brasil. Saiba quem são:


    Criolo
    O “Gênio sensível” -como a jornalista e grande amiga minha, Angelina Miranda, refere-se ao MC-, lidera as indicações. Criolo Doido, como também é conhecido, já tem mais de 20 anos de carreira, já havia lançado o disco “Ainda Há Tempo”, e se tornou referência ao criar a “Rinha dos MCs”. Em 2011, lança “Nó na Orelha”, com uma sonoridade bem diferente da que o público rap está acostumado, mas que rapidamente cativou á todos, principalmente pelo fato de resgatar e trazer muitas influências da música popular brasileira. Criolo está concorrendo a Artista do Ano, Clipe do Ano, Revelação, Melhor Música  e Melhor Disco.

    Emicida
    A primeira vez que Emicida participou do VMB, foi em 2009, com o videoclipe da canção “Triunfo”, que faz parte de sua primeira Mixtape lançada, “Pra quem já mordeu cachorro por comida, até que eu cheguei longe.” O MC, oriundo das batalhas de freestyle, ainda não lançou um álbum, mas lançou uma segunda-mixtape, um EP temático, e um EP em parceria com produtores internacionais, além de singles, participações e videoclipes. Em 2011, está concorrendo a Hit do Ano, Artista do Ano e Clipe do Ano.

    Karol Conká
    Karol é uma das principais mulheres na linha de frente do rap paranaense. O estado possui uma enorme safra de MCs, beatmakers e eventos de Hip-Hop. Karol não tem álbum lançado, mas lançou uma Promo, e um videoclipe da canção “Boa Noite”. Está em estúdio, gravando seu primeiro álbum, que tem previsão de lançamento para este ano ainda. Karol está concorrendo à categoria Aposta.

    Lurdez da Luz
    Pra quem já conhece o Mamelo Sound System, conhece sua voz e suas rimas afiadas. A MC já fez participações com Afrika Bambataa, Thaíde & DJ Hum, The Roots, entre outros. Em 2010 lançou seu primeiro trabalho solo, o EP, que leva o seu nome, lançado de forma independente. Lançou o videoclipe da música “Andei”, e está concorrendo a Videoclipe do Ano.


    Start
    Concorrendo à Aposta e Hit do Ano, está o grupo Start, formado por Stephan, filho de Marcelo D2, Faruck, Shock e DJ Alves. Com rimas inteligentes e descontraídas, trazendo influencias da música brasileira, o grupo lançou, em 2010 o videoclipe da canção “Que Vença o Melhor”, e em 2011, lançaram o EP “Porradão de 5”, além de divulgar seu trabalho pela internet e fazer shows pelo Brasil.

    Flora Matos
    Flora iniciou-se como MC no projeto Noções Unidas, em 2003. Em 2006, passou a fazer shows solo, e foi considerada a melhor cantora do ano, em Brasília. Trabalhou com os DJs Cia e KL Jay. Participou de uma mixtape dirigida por Ice Blue e Mano Brown. Fez uma turnê pela Europa, e em 2009 lançou seu disco de estreia “Flora Matos vs StereoDubs”. Tambem lançou o videoclipe da canção “Pretin”. Está concorrendo à Hit do Ano.

    Para votar e saber quem são os demais artistas indicados ao VMB, de outro gêneros musicais, acesse o site: http://vmb.mtv.uol.com.br/

     

  • Nyl MC: Focado e caminhando

    Nyl MC: Focado e caminhando

    Ele se iniciou no rap, sendo backing vocal do rapper Fydell, logo após, integrou o BDO MCs, grupo que em pouquíssimo tempo, chamou a atenção do “Hip-Hop Rio”. Se apresentaram na antiga LIBBRA, Hutúz e TV Futura. Hoje, em carreira solo, focado e caminhando, integra o selo “Front Urbano” e prepara o EP intitulado “Escuta Essa Parada”. Lançou uma mini-tape, para divulgar seus singles já lançados, e recentemente, lançou o videoclipe da música “Vamo Q Vamo”. Confira a entrevista com Nyl MC, muita ideia, flow e balanço:

    Marcão: Você era fã de hardcore, como se deu o envolvimento com a Cultura Hip-Hop?
    Nyl MC:
    Foi por volta de 2006. Eu ia aos eventos, conhecia bandas da área e internacionais também. Acho a filosofia do HC a síntese da cultura de rua: Faça você mesmo. Mas apesar da filosofia, faltava uma identificação maior nas letras pra mim. Na época, os amigos mais próximos estavam ouvindo bastante rap nacional e fui me interessando pelas músicas do MV Bill, Sabotage e Racionais. Passei a me ver mais nas letras que eles faziam do que com as de outras bandas, como Paura, Confronto e Dead Kennedys, por exemplo. Daí comecei a ir em algumas festas como o Ressaca Hip Hop e Hutúz. E quando me vi, já ouvia Rap todo dia! (risos). Ainda gosto e respeito muita coisa do Rock nacional e internacional, mas confesso que não ouço tanto como antes.

     

     

    Você, junto com amigos, formou o BDO MCs, em 2007, que chamou bastante atenção no RJ nos anos seguintes. Como foi pra você, integrar um grupo que gerou grande repercussão no cenáro?
    Foi sem dúvida um grande aprendizado de vida, de música e de como as coisas funcionam no meio. O meu irmão Léo, que na época era mais conhecido como Pancinha, começou com a ideia. Ele chegou a comentar com o Lennon e o Raul e eles toparam. De primeira eu não queria participar. Por mais que eu gostasse e quisesse, eu não me sentia confiante de estar num palco com o mic na mão e rimando diante das pessoas. Mas ele acreditou no meu potencial, me lembrou que num projeto de banda que tivemos eu tinha feito umas letras. Ter participado como rapper de apoio do Fydell foi um ótimo aprendizado também, principalmente por ter sido antes de eu começar a fazer shows com o BDO. Bons tempos que deixam saudades…

    Em 2 anos de caminhada, o BDO MCs se apresentou na TV Brasil, na Liga Brasileira de Basquete de Rua, no Hutúz Rap Festival, Festival Palco Livre, matéria pra TV Futura e destaques em diversos sites. Nos programas de TV, rolou dificuldade de interagir diante das câmeras?
    Foi engraçado ver essas coisas acontecerem nos meus 18 anos. Na primeira vez eu estava meio tímido. Estava focado mais em rimar ao vivo do que em falar com o público pela câmera. Como o outro trabalho pra TV foi matéria, então foi mais tranquilo. Até porque, já tínhamos passado por essa experiência.

    Quando o grupo encerrou suas atividades, você pensou, em algum momento, em parar, ou já tinha em mente em dar continuidade à sua carreira com o trabalho solo?
    Eu não queria que o grupo encerrasse, mas ficou complicado fazer os corres e conciliar com os compromissos dos integrantes. Ainda mais desfalcado, já que o Léo tinha saído pra se dedicar ao Rap Gospel. Vi que pra continuar, teria que ser sozinho e precisei captar forças pra isso. Por mais que eu pensasse em fazer um trabalho solo, seria paralelo ao grupo e não principal. Precisei ter forças pra seguir, ainda mais que o grupo estava começando e tinha acabado de lançar um EP. Amo fazer música e ainda tenho muita coisa pra mostrar e muito mais pra realizar.


    E quais são suas influências musicais?
    O Rap me ensinou a valorizar ainda mais a música brasileira que eu já escutava em casa, devido a minha família. Meu pai gosta muito de Soul, Disco Music e Charme. Minha mãe já vai mais pro Samba, Pagode e MPB. Dos meus 13 aos 15 anos eu caí mais pro Rock. Quando era mais novo, ouvi muito Claudinho e Buchecha e o Funk daquela época. Cheguei a ir a uns bailes também quando tinha 16 anos. No Rap admiro a caminhada e os trabalhos do MV Bill, Gabriel, o Pensador e Kamau.

    Você lançou uma mini-tape, que contém singles seus lançados até agora, e que estarão presentes no seu EP. O que podemos esperar desse trabalho?
    A Mini-Tape é um aperitivo para o que ainda está por vir, que é o EP “Escuta essa Parada”. Foi a maneira que encontrei pra divulgar junto os singles já lançados, Fome de Gol e Monumental com o último Vamo Q Vamo. A MiniTape está sendo vendida nos shows e também está disponível pra download. O EP deve estar saindo no início do ano que vem e serve pra marcar o começo dessa caminhada, uma afirmação como artista independente e principalmente mostrar novas opções de Rap pra quem já conhece e pra quem não conhece também. Procuro carregar muita ideia, flow e balanço. São elementos essenciais num Rap pra mim. E quero mostrar o meu jeito de fazer isso, meu olhar sobre o mundo e a vida. Só aguardar que logo, logo vocês poderão escutar essa parada. (risos)

    E paralelo aos seus projetos solo, você faz parte do “Projeto Br.Inde”… Fale um pouco desse projeto.
    O Projeto Br.Inde é uma iniciativa do grande DJ Row G. A ideia basicamente é juntar uma galera nova, lançar o single de cada um e promover a imagem e o trabalho do grupo/MC. Já teve gente boa sendo lançada e ainda vem muito mais por ai. Row G tem procurado diferenciar no trabalho e fico feliz de fazer parte desse time.

    O Projeto “Br.Inde” abriu o show do Emicida, no Viaduto de Madureira, um dos maiores redutos da Black Music e da cultura Hip-Hop no Brasil. Como foi essa experiência?
    Sempre é bom poder participar de um evento desse porte em um baile tradicional como é o Viaduto. Curto o trabalho do Emicida também, e ter essa oportunidade de dividir o mesmo palco foi ótimo. Só deu vontade de mostrar mais músicas, mas o cronograma tem que ser respeitado. O mais importante é que estamos trabalhando e a consequência desse trabalho tem acontecido gradativamente..

    Recentemente você lançou o videoclipe da canção “Vamo Q Vamo”. Como foi o processo de gravação e quais são as expectativas?
    Pra mim, cada trabalho me mostra um ensinamento. Seja sobre música,audiovisual ou até sobre a vida mesmo. E o clip não foi diferente. O trabalho foi realizado pela 7 Filmes, produtora que apoia e acredita no meu trabalho. As filmagens aconteceram em Irajá, Lapa e Santa Tereza. São lugares que combinam com a pegada da música. O clipe é simples e direto como a mensagem da música: estamos focados e caminhando. E a aceitação está sendo muito boa também. Chegamos em 500 visualizações em 1 semana. Pro meu trabalho solo que tem 1 ano acho muito bom. Mas o Hip Hop me ensinou que devemos evoluir diariamente, então quando vir outro trabalho ele terá que ser melhor e com alcance maior.

    Assista ao videoclipe da canção “Vamo Q Vamo”:
    [yframe url=’http://www.youtube.com/watch?v=OBFgGA2R4IU’]

    E quais serão os próximos passos, planos e metas?
    Terminar a gravação do EP, elaborar outros trabalhos com a 7 Filmes, tem umas colaborações maneiras pra gravar também que devem sair esse ano ainda e principalmente fazer muitos shows pra poder mostrar o meu som ao vivo e na rua que é a essência da cultura.

    Nyl, muito obrigado pela entrevista, gostaria que deixasse uma mensagem aos leitores do Portal.
    Só tenho a agradecer a todos que gostam, apoiam, se identificam, escutam, assistem e baixam o trabalho. Sempre quis ter uma banda, mas não aprendi a tocar nenhum instrumento. O Rap me mostrou que eu poderia fazer música e aprender música mesmo sem tocar um instrumento. Amo essa parada! Agradeço também a família Enraizados, que sempre me recebeu muito bem. Evolução diária é a nossa luta. E vamo que vamo que o mundo temos que ganhar né? (risos)

     

  • Parteum lança videoclipe de “A Bagunça das Gavetas”

    Parteum lança videoclipe de “A Bagunça das Gavetas”

    “Eu só preciso de um sonho e uma caneta.”

    O rapper e produtor Parteum lançou o videoclipe da canção “A Bagunça das Gavetas”. A música faz parte do seu último EP, intitulado “A Autoridade da Razão“.
    Dirigido e editado por Cassio Bossert e Jardel Giúdice, o videoclipe foi rodado no formato “Super 8”, para que combinasse com o título da música. As imagens foram feitas em diversos pontos de São Paulo, por lugares que remetem a infância e juventude do rapper, e onde andou de skate, durante a década de 90 (Parteum já foi skatista profissional).

    Em poucas horas de divulgação do videoclipe, diversos internautas e artistas, publicaram suas opiniões a respeito do mais recente lançamento do rapper, pelo twitter:

    “Ordem em meio ao Caos. Meu mano Parteum mostrou qualidade na bagunça mais uma vez… Por isso sou seu fã.” – Kamau

    “São coisas assim que me emocionam, outro nível!” – Adriano Felix

    “WTT é bacana, mas pra mim essa foi a noticia da semana… (desculpa, sou Rap nacional no baguio rs…)” – Emicida, falando sobre o recente trabalho colaborativo entre Jay-Z e Kanye West, mas valorizando o trabalho de Parteum.

    “Gênio!” – Pablo Duca

    Sem mais delongas… “A Bagunça das Gavetas”

    [yframe url=’http://www.youtube.com/watch?v=N8sSl7Wy79s’]

    http://parteum.com

  • “Ter 20 de carreira, faz a diferença”. Entrevista com Japão (Viela 17)

    “Ter 20 de carreira, faz a diferença”. Entrevista com Japão (Viela 17)

    “Ter 20 de carreira, faz a diferença”. Essa é a frase com a qual o rapper Japão (Viela 17), inicia a canção “AH TAH”, prévia do seu novo disco. Confira a entrevista com um dos linhas de frente do Rap nacional, que acompanhou e fez parte da consolidação do rap em Brasília:

    Marcão: Você acompanhou a consolidação da cultura Hip-Hop em Brasília, como foi ver a cena se firmando, e como ela está atualmente?
    Japão:
    Brasília sempre foi um pólo importante para o Hip Hop desde a metade dos anos 80, onde apontou alguns grupos de rap, DJs de baile e Crew de Break, sou desta geração e acompanhei muitas mudanças, atualmente os elementos do Hip Hop estão ainda mais fortes, muitos grupos brasilienses freqüentaram a cena do Hip-Hop paulista, carioca, sulista e nordestino, facilitando assim a expansão do nosso movimento e cultura.

    Brasília está sempre na mídia, por ser palco de escândalos políticos, apesar disso, a cidade possui uma cena cultural muito forte, e que luta pra mostrar esse lado da cidade que nem todos conhecem. Qual a importância disso?
    Se preocupar com a cena política é dever de todos os brasileiros, eu particularmente já estou descrente há anos, vejo na cultura que pratico um modo de disfarçar tal descontentamento e mudar o rumo da estória agindo culturalmente, Ceilândia, por exemplo é conhecida pelo rap que faz e não pelos escândalos políticos, o Plano Piloto e Guará são conhecidas pelas bandas de rock e reggae que se espalharam para todo Brasil, Sobradinho e outras cidades, pelos esportistas e tal, e por ai vai, a cultura brasiliense é mais forte do que toda esta cachorrada política que está ai.

    Junto com o Viela 17, você cantou no aniversário da cidade, para um pouco mais de 1,3 milhões de pessoas. Em algum momento antes ou durante a apresentação, se sentiu com uma grande responsabilidade?
    Sempre sinto um frio na barriga de tocar na cidade em que moro e represento, fui convidado por Daniela Mercury pessoalmente para representar o rap no aniversário de 50 anos da capital que vivia em meio a escândalos políticos, mas cumpri minha missão de uma forma digna e respeitosa a toda população, a responsabilidades sempre pesa mais a partir de quando tocamos em casa.

    Você trabalhou ao lado de GOG e DJ Raffa, que são duas pessoas que representam e contribuem muito para com o Hip-Hop. Como é trabalhar com os dois?
    O Gog e o Raffa sempre foram parceiros musicais, cada um em sua função, é claro. Com o Raffa foi o ponto de partida para minha inserção ao mundo da cultura Hip-Hop, foi através dele que conheci o rap e me profissionalizei musicalmente, o Raffa também me apresentou o Gog e então ingressei ao grupo onde aprendi muitas coisas e também ajudei a concretizar o grupo como um dos linhas de frente do Rap Nacional montando o alicerce de minha carreira.

    O Viela 17 possui muitas canções que mesclam outros gêneros musicais como samba, funk, reggae, entre outros. Qual a importância dessa mesclagem?
    Sou um cara que sempre fui fiel ao Funk Groove dos anos 70, mas gosto muito de misturar todas as tendências musicais que são ouvidas em comunidade, gosto de mudar, fazer algo diferente e de inovação, algo que o rap sempre precisa para se manter vivo.

    Você lançará seu primeiro disco solo, como está sendo o processo de criação?
    O CD está sendo produzido e dirigido com muita calma, não tenho pressa para terminá-lo com urgência, este CD é muito importante, tenho ele como um marco importantíssimo para minha vida e carreira, na qual farei usando tudo que sempre sonhei, e fazer geral dançar e entreter.

    Como surgiu a ideia do videoclipe “AH TAH”?
    O vídeo surgiu a partir de uma parceria com uma empresa e a vontade de lançar algo inicial para mostrar como será o CD que lançarei até outubro de 2011, o vídeo faz alusão ao aniversário de 40 anos de Ceilândia, minha comunidade, a comemoração dos meus 20 anos de carreira e a vontade de fazer algo em prol do meu filho que não para de me falar “AH TAH”, em tudo que peço pra ele fazer, ou quando não concorda com algo que falo… (Risos).

    Confira o videoclipe “AH TAH”, do rapper Japão:
    [yframe url=’http://www.youtube.com/watch?v=o0g-jpFzYjY’]

    Como está sendo o retorno do projeto?
    Este ano estou feliz com tudo que está acontecendo, precisava amadurecer muito as ideias profissionais e pessoais, o retorno como sempre no rap nacional é lento, mas satisfatório.

    Além do disco, quais são os projetos pra 2011?
    Estou neste ano de 2011, com o projeto do CD, a gravação do meu 1º DVD e alguns projetos sociais tais como: Roda de Rap que será feito nas unidades prisionais juvenis e a caravana Hip-Hop contra o Crack que será um mesclado de apresentações artísticas, palestras e discotecagem em todas as cidades satélites do DF.

    Japão, valeu mesmo pela entrevista, deixe sua mensagem aos leitores do Portal…
    “Não se pode ter tudo quando seu pensamento foge do ato de amar o próximo! Para todos que apóiam o Rap Nacional: VIDA, para os que reprovam: AH TAH!”

    Confira o trabalho do rapper japão em seu site: http://japaoviela17.com.br/

  • DeDeus MC lança clipe e marca mês dos trabalhadores

    DeDeus MC lança clipe e marca mês dos trabalhadores

    Lançado hoje, o primeiro videoclipe da DeDeus MC faz alusão à condição do trabalhador brasileiro e desafia o machismo do rap.

    Destino. Foi assim, sentindo o próprio, que DeDeus MC pensou em fazer a música e o videoclipe que chega hoje às ruas.

    Com direção de Mel Duarte, o material audiovisual marca o primeiro ano de carreira da MC que tem três sons gravados e conquista pelo diferencial de uma voz marcante e uma música crítica.

    Em alusão ao Dia do Trabalhador – comemorado em 1º de maio – o videoclipe traz a batalha do dia-a-dia dos trabalhadores brasileiros, a situação política do país e como o refrão diz: “Medo de falar? Não!”

    Filmado durante seis dias por vários cantos de São Paulo, como o centro da cidade, o Ibirapuera e o Beco da Saudade, na zona norte, o clipe destaca tema e imagens fortes, que mostram a DeDeus MC pronta para arriscar e passar a mensagem.

    Quem aprova e comenta o trabalho é Julia Rocha, que na sexta-feira (29) foi de Campinas para São Paulo apenas para assistir ao pré-lançamento do clipe na Rinha dos MCs. “Acho muito bom ver o trabalho dela, que é mulher, fazendo isso, dando a cara a tapa, sem medo”, diz.

    Já o rapper Mamuti elogia a postura da MC após ter visto o clipe também no pré-lançamento. “É bem loco. Como diz o poeta: é um tapa na cara da sociedade, porque o rap é um movimento machista e acaba sendo racista às vezes e ela chega metendo o pé na porta, dizendo que não tem medo de nada. Pode vir, que estamos pro que vier”, define.

    Confira o videoclipe “Destino”, da DeDeus MC:
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    Exibições

    Além do lançamento oficial pela internet, o clipe será exibido hoje no Cineclube Luz, Câmera e Reflexão da Cia. Bella de Artes em Poços de Caldas. Isso acontece porque o ciclo envolve documentários e o primeiro deles é o “Favela Rising” que trata justamente do cotidiano na periferia, assim como o clipe.

    Já no próximo dia 10 de maio o clipe será lançado no Sarau Suburbano Convicto, promovido por Alessandro Buzo e que nesta próxima edição inova com o projeto Super Tela, que deve acontecer uma vez por mês para exibir curtas, documentários, filmes e clipes.

    Links:
    Depoimentos do pré-lançamento: http://youtu.be/TTO_xEs0YWA?hd=1
    Teaser do clipe: http://youtu.be/-l7MYS_QOpo?hd=1
    Blog: http://dedeusmc.blogspot.com/
    Mypace: www.myspace.com/dedeusoficial
    Twitter: @DeDeusMC

  • Clipes de Rap são exibidos em ciclo de documentários

    Clipes de Rap são exibidos em ciclo de documentários

    Os clipes “Um Brinde” e “Destino” são exibidos junto com documentário Favela Rising em ciclo que discute produção cultural da periferia.

    Em maio serão exibidos documentários no cineclube Luz, Câmera, Reflexão do ICCBA (Instituto Cultural Cia Bella de Artes). O primeiro, nesta terça, (3) será Favela Rising, que será comentado antes da exibição pela jornalista Jéssica Balbino, que também exibirá os videoclipes Um Brinde, do grupo Inquérito, com direção de Vras77 que fala sobre a indústria do álcool e o clipe Destino, da DeDeus MC , com direção de Mel Duarte, lançado nacionalmente hoje, que fala sobre o Dia do Trabalhor. A jornalista discutirá também a respeito da cultura produzida nas periferias do país. Dirigido por Jeff Zimbalist e Matt Mochary, Favela Rising é uma produção norte-americana filmada no Rio de Janeiro em 2005. O documentário mostra a luta de Anderson Sá para estabelecer o movimento cultural AfroReggae para levar cultura e justiça social às favelas cariocas. Sá é um ex-criminoso que perdeu a

    migos e familiares na chacina de Vigário Geral e que resolveu, portanto, levar oficinas de arte e reciclagem àquele local, abandonado pelo poder público, com o intuito promover inclusão social. As sessões do cineclube têm entrada franca e às terças-feiras, às 20 horas, no Teatro Nicionelly Carvalho, no Instituto Cultural Cia Bella de Artes. A curadoria é do professor Lucas Marciano e do jornalista Daniel Souza Luz.

    SERVIÇO
    Instituto Cultural Cia Bella de Artes fica à Rua Prefeito Chagas, 305, Pilotis, Centro Empresarial Manhattan, Poços de Caldas – MG
    Mais informações: (31) 3715-5563.

    Depoimentos sobre o clipe Destino: http://migre.me/4pUZ6
    Videoclipe Um Brinde: http://youtu.be/ZAaQlpwRgeo?hd=1
    Teaser do clipe Destino: http://youtu.be/-l7MYS_QOpo?hd=1

  • Entre quadrinhos e Hip-Hop, com Alexandre de Maio

    Entre quadrinhos e Hip-Hop, com Alexandre de Maio

    Ele é um polivalente nato, consegue aliar jornalismo, quadrinhos, Hip-Hop e Design. Iniciou sua carreira publicando a revista “Rap Brasil”, com um misto de matérias sobre cultura hip-hop e Histórias em Quadrinhos. Lançou os quadrinhos “Os inimigos não mandam flores”, com texto do escritor Ferréz. Desenvolveu diversos trabalhos como capas de discos, livros, sites e videoclipes. Ministrou oficinas de quadrinhos. Fez videorreportagens para o portal online da Folha de São Paulo. Em parceria com o Itaú Cultural e ao lado de Alessandro Buzo, lançou o Jornal Boletim do Caos. Ministrou oficinas de videorreportagem no Pontão de Cultura Preto Ghóez, executado pelo Movimento Enraizados. Atualmente trabalha no site “Catraca Livre”, Revista Raça e no projeto Jovens Alconscientes em Heliópolis, SP. Saiba mais sobre Alexandre de Maio, acompanhando a entrevista:

    Marcão: Como surgiu o interesse por desenho e HQs?
    Alexandre: Foi de forma natural, desde pequeno saía da escola e ia para minha casa ou para casa de algum amigo para passar a tarde desenhando. Com 10 anos já fazia algumas HQs sobre o pessoal da classe.

    E o envolvimento com a cultura Hip-Hop? Como se deu a criação da Revista Rap Brasil? E como era feita a distribuição?
    Eu já ouvia Racionais, mas o envolvimento maior foi quando eu comecei a fazer HQ de letras de RAP. Mandei pros Racionais sem conhecê-los e o Ice Blue me ligou, me convidou para ir na sua casa. Daí em diante botei fé que poderia fazer uma HQ com algumas paginas de matérias com grupos de RAP. O projeto se desenvolveu e assim, nasceu a revista RAP Brasil em 1999. A revista era distribuída em bancas como todas as revistas para o país inteiro.

    Jornalismo, Hip-Hop e Quadrinhos… Qual a importância dessa junção?
    Hoje faço no site Catraca Livre, o Jornalismo em Quadrinhos, para fazer matérias sobre cultura. As 3, são linguagens que juntas se potencializam, e tem mais força.

    Confira a matéria intitulada HQ da Periferia com Alexandre de Mayo e Marcelo d Salete:
    [yframe url=’http://www.youtube.com/watch?v=3eWvT0sLq3Q’]

    Como surgiu o Boletim do Kaos?
    Eu tinha uma ideia de fazer uma revista sobre Literatura Periférica por ter visto nascer a Cooperifa, O Buzo, e o Ferréz. Aí, me juntei com Buzo, que conseguiu um patrocínio da Itaú Cultural e resgatamos o nome do Fanzine que ele fazia. Mas infelizmente o patrocínio acabou e tivemos que parar com a publicação.

    Você é um polivalente nato, como é trabalhar ao lado de outro polivalente, como Alessandro Buzo?
    Além da gente trabalhar junto somos vizinhos tambem, mas com essa polivalentia nossa  as vezes ficamos meses sem se ver.
    Mas semana passada fizemos um churras nervoso.

    Fale um pouco sobre seus trabalhos na Folha, Catraca Livre e Revista Raça…
    No Catraca Livre e Folha faço videorreportagem sobre o que tem de gratuito ou a preço popular na cidade de são paulo, incluindo mais a parte de cultura. No Catraca também desenvolvo o Jornalismo em Quadrinhos. Na revista Raça Brasil, faço pautas ligadas a arte urbana, educação e hip hop.

    O que é o Projeto Jovens Alconscientes?
    É um projeto que faço a coordenação pedagógica em Heliópolis, a maior favela de Sâo Paulo.
    A ideia do projeto e levar ao jovem informação sobre o álcool. Desenvolvemos varias atividades e pesquisas sérias já comprovaram que estamos mudando a consciência dos jovens da comunidade. A Atividade mais famosa é Balada Black, uma festa que toca funk, rap e eletrônico, e tem um publico de mais 800 pessoas e não entra álcool, mostrando pros jovens que é possível se divertir sem beber.

    Como é a experiência de compartilhar o que você faz, ministrando oficinas?
    É bem legal, apesar de não ser uma especialidade minha, mas pra mim sempre foi natural compartilhar o que sei.

    Alexandre, valeu mesmo pela entrevista, tamo junto sempre, gostaria que deixasse uma mensagem aos leitores do Portal Enraizados…
    Salve os leitores do Portal Enraizados, um dos grandes disseminadores de informação do Rio de Janeiro. Vida a longa a esse projeto que vem capacitando muitos jovens a utilizar as ferramentas de comunicação. “O crescimento do nosso Brasil passa pelo domínio dos jovens dos meios de comunicação. Para poder se expressar, se divertir e reivindicar o que é nosso por direito.”

  • O filme Mães do Hip Hop é destaque em evento no Jardim Alegria-SP

    O filme Mães do Hip Hop é destaque em evento no Jardim Alegria-SP

    A Associação Cultura e Esporte Jovem Morato, realizou em sua sede no Jardim Alegria, em São Paulo, , do 01 a 04 de abril, o evento “No Mês das Mulheres”, onde  mais de 40 pessoas participaram das oficinas de tapeçaria e bonecas, e palestras sobre o Dia da Mulher.

    O evento, que segundo os organizadores “superou as expectativas”, contou com a participação não só das mulheres, mas de todos da comunidade, que estavam muito empolgados.

    Após a entrega dos certificados, foi exibido o documentário “Mães do Hip Hop” produzido pelo Movimento Enraizados em 2009. Este documentário conta a trajetória de cinco mcs através da ótica de suas mães. O filme, que já foi exibido em diversos países como a França e Holanda e encontra-se com legenda em inglês, francês e espanhol, está a venda na InRaiz Store.

  • Rádio Enraizados recebe a modelo Gisele Cruz, presidente do Movimento Musa Negra

    Rádio Enraizados recebe a modelo Gisele Cruz, presidente do Movimento Musa Negra

    Na última sexta (18), os guerreiros do Movimento Enraizados, que a frente da Rádio Enraizados levam informação e alto astral para os quatro cantos do mundão, receberam a modelo e atual presidente do Movimento Musa Negra, Gisele Cruz. O movimento que realiza concursos de beleza negra em variadas comunidades do Rio de Janeiro, como Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Queimados, Belford Roxo e Cidade de Deus, se prepara para dar um passo maior, com o concurso estadual.

    Estiveram presentes @LCDumontt com o quadro “Ganha Pão da Cultura” onde o mano dá várias dicas dos editais que se encontram abertos, o pequeno @DiamanteMC mandou bem com o quadro “Notícias Bizarras”, Kokaum tirou onda com o quadro “Rap da Hora” cantando o seu mais novo sucesso “Alah”. @LeoDaXIII este nas pickups, tocando o melhor do hip hop mundial, @SamukAzevedo com maestria comandou o audiovisual e a produção e @DuduMorroAgudo ficou de frente na entrevista. A equipe está fazendo com que a Rádio Enraizados chegue cada vez mais longe, agradando não só aos fãs do hip hop, mas a todos que curtem uma boa e variada programação.

    Abaixo você pode curtir o PodCast do programa, na íntegra:

    Abaixo você pode curtir o vídeo da entrevista com a modelo Gisele Cruz:

    [yframe url=’http://www.youtube.com/watch?v=BoLbh2ceJOQ’]

    GALERIA

    Veja mais fotografias no Site InRaiz

    Serviço:
    Rádio Enraizados rola AO VIVO toda Sexta-feira, das 14:00 às 16:00
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  • Missão dada é missão cumprida

    Missão dada é missão cumprida

    Esse post é pra comunicar que fiz mais um vídeo e que a partir de agora tenho um canal no youtube [http://www.youtube.com/dududemorroagudo]. Calma, não sou nenhum Silvio Santos ou Roberto Marinho, apenas quero, com mais frequencia, mostrar o mundo a partir da minha ótica, o cotidiano, e creio que o audiovisual é um ótimo meio pra isso e se o youtube é de graça, porque não usá-lo?

    Tenho uns três vídeos lá no meu canal, sendo que dois são videorreportagens que aprendi a fazer quando coordenei o curso que o Alexandre de Maio ministrou aqui no Movimento Enraizados no ano passado – e que logo logo estará de volta – e o outro é um filme muito bem humorado – pelo menos eu acho – do dia em que eu e o @LCDumontt levamos minha filha e suas amigas ao shopping para comemorar o aniversário dela.

    Foi uma verdadeira odisséia, pois os pré-adolescentes de hoje em dia falam outro idioma, inclusive aprendem a fazer rap na escola rsrsrsrs, é outra geração.

    Espero que gostem do vídeo e que comentem.

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