Tag: Baixada Fluminense

  • Fator Cinderela

    Fator Cinderela

    Durante toda existência, a Baixada Fluminense sofreu com diversos problemas, desde a falta d’água e esgoto a céu aberto, até escolas mal estruturadas. Muitos problemas persistem até hoje e alguns não estão nem perto de uma solução. Meu pai me conta histórias de problemas da época dele que se encontram do mesmo jeito ainda hoje.

    A Baixada Fluminense está à margem e o Estado não olha pra margem, as prefeituras, na maior parte dos mandatos, são abandonadas, os prefeitos fazem o que querem, e alguns não estão nem um pouco preocupados com o que acontece em suas cidades.

    Nós, moradores da Baixada, somos basicamente obrigados a trabalhar fora, pois as oportunidades por aqui são pouquíssimas e nem todos tem a sorte de conseguir uma vaga. Para sair ou transitar pela Baixada necessitamos de transporte público, assim como em todas as outras cidades, mas a diferença da Baixada para os outros lugares é o “Fator Cinderela”.

    O “Fator Cinderela” é bem simples de entender. Você é livre pra ir onde quiser, mas não na hora que quiser. Você tem até 23h 59Min, pois quando o relógio marcar 00h Puff!!! A fada madrinha acaba com a mágica do transporte. Lógico que não são todos que somem assim do nada, alguns acabam bem antes, tem os ônibus que passam na Dutra em direção a Central, porém os motoristas não param nesse horário, o transporte público por aqui se resume a isso.

    Já trabalhei no turno da noite em Copacabana, tinha que sair mais cedo de casa e ficar esperando no trabalho, pois se eu fosse descansar pra sair no horário certo, corria o risco de o motorista não parar pra mim e eu chegar atrasado, se eu conseguisse chegar.

    Já saí diversas vezes tendo que esperar o dia amanhecer pra voltar pra casa, tanto no Rio quanto na Baixada.

    Isso foi apenas um relato do que acontece na minha querida Baixada Fluminense que é repleta de problemas sim, mas que ainda assim é maravilhosa. As pessoas daqui são as que mais me inspiram, as histórias daqui são as mais impressionantes e pretendo dividi-las com vocês. Nas minhas próximas colunas farei uma série (aceito ideias para o nome) onde contarei algumas histórias e alguns relatos sobre a nossa BXD.

    Se curtiu a coluna, compartilha pra chegar na rapaziada, a próxima vou falar sobre………………………………………………………. Cola aqui na próxima quinta que eu te falo.

  • Baixada Fluminense: Pertencimento é a palavra-chave

    Baixada Fluminense: Pertencimento é a palavra-chave

    Por que a Baixada ainda não é um referencial no rap?

    A constante ebulição de eventos locais e artistas emergentes me faz questionar: Por que a Baixada Fluminense ainda não é vista no seu todo? Sim, existem algumas exceções, alguns artistas que se destacam, mas são muito poucos para a enorme região que representam.

    É muita verdade que, certas vezes, o meio cultural não abraça uma nova iniciativa de cultura local (eu já participei de um sarau, sei do que eu estou falando). Acredito muito nos coletivos e projetos individuais, cada vez mais artistas nossos tem que se destacar realmente, mas uma hora teremos que pensar em algo mais abrangente territorialmente mesmo. É muito legal o Coletivo A, o Coletivo B, mas e a Baixada?

    Você se destaca, cresce como artista e de repente só faz show no Centro?

    O público de lá ao menos sabe de onde você vem?

    Você fala da Baixada nos seus versos?

    No fim das contas é uma questão de pertencimento, essa é a palavra-chave, pertencimento e amor. Por enquanto são pequenos passos, mas já está mais do que na hora de sermos enxergados, não só individualmente, como num coletivo.

    Baixada no Topo.

    Coletivos organizados são tirados como panela.

  • Produtores, artistas e poder público se organizam para fortalecer as ‘Rodas de Rima’ de Nova Iguaçu

    Produtores, artistas e poder público se organizam para fortalecer as ‘Rodas de Rima’ de Nova Iguaçu

    Não é novidade que as Rodas Culturais – ou também conhecidas como Rodas de Rima – são um fenômeno em todo o estado do Rio de Janeiro, principalmente para as juventudes das periferias. Um fenômeno que surge a partir da necessidade de a juventude se expressar, se divertir e driblar a miséria social.

    Nota-se que com o sucesso da atividade vieram também uma série de problemas que nem sempre está ao alcance de quem produz, resolver.

    Lembro-me que há um ano, ou um pouco mais, tentei iniciar uma discussão cujo a finalidade era enumerar as diversas demandas do hip hop local, culminando num Fórum de Hip Hop da Baixada Fluminense, pontuando nossas fraquezas, mas também nossas forças, pois acreditava – e ainda acredito – que na Baixada existe um mercado de cultura urbana auto-suficiente que ainda não foi explorado.

    Juntos percebemos que em algumas rodas havia um consumo excessivo de drogas; a estrutura do local não era adequada; havia uma resistência do poder público em conceder as autorizações para ocupação do espaço; a segurança era nula; entre outros problemas. Por outro lado estávamos mais profissionais, mais organizados, o diálogo entre os produtores e artistas estava satisfatório e o público estava satisfeito com os eventos.

    Nossos encontros que começaram com cerca de 50 pessoas foi definhando até o ponto onde só haviam pessoas ligadas ao Enraizados, então joguei a toalha, pois acreditei que as pessoas não queriam fazer a parte chata do dever de casa e pra mim não fazia nexo criar um Fórum de Hip Hop da Baixada Fluminense somente com integrantes do Enraizados, seria mais fácil criar um Fórum de Hip Hop do Enraizados. O que estou muito tentado a fazer.

    Roda de conversa na Casa de Cultura de Nova Iguaçu
    Roda de conversa na Casa de Cultura de Nova Iguaçu

    Contudo, no dia 29 de julho, sábado, surgiu uma luz no fim do túnel. Aconteceu uma reunião com as Rodas de Rima de Nova Iguaçu, convocada pela Secretaria de Cultura da Cidade. Compareceram representantes de 05, das cerca de 15 rodas, e também representantes de Rodas de Rimas de outras regiões, além do Capitão Pacífico, da Polícia Militar.

    Após uma roda de apresentação, foi colocado em pauta as fragilidades das Rodas de Rima da cidade, que nada se diferenciavam das identificadas nas reuniões anteriores, contudo desta vez parecia que parte da solução estava presente, pois a Secretaria de Cultura se comprometeu em, junto com os produtores, criar um Circuito de Rodas de Rima, com uma agenda única, para facilitar a liberação dos locais por parte do poder público (essa liberação será solicitada pela própria Secretaria de Cultura) e também um mapeamento dos locais que precisam de reparos, pois através do projeto Praça Viva, da própria Secretaria de Cultura, é possível revitalizar as praças para que receba melhor os eventos.

    O capitão Pacífico por sua vez disse que o diálogo com os produtores fica mais fácil quando os mesmos estão organizados e que a polícia atualmente chega reprimindo as rodas de rima porque sempre há denúncias relacionadas ao uso e venda de drogas nos eventos, mas se a conversa partir de forma organizada e com a prefeitura como parceiro, o policiamento será preventivo.

    Eu, Dudu de Morro Agudo, saí bastante animado da reunião, e disposto a colaborar com a Roda Cultural de Morro Agudo, com a Batalha do Federa, com a Roda Cultura de Rima de Santa Eugênia e tantas outras. E ainda convenci a galera do Portal Enraizados a criar um mapa com todas as Rodas de Rima da Baixada Fluminense, para que fique mais fácil para nós agendarmos a nossa diversão da semana.

    Certamente que com os produtores, os artistas e o poder público jogando no mesmo time, as Rodas de Rima da cidade saem fortalecidas.

     

  • O ‘CIEDS’ torna pública a abertura das inscrições de projetos para o concurso ‘FAZEDORES DO BEM 2017’

    O ‘CIEDS’ torna pública a abertura das inscrições de projetos para o concurso ‘FAZEDORES DO BEM 2017’

    Diante do cenário de crise política e social que o Rio de Janeiro vem enfrentando, o CIEDS está fazendo diferente com o edital Fazedores do Bem, que incentivará 20 boas ações impulsionando suas atividades e aumentando seus impactos positivo.

    FAZEDORES DO BEM 2017 é uma iniciativa do CIEDS que contribui para o fortalecimento de pessoas e organizações que desenvolvam ou queiram desenvolver ações com os seguintes objetivos: promoção do bem-estar social, garantia de direitos, educação e saúde, valorização e disseminação de culturas, valorização da diversidade, promoção da equidade de gêneros, empoderamento de pessoas em vulnerabilidade social, combate à pobreza, à fome, à violência e a qualquer forma de discriminação.

    Serão 40 iniciativas selecionadas, cujos representantes serão capacitados em Gestão de Projetos Sociais visando à melhora de seus processos e ao aumento de seu impacto. Eles também apresentarão suas ideias para uma banca avaliadora que escolherá 20 para receberem um prêmio no valor de R$ 2.500,00 cada.

    Podem participar coletivos ou pessoas físicas e jurídicas residentes nas cidades do Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Belford Roxo, São João de Meriti, Nilópolis e Mesquita. 

    O Edital 01/2017 – FAZEDORES DO BEM 2017 encontra-se no website do CIEDS: http://bit.ly/2tGeZ5G

    O preenchimento completo desta ficha de inscrição online é elemento obrigatório do edital e única forma de submissão de propostas para o concurso FAZEDORES DO BEM 2017.

    Os vencedores ganharão uma formação em Gestão de Projetos Sociais e prêmio em dinheiro

    Mais informações:

    As inscrições vão até o dia 24 de agosto e podem ser realizadas aqui.

    A divulgação do resultado será realizada no dia 31 de agosto no site do CIEDS.

  • 10 videoclipes de rap mais emblemáticos da Baixada Fluminense

    10 videoclipes de rap mais emblemáticos da Baixada Fluminense

    Em uma ordem cronológica apresento pra vocês os 10 videoclipes de rappers da Baixada Fluminense que considero mais emblemáticos. Os critérios que utilizei são roteiro, performance dos MCs, produção, locação, entre outros…

    Neste ano de 2017 foram produzidos muitos videoclipes, e muitos são bons de verdade, contudo alguns mais antigos tiveram um impacto muito positivo para a região na época, então também precisei considerar este fator.

    Espero que gostem da lista, mas lembrem que não coloquei do melhor videoclipe para o pior e nem vice-versa, os clipes estão em ordem cronológica e o intuito aqui é apresentar para vocês alguns artistas e clipes que eventualmente vocês não conheçam, e não instigar uma disputa sem sentido (mas se rolar tudo bem, rsrsrsr).

    Quem discordar da minha lista pode deixar mensagens nos comentários, vai ser um prazer trocar essa ideia com vocês e também conhecer mais clipes.


    01) WSO – Crime perfeito (2017)

    02) Aogiro – Muda nada (2017)

    03) Léo da XIII – Novos Planos (2016)

    04) Einstein NRC – Einstênio (2016)

    05) Marcão Baixada – Baixada em cena (2014)

    06) Slow da BF – Baixada (2013)

    07) Marcio RC – Virtudes (2012)

    08) Kapella – Noiztapafica (2012)

    09) Pêvirguladez – Eles não moram no morro (2011)

    10) Vou deixar o décimo por conta de vocês.
    Qual o clipe que não citei aqui que vocês acham que deveriam entrar nesta lista?
    Coloque o link nos comentários.

  • Abracem seus artistas locais

    Abracem seus artistas locais

    A Baixada Fluminense vem se mostrando um celeiro de jovens artistas de rap e com os holofotes voltados para a cena é comum vermos cada vez mais eventos de rap, cada dia nasce um MC pelos acessos da Baixada, agora, se ele vai se dedicar e continuar empregando a Profissão MC  é outra história, mas vamos focar nos ditos eventos.

    As tão famosas rodas culturais geralmente funcionam no formato:

    Mestre de Cerimônia + DJ sets + Batalha de MC’s + Pocket show.  

    Porém enfrentamos um grande problema: O PÚBLICO. Sim, o público é alma da roda, o evento foi feito para ele, ele é o jurado das batalhas, grande parte do motivo daquela ocupação ser, na maioria das vezes, em um espaço público. Mas geralmente se a atração da noite é um artista local, a galera não presta a devida atenção no trabalho do amigo.

    Todos pedem por uma intervenção artística, um evento fixo num local, e quando finalmente se movimentam nesse sentido, muitas das vezes, parte do público desrespeita os artistas envolvidos, muitos só estão ali para presenciar a batalha, o foco principal da noite, e quando o artista convidado vai se apresentar, se dispersam e o MC tem que doar sua energia para meia dúzia de pessoas.

    Tudo depende do local, da vibe, mas é uma grande verdade que há um grande desrespeito com os grupos/MC’s desconhecidos da grande mídia que se apresentam em locais públicos. É comum presenciarmos um evento lotado e na hora do show, vermos menos da metade do público interagindo com o artista, isso ainda é triste. Não esperem que o trabalho do artista vire pra a partir de então passar a prestar atenção em seu trabalho, olhe agora, respeite aquele momento em que ele entrega seu trabalho para vocês. A partir do momento em que ele recita seus versos, a canção não é mais dele, retribuam com a energia necessária como um incentivo e façam daquele momento algo bonito, vocês verão os frutos a frente, lembrem-se, digo isso também enquanto artista.

  • Baixada Fluminense no Bagulho!

    Baixada Fluminense no Bagulho!

    BhMc lançou no dia 10 o videoclipe da música “Xeque Mate” pelo seu canal do youtube: Bhstudio.

    Morador de São João de Meriti, Bhaman Melo, vulgo BhMc ou só Bh é Mc, produtor musical, estudante de Engenharia Elétrica na UERJ e fundador do BhStudio.
    Desde 2007 é um apaixonado por Rap; em 2013 já era Mc e produtor musical, a partir daí tem trabalhado muito pra movimentar a cena do Hip Hop BXD, sempre levando a Baixada Fluminense em suas letras e produções, nessa não seria diferente.

    Levantando a bandeira BXD, Bh mandou muito bem no videoclipe, com boas rimas e uma ótima produção, o som se destaca, passando uma visão do seu trajeto que não foi nem um pouco fácil e mostrando que tem muito mais por vir.
    Entenda que nunca foi sorte, agora dorme com o barulho, Baixada Fluminense no bagulho.

    Pra quem curtiu o clipe, acompanhe os trampos pelas redes sociais, compartilha o clipe com os amigos e se quiser gravar uma musica com qualidade, é só procurar o Bhstudio.

  • A importancia do beatmaker

    A importancia do beatmaker

    Hoje resolvi falar sobre a importância do beatmaker.

    Pra quem não sabe, o beatmaker é um “produtor de batidas”, ele produz bases ou instrumentais para os Mc’s gravarem suas músicas.

    O beatmaker é tão importante quanto o Mc, ele dita o ritmo da música assim como um dj dita o ritmo de uma festa.

    Infelizmente o trabalho do beatmaker é muito desvalorizado, mesmo com o crescimento que tem na cena do rap, muitos mcs não pagam o valor real de um beat, o que chega ser ridículo as vezes. Vemos ótimos beatmakers que não conseguem sobreviver do seu trabalho e acabam fazendo outras coisas para garantir sua renda, deixando o talento de lado.

    Mcs não deixem de investir em seus trabalhos, paguem por um bom beat, paguem por uma boa gravação, paguem por um bom clipe, além de estar valorizando outros trabalhos, vai valorizar o seu!

    É isso rapaziada, vamos ficar por aqui, vou deixar uma lista com o trampo (link anexo ao nome) de alguns beatmakers da Baixada que mandam muito bem,  dá um confere.

     

     

  • Entre o crime, o futebol e o hip hop

    Entre o crime, o futebol e o hip hop

    Se você vive ou viveu em alguma comunidade periférica, sabe o quanto é difícil não se envolver com a vida do crime quando se é jovem, mesmo que tenha uma família bem estruturada.

    Eu nasci e fui criado na comunidade Zumbi dos Palmares, que fica em Morro Agudo, Nova Iguaçu, e mesmo sendo de uma família com uma boa base, em diversos momentos passou pela minha cabeça me envolver de alguma forma, mas nunca me rendi a esses pensamentos, até porque minha meta era tirar os meus amigos dessa vida, e não eram poucos, muitos eu acabei perdendo, mas os que conseguiram sair, foi através da arte ou do esporte, mais especificamente do Hip Hop ou do futebol.

    Eu costumo dizer: o que quer que seja que tire o jovem dessa vida é valido.

    Acredito que ninguém sonha em portar um fuzil, ou vender droga, a nossa vivência molda nossos sonhos, mas quando você vive em um lugar onde nada te incentiva a correr atrás dos seus sonhos, onde você é obrigado a trabalhar pra ajudar a manter a casa e onde todos de fora te apontam e te julgam, principalmente se for um jovem negro, o dinheiro se torna seu sonho. Você percebe que basta ter dinheiro pra ter o que quiser, e pra ter dinheiro vivendo numa comunidade, só estudando e se dedicando muito, ou se envolvendo com o crime. Mas como eu explico pro ‘maluco’ que o crime é nada e a vida é tudo se no final do plantão ele tirou 1 barão de lucro?

    Essa é a parte onde entra o Hip Hop, ele te inspira a correr atrás dos seus sonhos, ele te mostra que o crime não é nada, te mostra que você pode ser o que quiser e que nada pode te parar. No meu caso ele mudou minha vida, me mostrou o meu sonho, quem eu sou e tudo que posso ser. Hoje faço parte desse movimento, sou DJ, e levo essa mensagem nas minhas sessions, pois quero que todos realizem seus sonhos.

    O futebol, apesar de ser injusto com muitos, também tem esse poder de salvar vidas, no futebol foi onde aprendi que as vezes você ganha e as vezes você perde, que esforço é igual a recompensa e que pra chegar onde a maioria não chega temos que fazer o que a maioria não faz. Não é só futebol. Conheço muitos jovens que sonham em ser jogadores profissionais e muitos treinadores de comunidade que sonham junto a esses jovens. Muitos amigos não conseguiram, outros ainda estão tentando, mas agarrados a esse sonho nunca foram pra vida do crime.

    No enraizados além de tudo que fazemos com o Hip Hop temos o Caleidoloucos, onde juntamos os artistas e moradores de Morro Agudo pra uma partida de futebol toda sexta feira, às 20:00, no Morro Agudo Futebol Clube, ao lado da estação. Amanhã é dia, se quiser da um confere é só chegar cedo!

  • ‘A Telemafia querendo os paco da Tele Sena’, lança uma cypher para movimentar a cena.

    ‘A Telemafia querendo os paco da Tele Sena’, lança uma cypher para movimentar a cena.

    Na última Terça Feira (27) foi o lançamento da “Cypher Txlxmvfiv Ep. 01 – Gênesis (Prod. NT)”, o primeiro episódio de uma série de cyphers, que será lançada no canal do Youtube “TelemafiaTv

    Click: Felippe Rodrigues

    A Telemafia surgiu da necessidade de interação entre público e artistas da Baixada Fluminense. Os integrantes do grupo Autonomia junto com o Mc Tindel, enxergaram essa necessidade e idealizaram a Telemafia, que tem como objetivo formar um selo independente onde os artistas participantes possam elevar o nível do seu trabalho, adquirindo desde instrumentais até arte visual, além de gravar seus sons e videoclipes, para divulgar em sua própria rede que foi criada na RCPT (Roda Cultural Praça da Telemar).

    O projeto das cyphers objetiva mesclar os Mc’s, com estilos e idades distintas. O episódio 1 com os Mc’s, DMaua, Deltin, Shu, Dimmy e Will deixou bem nítido que independente das diferenças a meta de todos é a mesma: ganhar dinheiro fazendo o que gosta, sem se corromper.

    Em diálogo com os mc’s, perguntei como se sentiram quando receberam o convite e o que acharam do processo de criação da cypher.

    Shu: “Eu já tava ligado que iria rolar as cyphers e que eu participaria, fechava com a galera em Mesquita antes do trampo começar a sair do papel, mas quando eu vi meu nome ali, na primeira cypher, do lado de vários malucos bons, fiquei ansioso pra poder representar e tentar fazer algo à altura.”

    Dimmy: “Fiquei feliz pra caralho, só monstro na cypher, satisfação rimar ao lado dos caras que são referência pra tu. Eu não tinha a letra, mas quando vi o time pesado, escrevi rapidinho e fluiu naturalmente.”

    DMaua: “Me senti lisonjeado. Fiquei muito feliz e ao mesmo tempo receoso, pensando na responsabilidade de dar o máximo nos versos. Costumo fazer duas ou três letras quando me chamam assim, mas nessa fiz de primeira, o processo foi rápido. Na real eu escrevo meio que um improviso, uma letra vai ligando na outra e daí já começo a brincar com as palavras e as rimas em cada verso.”

    Pra saber mais sobre os corres da rapaziada é só dar um confere no clipe, seguir os manos nas redes sociais e colar na RCPT hoje ás 18:00 horas, onde vou discotecar ao lado da maravilhosa Moonjay.  “Noiz é trem bala, mind the gap.” #OuçaBXD