Tag: Brasil

  • Quem não sabe, reprova!

    Quem não sabe, reprova!

    Tenho visto alguns professores a muito tempo fazendo um monte de besteira em relação a educação e me pergunto o seguinte? Pra que serve mesmo o professor? Pra ensinar os alunos? Então porque que alguns profissionais da educação nas Universidades cobram além do conteúdo que ministraram em sala de aula? Pior, cobram o que nem sequer falaram em sala de aula! Porque alguns ditos professores, ao inves de explicar o conteúdo o tornam turvo e nebuloso, como se fosse algo impossível de pessoas comuns entenderem o assunto?

    Para explicar isso, eu vou lhes contar uma história:

    Eu vivia fugindo da aula de filosofia porque eu só pegava professores que me deixavam ainda mais confusos, então eu disse pra mim mesmo: _ Isso não é pra mim!

    Um belo dia eu finalmente tive que fazer a disciplina e pequei o melhor professor do mundo, simplesmente tudo o que ele falava eu e os meus colegas de turma compreendiam perfeitamente, então eu o interpelei um dia, perguntando o seguinte:

    _ Professor, porque o senhor explica a matéria e eu entendo, mas quando eu tive essa mesma matéria com outros professores eu nunca aprendi?

    Ele me respondeu: _ Pode ter acontecido duas hipóteses: A primeira é que o professor não dominava o assunto, isso faz com que a matéria fique obscura, alguns até fazem isso de propósito, pois como eles são mestres ou doutores, certamente que ele não permitirá que você perceba que ele não domina o assunto, então ele torna as coisas mais complicadas do que é; a segunda hipótese é que algumas pessoas, seja por patologia ou por um distúrbio de personalidade, sentem um prazer mórbido em se mostrar melhor que as outras, e uma das formas de fazer isso é se mostrar entendedor de algo que é para a maioria das pessoas, incompreensível, por isso elas maquinam formas de fazer com que você ou não entenda ou, ainda, que você ponha em dúvida aquilo que você até então tinha certeza que sabia, sendo que as duas formas não são excludentes, ou seja, pode haver alguém que usa as duas formas ao mesmo tempo, pelos dois motivos, inclusive, logo, não sabem e ainda sentem prazer em serem melhor que os outros.

    Então eu perguntei a ele como eu poderia saber quando a culpa é minha ou do professor por não conseguir aprender algo. Ele me respondeu logo a seguir: _ É simples, se o problema é com alguns alunos, a culpa é dos alunos, se o problema for com a maioria dos alunos, a culpa é do professor! E concluiu: _ Quem sabe, ensina!

    Depois de ouvir isso eu sempre dou esse conselho para os meus amigos que vem reclamar comigo dos professores de merda que dão aulas pra eles:

    E essa é a minha lição mais importante sobre o ensino no bRASIL, independentemente do sistema de educação: QUEM SABE, ENSINA!

  • Males que vem para o bem

    Males que vem para o bem

    Chegamos ao fim!

    Segunda feira o país volta a sua normalidade. Sem título de campeão do mundo em casa e sem grandes legados. A Copa das Copas só foi grande mesmo em sua festa, diversidade cultural e ótimos jogos de futebol.

    Como já compartilhei nesse blog, carreguei uma mágoa e frustração por ter perdido a minha inocência para vibrar com a seleção brasileira depois de todos os super faturamentos para a construção da Copa do Mundo da FIFA em meu país.

    Na verdade, na verdade, minha maior torcida foi pelos feriados. Sendo assim, a seleção canarinha, a meu ver, cumpriu o seu papel. Deu descanso para o proletariado sofrido, e agora, na reta final, deu um vexame digno de todas as vergonhas imposta pelo Estado ao povo brasileiro, para a realização das Copas das Copas.

    A surra dada pela Alemanha virou piada: “enquanto eu “escrevo” esse texto a Alemanha faz mais um gol”.

    Mas agora, acabou a comédia, porque na festa há o entorpecimento, porém, no luto, a meditação, a indignação que bem canalizada pode gerar mudanças construtivas.

    Então, quero te lembrar de algo realmente importante; enquanto eu escrevo texto, mais um míssil caiu na Faixa de Gaza. As crianças de lá estão chorando porque perderam pais, irmãos e irmãs, não porque seu time perdeu. Maldita mídia que potencializa banalidades e ameniza prioridades.

    Voltemos à luta, porque as batalhas não dão trégua.

  • Retrato de uma nação anestesiada

    Retrato de uma nação anestesiada

    Pois é galerinha, a fumaça se dissipou e tomamos um choque de realidade lá onde o sol não bate, e por mais que neguemos, era necessário, isso porque várias atrocidades assolam a nação e parece que tudo foi deixado de lado por uma torcida no mínimo tola, já que muitos se endividaram, deixaram compromissos importantes em segundo plano, parece que o inconsciente coletivo difundido por Jung, nunca foi tão determinante e manipulado.

    Toda vez que via gente discutindo sobre os jogos e como iria se preparar para o jogo seguinte da seleção, eu pensava: “É, quando vamos acordar?”.

    Nem Shakespeare nos seus dias mais inspirados, pensaria numa tragédia assim, mas como dizem os antigos: “Castigo vem à cavalo”, e em minutos toda essa histeria coletiva se diluiu, e agora acham que o fim do mundo começou.

    20140709-01-samucaE pensar que a Alemanha até agora fez uma campanha no mínimo morna, basta ver seu jogo contra os EUA e Gana, mas uma coisa que eles sempre fazem é aplicar um conceito de adaptação e reação, avaliando o que não está muito bem e buscar insistentemente o resultado, coisa que nossa seleção não se preocupou em momento algum.

    É importante lembrar que o jogador da Colômbia, Zuñiga, que entrou numa disputa de bola normal, e acarretou em tirar do mundial a última esperança de vitória do time brasileiro, está sendo perseguido nas redes sociais, e muitos torcedores imbecis queriam somente um motivo para destilar todo seu ódio e hipocrisia, comentários racistas, violentos, e até com ameaças à sua esposa e filha de apenas dois anos, é esse o nível de torcedor que temos.

    ​E enquanto a galera torcia, na faixa de Gaza ocorria mais um capítulo da guerra entre Palestinos e Israelenses, onde os civis sempre são as maiores vítimas, e entre essas estavam na sua maioria, mulheres e crianças, e enquanto isso o chefe da quadrilha dos ingressos, após ficar apenas algumas horas preso, voltou para seu hotel cinco estrelas para conferir sua conta bancária e rir de nós meros mortais.

    Como dizia o filósofo Bezerra da Silva: ” Malandro é malandro e mané é mané.”.

    Agora acho que podemos voltar à realidade e tentar realmente levantar esse país, lamber as feridas, e quem sabe utilizar essa mesma garra que temos para torcer e vibrar, e usar para alcançar nossos objetivos. Só lembrando que teremos um pleito em outubro, que dependendo do resultado, vai impactar muito nossas vidas. Vou te mostrar outro placar interessante: 20140709-02-samuca

  • Avante Brasil! Jogando com o Povo!

    Avante Brasil! Jogando com o Povo!

    Nesta Terça-feira, dia de jogo da Seleção Brasileira de Football, vamos botar alguns pingos nos “Is”!

    1. Tem muito brasileiro confundindo o República Federativa do Brasil com a Seleção Brasileira de Football (O Brasil não é a Seleção):
    – Enquanto a Seleção Brasileira de Football ganha se marcar gols, o Brasil só ganha se melhorarmos a nossa democracia;- Melhorar a Democracia significa: Combater a corrupção e o jeitinho brasileiro, Não votar em qualquer um, parar de acreditar na TV que chama de vândalos os manifestantes que lutam para melhorar o nosso País inclusive pra quem os criticam, não dar arrego aos policiais corrúptos, não ser conivente com a servergonhice dos safados que estão no poder, parar de pensar que tudo é uma merda e assim por diante;

    2. Tem gente achando que ser cidadão é igual a ser torcedor de football, e isso nunca foi verdade, portanto você não é mais cidadão só porque você está se esgoelando em frente da TV na hora do jogo, e nem mais cidadão do que quem não está nem aí pra essa coisa econômica chamada football;

    3. O adversário da seleção brasileira não é necesariamente um inimigo do Brasil, os argentinos, por exemplo, não são anti-brasileiros e muito menos é alguém que devemos sacanear só porque são argentinos, particularmente, todos os argentinos que eu conhecí, foram super solícitos comigo e sempre me respeitaram muito, mesmo eu eu sendo brasileiro;

    4. A solução dos nossos problemas econômicos, estruturais, políticos e sociais passam bem longe do gramado dos estádios e muitas vezes são até antagônicos, portanto, não pense que o Brasil será ou ficará melhor, e nem o brasileiro se tornará mais importante se a Seleção Brasileira de Football ganhar mais um campeonato;

    5. Árbitro de football não é Juíz, portanto ele não julga nada e nem dá sentenças, e a propósito, o pênalti não marcado não é mais importante do que o nosso voto e o superfaturamento nas obras do Maracanã e nem nas maracutáias das concessões dos estádios para grandes empreiteiras ganharem muito mais dinheiro do que já ganharam com as superfaturadas construções;

    Eu sei que infelizmente esses alertas provavelmente não irão adiantar de nada, porque os brasileiros não estão nem aí pra política que decide o seu salário, os trens superlotados que eles andam suados e se acotovelando, a rua sem esgoto e sem calçamento, a rua esburacada e os bueiracos que as prefeituras constroem igual as caras de pau dos prefeitos incompetentes que botamos no poder, a nossa polícia nos achacando até o que não temos, enquanto grupos armados revendem a segurança pública e os bandidos migram pra outras regiões indicadas pelas autoridades em negociatas pra uma segurança fajuta de uma copa do mundo feita exclusivamente para os turistas estrangeiros. Apesar disso tudo, eu preciso alertar, mas eu sei que não vai adiantar de nada mesmo, porque esse tipo de notícia não passa no jornal nacional da globo e por isso o brasileiro não acredita, porque se fosse verdade mesmo, passaria até no fantástico, mas como é apenas uma bobagem de um militante exausto de dar murros em pontas de facas, isso não tem importância alguma pra nossa população.

    Seja como for. Beba bastante, grite muito, solte bastante fogos. Sorriam o quanto puderem. Porque quando a FIFA for embora pra Europa com os seus bilhões de dólares isentos de impostos, vamos continuar pagando a nossa taxa tributária exorbitante pra manter esse adorável podre sistema de bosta de chamamos de pátria amada Brasil com os seus mamadores do poder sugando a todo vapor essas tetas leiteiras, de leite alvo, feito com o sangue bom e suado dos trabalhadores brasileiros.

    Avante Brasil!

    Vai que é tuuuuuuuaaaaaaa Blaaaaateeeeerrrrrr!!!!!!……..

  • Black… Tendência ou afirmação?

    Black… Tendência ou afirmação?

    Não, não me refiro à tática Black bloc, empregada em inúmeras manifestações urbanas ao redor do globo. Me refiro ao “Black Power”, ou melhor, penteado afro, que vem sido usado por vários jogadores da seleção brasileira; e quem vem sendo enfatizado pelos grandes veículos midiáticos.

    Pra quem não sabe, o termo “Black Power” refere-se ao movimento que se iniciou na década de  60, espalhando um “renascimento” cultural da comunidade negra dos EUA. Considerado por muitos como movimento de “consciência negra”, o Black Power estimulou a criação de instituições culturais e educacionais independentes para a comunidade negra que duraram até aos anos 70.
    Os penteados afro eram a marca de muitos representantes desse movimento, e o termo Black Power acabou que sendo associado ao estilo de penteado.

    A Copa das copas, está rolando aí, você sabe; e o que vejo são matérias de grandes tabloides e programas de TV enaltecendo os penteados afro, dos jogadores da seleção brasileira e de outras seleções. Mas parando pra pensar, não é comum vermos tantas pessoas adeptas do penteado afro sendo representadas e vistas nesses veículos de comunicação.

    O penteado afro ainda é visto com negatividade por boa parte da população, tendo em muitas das vezes, sua imagem vinculada à moradores de rua, usuários de drogas e bandidos.

    Quem não se lembra do caso do ator Vinícius Romão, que foi preso ao ser confundido com um ladrão que usava penteado afro? Quantos casos de preconceito com o penteado afro você já presenciou?

    A grande mídia e as classes mais altas querem falar da cultura dos pretos quando é conveniente pra elas falar; para que as classes mais baixas que servem de mão-de-obra e consomem seus produtos possam se sentir representadas e lhes render audiência e homenagem.

    Estilo? Beleza? Tendência? Isso é muito bacana, é muito legal ter seu estilo representado.

    Mas muito mais que tendência, o penteado afro é uma afirmação. Os cabelos duros, crespos, cacheados, encaracolados, não são bombril, não são ‘ruins’. E enquanto pretos, que lutam contra o racismo, precisamos assumir essa postura e dizer isso ao mundo. Nós não queremos apenas mostrar o quanto somos belos, o quanto nosso cabelo é style, mas queremos sim que igualdade entre as etnias seja real, nas práticas diárias e não algo que apareça nas TVs e nos jornais pra nos satisfazer por um período de tempo e, depois, tudo voltar a ser como era antes.

    Boa sexta,

    @marcaobaixada

  • Destilando o mau humor na política.

    Destilando o mau humor na política.

    Eu sou muito conhecido pelo meu franco e descarado otimismo, mesmo em crises ferrenhas, normalmente quando alguém chega gritando e se escancarando de tanto pavor dizendo que tem um problemão, eu costumo serenamente dizer que aquilo não passa de uma pequena demanda, tamanho é o meu otimismo na vida e em tudo o que nos cerca. Só que de 10 em 10 anos eu acordo pessimista, de 30 em 30 anos eu acordo pessimista e mau humorado e de 40 em 40 anos eu acordo pessimista, mau humorado e hirônico ao mesmo tempo, não é de admirar que isso seja tão raro quanto a aparição do cometa harley. Só que a conjunção desses dias é raro mas não é impossível e esse dia chegou e é hoje.

    Logo, a minha coluna de hoje retrata exatamente o meu humor, como aquelas carinhas ridículas que os sem noção cançam de usar no facebook pra dizer como se sentem hoje.

    Com esse humor não dá pra falar de empreendedorismo e esperança em um futuro melhor, por isso hoje eu vou falar de política no Brasil.

    Vamos aos fatos:

    Começando pela chamada urna eletrônica, aquela que dizem ser a mais segura do mundo. Pois é, sobre isso o que eu tenho a dizer é que ELES mentem, mentem tanto que nem sentem. A urna brasileira não é a mais segura do mundo e pelo contrário é uma das mais suscetíveis a fraldes no mundo. Se você quer saber algumas verdades sobre essa farsa veja esse vídeo aqui e depois pode descer a marreta aí nos comentários – pode vir quente que eu estou fervendo!

    [yframe url=’https://www.youtube.com/watch?v=Op9N2EyoZHo’]

    E segura essa besteirinha aqui também já que estamos no flow:

    [yframe url=’https://www.youtube.com/watch?v=_DQONk4disU’]

    Pra arrematar eu sugiro ainda uma breve visita a esse link: http://www.brunazo.eng.br/voto-e/ pra saber mais algumas verdades sobre as urnas eletrônicas.

    Pra não dizer que eu estou pessimista demais, então aí vai uma matéria bem legal sobre democracia em um lugar não chamado “Tão tão distante:

    [yframe url=’https://www.youtube.com/watch?v=GkD9jvqpNto&feature=youtu.be’]

    O que você acha disso?

    Eu tinha mais munição pra detonar, mas eu fiquei com medo de você não aguentar e se matar ou algo parecido depois de ler a minha coluna, por isso eu resolví te mandar apenas algumas verdades, por causa da história da mola encolhida!

    Até a próxima.

    Bye!

  • O desabafo de um torcedor frustrado. Não vos perdôo!

    O desabafo de um torcedor frustrado. Não vos perdôo!

    A cada novo jogo da seleção brasileira é a mesma coisa. Eu sento no sofá, abro uma cerveja e me esforço para torcer pelo Brasil. Não consigo.

    Lembro-me quando o Brasil conquistou o direito de sediar a Copa do Mundo. Lembro-me das expectativas, da euforia, dos planos de assistir alguns jogos nos estádios, da interação cultural com os gringos e do tão esperado legado para o povo.

    Sete anos depois e estamos aqui, no meio das “Copas das Copas”, e esse pequeno iguaçuano tem a sensação de estar sambando sobre uma sepultura. Esse é um dilema pessoal, de um homem frustrado e decepcionado que não consegue se empolgar com a seleção do seu país depois dos milhões de reais roubados para construção de estádios, das remoções brutais, das ações covardes da polícia nas manifestações, das mortes, do estado de exceção para FIFA – que teve o maior incentivo fiscal da história desse país: Isenção do pagamento de impostos para ela e seus associados.

    Pelos contrastes entre luxuosos estádios e nossos deploráveis hospitais. E isso, é só para citar algumas coisas.

    Tiram-me a empolgação dos churrascos com os amigos para ver a seleção, a alegria do esporte.

    Hoje, dia 28/06/20104 é o primeiro jogo mata-mata da Copa. Brasil VS. Chile. Não torço contra o nosso time, mas também não consigo mais me alegrar como antes. Não consigo fazer parte da festa. Hoje vou tentar mais uma vez. As cervejas já estão estalando na geladeira. Os petiscos já estão prontos. Que vença o melhor!

    Mas a verdade é que tenho me empolgado mais com as seleções dos nossos vizinhos latinos do que com a nossa. Afinal, nós somos os menos latinos de todos. Por isso carrego o rancor de quem não consegue perdoar.

    Estado, políticos, empreiteiros, FIFA e todos envolvidos na realização do Mundial no Brasil: Não vos perdôo! Não vos perdôo por terem tirado de mim, a alegria de torcer pela seleção de futebol do meu país!

    Alguns dirão que isso tudo é síndrome de vira lata. Bom, só sei que eu nunca tive mesmo pedigree.

  • Meu Depoimento pra Revista Européia

    Meu Depoimento pra Revista Européia

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    A Eurocom Magazine,  é uma edição especial da Objectif Grand Paris Nouveau Magazine, foi lançada na MIPIM 2014 (Le marché international des professionnels de l’immobilier), um evento de investidores do mercado imobiliário que acontece todo a ano e atrai empresários de todo o mundo. A Eurocom Magazine trouxe uma série de matérias especiais sobre as 25 maiores cidades do mundo, incluindo o Rio de Janeiro, onde eu dou um depoimento sobre a Cidade Maravilhosa na página 33. Apesar da revista ser bastante técnica, tem sempre um depoimento de algum morador que eles consideram interessante sobre a sua Cidade.

    Quem quiser curtir o documento original, que infelizmente não foi vendido no Brasil, clipei a parte do Rio de Janeiro no meu Blog (http://dumontt.com/clipping/), é só ir lá e conferir.

    Abaixo segue uma versão quase original em português:

    Grande abraço.

    —x—

    O Rio de Janeiro, continua sendo uma Cidade Maravilhosa, cidade que já foi descrita de várias formas, pra vários gostos distintos, retratada e escrita em versos e prosas, mas o que me chama mais atenção sobre essa bela cidade são suas contradições, e é disso que trata essas linhas.

    Terra de rara beleza, cartão postal do Brasil, capital cultural da América Latina, hoje também é a terra dos grandes eventos esportivos e das Manifestações Juvenis. Onde uma das maiores florestas urbanas do Mundo convive pacificamente com a Rocinha, a maior favela da América Latina.

    É hoje uma das Cidades mais caras para se viver, morar e passear, mas que também tem uma rede hoteleira com uma altíssima taxa de ocupação. Onde o Governo promove construções gigantescas para esconder as favelas que estão entre o Aeroporto Internacional do Galeão e o Centro da Cidade, Favelas essas ocupadas constantemente pelas Polícias Militar e Civil do Estado, umas das polícias mais letais do mundo, a PMERJ e a Civil, como são chamadas, por ano, matam mais do que o somatório de todas as polícias de todos os Estados dos USA juntas. Mas a maquiagem do Rio é boa e consegue passar uma imagem de segurança e tranqüilidade para os turistas, graças as Unidades de Polícia Pacificadoras, as chamadas UPPs que empurrou o tráfico de drogas para as periferias, dando ao Rio um ar de limpa e higienizada em relação a segurança pública, a ponto de transformar a favela em atração turística – hoje tem teleférico no Pão de Açucar e na Favela do Alemão, tem visita guiada no morro com direito a baile funk pra turistas.

    A Cidade do Rio de Janeiro consegue assumir um papel singular no imaginário e no coração de cada visitante, cada morador e de cada pessoa que interaja com ela, seja pelo motivo que for: trabalho, lazer, turismo, esporte; Onde o feio e o belo se misturam, com passeatas, ruas históricas e monumentos. Cidade da música, da boemia, do samba e da maior festa popular do mundo, o carnaval. Onde o maior reveillon do mundo é feito nas ruas, na praia, no encontro de todas as raças, todos os credos, todas as cores, todas as riquezas, todas as culturas que se aliam para formar uma outra cultura, uma cultura carioca, com swing e sotaques próprios, de fala chiada e gingado no corpo suado e avermelhado do sol.

    O Rio tem vocação para ser amada, com todas as suas contradições, pois consegue ser cosmopolita sem perder o que tem de mais local, ser grande, conservando as suas diversas culturas, seus grupos informais, seu ar de feriado, mesmo em dia de trabalho. Seu povo contente, risonho, barulhento e feliz, sim, feliz por morar em uma das mais belas cidades do mundo.

  • Copa das Copas: A Invasão Sul-Americana

    Copa das Copas: A Invasão Sul-Americana

    Nossos vizinhos dos países ao lado estão aqui, fazendo a festa; andando, cantarolando e tirando fotos pelas ruas.

    Esse termo “Copa das Copas”, serve tambem pra se referir que nós, sul-americanos, nunca nos sentimos tão à vontade na torcida durante a competição; e talvez seus jogadores tambem não.

    A supremacia europeia se quebra e as seleções sul-americanas estão mandando todos de ‘volta pra casa’. É isso mesmo! A América do Sul, com nações consideradas de ‘3° mundo’, está mostrando que apesar de todas as desigualdades sociais, inúmeros atletas conseguem se destacar no futebol, e executar um bom trabalho dentro de campo; e deixar todas essas seleções no chinelo.

    Fica muito claro, que se investirmos na educação, na saúde, segurança pública e inúmeros outros setores da mesma forma que se investe no esporte, as nações desfavorecidas não serão mais vistas como símbolos de pobreza e desigualdade.

    Essa é a reflexão de hoje, baseada nessa 1ª rodada da Copa do Mundo.

    E antes que pensem em me questionar, gostar de futebol e torcer por sua seleção e acompanhar a competição, não quer dizer que você concorda com a corrupção e com os gastos excessivos que ocorreram para a realização da Copa.

    @marcaobaixada

  • Definindo Metas

    Definindo Metas

    Antes de começar o assunto: META, façamos uma rápida revisão de conceitos:

    Objetivo = O que você quer fazer (de forma mais geral).
    Ex.

    Objetivo Geral: Capacitar 150 alunos de Morro Agudo nas artes integradas do hip hop.

    Objetivo Específico = Quais são as formas que você adotará para alcançar o seu objetivo;
    Ex.

    Objetivo Específico 1: Capacitar os alunos nas técnicas do DJ, Rap, Graffiti e Break;

    Objetivo Específico 2: Promover a discussão das alternativas de arte/cultura/entreternimento no bairro com os moradores da região, pensar a cultura hip hop local como elemento agregador de outras artes praticadas no bairro, transversalizando com a juventude;

    Objetivo Específico 3: Promover o intercâmbio artístico entre as diversas gerações da cultura hip hop;

    Dessa forma, fica entendido que no curso de hip hop haverão 3 eixos para o aprendizado:
    1) Capacitação nas Técnicas de cada arte;
    2) Debate;
    3) Intercâmbio;

    Sabido disso, vamos às metas:

    Qual a diferença entre o objetivo e a meta?

    Funciona, mais ou menos, como nas imagens do cinema:
    Plano Geral: Mostra um ou mais personagens com imagens que se estendem dos pés à cabeça;
    Plano Americano: Mostra um ou mais personagens da cabeça até a altura da coxa;
    Plano Médio: Mostra um personagem da cintura pra cima;
    Plano Close Up: Mostra um único personagem da cabeça até a altura do peito;
    Plano Detalhe: Mostra uma parte do corpo do personagem, como a mão, ou a boca, ou o reflexo da luz nos olhos, e assim por diante;

    Enquanto o objetivo é o seu foco, mais ou menos como se você estivesse olhando alguma coisa de mais longe, como no Plano Geral do cinema; a meta é um ponto de vista mais específico, como no Plano médio, onde você só é possível perceber um único personagem/ação por vez, porém com maior clareza.

    Uma meta bem feita precisa ter dois elementos bem definidos:
    – Tempo;
    – Espaço.

    Para explificar melhor, peguemos um dos objetivos específicos anteriores e vamos definir as suas metas:

    Objetivo Específico 3: Promover o intercâmbio artístico entre as diversas gerações da cultura hip hop;

    Meta 1: Realizar encontros em Morro Agudo entre os alunos do projeto e artistas convidados da cultura hip hop durante o ano de 2014;

    Meta 2: Participar de encontros de instituições parceiras da região metropolitana do RJ durante o período letivo de 2014;

    Pronto já temos 2 (duas) metas para o objetivo específico 3, que compõe um dos fragmentos do objetivo geral, traçado lá no início deste post.

    Portanto: Meta é uma ação específica que somado a outras irão levá-lo a concluir um dos seus objetivos específicos.

    Sendo assim, começamos da visão macroscópica para a microscópica, do geral para o específico, do genérico para o detalhe. É como se olhássemos algo de longe com um binóculo e na medida em que mudamos a lente que enxergamos esse algo, vemos com mais nitidez e maiores detalhes esse algo, podendo explorar esse olhar em diversos ângulos em diferentes níveis de detalhes.

    Essa ação, de descrever algo que se vê ou se imagina, partindo-se do genérico para o detalhe, comporá um mix que chamaremos mais tarde de projeto.

    Sorte & Paz, sempre!