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  • Reclamando de Barriga Cheia

    Reclamando de Barriga Cheia

    O Rio de Janeiro continua lindo, apesar dos pesares, apesar dos políticos, apesar da corrupção, apesar dos bandidos que migraram pra Baixada Fluminense com seus fuzis e suas drogas pesadas, apesar da Copa do Mundo que ninguém está comemorando nas ruas porque estamos PT da vida com os gastos abusivos do Governo, apesar da polícia que extorque o cidadão na rua, apesar do pensamento hegemônico estar se organizando ainda mais pra enfiar goela abaixo alguns formatos de vida via Leis Federais com a ajuda da Igreja… apesar de… apesar de… apesar…

    Mas, como eu nunca me propus a ficar reclamando da vida sem lutar, então, eu resolvi falar de um assunto novo, pelo menos pra mim, vamos deixar a política um pouco de lado pra falar a respeito de um mercado que vem crescendo a passos largos no Brasil, o mercado de Coaching.

    Coaching é um processo definido com um acordo entre o coach (profissional) e o coachee (cliente) para atingir a um objetivo desejado pelo cliente.” (http://pt.wikipedia.org/wiki/Coaching).

    Em outras palavras, se você resolveu empreender a você ou a seu negócio, e deseja alcançar mais rapidamente o sucesso, provavelmente você precisará de um profissional especializado que lhe oriente e lhe diga o que fazer para o seu negócio dar certo.

    Atualmente eu estou muito envolvido com isso e estou testando vários processos, alguns estão dando frutos bem interessantes, o que tem aumentado ainda mais o meu interesse no assunto, principalmente porque esse assunto quase não é falado em relação ao mercado cultural.

    Nunca ouvi falar de profissionais que dão suporte ao empreendedor cultural. Existem algumas assessorias especializadas em capitação de recursos e/ou execução de projetos e prestação de contas, mas, não passa disso.

    Particularmente, estou preparando uma série de perguntas a ser levantadas que vão me ajudar a desvendar alguns mistérios nesse campo, e estou disposto a compartilhar com tod@s que tenham interesse nesse assunto, aqui pelo canal do Enraizados. Algumas coisas eu já publiquei no Jornal Extra uma vez e pretendo fazer mais ainda.

    Pra começar, vou fazer algumas perguntas sobre:

    – Como estruturar o seu negócio cultural: Como abrir a sua empresa, grupo cultural, associação, Instituto, ONG, Oscip, OS. Quais são os formatos a serem adotados, onde buscar esse conhecimento;

    – Como pensar o seu negócio, como realizar o seu sonho;

    – Quem são os possíveis apoiadores, onde tem esse conhecimento;

    – Como fazer um projeto, captar por editais e prestação de contas;

    – Quais são as empresas mais tchan do mercado para você se capacitar pro seu empreendimento;

    – Que tipo de profissional você deve buscar e porque;

    Talvez não seja novidade esses tópicos para muitos de vocês, mas com certeza, se você estiver começando o seu negócio, vai precisar de alguns toques importantes de alguém que já penou bastante a procura desse conhecimento que ninguém dá de graça.

    Depois a gente volta a falar da política e da cretinice do sistema, mas agora, cuidemos um pouco mais das nossas necessidades básicas, para que não morramos de inanição e sede por não conseguirmos o sustento de cada dia pra nossas casas e nossos projetos.

    Um grande abraço.

    Paz.

  • Como a imprensa carioca e fluminense enxergam a Baixada Fluminense

    Como a imprensa carioca e fluminense enxergam a Baixada Fluminense

    Olá amigos que sempre dedicam um tempinho lendo minhas colunas aqui no Enraizados. A de hoje é importante, espero que gostem e comentem.

    Hoje, assim que acordei, como faço todos os domingos, fui ao jornaleiro e comprei todos os “principais” jornais. O Dia, O Globo e o Extra.

    Já havia conversado com alguns amigos jornalistas e com outros amigos que trabalham com comunicação de uma forma mais ampla, e já expus a minha insatisfação com o fato de ter um caderno Baixada. Acho que é mais uma forma de nos segregar, pois nossa arte fica limitada na nossa região, quando poderia chegar a um número maior de pessoas.

    Mas alguns deles não concordaram comigo e disseram que era uma forma de valorizar e dar visibilidade para a região. Outros concordaram comigo, mas acharam normal, pois “sempre” foi assim, o que acontece na Baixada não interessa para o restante do Estado. Ops… O que acontece culturalmente não interessa, pois a nossa desgraça vende.

    Vocês já repararam que a Baixada só aparece na capa dos jornais ou em grandes matérias quando o assunto em questão é a violência?
    Quase sempre, alguns de nós, artistas, ficamos segregados até mesmo dentro do caderno Baixada, pois como já mostrei hoje – em minhas potagens no facebook, só mostra eventos pagos, de produtores de médio porte, casas de shows grandes ou com influências político partidárias. Isso me faz questionar de forma dura a real intenção – ou função – da imprensa carioca e fluminense.

    Se você acha que estou mentindo ou exagerando, faça um exercício, compre os jornais, todos os que puder comprar e faça um trabalho de recorte, relembrando as épocas de crianças, das aulas de educação artística.

    Recorte todas as matérias do jornal que falem da Baixada Fluminense. Faça seu caderno Baixada, recorte apenas as notícias dos eventos que são gratuitos ou dos que não façam propaganda para as empresas da cidade, restaurantes, lojas de carro, etc, e os que não façam a descarada propaganda político partidária.

    Veja o que nós da Baixada Fluminense representamos para a imprensa carioca e fluminense.

    Nesta semana estive em um evento de música alternativa (rap, rock e reggae) no Nativo Bar Clube, em Miguel Couto, na quinta feira, estive também em outro, cujo o nome é MusicAção na Pista, no sábado, que integrou ao festival internacional Grito Rock, aconteceu na Praça de Skate de Nova Iguaçu e reuniu mais de 200 jovens e mais de 10 artistas se apresentaram, muitos deles ainda adolescentes. Hoje, domingo, está acontecendo um evento no Ananias Bar, que reúne bandas de Rock da cidade e libera o microfone para que outros artistas possam se apresentar, e também aconteceu uma roda de samba no Marko II, na rua.

    Sabe o que todos esses eventos tem em comum?
    Eu respondo. Todos são gratuitos.
    Sabe de outra coisa em comum?
    Não saiu nenhuma nota, de nenhum deles, em nenhum dos “grandes” jornais e nem mesmo no segregador caderno “Baixada”.

    Pra que serve esse caderno Baixada?