Tag: Morro Agudo

  • Passarinho canta ‘Vida Metropolitana’

    Passarinho canta ‘Vida Metropolitana’

    Rapper Passarinho põe a música ‘Vida Suburbana’ pra rolo. Uma música que leva a reflexão sobre o dia a dia na cidade grande, onde uns tem muito e outros nada, onde a maioria das pessoas dá prioridade a coisas ao invés de pessoas.

    Em um trecho ele canta:

    “Na busca por ter a carteira cheia, deixa o coração vazio… vivemos como loucos tentando romper as barreiras e chegar no topo… medo dos canas, lá se foi a infância e o sonho das crianças, sejam bem vindos a vida metropolitana… Jovens cometendo suicídio… os arranha céus arranham a alma.”

    A produção da beat ficou por conta do Ninja e a música foi gravada no Nuvem Estúdio.

  • Morro Agudo e seu potencial para se tornar um bairro turístico

    Morro Agudo e seu potencial para se tornar um bairro turístico

    É possível realizar uma uma transformação cultural num bairro decadente e abandonado pelo poder público e torná-lo uma das áreas mais promissoras e visitadas da sua cidade?

    A primeira vez que falei que faria algo do tipo em Morro Agudo algumas pessoas riram de mim, imagino que quando Tony Goldman, empresário americano, falou que faria o mesmo em Little San Juan, conhecida atualmente como o distrito de Wynwood, em Miami, nos Estados Unidos, as pessoas também riram dele.

    O bairro era até pouco tempo atrás um território bastante hostil. Violência, drogas, armas, prostituição e gangues se sentiam confortáveis em um enclave não muito distante do centro de uma cidade que ainda tem na memória o estigma do crime e da corrupção, que a marcou na década de oitenta. Cinco anos atrás, Wynwood ainda era um desses lugares onde é melhor não entrar por engano.

    Hoje, mal restam vestígios desse passado sinistro, e a região está vivendo uma efervescência cultural, social e econômica quase sem comparação nos Estados Unidos. O milagre foi da obra da arte de rua, das centenas de artistas que transformaram, e continuam transformando diariamente, a fisionomia antes deprimente de suas ruas, que se tornaram uma gigantesca pintura que salpica de cores vivas de cada casa, cada loja e cada esquina.

    Marcão Baixada em Wynwood, Miami

    Em 2015, o Wynwood Art District foi nomeado como um dos 4 melhores bairros dos Estados Unidos pela American Planning Association (APA).

    Eu, por outro lado cresci longe de Miami, mas num bairro tão zoado quanto Wynwood. Em Morro Agudo, bairro da cidade de Nova Iguaçu, área onde inicialmente era a Fazenda Japeaçaba, de propriedade do Conde de Iguaçu, e que tempos depois passou a receber o nome de Bonfim de Riachão, e posteriormente, Morro Agudo, em homenagem à Fazenda Morro Agudo. Hoje em dia o  bairro também é conhecido como Comendador Soares, graças ao comendador Francisco José Soares, dono da fazenda. Mas a população prefere Morro Agudo.

    Durante todo o esse tempo o bairro teve pouco progresso e as melhorias urbanas mais relevantes iniciaram-se no ano de 1931, quando foi aberta a Rua Tomás Fonseca, principal rua do bairro, ligando até a estação de trem, que foi pavimentada em 1951.

    Eu ouvi muitas vezes que nada de bom havia no local. Cansei de ouvir também que quem melhorasse de vida financeiramente deveria sair do bairro, e vi muitos irem embora.

    Na minha infância muitos dos meus amigos foram assassinados, quase sempre um matava o outro por conta de brigas sem sentido, crimes menores e drogas. Nunca um crime foi investigado. Não havia policiamento. O esgoto era a céu aberto na maioria das ruas. Não haviam atividades culturais para os jovens. A única coisa que havia era um total descaso por parte do poder público. Estávamos literalmente entregues a nossa própria sorte.

    Contudo, sempre enxerguei em Morro Agudo um grande potencial, pois além de atualmente ser um dos bairros mais importantes da cidade de Nova Iguaçu, há uma grande concentração de artistas – muito bons – e está localizado estrategicamente entre a rodovia Presidente Dutra e a linha férrea, possibilitando diversas formas de entrar e sair do bairro.

    Comecei a viajar para alguns lugares do mundo e conheci alguns bem legais, e sempre imaginei que algumas coisas poderiam ser replicadas em Morro Agudo, meu objetivo sempre foi criar algo para ‘enriquecer’ a comunidade, impactar positivamente na economia local, na educação, aumentar a auto-estima dos moradores e inspirar iniciativas semelhantes ao redor do país e quem sabe do mundo.

    Dudu de Morro Agudo em Wynwood, Miami

    De todos os locais que conheci, Wynwood foi o que mais me chamou atenção, pois lá o graffiti fez toda a diferença e eu tenho certeza que o graffiti também será o carro chefe que realizará essas transformações no meu bairro e consequentemente na minha cidade.

    Há um ano idealizei o Galeria 20-26, projeto que tem como objetivo criar painéis grafitados nas principais ruas do bairro, principalmente nas ruas por onde passam os ônibus intermunicipais, criando uma galeria de arte urbana a céu aberto. A ideia é iniciar uma relação com os moradores para que cedam seus muros para a arte, e também um intercâmbio entre grafiteiros do bairro com grafiteiros de outras regiões.

    Com isso pretendo deixar a arte do graffiti em mais evidência na região, assim como os artistas, e consequentemente aumentar a procura pela arte, principalmente pela juventude local, pois assim formaremos novos artistas e haverá uma expansão natural do projeto. O intuito é deixar o local mais bonito e fazer com que cada vez mais pessoas circulem pelo bairro, para pintar ou somente para apreciar os graffitis.

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    É claro que tudo isso orbita em torno do Instituto Enraizados, organização de hip hop que criei há 18 anos e cujo a sede é o bairro de Morro Agudo. Veja bem que eu não disse que a sede é “em” Morro Agudo, mas “o” bairro de Morro Agudo, pois acredito que vamos impactar todo o bairro através da cultura hip hop, e quando eu digo impactar, quero dizer nas escolas, na economia, na segurança pública, no transporte, na política, resumindo, impactar a sociedade de diversas formas diferentes, porém conectadas.

    Durante esses 18 anos, os quais 10 anos foram dedicados quase que exclusivamente ao bairro, já tivemos um grande progresso, pois centenas de pessoas de diversos países como Estados Unidos, França, Alemanha, México, Curaçao, Chile, Cuba, Portugal, Etiópia, Irlanda, Itália, Uruguai, Colômbia, Canadá, entre outros, já estiveram no bairro para colaborar com o Enraizados, praticar suas artes e/ou interagir com outros artistas, tudo de forma bem orgânica, contudo nos próximos dez anos, pretendo intensificar e focar em atividades que tragam cada vez mais pessoas para o bairro.

    Nossas atividades de intercâmbio são eventos como o Caleidoscópio e o Sarau Poetas Compulsivos que tem a missão de conectar o bairro com outros locais, assim como os artistas. E anualmente atingimos diretamente 2.000 pessoas, trazendo muita gente de fora para o bairro.

    No próximo ano inauguraremos o Espaço Enraizados, um centro cultural para prática e promoção da cultura urbana, e tenho certeza que terá um impacto muito positivo no bairro e e será muito importante para o hip hop na região. Será um espaço com biblioteca, estúdio de gravação, núcleo de comunicação (rádio, TV e revista), espaço multi-uso para cursos, seminários, ensaios e co-working e um dormitório para que artistas de outros locais possam passar a noite no bairro.

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    Com um ano e meio do projeto Galeria 20-26 conseguimos realizar cerca de 07 painéis no bairro, com 26 grafiteiros, da Baixada, do Leste Fluminense, da Zona Oeste e da Zona Norte. Nossa expectativa era que somente a partir de 2019 os turistas começassem a circular pelo bairro, contudo em 2016 a Casa Fluminense e os parceiros da Campanha #Rio2017, que estavam num projeto que previa pedalar de Japeri a São Gonçalo, fizeram uma parada em Morro Agudo para conhecer a Galeria 20-26 e ainda almoçaram no Buteco da Juliana, um bar onde acontecem muitas atividades culturais no bairro.

    Em 2017 aconteceram 03 intercâmbios internacionais no Espaço Enraizados, trazendo pessoas dos Estados Unidos e da França para Morro Agudo.

    Esses fatos me faz acreditar que em 2018, quando o Espaço Enraizados será inaugurado, poderemos trazer cerca 120 grafiteiros de diversas partes do mundo para o bairro para pintar pelo menos 12 painéis durante o ano, contudo acreditamos também que outros painéis serão criados por iniciativa dos próprios artistas e moradores. Além destas atividades, o Instituto Enraizados realizará também muitas outras com os outros elementos da cultura hip hop, tudo isso sendo divulgado e documentado pela nossa equipe de mídia alternativa, criando um ecossistema de inovação.

    A referência a “ecossistemas de inovação” remete claramente para a analogia aos ecossistemas biológicos pondo em evidência a multiplicidade, a interdependência e o fenômeno de co-evolução entre os atores que o compõem, todos irmanados num objetivo comum, a evolução dos participantes.

    Esse conjunto de atividades e atores nos dá força o suficiente para fazer com que 10.000 pessoas se desloquem para vivenciar e contribuir com nossas atividades culturais anualmente.

  • Instituto Enraizados e Rede Funk Social aproximam ainda mais o hip hop e o funk

    Instituto Enraizados e Rede Funk Social aproximam ainda mais o hip hop e o funk

    Na manhã da quinta-feira (06), os diretores da Rede Social Funk, Priscila Rebeca e Renato Patrão, estiveram na sede do Instituto Enraizados, em Morro Agudo, para firmarem uma parceria que aproximará São Gonçalo de Morro Agudo, e também o Hip Hop e o Funk.

    Dudu de Morro Agudo, diretor executivo do Instituto Enraizados, os recebeu por volta das 10:30 para a reunião que tinha como principal objetivo de estabelecer um acordo para produção conjunta de um evento de Miami Bass, que provavelmente será um ‘encontro de viníl’, que reunirá DJs e MCs de todo o Rio de Janeiro.

    Priscila, DMA e Patrão
    Priscila, DMA e Patrão na Incubadora do Instituto Enraizados

    A Rede Funk Social tem 16 anos de existência e há cerca de dois ano ocupou uma escola estadual que estava abandonada em São Gonçalo, com o aval do Governador do Estado do Rio de Janeiro. Já o Instituto Enraizados, que faz 18 anos de atividades em janeiro do próximo ano, ocupou, como aval da Prefeitura da Cidade de Nova Iguaçu, um espaço que estava abandonado há cerca de 07 anos em Morro Agudo, e atualmente aguarda somente a assinatura do prefeito Rogério Lisboa em um documento para que possam iniciar as obras no local.

    Os diretores das instituições se conheceram há 10 anos, durante os encontros de juventude realizados pela FASE e mantém a amizade e a parceria institucional até os dias de hoje, contudo, nesta fase da história das instituições, pretendem estar mais próximos para se fortalecerem institucionalmente.

    “Após a reunião fizemos um passeio pelo bairro, onde pudemos conhecer alguns graffitis da Galeria 20-26 e depois almoçamos no famoso Buteco da Juliana”, afirmou Priscila Rebeca.

    SAIBA MAIS SOBRE A REDE FUNK SOCIAL

    Facebook: https://www.facebook.com/rede.funk

    IMPRENSA

    Grupo que transformou escola abandonada em projeto social de funk promove sarau de poesia neste sábado
    https://extra.globo.com/noticias/rio/grupo-que-transformou-escola-abandonada-em-projeto-social-de-funk-promove-sarau-de-poesia-neste-sabado-20293833.html

    Movimento funk transforma escola estadual abandonada em São Gonçalo em centro cultural
    https://extra.globo.com/noticias/rio/movimento-funk-transforma-escola-estadual-abandonada-em-sao-goncalo-em-centro-cultural-17028748.html

    Escola abandonada no RJ vira centro cultural do funk; saiba como ajudar
    https://extra.globo.com/noticias/rio/movimento-funk-transforma-escola-estadual-abandonada-em-sao-goncalo-em-centro-cultural-17028748.html

  • Entre o crime, o futebol e o hip hop

    Entre o crime, o futebol e o hip hop

    Se você vive ou viveu em alguma comunidade periférica, sabe o quanto é difícil não se envolver com a vida do crime quando se é jovem, mesmo que tenha uma família bem estruturada.

    Eu nasci e fui criado na comunidade Zumbi dos Palmares, que fica em Morro Agudo, Nova Iguaçu, e mesmo sendo de uma família com uma boa base, em diversos momentos passou pela minha cabeça me envolver de alguma forma, mas nunca me rendi a esses pensamentos, até porque minha meta era tirar os meus amigos dessa vida, e não eram poucos, muitos eu acabei perdendo, mas os que conseguiram sair, foi através da arte ou do esporte, mais especificamente do Hip Hop ou do futebol.

    Eu costumo dizer: o que quer que seja que tire o jovem dessa vida é valido.

    Acredito que ninguém sonha em portar um fuzil, ou vender droga, a nossa vivência molda nossos sonhos, mas quando você vive em um lugar onde nada te incentiva a correr atrás dos seus sonhos, onde você é obrigado a trabalhar pra ajudar a manter a casa e onde todos de fora te apontam e te julgam, principalmente se for um jovem negro, o dinheiro se torna seu sonho. Você percebe que basta ter dinheiro pra ter o que quiser, e pra ter dinheiro vivendo numa comunidade, só estudando e se dedicando muito, ou se envolvendo com o crime. Mas como eu explico pro ‘maluco’ que o crime é nada e a vida é tudo se no final do plantão ele tirou 1 barão de lucro?

    Essa é a parte onde entra o Hip Hop, ele te inspira a correr atrás dos seus sonhos, ele te mostra que o crime não é nada, te mostra que você pode ser o que quiser e que nada pode te parar. No meu caso ele mudou minha vida, me mostrou o meu sonho, quem eu sou e tudo que posso ser. Hoje faço parte desse movimento, sou DJ, e levo essa mensagem nas minhas sessions, pois quero que todos realizem seus sonhos.

    O futebol, apesar de ser injusto com muitos, também tem esse poder de salvar vidas, no futebol foi onde aprendi que as vezes você ganha e as vezes você perde, que esforço é igual a recompensa e que pra chegar onde a maioria não chega temos que fazer o que a maioria não faz. Não é só futebol. Conheço muitos jovens que sonham em ser jogadores profissionais e muitos treinadores de comunidade que sonham junto a esses jovens. Muitos amigos não conseguiram, outros ainda estão tentando, mas agarrados a esse sonho nunca foram pra vida do crime.

    No enraizados além de tudo que fazemos com o Hip Hop temos o Caleidoloucos, onde juntamos os artistas e moradores de Morro Agudo pra uma partida de futebol toda sexta feira, às 20:00, no Morro Agudo Futebol Clube, ao lado da estação. Amanhã é dia, se quiser da um confere é só chegar cedo!

  • ‘Suavizando’: Para conectar as nossas redes artísticas e culturais

    ‘Suavizando’: Para conectar as nossas redes artísticas e culturais

    ‘Suavizando’ é o mais recente projeto do Instituto Enraizados, é um evento criado num formato diferenciado, cujo objetivo é gerar um ambiente leve para a galera além de se divertir, se conectar a outras redes.

    “A ideia é potencializar negócios artísticos e musicais”, diz Dudu de Morro Agudo, idealizador do projeto.

    A primeira edição do evento foi na Casa de Cultura de Nova Iguaçu, e contou com DJs, shows, brechós, bar e um workshop de produção musical com o DJ Raffa. Foram cerca de 100 pessoas conectadas.

    A próxima edição será na sede do Instituto Enraizados, em Morro Agudoserá ainda mais estilosa, valorizando a arte dos toca-discos e o quinto elemento do hip hop.

    No topo do lineup estão DJ Moonjay, DJ Imperatriz e DJ Dorgo, que farão sets ‘top master plus’ exclusivamente para vocês; os grafiteiros FML e Babu BXD farão um painel ao vivo; e de hora em hora vai rolar aquela intervenção poética comandada por Lisa Castro e Antônio Feitoza.
     
    O Brexó Original BXD estará expondo aquelas roupas super maneiras a um precinho justo, e o Stand da Hulle Brasil disponibilizará os produtos do Instituto Enraizados. E pra fechar com chave de ouro, haverá a formatura da turma 2017.1 do CPPEC.
     
    O nosso barzinho já é de lei, nem precisava falar.
     

    PROGRAMAÇÃO

    Full Time: Brechó Original BXD, Stand Hulle Brasil
    14:00 – WTF Boys
    14:30 – Painel de Graffiti – #GVV6
    15:00 – Intervenção Poética
    15:10 – DJ Moonjay
    16:00 – Intervenção Poética
    16:10 – DJ Imperatriz
    17:00 – Intervenção Poética
    17:10 – DJ Dorgo
    18:00 – Intervenção Poética
    18:10 – Exposição Digital Caleidoscópio
    18:30 – Formatura CPPEC 2017.1
    19:00 – Assinatura do convênio de concessão do Espaço Enraizados com a presença dos secretários Fernando Cid e do vice-prefeito Ferreirinha
    19:30 – DJ Moonjay
    20:00 – Intervenção Poética
    20:10 – DJ Imperatriz
    21:00 – Intervenção Poética
    21:10 – DJ Dorgo
    22:00 – Fim
    E aí, curtiu?

    SERVIÇO

    Espaço Enraizados fica na Rua Presidente Kennedy, 41, Morro Agudo
    A partir das 14 horas
    Sábado, dia 10 de junho

    Evento no facebook: https://www.facebook.com/events/1214731741971428/

  • Enraizados exibiu documentário ‘O custo da oportunidade’ no Ponto Cine

    Enraizados exibiu documentário ‘O custo da oportunidade’ no Ponto Cine

    Alunos do ensino médio, estudantes da primeira escola bilíngue do Brasil, o CIEP 117, que fica situado em Morro Agudo (Nova Iguaçu-RJ), conheceram o Ponto Cine, em Guadalupe, e assistiram ao documentário ‘O custo da oportunidade’, filme dirigido por Dudu de Morro Agudo e Stephanie Reist.

    Esse passeio não foi por acaso, pois o filme, que trata do impacto que a expansão do ensino superior tem na Baixada Fluminense, faz parte de um projeto conjunto e multidisciplinar entre a UFRRJ e a Duke University, que juntas analisam o tema.

    Ponto Cine
    Ponto Cine

    Cerca de 15 pessoas são entrevistadas no filme, dentre elas pais e filhos, famílias que têm histórias completamente diferentes umas das outras, mas paradoxalmente estão extremamente conectadas, o que acaba refletindo a realidade de muitas famílias da região, que não medem esforços para manter os filhos na universidade.

    Para o Instituto Enraizados, é importante iniciar uma discussão com a juventude que está no ensino médio afim de aproximá-los da universidade, principalmente aproximar a juventude pobre e preta da universidade pública, e o filme acaba sendo uma ótima ferramenta.

    Inter Brusa
    Inter Brusa

    No CIEP 117 existe um grupo de alunos chamado Inter Brusa, são jovens pró-ativos que assumiram um papel de liderança na escola e que acaba tendo um reflexo positivo no bairro, o que também foi o impulso necessário pra ocasionar essa multiparceria entre a escola, o Instituto Enraizados, a Duke University, a UFRRJ e o Ponto Cine.

    Antes da exibição do filme, foi exibido o videoclipe da música “O aço”, que foi produzido durante o curso de audiovisual do Enraizados e após a exibição do filme houve um bate-papo com o graduando Rodrigo Monteiro, um dos personagens do filme.

    SAIBA MAIS
    O que? Cine Tela Preta – Exibição do filme O Custo da Oportunidade
    Quando? 18 de maio, às 11 horas
    Onde? Ponto Cine – Estr. do Camboatá, 2300 – Guadalupe, Rio de Janeiro – RJ

    [box type=”info” align=”aligncenter” class=”” width=”200″]“O projeto faz parte do Programa Territórios Culturais RJ / Favela Criativa, da Secretaria de Estado de Cultura em parceria com a Light e a Agência Nacional de Energia Elétrica.”[/box]

  • Morro Agudo se prepara para receber a sexta edição do Festival Caleidoscópio

    Morro Agudo se prepara para receber a sexta edição do Festival Caleidoscópio

    Shows de rap, sarau de poesias, workshop de produção musical, biblioteca coletiva, painel de graffiti, feira criativa, curso de produção cultural, torneio de futebol, sessão de cinema…

    Tudo isso vai estar conectado na sexta edição do maior festival colaborativo do Rio de Janeiro, o Caleidoscópio, que acontecerá na Praça de Morro Agudo, no dia 03 de junho.

    O Caleidoscópio é um festival temático que mescla arte e ativismo e surgiu como resposta ao aumento da violência na Baixada Fluminense.

    Turma do CPPEC de 2017

    Contando com mais de 100 voluntários e produzido coletivamente por cerca de 30 jovens participantes do CPPEC – o curso de produção cultural do Instituto Enraizados, criado especificamente para produzir o festival, e que agora é um curso de extensão da UFRRJ o festival reúne em um só dia centenas de artistas e produtores, de diferentes manifestações e territórios, para a prática de atividades culturais com o intuito de cambiar arte e experiências, valorizando a cultura da região e consequentemente seus artistas, atraindo a juventude e chamando a atenção das autoridades.

    [box type=”info” align=”alignright” class=”” width=”150″]

    (+) 30 produtores
    (+) 100 voluntários
    (+) 200 artistas
    (+) 1000 pessoas

    [/box]

    “Do mesmo lugar onde nasce a violência, também nascem a paz e a bondade, e o nosso evento serve para mostrar esse outro lado, o lado da solidariedade, do respeito e da valorização do ser humano”, diz Dudu de Morro Agudo, idealizador e produtor do festival.

    Nomes como DJ Raffa – de Brasília, Slow da BF, Walli Indigesto, Lisa Castro, Dante e DJ Marcelinho MG fazem parte da extensa programação e serão homenageados pela contribuição que deram ao hip hop na última década, pavimentando a estrada para essa nova geração de talentosos artistas. O line up, que ainda está em construção, conta com Marcão Baixada e DJ MoonJay.

    O Caleidoscópio acontece no dia 03 de junho, mas desde o início do mês de maio estão acontecendo ações da ‘Agenda Caleidoscópio’, que são  micro-eventos esportivos e culturais que servem de ‘esquenta’ para o festival, como consta na relação abaixo:

    AGENDA CALEIDOSCÓPIO [button color=”gray” size=”small” link=”https://web.facebook.com/events/1206197042836101″ icon=”” target=”true”]Evento[/button]

    [tie_list type=”checklist”]06 de maio à 10 de junho – CPPEC (Curso prático de produção de eventos culturais), na UFRRJ, em Nova Iguaçu[/tie_list]

    [tie_list type=”checklist”]18 de maio – Cine Tela Preta, no Ponto Cine, em Guadalupe, no Rio de Janeiro[/tie_list]

    [tie_list type=”checklist”]26 de maio – Torneio de Futebol Caleidoloucos, no Morro Agudo Futebol Clube[/tie_list]

    [tie_list type=”checklist”]27 de maio – Painel de graffiti GVV6, em Morro Agudo[/tie_list]

    [tie_list type=”checklist”]30 de maio – Workshop de Produção Musical com DJ Raffa (DF), na Casa de Cultura de Nova Iguaçu[/tie_list]

    Tudo isso, para no dia 03 de junho, um sábado, cerca de mil pessoas se encontrarem na Praça de Morro Agudo, em dois horários distintos. Na parte da manhã serão realizadas atividades focadas no público do próprio bairro, como o Caleidokids que é voltado para crianças de até dez anos e a Feira Criativa que é um encontro de brexós da região.

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    Geral curtindo e pirando com a batalha de MC

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    Dante, um dos principais e mais importantes grafiteiros da Baixada Fluminense
    Dante, um dos principais e mais importantes grafiteiros da Baixada Fluminense

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    Isso é um caleidoscópio.
    Isso é um caleidoscópio.

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    Nosso público é diverso, mas a juventude tá de ponta a ponta.
    Nosso público é diverso, mas a juventude tá de ponta a ponta.

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    Na parte da tarde, a partir das 16 horas, acontecerão os shows, sarau de poesias, discotecagem com diversos DJs e a já tradicional Batalha de MCs.

    “A nossa programação é um organismo vivo, está em constante mutação porque nós somos uma rede de cultura, quanto mais gente fazendo parte, melhor”, completa Dudu.

    [box type=”info” align=”aligncenter” class=”” width=”200″]”O projeto faz parte do Programa Territórios Culturais RJ / Favela Criativa, da Secretaria de Estado de Cultura em parceria com a Light e a Agência Nacional de Energia Elétrica.”[/box]

    SERVIÇO

    Festival Caleidoscópio
    Dia 03 de junho de 2017
    Ás 16 horas
    Praça de Morro Agudo (Próximo a estação de trem de Comendador Soares), Nova Iguaçu, RJ
    Evento no facebook: https://web.facebook.com/events/1206197042836101
    Informações: (21)4123-0102 e (21)9.6563-0554 WhatsApp

     

  • O curso de produção do Enraizados iniciou na UFRRJ com a sala lotada

    O curso de produção do Enraizados iniciou na UFRRJ com a sala lotada

    Cada edição do CPPEC é uma experiência extremamente nova.

    Eu estava muito ansioso para encontrar os participantes dessa nova turma, por isso no último sábado acordei bem cedo para dar um jeitinho nos últimos detalhes.

    Por volta das 08 horas da manhã levantei e fui dar um tapa no visual, logo depois participei de uma reunião sobre o GVV6, projeto de graffiti do Enraizados, com os grafiteiros Babu e FML, em seguida fui comprar uns equipamentos e pronto, já eram 12 horas e certamente não daria tempo de eu almoçar.

    Era um sábado quente, não sei se porque a temperatura estava elevada ou porque o meu grau de ansiedade estava aquecendo meu corpo de forma anormal. Cheguei na UFRRJ por volta das 13 horas e fui pra sala 209 pra testar os equipamentos antes que a turma chegasse, por mais que eu não fosse utilizar nenhum dos equipamentos na primeira aula.

    Dudu de Morro Agudo em aula
    Dudu de Morro Agudo em aula

    Os alunos foram chegando um a um, numa diversidade já esperada, pois na seleção priorizamos essa diferença entre os participantes. São alunos de todas as idades, de oito cidades, contendo a mesma quantidade de homens e mulheres. Mas eu não sabia nada sobre as habilidades de cada um e nem a ‘profissão’ deles, isto é, o que cada um fazia para sobreviver. Só sabia que seis pessoas eram alunos da UFRRJ e uns dez já faziam parte do Instituto Enraizados, mas os outros 14 eu não tinha ideia de quem eram e estava pronto para ser surpreendido. E fui

    Muitas pessoas com discursos bem politizados, outros declararam amor pela Baixada Fluminense, alguns com projetos já em andamentos e outros com projetos bem legais na cabeça. É justamente o que eu preciso para transformar uma simples aula em algo pra lá de especial, com pessoas especiais.

    [box type=”success” align=”alignright” class=”” width=”200″]30 participantes de 08 cidades[/box]

    A turma estava bem conectada, já estavam se organizando pelo grupo que criei no WhatsApp. Lá eles falam de tudo, é um grupo bem descontraído, mas o mais interessante foi o encontro que marcaram para chegar no curso antes do horário marcado. E chegaram.

    Utilizei a primeira aula para que nos conhececemos, apresentei o Enraizados e o curso, além de pedir para que cada participante se apresentasse, cada apresentação foi uma aula à parte, foi incrível. Falamos sobre o ‘conceito’ do Festival Caleidoscópio e começamos a preparar o ‘briefing’.

    Turma do CPPEC na UFFRJ, em Nova Iguaçu
    Turma do CPPEC na UFFRJ, em Nova Iguaçu

    A ideia é que no próximo sábado a gente já comece a falar sobre a identidade visual, curadoria, visita técnica, orçamento, parcerias e captação de recursos. E como as aulas são práticas, trabalharemos com documentos reais do Festival Caleidoscópio, que serão sempre disponibilizados na página do grupo no facebook para será utilizado como uma espécie de repositório.

    Um outro fato bem legal é que um dos participantes, o Chante, já sugeriu, via Whatsapp, um tema para o festival, tema este que já vem acoplado com uma campanha. Achei bem interessante e já estou fazendo planos.

    Sinceramente espero que todos e todas possam estar presentes novamente na próxima semana, pois temos muito trabalho pela frente.

     

  • Enraizados promove jogo de futebol todas as sextas na quadra do Morro Agudo

    Enraizados promove jogo de futebol todas as sextas na quadra do Morro Agudo

    Desde o grande sucesso da quinta edição do festival Caleidoscópio, em outubro de 2016, onde o Enraizados incentivou uma série de jogos de futebol nas quadras públicas da cidade de Nova Iguaçu e um torneio de futebol onde cerca seis times participaram, que acontece uma partida de futebol semanalmente em Morro Agudo.

    A já tradicional pelada é aberta (mas as vagas são limitadas em 20 jogadores) e para todas as idades. Acontece todas as sextas-feiras na quadra do Morro Agudo Futebol Clube, das 20:00 às 22:00h, em frente a estação de trem de Comendador Soares.

    Os(as) interessados(as) em participar podem chegar no local ou ligar para (21)4123-0102 ou chamar no whatsapp (21)96563-0554 e confirmar a presença para garantir a vaga. O custo é R$5,00 (cinco reais) por semana ou R$15,00 (quinze reais) por mês.

     

  • Entrevista com Camila Guimarães e Higor Cabral da Pitanga Audiovisual

    Entrevista com Camila Guimarães e Higor Cabral da Pitanga Audiovisual

    Camila Guimarães e Higor Cabral são casados, pais de uma linda menina chamada Maria Flor e sócios em uma produtora chamada Pitanga Audiovisual, onde além de garantir o ganha pão, permite que coloquem em prática muitas ideias legais.

    Durante os últimos anos eles produziram muitos clipes de rap, principalmente dos MCs da Baixada Fluminense, onde destacam-se Marcão Baixada, Léo da XIII e Einstein. Em março eles ministrarão no Espaço Enraizados um curso totalmente experimental de audiovisual, com ênfase na produção de videoclipes.

    Aproveitando a oportunidade que tivemos, nós, da Hulle Brasil, fizemos uma entrevista pra lá de exclusiva com eles. Esperamos de todos e todas curtam muito!!!

    Hulle Brasil – O que é a Pitanga Audiovisual?

    Pitanga Audiovisual – É uma produtora criada por nós para que pudéssemos colocar pra fora tudo o que ficávamos pensando quando não tínhamos condição de ter uma câmera. Tudo mesmo.
    Buscamos sempre captar as imagens de forma artística, porém orgânica e visceral ao mesmo tempo. Gostamos de deixar fluir, sem muita firula. Prezamos pelo real até quando estamos fazendo algo mais controlado como um clipe. São nesses pilares que a Pitanga se apoia.
    Mas não se engane, no fim somos apenas um casal que adora fazer vídeos (risos).

    Vocês já produziram muitos clipes de rap, como começou essa correria na cena?

    Um belo dia fizemos um trabalho em um evento do Dia da Baixada. Foi um show com vários MCs no SESC Nova Iguaçu. Ali entrevistamos Marcão Baixada, Slow da BF, Dudu de Morro Agudo e muitos outros.

    A partir daí foi totalmente natural entrarmos nesse mundo. Além de começarmos a curtir de verdade o trabalho do pessoal, fomos aos poucos conhecendo mais a fundo cada um. Conhecemos o Enraizados e passamos a acompanhar a produção cultural da Baixada, coisa que a gente, morando aqui desde sempre, não conhecia.

    Ficamos muito próximos do Marcão Baixada e propomos a ele fazer um clipe. Porque como dissemos numa pergunta anterior, queríamos fazer, colocar pra fora. E estávamos curtindo de verdade o trabalho da galera. Ele aceitou e fizemos “Baixada em Cena” na guerrilha total, do jeito que a gente sempre faz, pois quase sempre a nossa condição e a do artista não permite uma produção maior. A partir daí muitas pessoas vieram perguntar sobre o nosso trabalho. Já fizemos outras coisas com outros estilos musicais, mas o rap predomina totalmente, pois já estamos inseridos na cena.

    A gente conhecia bem pouco sobre rap e fomos aprendendo enquanto fomos trabalhando dentro da cena. Isso foi incrível porque hoje o que mais toca em casa é rap.

    Quantos videoclipes vocês já fizeram?

    Nunca contamos, mas deve estar em torno de 10. Tem muita coisa já gravada que em breve estará na rua.

    É só rap? Porque?

    90% sim. Não nos limitamos. Mas por estarmos inseridos na cena acaba que rola muita indicação de um artista para o outro.

    Como surgiu a ideia de fazer esse curso de audiovisual com ênfase em videoclipe?

    A gente sempre pensou em fazer algo assim. Principalmente focando na produção em condições precárias, na guerrilha. Porque não adianta nada ensinar a trabalhar com equipamentos incríveis e numa produção que dificilmente as pessoas conseguirão participar no começo.

    Estamos há 4 anos nessa e fizemos pouquíssimas produções maiores como quando produzimos junto da Leila, do Eu Amo Baile Funk, e do pessoal do Apavoramento o clipe “Paradinha”, do MC Duduzinho. Não participamos da parte audiovisual do clipe em si, fizemos o vídeo de making of e a produção executiva e de set.

    E a ênfase em videoclipe é porque é a coisa que mais estamos fazendo nos últimos tempos, sem contar os trabalhos com casamento. Já temos uma boa bagagem em produzir algo sem muita estrutura e conseguir um resultado legal.

    Higor Cabral
    Higor Cabral

    Vocês são donos de uma produtora, não é contraditório formar pessoas que podem ser seus concorrentes?

    Não mesmo! Inicialmente pode parecer, mas além de podermos ter pessoas para poder trabalhar conosco futuramente, “formar concorrentes” é ótimo para aumentarmos a diversidade de coisas produzidas.

    Tem muita gente que gosta de esconder o jogo, não dizer como faz isso ou aquilo. Como conseguiu tal coisa. Não temos problema nenhum com isso. Estamos sempre trocando informações valiosíssimas com todos.

    Acho essa troca essencial para a evolução da cena audiovisual na Baixada. Tem muita coisa pra fazer em relação a vídeo. E outra coisa que pensamos muito é: – “Só 3 produtoras vão fazer todos os clipes de todos os artistas?”
    Não faz sentido algum, pois cada um tem uma estética e originalidade a oferecer.

    Como esse curso vai funcionar na prática? Tipo dias e horários, conteúdo e como serão as aulas?

    Vai acontecer do dia 15 ao dia 19 de março, das 16h às 20h. Cada dia será totalmente diferente do outro. No primeiro dia falaremos sobre a nossa forma de trabalho e viajaremos entre referências e nossos trabalhos antigos.

    No segundo dia conversaremos com Léo da XIII e Dudu de Morro Agudo sobre a música e veremos todo o norte para a produção do clipe de uma forma totalmente livre, nós não pensaremos nada sobre o clipe até o curso.

    Essa urgência será um diferencial para o curso também, teremos pouco tempo para resolver tudo. No terceiro dia definiremos tudo de roteiro e produção. A partir do quarto dia já estaremos filmando, editando e colorizando.

    Na outra semana faremos a conclusão do curso com uma festinha e exibição do clipe pronto.

    Porque a música O AÇO, do Léo da XIII?

    Já fizemos o clipe da música Novos Planos” do Léo da XIII e sempre fica aquele gostinho de quero mais. Um dia ele veio falar sobre fazer um clipe dessa música. E naquela mesma semana nós estávamos falando sobre finalmente colocar algo como um curso em prática. Aí juntamos tudo. Falei com o Léo que falaria com o Dudu sobre isso e aí a gente aproveitava e usava o clipe como um produto do curso. E já temos o artista para o próximo curso, será uma música ainda não escolhida do Marcelo Peregrino.

    Camila Guimarães
    Camila Guimarães

    Todo o processo de produção e concepção do videoclipe será coletivo, isso me parece complexo, pois serão muitas cabeças pensando coisas diferentes tanto para roteirizar, gravar e editar. Têm certeza que isso vai dar certo?

    Então, vai ser totalmente experimental. Na verdade vai ser como um exercício de criatividade. Com muitas cabeças pensando, tudo pode ser ótimo e horrível ao mesmo tempo. Mas acho que o mais legal do curso vai ser isso.

    Ver como podemos nos perder, pensar mil coisas impossíveis e depois colocar os pés no chão. Já que o curso tem a premissa de ser uma produção de custo quase zero. Penso nas pessoas saindo desse curso com a mente aberta e a certeza de que podem fazer tudo que quiserem.

    Vai ser um experiência completa pois teremos o clipe pronto no final. Isso é um diferencial sensacional para as pessoas verem que fizeram a diferença naquele projeto. Porque é assim mesmo que acontece, a pessoa que não é a roteirista do projeto dá a melhor ideia para o roteiro, o próprio artista dá a melhor ideia de direção, alguém do elenco acaba pegando a câmera e filmando.

    Aconteceu isso em “Psico” do Marcão, não conseguiríamos subir numa laje para filmar de cima, daí um dos caras do elenco filmou pra gente.

    O Espaço Enraizados ainda não está pronto, mas mesmo assim vocês decidiram fazer o curso no quintal, no chão de terra. Qual o motivo?

    Já estávamos com essa vontade a muito tempo. então queríamos fazer logo (risos).
    E um curso de audiovisual num quintal, embaixo de uma árvore, pisando no chão de terra, me parece uma belíssima ideia. Vai ser um ambiente informal e com uma produção feita na raça; Exataamente o que o curso propõe.

    Em breve a sede do Enraizados estará totalmente reformada e nós vamos usufruir de todo conforto e estrutura. Mas nunca podemos esquecer dos momentos difíceis, pois é exatamente nesses momentos que mora a genialidade e a criatividade de fazer algo único.

    Depois de 4 anos estamos com condição de alugar uma câmera melhor para os clipes, mas nem sempre foi assim. Precisamos saber fazer acontecer com tudo e com nada.

    Pitanga Audiovisual em ação
    Pitanga Audiovisual em ação

    Qual resultado vocês esperam com esse curso?

    Não esperamos um resultado imediato ou algo que mude totalmente quem participar.
    O que esperamos é mostrar uma perspectiva que talvez eles ainda não tenham enxergado sobre a produção audiovisual. As vezes a gente pensa que tudo acontece de uma forma mágica, mas no curso vão ver a quantidade de erros, problemas e gambiarras que precisamos fazer para tudo dar certo no final.

    Só assistir ao clipe não traz toda essa noção dos bastidores. É só assistir algum making of de um filme milionário de Hollywood que você percebe o quão complicado é, mesmo com milhões disponíveis.
    Então a ideia é o pessoal sair desse curso com uma ideia mais desconstruída do que é fazer um vídeo.

    E pro futuro, pretendem fazer outros?

    Com certeza! Temos várias outras ideias que em breve colocaremos em prática. A ideia vai ser sempre plantar uma sementinha que aos poucos vai brotar na cabeça da galera. De que dá pra fazer muito com pouco, de que é possível fazer as paradas acontecerem e no fim de tudo, poder conseguir algum dinheiro com isso.

    Se esperássemos ter algum dinheiro antes de fazer algo, não existiria 90% da classe artística aqui na Baixada. Temos que arrumar um jeito de fazermos antes pra conseguir algo depois. E as vezes isso pode ser bem depois.
    Inclusive esse curso de videoclipe já tem até outra edição, só não sabemos quando, mas vai ter.

    SAIBA MAIS

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