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  • Anonymous + Militância + Repressão = Revolução

    Anonymous + Militância + Repressão = Revolução

    Estou ouvindo muita gente desesperada pelo o que está acontecendo com o Brasil, e não vejo motivos para tanto desespero. A causa é simples, os motivos são simples e a ação é simples.

    Me parece que só depois do dia 17 de Junho de 2013 que a maioria esmagadora da população se deu conta da gravidade do que está acontecendo no país. E o Governo agora está desesperado porque não tem uma explicação plausível, segundo eles, para tanto alvoroço, tanta mobilização, tanta força popular. As direitas/esquerdas até agora sempre viram as redes sociais como uma rede de desocupados, que só querem se divertir um pouco mais sem riscos. Agora eles estão acordando para aquilo que parece ser mais uma revolução do que uma ferramenta. Dentre os motivos, a principal causa de desespero deles é a falta de bandeiras e uniformes de militância nas manifestações. Os partidos e sindicatos, treinaram muito até que dominaram de vez a técnica de fazer política pelas ferramentas antigas, mas, essa nova tecnologia, eles não entendem nada, até mesmo porque perderam o tempo precioso deles fazendo e aperfeiçoando os métodos políticos da antiga forma.

    Uma vez eu fui em uma palestra do Wladimir Palmeiras (líder da antiga passeata dos 100 mil) e ele falou sobre a aversão da juventude aos partidos políticos e da forma como eles fazem política, e disse que eles (os partidos) ainda precisavam aprender muito sobre essa nova forma dos jovens verem a política, porque os partidos estão sendo esvaziados em sua militância. Os jovens preferem discutir política usando a cultura que militando por uma causa partidária.

    Eu faço militância cultural e cibermilitância a muito tempo e sempre me perguntavam o que era essa tal de militância cultural, eu sempre respondi dessa forma: Usamos a arte para atrair a juventude para discutir políticas públicas, principalmente a da nossa cidade. E quando me perguntavam o que era cibermilitância eu sempre respondia: É usar a internet para disseminar, propagar e discutir a militância cultural, orientando e criando novas formas de ser, agir e pensar.Me parece que esse discurso havia ficado velho, ou desgastado quando ninguém mais falava de cibermilitância e somente algumas organizações ainda usavam o termo militância cultural, mas a grande maioria, mesmo sem saber não somente usava, como faziam e fazem, e usam, tanto uma quanto a outra formas organizativas. Aquilo que os partidos sempre temeram, na verdade é simplesmente o efeito castata de uma série de coisas que se unem formando uma coisa só enorme e plural.

    Cabe ressaltar aqui que existe ainda uma militância autônoma que sempre foi feita em relação a apropriação de tecnologias, uma militância autônoma e sem rosto, muitas vezes, uma militância que está presente no mundo dos hakers e crakers, que são anônimos e por isso podem ser desde um garoto que nem chegou a sua puberdade, até um engenheiro bem posicionado na vida, que pelo simples motivo de não concordar de que tudo no mundo sempre tem que ter um dono, militam anonimamente por um mundo mais justo e melhor. Essa é a militância dos Anonymous, que no início começa com poucas pessoas e que pelo seu caráter desbravador e tomado de uma forte compreenção daquilo que é e de onde quer chegar, é capaz de traçar linhas claras, definidas e complexas sobre as suas diferentes formas organizativas, e por isso se espalha pelo mundo todo. No mundo anonymous não há rostos, nem nomes, apenas uma ideologia e uma política de convivência pacífica e de respeito ao indivíduo, sem detrimento da causa coletiva. Não há liderança claramente definida, as idéias que se somam aos ideais o fazem pela simples conexão natural com o objetivo final e se molda numa idéia comum. Desta forma, a luta fica mais forte, porque os objetivos, a meta e as diretrizes são claras na cabeça de cada anonymous e não precisam, de todo, ser verbalizada, mas quando precisa, tudo bem também, ninguém fica chateadinho porque a sua idéia não foi posta em prática pelo coletivo, simplesmente porque ninguém vai saber que a idéia foi sua, dessa forma não há melindres. O melhor é que se pode colaborar, sendo ou não um anonymous, mas nunca as regras são burladas, ninguém fica sabendo quem é você. Por causa dessa característica, alguns ficam aterrorizados com a idéia de que pode haver um manipulador que está levando as pessoas a fazerem isso ou aqui, mas essa idéia é um medo, como aquele medo do desconhecido que todos os animais tem. Não se justifica a medida em que todos sabem qual é o alvo e quais são as metas.

    Pra quem não conhece é aterrorizante, confesso, eu mesmo me senti confuso e repleto de medos que foram se dissipando a medida em que os objetivos e metas se colocaram e ninguém impõe nada a ninguém, se quiser fazer, faça, caso contrário, tudo bem, se quiser ficar, fique, caso contrário, tudo bem também.

    Muitos jovens que estão hoje nas universidades, foram formados por instituições e militantes culturais individuais que sempre discutiram politica misturada com a arte. E essa forma de fazer política, sempre nos pareceu a melhor forma, pois algum dia, a força dessa inquietação que estava sendo passada e repassada para essa geração iria se manifestar, só não sabíamos como. Até que uma série de eventos emergiram e nos favoreceu de forma supreendente. A antiga forma organizativa dos estudantes que sempre mobilizaram o nosso país começa a se articular, os anonymous se juntam para divulgar e fomentar a discução, os militantes culturais e cibermilitantes de diferentes vertentes se juntam e formam um bloco mais ou menos coeso, até que vem o tiro no pé dos políticos ignorantes, que não sabiam e não sabem ainda com quem estão lidando, e reprime os manifestantes, pronto, foi essa a maravilhosa gota d’agua que estava faltando para que a sociedade se levantasse, e com ela a mídia (que também foi reprimida), as pessoas comuns começaram a se perguntar:“Porque eu estou apoiando uma ditadura disfarçada de democracia?”. Sim, se perguntaram, porque houve uma reflexão do seguinte ponto de vista: “Se eu não faço nada eu dou força pra quem reprime, além disso o meu filho, o meu irmão, o meu amigo, o meu parente está tomando porrada da polícia e eu ainda que não queira ir tomar porrada também, como posso ajudar?”. A resposta é óbvia, e então começaram os milhões de compartilhamentos, pelas redes sociais, principalmente o Facebook, por uma série de fatores que não é  motivo dessa reflexão, e o movimento que era de estudantes, começa a ser de uma Nação, e as demandas estudantis, dão lugar as demandas de um Povo que está de saco cheio da “Política do Pão e Circo” utilizada pelos Romanos a séculos atrás e que sempre foi utlizada pelos políticos brasileiros maximizados pela dobradinha: Assistencialismo vs Grandes Eventos (BolsaFamília vs CopaDoMundo etc).

    Tem muita coisa errada no Brasil, e é preciso uma força descomunal para parar essa roda que gira num efeito vicioso para que ela gire ao contrário naquele tão sonhado efeito virtuoso. Muita coisa ainda vai acontecer, estão chamando precipitadamente esse movimento de Revolta do Vinagre, pois eu digo que não se trata de revolta, mas sim de uma REVOLUÇÃO e não tem nada a ver com vinagre, essa é a REVOLUÇÃO DEMOCRÁTICA MODERNA.

    Tópicos interessantes relacionados:

    Um texto interessante de alunos sobre o Anonymous – http://tocqueville.richmond.edu/digitalamerica/?p=1942

    Sobre o Anonymous brasil – https://www.facebook.com/AnonymousBr4sil/info

    Uma reflexão séria de um dos maiores pensadores do Brasil – http://www.luizeduardosoares.com/?p=1098

    Texto original

  • Mano Robson disponibiliza CD para download gratuito

    Mano Robson disponibiliza CD para download gratuito

    Mais um guerreiro do rap nacional disponibiliza seu CD para os amantes do estilo, dessa vez é o Mano Robson, nordestino, oriundo do Maranhão e Piaui há 17 anos. O mano ainda é pouco conhecido na cena, mas muito talentoso, através de seus versos e originalidade já tocou em grandes Centros e eventos pelo Brasil, como o “Teia Cultural”, em 2005, Piaui Pop 2005, 2006 e 2008, e também teve uma passagem de sua história escrita no livro Literatura do Oprimido, organizado por Toni C.

    Mano Robson, a convite da Ong Ação Educativa, fez palestras e Pocket Show nas Fundações Casa, de São Paulo, no ano de 2009.
    Em 2010 teve seu trabalho reconhecido pelo Governo Federal, sendo um dos 135 comtemplados do Prêmio Cultura Hip Hop – Edição Preto Ghóez, oferecido pelo Ministério da Cultura.

    Em 2011, já com o CD Nascido Pra Guerra, gravado no estúdio do Centro de Referência da Cultura Hip-Hop, em Teresina, no Piaui, disco este produzido por PTK, da Quilombolouco Beats, Mano Robson ganha o 2º prêmio de sua carreira, o Prêmio Reviva Rap, na categoria melhor mixtape.

    E para festejar 10 anos de carreira com todos os manos e minas, ele disponibiliza para download o CD Nascido Pra Guerra, onde se destacam músicas de “Auto-Ajuda”, Detalhes da Guerra e “Armas Pra Vencer”, músicas estas que relatam o seu próprio dia a dia e suas experiências de vida

    Baixe o CD: http://www.4shared.com/rar/SVksq9tF/Mano_Robson_-_Nascido_Pra_Guer.html

    [yframe url=’http://www.youtube.com/watch?v=9Yn7ofPx1mY’]

    Contato Para Shows:
    email: robcodo@gmail.com

     

  • Prêmio Cultura Hip Hop, divulgação Maranhão

    O Prêmio Cultura Hip Hop chega a sua reta final de inscrições, elas podem acontecer até dia 11 de agosto nessa quarta-feira.

    São 135 iniciativas serão premiadas com recursos investidos de R$ 1,7 milhão

    Prêmio Cultura Hip Hop 2010 – Edição Preto Ghóez é uma realização das Secretarias da Identidade e da Diversidade Cultural (SID) e de Cidadania Cultural (SCC) – doMinistério

    da Cultura -, em parceria com o Instituto Empreender e a Ação Educativa. O objetivo é selecionar ações e experiências de fortalecimento da Cultura Hip Hop em todo o Brasil.

    Nesta primeira edição, o concurso presta homenagem póstuma ao músico maranhense Márcio Vicente Góes (1971-2004), o rapper Preto Ghóez, um dos líderes do Movimento Hip-Hop Organizado do Brasil (MOHHB).

    A premiação conta com recursos de cerca de R$ 1,7 milhão e contemplará 135 iniciativas de pessoas físicas, instituições e grupos informais nas seguintes categorias: Reconhecimento, Escola de Rua, Correria, Conhecimento (5º elemento)Conexões.

    Inscrições

    As inscrições são gratuitas e terminam dia 11 de agosto. Os interessados poderão encaminhar suas propostas pelos Correios baixando o edital nos sites relacionados ao Prêmio, ou preenchendo os formulários eletrônicos por meio das inscrições online (http://sistemas.cultura.gov.br/propostaweb/) já disponíveis na internet. Os critérios, procedimentos e formulários de inscrição, necessários para a participação, estarão nas seguintes páginas eletrônicas:

    ²  www.premiohiphop.org.br;

    ²  www.cultura.gov.br/diversidade;

    ²  www.institutoempreeender.org

    Conheça as Categorias

    Reconhecimento: destinada a honrar personalidades ou coletivos importantes para o desenvolvimento da cultura Hip Hop no país, ao longo do tempo.

    – 10 prêmios, sendo dois para cada macrorregião do país.

    Escola de Rua: voltada para iniciativas que, por meio dos elementos do Hip Hop, desenvolvam ações sócio-educativas, seja a partir de pedagogias tradicionais ou inovadoras.

    – 27 prêmios, um para cada Estado da Federação.

    Correria: iniciativas que incidem sobre a geração de renda ou que criem oportunidades de trabalho para os envolvidos, tais como a criação de eventos e a confecção de produtos, dentre outras.

    – 27 prêmios, um para cada Estado da Federação.

    Conhecimento: iniciativas que fomentem a realização de encontros, seminários e debates, ou a produção de estratégias para a difusão do Hip Hop.

    – 35 prêmios, sete para cada macrorregião do país.

    Conexões: iniciativas que promovam o intercâmbio com outras formas artísticas afins à cultura Hip Hop, em particular as expressões culturais afrodescendentes, criando novas associações, incorporações estéticas e políticas, para além dos quatro elementos consagrados (Break, MC, DJ e Graffiti).

    – 35 prêmios, sete para cada macrorregião do país.

    O movimento Hip Hop é uma expressão da cultura urbana, com desdobramentos em diversas manifestações artísticas, tais como a dança, a música e as artes plásticas.

    No Brasil, o movimento surgiu em meados da década de 80, nos tradicionais encontros que aconteciam na Rua 24 de Maio, região central da cidade de São Paulo. Grupos como os Racionais MC’s, representantes da segunda geração, tornaram o movimento  conhecido e respeitado em todo o país.

    Serviço

    Período das inscrições: de 16 de abril a 11 de agosto.

    Endereço para envio das inscrições:

    Instituto Empreender

    SCS QD 01 Bloco nº 28 Edifício JK Sala 23

    CEP 70 306-900

    Brasília – DF

    Telefone do Instituto Empreender: (61) 3225-2780

    Contemplados: Iniciativas individuais, de grupos informais e instituições.

    Valor do prêmio: R$ 13 mil para cada iniciativa.

    Site: www.premiohiphop.org.br

    Endereço eletrônico: premiohiphop@acaoeducativa.org

    Twitter: @premiohiphop

    Assessoria de Imprensa:

    Alexandre De Maio

    Tel.:(11) 6407-7784