Tag: Duke University

  • De Durham a Nova Iguaçu: A visita da Duke University ao CIEP 216

    De Durham a Nova Iguaçu: A visita da Duke University ao CIEP 216

    No último dia 12 de agosto, uma comitiva de estudantes da Duke University, liderada pelo professor Dr. John French e composta por Julian Alvarez (doutorando em História), Travis Williams (mestrando em Teologia), Rafael Moura, Akshay Gokul e Yuri de Melo Costa (estudantes de graduação na Duke University) e Rhayssa dos Santos Braz (estudante de graduação na Duke Kunshan University, na China), integrantes do projeto “Activism, Culture and Education for Citizenship in Brazil and the U.S.”, visitou o CIEP 216, em Corumbá, Nova Iguaçu, para conhecer o diretor Welton Cordeiro, além de professores e alunos.

    Julian Alvarez, Yuri de Melo, Travis Williams, Akshay Gokul, John French, Rafael Moura e Rhayssa Braz no CIEP 216

    O projeto visa reunir acadêmicos, artistas e estudantes da Duke University, da North Carolina Central University (NCCU), do Instituto Enraizados e da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro para investigar formas-chave de ativismo e organização cultural. Estas formas incluem movimentos negros, feministas e LGBTQ+, a memorialização da escravidão, expressões religiosas e musicais locais, além de examinar eleições e lutas urbanas e trabalhistas, especialmente entre professores de escolas públicas.

    Visitantes da Duke e Dudu de Morro Agudo com o diretor Welton Cordeiro em uma pintura da logo do Enraizados feita por estudantes da escola

    A visita ao CIEP 216 tinha como objetivo inicial conhecer a estrutura da escola e entender, junto ao diretor, o funcionamento diário da instituição. O diretor Welton Cordeiro guiou os visitantes pela escola, apresentando a quadra esportiva e compartilhando sua trajetória pessoal, desde sua formação até se tornar professor e diretor. Em seguida, levou-os ao refeitório, onde mencionou um projeto futuro de construção de uma horta para que os cozinheiros possam utilizar os alimentos cultivados nas refeições dos alunos.

    O CIEP 216 é a maior escola pública do Rio de Janeiro em termos de área externa, o que torna a manutenção um desafio significativo. O diretor confirmou que essa é uma das principais dificuldades enfrentadas por ele e sua equipe na gestão da escola.

    O ponto alto da visita foi um encontro organizado pelo diretor Welton e alguns professores no auditório, onde os estudantes da escola puderam interagir com os visitantes. Após as apresentações individuais dos convidados, que incluíram brasileiros ou falantes fluentes de português, o entusiasmo dos estudantes aumentou com a fala de Travis Williams e Akshay Gokul, que falaram em inglês e foram traduzidos pelo professor John French. Rhayssa Braz também despertou curiosidade ao compartilhar sua experiência de estudo na China. A última a se apresentar foi a artista Aclor, integrante do Instituto Enraizados e do projeto, que, mesmo um pouco envergonhada, recitou uma poesia intercalada com trechos de músicas populares, conquistando o público.

    Rhayssa Braz, estudante de graduação na Duke Kunshan University, na China, se apresentando

    Ao final, muitos estudantes pediram autógrafos aos visitantes, surpreendendo a comitiva com essa atitude inesperada. Após a atividade, os visitantes foram para a sala dos professores, onde interagiram com professores que participaram e auxiliaram na organização do evento.

    A visita ao CIEP 216 proporcionou um enriquecedor intercâmbio cultural e educativo entre a comitiva da Duke University e a comunidade escolar de Nova Iguaçu. O encontro permitiu que os estudantes da Duke conhecessem de perto a realidade e os desafios enfrentados por uma das maiores escolas públicas do Rio de Janeiro. A troca de experiências e a calorosa recepção dos alunos ressaltaram a importância da colaboração e do entendimento mútuo na promoção de ativismo e cultura.

    Fotografia com os alunos do CIEP 216

    Este tipo de intercâmbio não apenas enriquece o aprendizado acadêmico, mas também fortalece laços entre diferentes culturas e contribui para a construção de uma cidadania global mais inclusiva e consciente.

  • Imersão Enraizados: Um encontro cultural entre Chile, Estados Unidos e Brasil no Quilombo Enraizados, em Nova Iguaçu, na próxima terça (13).

    Imersão Enraizados: Um encontro cultural entre Chile, Estados Unidos e Brasil no Quilombo Enraizados, em Nova Iguaçu, na próxima terça (13).

    Na próxima terça-feira, 13 de agosto, o Quilombo Enraizados sediará uma atividade cultural especial intitulada “Imersão Enraizados”.

    Esta imersão é composta por uma série de atividades realizadas por artistas e ativistas do Instituto Enraizados com o objetivo de apresentar a instituição para parceiros e visitantes.

    A programação inclui um café da manhã, que oferece uma oportunidade para interação com os anfitriões, seguido por um tour pelas instalações do Quilombo. Em seguida, haverá uma apresentação formal dos projetos desenvolvidos pelo instituto, culminando em um mix de atividades culturais, como exposições, sarau de poesias e uma batalha de rimas.

    Tour pelas instalações do Quilombo Enraizados.

    A Imersão Enraizados é aberta ao público, permitindo que qualquer pessoa interessada participe, desde que se inscreva previamente com a equipe do Instituto através do whatsapp (21)9.6566-8219.

    Nesta edição, estarão presentes a produtora cultural Fabiana Menini, de Porto Alegre, o rapper chileno MC Egrosone e o produtor musical chileno Mauro QuJota, além de uma comitiva de seis estudantes da Duke University, liderada pelo historiador e professor Dr. John French.

    Este evento marcará o início de uma série de atividades culturais e educacionais que acontecerão ao longo dos dez dias em que a comitiva americana estará em Nova Iguaçu. Enquanto os artistas chilenos permanecerão na cidade até o dia 14 de agosto, a comitiva americana ficará até o dia 21. Embora tenham vindo para diferentes atividades no Instituto Enraizados, todos estarão reunidos nesta imersão.

    Os estudantes da Duke University que chegam em Nova Iguaçu nesta segunda-feira (12) fazem parte do projeto “Activism, Culture and Education for Citizenship in Brazil and the U.S.”, projeto este que reúne acadêmicos, artistas e estudantes da Duke University, North Carolina Central University (NCCU), Instituto Enraizados e Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, com o objetivo de investigar as principais formas de ativismo e organização cultural em Morro Agudo, abrangendo movimentos negros, de mulheres e LGBTQ+, além da memorialização da escravidão e das expressões religiosas e musicais locais.

    Dorgo durante apresentação artística.
    Dorgo durante apresentação artística.

    A equipe do projeto também examinará questões como eleições, lutas urbanas e trabalhistas, especialmente entre professores de escolas públicas. O resultado desta pesquisa será apresentado em uma conferência internacional de pesquisa que será realizada em março de 2025, na Duke University e na NCCU, na Carolina do Norte, nos Estados Unidos.

    Os estudantes da Duke University que estarão nesta viagem incluem Julian Alvarez, candidato a PhD no Departamento de História; Rhayssa Braz, estudante do terceiro ano na Duke Kunshan University; Yuri De Melo Costa, de Juiz de Fora, Minas Gerais, especializado em Economia e Estudos de Políticas Públicas; Akshay Gokul, estudante do terceiro ano, especializado em Política Pública e Economia; e Travis Willian, que possui formação em Direito e Serviço Social, atualmente estudando Teologia na Duke University. Para todos eles, exceto os brasileiros, esta será a primeira visita ao Brasil.

    Durante a “Imersão Enraizados”, eu, Dudu de Morro Agudo, apresentarei formalmente o Instituto Enraizados, compartilhando um pouco da nossa história e destacando os principais projetos e programas que desenvolvemos. A programação contará com a exposição “Nós Todes”, de Aline Ignácio, e a exposição fotográfica “Meu Bairro, Meu Ambiente”.

    Além disso, teremos intervenções poéticas de Lisa Castro, Baltar, Aclor, e outros talentosos poetas, uma emocionante batalha show com Jovem RD e Kr7, e para completar, DJ Dorgo comandará a discotecagem, garantindo a trilha sonora do evento.

    Lisa Castro durante apresentação artística.

    Este evento promete ser um marco na troca cultural e na construção de laços entre o Instituto Enraizados e seus parceiros internacionais, destacando a importância da cultura, do ativismo e da educação como ferramentas de transformação social.

    Todos e todas estão convidados a participar desta imersão e a vivenciar de perto o que faz do Quilombo Enraizados um espaço de resistência, criatividade e conhecimento compartilhado.

    Não perca a oportunidade de fazer parte deste encontro que unirá talentos, histórias e perspectivas diversas em um ambiente de aprendizado e celebração.

    SAIBA MAIS:
    Imersão Enraizados
    Data: 13 de agosto de 2023
    Horário: 10h às 13h
    Local: Quilombo Enraizados, Rua Presidente Kennedy, 41, Morro Agudo, Nova Iguaçu, RJ

  • Dia do Folclore: Troca de saberes e culturas entre a Duke University e o CIEP 172

    Dia do Folclore: Troca de saberes e culturas entre a Duke University e o CIEP 172

    No dia 15 de agosto, quinta-feira, o CIEP 172 – Nelson Rodrigues sediará um intercâmbio entre professores e estudantes da escola, alunos da Duke University, e artistas do Instituto Enraizados, como parte do projeto “Activism, Culture and Education for Citizenship in Brazil and the U.S.”.

    Este projeto busca unir acadêmicos, artistas e estudantes da Duke University, da North Carolina Central University (NCCU), do Instituto Enraizados, e da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. O objetivo é explorar as principais formas de ativismo e organização cultural, abrangendo movimentos negros, feministas e LGBTQ+, a memorialização da escravidão, e as expressões religiosas e musicais locais. Além disso, a equipe do projeto examinará eleições e lutas urbanas e trabalhistas, especialmente entre professores de escolas públicas.

    Para este evento, eu, Dudu de Morro Agudo, juntamente com o educador e animador cultural Antônio Feitosa, e o grafiteiro e arte-educador FML, estamos organizando uma celebração em homenagem ao Folclore Brasileiro, que é dia 22 de agosto. Entre as atividades planejadas, teremos uma exposição fotográfica do projeto “Meu Bairro, Meu Ambiente” e um sarau de poesias com artistas do Instituto Enraizados.

    No dia 9 de agosto, o grafiteiro FML conduzirá uma oficina de pintura, onde os estudantes da escola criarão um painel em homenagem aos artistas locais Jota Rodrigues e João do Vale, que alcançaram expressão nacional, e que será exposto no dia 15. A proposta é que, durante as atividades culturais, tanto os estudantes do CIEP quanto os alunos da Duke University possam interagir, aprendendo e compartilhando sobre suas respectivas culturas.

    Jota Rodrigues e João do Vale

     

    Tanto Jota Rodrigues quanto João do Vale traziam fortemente o folclore brasileiro em suas criações. Suas obras foram profundamente enraizadas nas tradições populares do Nordeste do Brasil. Eles utilizava elementos do folclore em suas músicas, retratando a vida e os costumes do povo nordestino com grande autenticidade e sensibilidade.

    Lembrando que o Folclore Brasileiro é um conjunto de manifestações culturais populares que englobam tradições, lendas, danças, festas, músicas, crenças, e costumes transmitidos oralmente de geração em geração. Essas manifestações refletem a diversidade cultural do Brasil, resultante da mistura de influências indígenas, africanas, europeias, e outras culturas que compõem a sociedade brasileira.

    Por isso, este intercâmbio é uma oportunidade única para promover a troca cultural e educacional entre estudantes e artistas de diferentes contextos. Ao celebrar o mês do Folclore Brasileiro e honrar artistas locais, o evento não apenas enriquece o conhecimento dos participantes, mas também fortalece os laços comunitários e internacionais.

    A atividade será exclusiva para os estudantes da escola, com acesso restrito ao público externo, exceto para alguns artistas convidados da cidade de Nova Iguaçu.

    Jota Rodrigues

    Jota Rodrigues, nascido em Pernambuco, era caboclo, filho de um sertanejo e de uma mãe da etnia Fulni-ô. Ainda na década de 1970, migrou para o Rio de Janeiro com sua esposa e filhos, estabelecendo-se na Baixada Fluminense, no município de Nova Iguaçu. Reconhecido como poeta, Rodrigues publicou mais de 400 títulos de literatura de cordel e também produziu trabalhos em xilografia. Além disso, era um estudioso da flora medicinal, cultivando plantas em seu jardim para distribuir entre amigos e vizinhos.

    A influência de seu pai violeiro e de seu primeiro ofício – guiando um cego que memorizava versos e cantava de porta em porta – foi decisiva para a arte de Jota Rodrigues. Como ele próprio disse: “Aquilo foi me envenenando de uma tal maneira que o meu caminho era só aquele mesmo, não tinha outra coisa que me dominava”.

    Alfabetizado apenas aos 8 anos, Rodrigues se transformou em um multiartista, destacando-se no cordel, na música e nas artes plásticas. Ao longo de sua vida, publicou mais de 400 folhetos de cordel, xilogravuras, fotografias, entrevistas gravadas em vídeo e áudio, discos, novelas e roteiros de filmes.

    Depois de passar por vários lugares, fixou-se no Rio de Janeiro. Tentou se estabelecer na Feira de São Cristóvão, um reduto de cordelistas, mas foi o encontro com especialistas em cultura popular que lhe abriu portas para outros universos, como escolas e universidades, onde passou a dar palestras.

    Ainda em vida, foi reconhecido pela importância cultural de sua obra, sendo homenageado pela Câmara Municipal de Nova Iguaçu e tornando-se patrono de diversas bibliotecas escolares e comunitárias na Baixada Fluminense, onde residia.

    Jota Rodrigues faleceu em 2018, aos 84 anos. Ele é lembrado como o primeiro artista a expor na SAP, quando esta foi inaugurada em 1983, e continua sendo homenageado por suas contribuições à cultura popular e à arte brasileira.

    João do Vale

    João Batista do Vale, mais conhecido como João do Vale, foi um cantor e compositor brasileiro que deixou uma marca indelével na música popular do país. Nascido em 11 de outubro de 1934, em Pedreiras, no Maranhão, João sempre teve uma forte conexão com a música, apesar de sua origem humilde.

    Ainda jovem, em 1947, mudou-se para São Luís, onde começou a compor músicas com um grupo de Bumba meu boi chamado Linda Noite. Aos 16 anos, em 1950, chegou ao Rio de Janeiro, onde trabalhou como ajudante de pedreiro e se apresentou na Rádio Nacional, ganhando reconhecimento como o “Poeta do Povo”.

    João do Vale é autor de clássicos como “Carcará”, interpretado por Maria Bethânia, “Pisa na Fulô” com Ernesto Pires e Silveira Júnior, e “Peba na Pimenta” com Adelino Rivera. Sua carreira inclui colaborações com grandes nomes da música brasileira, como Luiz Gonzaga, Marlene, Dolores Duran e Luís Vieira.

    Um fato pouco conhecido é que João do Vale morou por 27 anos em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. De 1969 a 1996, ele residiu no conjunto habitacional Rosa dos Ventos, que mais tarde deu origem ao bairro homônimo. Durante a ditadura militar, após o sucesso de “Carcará”, João foi preso em uma manifestação camponesa e, após ser solto com a ajuda de José Sarney, retornou ao Rio de Janeiro e se estabeleceu em Nova Iguaçu com sua família. Ele permaneceu lá até sofrer um segundo derrame, após o qual voltou para sua cidade natal, Pedreiras, onde faleceu em 6 de dezembro de 1996, aos 62 anos.

    O legado de João do Vale é amplamente celebrado, incluindo homenagens em peças teatrais e a trilha sonora da novela “Cordel Encantado” da TV Globo, que contou com suas músicas “Carcará” e “Estrela Miúda”. Em 1995, o teatro no centro de São Luís foi batizado em sua homenagem.

    Toda a história de sua vida em Nova Iguaçu está documentada no livro “Rosa dos Ventos, a estrela miúda de João do Vale”, fruto da pesquisa acadêmica de Marize Conceição na Universidade Federal Fluminense (UFF). O livro, lançado no Centro de Convivência Nordestina no bairro da Luz, detalha como João do Vale foi morar no conjunto habitacional Rosa dos Ventos durante a ditadura militar e permaneceu ali até pouco antes de sua morte.

    SAIBA MAIS:

    Dia do Folclore – Intercâmbio Internacional
    15 de agosto de 2024 – Das 10:30 às 13:00
    No CIEP 172 – Nelson Rodrigues, em Morro Agudo

    Activism, Culture and Education for Citizenship in Brazil an the U.S. : https://sites.duke.edu/project_duke_baixada_project

     

  • Projeto “Hip Hop Pedagogies Brazil-USA” traz intercâmbio cultural ao Quilombo Enraizados

    Projeto “Hip Hop Pedagogies Brazil-USA” traz intercâmbio cultural ao Quilombo Enraizados

    A partir da próxima semana, o Instituto Enraizados dará início a uma série de atividades educacionais e culturais em parceria com a UFRRJ-IM, a Duke University e a North Carolina Central University, no projeto “Hip Hop Pedagogies Brazil-USA”. O projeto tem como objetivo sistematizar e explorar experiências de ação sociocultural desenvolvidas pelo Instituto Enraizados, buscando aplicá-las em contextos escolares no Brasil e nos Estados Unidos.

    A abertura do evento ocorrerá na segunda-feira, 31 de julho, a partir das 14 horas, no Auditório da Pós-Graduação do Instituto Multidisciplinar da UFRRJ. Essa atividade será aberta à participação de toda a comunidade acadêmica da UFRRJ e de movimentos sociais interessados em conhecer mais sobre o projeto “Hip Hop Pedagogies Brazil-USA” e contribuir com suas experiências para o planejamento das próximas etapas.

    Na terça-feira, 1º de agosto, duas atividades exclusivas para os integrantes do Instituto Enraizados serão realizadas. A primeira delas é a “Imersão Cultural e Institucional: Descobrindo o Quilombo Enraizados”, na qual os membros do Instituto apresentarão o Quilombo Enraizados, suas instalações e principais projetos, além de oferecerem uma série de apresentações artísticas. A segunda atividade é o “Diálogo Transcultural: Explorando as Rimas e Reflexões de Dudu de Morro Agudo”, uma oportunidade para Lucas Lopes, aluno da Duke University, e as alunas da professora Gladys Mitchell, da North Carolina Central University, compartilharem suas indagações a partir dos textos do rapper Dudu de Morro Agudo, cujas traduções foram utilizadas em uma atividade na Duke University no ano de 2022.

    John French, Dudu de Morro Agudo e Lucas Lopes, na Duke University
    John French, Dudu de Morro Agudo e Lucas Lopes, na Duke University

    Na mesma noite, das 18h às 21h, a professora Gladys Mitchell, da North Carolina Central University, ministrará uma aula especial no Curso Popular Enraizados. A aula, com o tema “Identidade Coletiva Negra e Hip Hop no Brasil”, é gratuita e aberta ao público, sendo necessário realizar inscrição prévia através de um formulário disponível no link: https://bit.ly/H2PEDAGOGIES-BRUSA.

    A programação continua na quarta-feira, 2 de agosto, com a atividade “RapLab: Explorando a Arte, Pesquisa e Intercâmbio Linguístico”. O rapper Dudu de Morro Agudo apresentará sua pesquisa de mestrado e doutorado, ensinará a metodologia do RapLab e conduzirá uma sessão em conjunto com Courtney Allen, aluna da Duke University, e DJ Dorgo, produtor cultural e arte educador. O objetivo é produzir coletivamente um rap com rimas em inglês e português, promovendo a interculturalidade entre os participantes. Para participar dessa atividade, é necessário fazer uma inscrição prévia, e a lotação é limitada a 20 pessoas. O link para inscrição está disponível em: https://bit.ly/H2PEDAGOGIES-BRUSA.

    Na quinta-feira, 3 de agosto, a atividade “Trilha Sonora: Descobrindo a Natureza e a Cultura da Serra do Vulcão” será realizada. Integrantes do Instituto Enraizados guiarão a delegação da Duke University e da NCCU em uma trilha na Serra do Vulcão, com acompanhamento de ambientalistas do Instituto EAE. O passeio tem início às 8h30 da manhã, com uma subida até a Cabana do Vulcão, um espaço de Eco Turismo no topo da Serra. Lá, haverá um bate-papo com a proprietária, Suelen Sathler, e com os ambientalistas do Instituto EAE sobre as questões das frequentes queimadas. Durante o almoço na Cabana do Vulcão, os presentes poderão curtir o som do DJ Dorgo, em seguida o grupo descerá pela estrada principal da Serra do Vulcão para apreciar o pôr do sol e a vista da cidade de Nova Iguaçu.

    Este passeio é aberto ao público, sem limite de participantes, mas é necessário realizar inscrição para organização do evento. Os interessados podem se inscrever preenchendo o formulário disponível no link:https://bit.ly/H2PEDAGOGIES-BRUSA. É importante destacar que é necessário ir com roupas confortáveis, tênis e levar água, já que a caminhada tem duração de cerca de 60 minutos.

    Contamos com a participação de todos e todas para enriquecer esse projeto tão importante para o Instituto Enraizados. Em caso de dúvidas, estamos disponíveis pelo Whatsapp (21) 9.6566-8219.

    HIP HOP PEDAGOGIES

    Não perca essa oportunidade única de vivenciar e compartilhar conhecimentos e experiências entre a cultura hip hop, educação e interculturalidade!

    SAIBA MAIS

    INSCRIÇÕES:
    https://bit.ly/H2PEDAGOGIES-BRUSA

    INFOS WHATSAPP:
    (21)9.6566-8219

    QUILOMBO ENRAIZDOS
    Rua Presidente Kennedy, 41, Morro Agudo, Nova Iguaçu, RJ

    UFRRJ.IM
    Avenida Governador Roberto Silveira, S/N, Posse, Nova Iguaçu, RJ

     

  • Revisitando a história do curso de hip hop da Duke University

    Revisitando a história do curso de hip hop da Duke University

    Se houvesse algo como um astro do rock acadêmico, Mark Anthony Neal, da Duke University, seria um deles.

    Neal é professor, estudioso de hip-hop e autor, é um crítico cultural altamente requisitado. Agências de notícias como o Huffington Post e o WUNC visitam Neal, presidente dos Estudos Africanos e Afro-americanos da Duke e fundador do Centro de Artes, Cultura Digital e Empreendedorismo, para comentários culturais. Localmente, Neal é conhecido por desenvolver “A História do Hip-Hop”, um curso popular que ele co-ensina com o aclamado produtor de hip-hop Patrick Douthit, também conhecido como 9thWonder, na Duke.

    Neal e Douthit ensinam juntos na turma desde 2010. O curso explora a história social e cultural do hip-hop e seu atual impacto global, econômico e sócio-político.

    Em qualquer noite, os alunos podem se envolver com um artista de hip hop indicado ao Grammy, como Rapsody ou um importante preservacionista cultural do Museu Nacional de História e Cultura Afro-Americana. O mais incrível é que este curso é aberto ao público.

    Numa fria e chuvosa noite de quarta-feira de março, a equipe do Come Hear NC viajou para o campus da Duke University para documentar a aula. Naquela noite, Nura Sediqe, candidata a doutorado em ciências políticas de Neal e Duke, conduziu uma palestra sobre hip-hop e violência, patologias do gueto e misoginia.

    Sediqe, que estuda o comportamento político das minorias radicalizadas, diz que “o hip-hop e as produções que emergem dele têm sido uma importante fonte de conhecimento para mim. Expressões políticas surgem de maneira significativa nas letras, produção visual e histórias dentro da arte. Como cientistas políticos, acho que é importante que mais de nós prestemos atenção ao hip-hop como uma fonte para nos informar das várias maneiras pelas quais as minorias são politicamente conscientes e engajadas ”.

    O hip-hop, que começou como um movimento musical popular no Bronx, é agora uma força global, e ao longo do semestre de Neal, Douthit e uma variedade de palestrantes convidados revelaram muitas facetas da história do gênero e da realidade atual – que muitas vezes se ligam a cultura e a movimentos políticos além da própria música.

    “Embora o curso seja marcado como uma história do Hip-Hop – para a maioria dos estudantes, o curso serve como uma história da história cultural e política negra do século XX”, diz Neal.

    Explore uma história do Hip-Hop Syllabus aqui.

    [box type=”info” align=”aligncenter” class=”” width=””]Matéria foi publicada originalmente no site NORTH CAROLINA ARTS COUNCIL https://www.ncarts.org/comehearnc/365-days-music/revisiting-duke-universitys-history-hip-hop-course[/box]

  • UFRRJ e Duke University disponibilizam o documentário ‘O Custo da Oportunidade’ na internet gratuitamente

    UFRRJ e Duke University disponibilizam o documentário ‘O Custo da Oportunidade’ na internet gratuitamente

    O documentário “O Custo da Oportunidade” foi concebido em uma parceria entre as universidades UFRRJ-IM, a Duke University e o Instituto Enraizados, a partir da experiência de um projeto multidisciplinar de pesquisa que aborda o impacto que a expansão do acesso ao ensino superior está tendo na Baixada Fluminense.

    O filme é baseado na história de discentes do IM-UFRRJ e seus pais, que fazem um comparativo entre seus passados sem oportunidades e o futuro promissor de seus filhos.

    Percebeu-se que quando um jovem morador de periferia tem a oportunidade de ingressar em uma universidade, toda a sua família indiretamente embarca junto nesse sonho, não poupando esforços para mantê-lo até a tão sonhada formatura.

    A equipe de divulgação do filme deseja exibir principalmente para alunos do ensino médio de escolas públicas, para universidades que tenham projetos de pesquisa parecidos e para instituições não governamentais que trabalhem com esta temática.

    SAIBA MAIS

    Instituto Enraizados
    (21)4123-0102
    enraizados@enraizados.com.br

     

    FICHA TÉCNICA

    DIREÇÃO E ROTEIRO
    Dudu de Morro Agudo
    Stephanie Reist

    FOTOGRAFIA
    Dudu de Morro Agudo
    Stephanie Reist
    Beatriz Dias

    MONTAGEM
    Dudu de Morro Agudo

    ÁUDIO
    Jean Caio (Babu)

    TRILHA SONORA
    Pulo no Futuro – Marcelo Peregrino
    Forgottem Land – Doxent
    Quadrado – Sérgio Roberto de Oliveira

    FOTOS/PHOTOS
    Agência Brasil – Autor: Tânia Rêgo
    Arquivo Público do Estado do São Paulo
    Casa Macunaíma, RJ – Autor: Luiz Roberto Lima
    Ocupa UFRRJ-IM- Autor: Tukuya Lara

     

  • Documentário ‘O Custo da Oportunidade’ será exibido neste sábado (28) no CIEP 188, em Lagoinha, Nova Iguaçu

    Documentário ‘O Custo da Oportunidade’ será exibido neste sábado (28) no CIEP 188, em Lagoinha, Nova Iguaçu

    Nesse sábado (29) será exibido, no CIEP 188 – Mariano Flor Cavalcante, em Lagoinha, Nova Iguaçu, a partir das 09h da manhã, o documentário “O Custo da Oportunidade”, dirigido por Dudu de Morro Agudo e Stephanie Reist, que retrata histórias de universitários da Baixada Fluminense e todas as dificuldades e transformações pelas quais passam quando decidem cursar o nível superior.

    O filme de 30 minutos é fruto de um projeto multidisciplinar que estuda o impacto da expansão do acesso ao ensino superior na Baixada, da Universidade Duke, nos Estados Unidos, e do Instituto Multidisciplinar da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), do campus Nova Iguaçu.

    SERVIÇO

    Cine Debate – Exibição do filme O Custo da Oportunidade
    CIEP 188 – Mariano Flor Cavalcante
    Rua Sibipiruna, Lagoinha, Nova Iguaçu
    29 de julho – 09 horas da manhã

     

  • Enraizados exibiu documentário ‘O custo da oportunidade’ no Ponto Cine

    Enraizados exibiu documentário ‘O custo da oportunidade’ no Ponto Cine

    Alunos do ensino médio, estudantes da primeira escola bilíngue do Brasil, o CIEP 117, que fica situado em Morro Agudo (Nova Iguaçu-RJ), conheceram o Ponto Cine, em Guadalupe, e assistiram ao documentário ‘O custo da oportunidade’, filme dirigido por Dudu de Morro Agudo e Stephanie Reist.

    Esse passeio não foi por acaso, pois o filme, que trata do impacto que a expansão do ensino superior tem na Baixada Fluminense, faz parte de um projeto conjunto e multidisciplinar entre a UFRRJ e a Duke University, que juntas analisam o tema.

    Ponto Cine
    Ponto Cine

    Cerca de 15 pessoas são entrevistadas no filme, dentre elas pais e filhos, famílias que têm histórias completamente diferentes umas das outras, mas paradoxalmente estão extremamente conectadas, o que acaba refletindo a realidade de muitas famílias da região, que não medem esforços para manter os filhos na universidade.

    Para o Instituto Enraizados, é importante iniciar uma discussão com a juventude que está no ensino médio afim de aproximá-los da universidade, principalmente aproximar a juventude pobre e preta da universidade pública, e o filme acaba sendo uma ótima ferramenta.

    Inter Brusa
    Inter Brusa

    No CIEP 117 existe um grupo de alunos chamado Inter Brusa, são jovens pró-ativos que assumiram um papel de liderança na escola e que acaba tendo um reflexo positivo no bairro, o que também foi o impulso necessário pra ocasionar essa multiparceria entre a escola, o Instituto Enraizados, a Duke University, a UFRRJ e o Ponto Cine.

    Antes da exibição do filme, foi exibido o videoclipe da música “O aço”, que foi produzido durante o curso de audiovisual do Enraizados e após a exibição do filme houve um bate-papo com o graduando Rodrigo Monteiro, um dos personagens do filme.

    SAIBA MAIS
    O que? Cine Tela Preta – Exibição do filme O Custo da Oportunidade
    Quando? 18 de maio, às 11 horas
    Onde? Ponto Cine – Estr. do Camboatá, 2300 – Guadalupe, Rio de Janeiro – RJ

    [box type=”info” align=”aligncenter” class=”” width=”200″]“O projeto faz parte do Programa Territórios Culturais RJ / Favela Criativa, da Secretaria de Estado de Cultura em parceria com a Light e a Agência Nacional de Energia Elétrica.”[/box]

  • Princeton University em Morro Agudo

    Princeton University em Morro Agudo

    O americano Durelle Napier, estudante da Princeton University, uma prestigiada universidade localizada em Princeton, estado de Nova Jérsei, nos Estados Unidos, esteve no Espaço Enraizados, em Morro Agudo (Nova Iguaçu-RJ) para um intercâmbio com artistas e militantes do Instituto Enraizados.

    Carol Tavares, Dudu de Morro Agudo, Gustavo Baltar, Átomo, Stephanie Reist, Luiz Cláudio, Durelle Napier, Jamall Dubeco, GB, Lisa Castro, Laica, Samuca Azevedo, Antônio Feitoza, Cleber Gonçalves, DJ Dorgo e Bruno Santos Silva.

    A nova sede do Instituto Enraizados ainda não foi inaugurada, mas no ano de 2017 já aconteceram dois intercâmbios internacionais no local. O primeiro com o rapper francês Salomon, do grupo Strategie de Paix (Estratégia de Paz), no dia 08 de janeiro.

    O “intercâmbio” é um dos três eixos que a organização trabalha, os outros dois são “formação e comunicação”.

    A oportunidade do intercâmbio com o americano surgiu a partir de uma conversa entre a Rute Duarte, do Observatório de Favelas, e o Dudu de Morro Agudo, diretor executivo do Instituto Enraizados.

    Durelle Napier chegou no Espaço Enraizados às 14 horas com a intérprete Rita Pacheco e logo formou-se uma roda com cerca de 15 pessoas, dentre eles rappers, DJs, cineastas, poetas e educadores, todos militantes da instituição. O objetivo do americano era escrever um artigo e um livro onde compara a cena do hip-hop nos Estados Unidos e no Brasil, baseado na questão racial e violência policial.

    Foram cerca de três horas de conversa intensa, num bate papo sobre questões de ambos os países, como racismo, a abordagem policial, os clássicos do rap, o rap contemporâneo, etc…

    É importante ressaltar que outra universitária americana participou do encontro. Stephanie Reist, da Duke University, localizada em Durhan, em Carolina do Norte, atualmente está dirigindo um documentário junto com Dudu de Morro Agudo, numa parceria entre o Instituto Enraizados, a UFRRJ-IM e a Duke University.

    Ao final, Dudu de Morro Agudo presenteou Durelle Napier com um disco do #ComboIO e uma blusa do Enraizados, e no intuito de expandir a rede convidou-o para fazer parte da Rede Enraizados. Ele aceitou e disse que voltará em breve.

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