Tag: poesia

  • Lápis de cor, pinta o amor no coração dessa menina

    Lápis de cor, pinta o amor no coração dessa menina

    Se você é da Baixada fluminense e já frequentou algum sarau da região certamente já ouviu essa maravilhosa poesia. Ela é de um cidadão que há mais de 35 anos milita pelas praças e bares de Nova Iguaçu particularmente mais presente em Morro Agudo (e não Comendador Soares) com sua inconfundível poesia e carisma e é o dono da estória de hoje.

    Quando cheguei à Morreba ainda na década passada conheci Antonio Ribeiro Feitoza. Cearense que veio para o Rio de Janeiro ainda menino com o sonho de viver e ser reconhecido por sua arte. Militou pelas praças do bairro com amigos até hoje inseparáveis, participou dos encontros intelectuais e artísticos de uma Baixada que a grande maioria das pessoas de fora desconhecem ou mesmo ignoram, mas que nos últimos anos vem tomando uma força imensurável, figurando entre a jornais, revistas e programas de Tv do país. Sentar ao lado desse poeta que inclusive já esteve participando sua produção literária com ninguém menos do que Carlos Drummond de Andrade, um dos maiores homens da cultura no Brasil, é garantia de bom humor e humanidade, marcas registradas desse educador em tempo integral.

    “Totó” como é conhecido tem um imenso carinho pelo trabalho com as crianças, a frase que abre essa estória de hoje é a prova disso. O poema “Lápis de cor” faz alusão ao amor infanto juvenil, à idade das descobertas e do lirismo. Se você recitar apenas o início dele às crianças do CIEP 172 onde “ Tio Totó” é animador cultural certamente irá ouvir a segunda parte do mesmo.

    Propagador da educação humanista, o maior defensor do CIEP´s depois de Darcy Ribeiro, visualiza nas crianças a possibilidade de uma cidade melhor e inspira muitos outros colegas de profissão com sua arte e entusiasmo infinito, arte essa que já passou pelos mimiógrafos analógicos da década de 1980 e chegou à internet do século XXI, servindo de inspiração para muita gente boa.

    Salve a poesia e o amor de Antonio Feitoza! Mestre da alegria da Baixada fluminense!

  • Poesia e Ritmo em Morro Agudo neste sábado

    Poesia e Ritmo em Morro Agudo neste sábado

    Sarau Poetas Compulsivos agitará o Buteco da Juliana neste sábado, 05 de setembro

    Mais um sábado de poesias em Morro Agudo. É no Buteco da Juliana que as palavras se encontrarão formando vida.

    Os compulsivos estão a postos, esperando o momento certo pra trocar energias positivas, desengavetar suas almas e emocionar o mundo.

    Nesta edição do Sarau Poetas Compulsivos receberemos Evellyn Alves, Rainha de Bateria do Cacique de Ramos e a mais nova jornalista do pedaço, que nos encantará com sua energia através de sua presença e suas poesias.
    O pocket show fica por conta do MC Guimba, rapper que está inflando na cena local e imbicando rumo ao Centro.

    Pros amantes de uma boa batalha, Lu Bastos comandará o Slam Compulsivos, com direito a prêmio para o primeiro lugar.

    eflyer

    Confirme presença no facebook:
    https://www.facebook.com/events/929335950446311

    Chama geraaaaaaaaaal!!!!

  • Sarau Poetas Compulsivos acontecerá no Buteco da Juliana, em Morro Agudo, no dia 01 de agosto

    Sarau Poetas Compulsivos acontecerá no Buteco da Juliana, em Morro Agudo, no dia 01 de agosto

    Tradicionalmente todo o primeiro sábado de cada mês acontece o Sarau Poetas Compulsivos no Buteco da Juliana, em Morro Agudo.

    Na edição deste mês o poeta convidado será Alan Salgueiro, que já se consagrou nos saraus da região com suas performances e estilo único, o show fica por conta do jovem rapper Baltar, que é uma das revelações do gênero na região e Maiara Landim apresentará sua performance dançando o poema de um dos poetas do Coletivo Pó de Poesia.

    Lu Bastos comandará o Slam Compulsivo, as inscrições serão na hora e o prêmio será uma blusa do grupo #ComboIO.

    Dudu de Morro Agudo será o DJ da noite, a apresentação fica por conta do Átomo e a tradicional cobertura fotográfica está na responsa da Fernanda Rocha.

    Entre as atividades acontecerá o “Stand da Hulle Brasil”, com distribuição de poesias, sorteio de livros, exibição de clipes, além do tão esperado “microfone aberto”, que acontecerá diversas vezes no decorrer do evento.

    Venha fazer parte dessa festa poética e traga sua família e amigos!!!

    Confirme sua presença em nosso evento no facebook: https://www.facebook.com/events/388368121362505

    ONDE:
    Buteco da Juliana
    Rua Ângelo Gregório, 145, Morro Agudo, Nova Iguaçu, RJ

    ENTRADA GRATUITA
    + Infos: (21)9.6408-1913

  • Próximo sábado (06) tem Sarau Poetas Compulsivos no Buteco da Juliana

    Próximo sábado (06) tem Sarau Poetas Compulsivos no Buteco da Juliana

    Os saraus ganharam toda a Baixada Fluminense, isso é fato. Somente no Buteco da Juliana, em Morro Agudo, acontecem três saraus: Catando Contos, às primeiras segundas-feiras de cada mês; o Sarau do Meio-Dia, que acontece todos os domingos; e o Sarau Poetas Compulsivos, que acontece sempre aos primeiros sábados de cada mês.

    Cada sarau tem características que os diferenciam dos outros. O Poetas Compulsivos, por exemplo, se propõe inserir as pessoas no mundo da poesia, é um sarau de experimentação, por isso eles mantêm um grupo no facebook, atualmente com 2.126 membros, onde publicam suas poesias durante o mês, e estas são distribuídas durante o evento, para os convidados. Quem recitar a poesia ganha um brinde.

    No geral sempre há música e poetas recitando.

    Nesta edição os convidados são os poetas Victor Escobar, Lu Bastos e Anderson Leite Lima. A música fica por conta da talentosa Taísa Mannon, com seu som cheio de estilo.

    O comando do sarau está com Átomo, enquanto o rapper Dudu de Morro Agudo se aventura pela primeira vez como o VJ da festa e a Fernanda Rocha garante uma incrível sessão de fotos.
    Como de costume muitos livros serão sorteados, haverá a feirinha da Hulle Brasil, e o microfone estará aberto em vários momento, para alegria dos poetas presentes, pois como afirmam os produtores do evento, a única regra é se divertir e conhecer gente nova.

    SERVIÇO:
    Buteco da Juliana – Rua Ângelo Gregório, 145, Morro Agudo, Nova Iguaçu, RJ
    Dia 06 de junho de 2015, a partir das 19 horas.
    ENTRADA GRATUITA
    + Infos: (21)9.6408-1913
    Facebook: https://www.facebook.com/events/1590366711226763

  • [04-ABR] Sarau Poetas Compulsivos

    [04-ABR] Sarau Poetas Compulsivos

    O Sarau Poetas Compulsivos está de volta, mais uma edição cheia de surpresas. Neste haverá o lançamento do livro “Por Onde a Poesia Passa”, que traz a poesia de representantes de diversos saraus da região.

    Como o mês de abril é o mês da Baixada Fluminense, também exibiremos alguns videoclipes de artistas da Baixada.

    APRESENTAÇÃO: Átomo e Dudu de Morro Agudo
    POCKET SHOWS: Slow da BF e Einstein NRC.

    O fundamento do sarau é a integração de gerações, por isso traga sua família e suas poesias, porque teremos “Open Mic”, e é a hora que o bicho pega.

    Mais (+)
    * Distribuição de Poesias;
    ** Distribuição de Livros;
    *** Discotecagem;
    **** Exibição de videoclipes.

    É mutcho mais!!!

    O Sarau acontecerá no Buteco da Juliana, que fica situado na rua Angelo Gregório, 145, em Morro Agudo.

    MAIS INFOS:
    Confirme presença no facebook: https://www.facebook.com/events/1419395695032709
    hullebrasil@gmail.com
    (21)9.6563-0554

  • Reconstrução

    Reconstrução

    Pasmem! Políticos e policiais não são extraterrestres. São pessoas como eu e você, ou seja, são o reflexo duma nação de corruptos.

    É aquela velha história de roubar energia elétrica, água, de furar fila, etc. A diferença entre nós, cidadãos comuns, e essas duas classes, é a combinação quase sempre fatal de poder e corruptíveis. Por conta dessa nossa hipocrisia, escrevi essa letra em 2009:

    Construção, Construção.
    Não deixar pedra sobre pedra é praxe? Pergunto.
    Não quero por uma sobre o assunto,
    Mas podemos levantar paredes já que estamos com quatro nas mãos.

    Queria ser uma pedra no sapato, estorvo.
    Naquele estágio, ave de mau presságio…O corvo,
    Redator do “O Povo”, Alfabeto de sangue, cada letra um pingo.
    Quis o verso mais ácido, firme como um tom de Plácido… Domingos,
    Jingle criminal.
    A palavra dura, abalar as estruturas…Tremor de nove graus,
    Caos? Matéria-prima.
    Otimismo desabrigado, olhei pro meu legado… Só havia ruínas.

    Em meio aos escombros, ergui quatro paredes, bati a laje.
    Pro clichê dei de ombros, mudei o tema da mensagem,
    Viagem fatídica, crítica que destrói.
    Nem todos são corruptos na política, assim como nem todos são honestos entre nós,
    Oscilando entre contras e prós, me contradisse, eu sei.
    Aqui não é o país maravilhoso de Alice,
    Mas desfilamos nas ruas de barro nossos tênis Made In USA.
    Não é se contentar com migalhas, mas agente só malha, nunca alivia.
    Mau agouro em coro, ritmo e poesia.

    Não sou advogado do diabo, ele é feio como se pinta.
    Mas nem todo hospital é macabro, na polícia ainda há gente distinta.
    Mas não! Tudo bom e nada presta, motivo pra festa não há.
    O mesmo que assim contesta, fim de semana desembesta, de bar em bar.
    Mas se a esperança é a última que morre, quando passar o porre, talvez a distinga.
    Quando tiver a palavra, quem sabe ela não escorre por tua língua.
    A mão que bate também afaga, a boca crítica rasga elogios, da sugestões.
    No canteiro de obras há vagas, sim, aponte os erros, mas também traga, soluções.

  • Céu de Plânctons

    Céu de Plânctons

    No planeta Éris, localizado nos confins do sistema solar, havia um reino chamado Anthurium. Seu monarca era o estimável Mirabilis Hemera, que governava em paz junto a sua bela esposa, a rainha Cattleya e de seu filho, o príncipe Átis. Porem, a população de Anthurium dobrou num período muito curto, o que causou a escassez do seu principal alimento, as estrelas. Daí surgiu um impasse, pois necessitavam comê-las, tanto quanto necessitavam de sua luz, para não serem atacados novamente pela horda das trevas, os plectranthus.

    Os plectranthus descendiam de Plectranthu Nix, irmão bastardo do rei Mirabilis, que tentou sem sucesso tomar o trono, e por conta disso foi exilado juntamente com os seus na Colina Claryon, onde a incidência de luz estrelar era maior, o que os enfraquecia. O problema da falta de estrelas foi sanado quando o príncipe Átis, achou debaixo do sacórfago do seu trisavô um antigo livro alquímico onde havia a fórmula para produzi-las. Essa notícia só não agradou a Rhododendron, seu tio, irmão de Cattleya.

    Rhododendron era um ganancioso comerciante de estrelas, o único que tinha a tecnologia e parafernálias para extraí-las do céu, e por isso as vendia por um preço exorbitante, o que sempre causava um mal estar entre ele e seu cunhado, o justo rei Mirabilis. Quando Rhododendron soube que Átis achara o livro, anteviu o risco de seu negócio acabar, e urdiu um plano para afaná-lo. Rhododendron então fez uma visita surpresa a sua irmã Cattleya, alegando saudades. Durante uma conversa aparentemente despretensiosa, ele descobriu onde o livro ficava guardado, e o surrupiou, sem que Cattleya notasse.

    Sua ideia era usá-lo somente quando todas as estrelas findassem, para assim valer-se da “lei da oferta e da procura”, e lucrar bem mais. Quando o cenário era o esperado, Rhododendron decidiu executar seu plano, mas ele esqueceu-se de que esse cenário também era bom para os plectranthus, que revigoraram suas forças com a escuridão que Rhododendron ajudou causar, e assim fugiram da já não tão iluminada Colina Claryon. Com os anthurianos esquálidos, inclusive a guarda real, não foi difícil para os pllectranthus tomarem o poder.

    A primeira medida deles foi acorrentar o príncipe Átis numa espécie de âncora, e arremessá-lo de Éris em direção a um planeta bem distante das estrelas para que ele morresse de inanição, assim extinguiriam a descendência dos Hemeras de uma vez por todas. Átis caiu no mar dum “inóspito” planeta chamado Terra. Mirabilis e Cattleya seus pais, foram encarcerados. Os plectranthus apossaram-se do estoque de estrelas de Rhododendron, e distribuíam diariamente apenas uma mísera porção para cada anthuriano, o suficiente para que eles conseguissem realizar o trabalho escravo imposto por eles. Mas da janela da prisão, Mirabilis e Cattleya jogavam uma parte de suas estrelas na mesma direção que Átis fora lançado. O povo do planeta Terra ao vir àquelas estrelas precipitando-se, deu-lhe o nome de estrelas-cadentes.

    Na Terra, Átis Hemera vivia escondido numa gruta na praia onde ele caiu, e lá ficava aguardando as estrelas-cadentes para comê-las. Ao caírem no mar ele mergulhava e as apanhava. Átis aprendeu a se comunicar e assim fez amizade com muitas espécies marinhas, especialmente com uma lontra, [animal que se alimenta de estrelas do mar], a tal lontra dividia o que conseguia com Átis, que a princípio estranhou o sabor daquele tipo de estrela. No entanto, por serem mais nutritivas do que as cadentes, o fortaleceram sobremaneira, daí ele maquinou um plano para voltar a Éris: Pediu aos peixes-voadores que lhes levassem até lá, armou-se com um peixe-espada embebido em veneno de baiacu [o segundo vertebrado mais venenoso do mundo], e também levou consigo uma sacola cheia de plânctons.

    Ele retornou sem ser notado, por conta da total escuridão que assolava Anthurium. Ao pousá-lo, seus amigos peixes-voadores levaram o saco de plânctons para cima e os espalharam, iluminando assim todo o reino como fossem estrelas, amedrontados, os Plectranthus bateram em retirada, mas Átis perseguiu o rei deles e cravou o peixe-espada envenenado em sua jugular e o feriu de morte, depois disso capturou Rhododendron e o enclausurou na masmorra, recuperou o livro, e por fim libertou seus pais, reestabelecendo assim a prosperidade e a paz em Anthurium.

    Até hoje no longínquo planeta terra, conta-se a lenda do “comedor de estrelas-cadentes”.

  • Dia 07 de março tem Sarau Poetas Compulsivos em homenagem às mulheres guerreiras

    Dia 07 de março tem Sarau Poetas Compulsivos em homenagem às mulheres guerreiras

    No próximo dia 07 de março acontecerá a primeira edição do Sarau Poetas Compulsivos deste ano.

    Como já é do conhecimento de todos e todas, no dia 08 de março comemora-se o dia Internacional da Mulher, e a forma que a Hulle Brasil e o Movimento Enraizados encontraram de homenagear a todas as guerreiras do Brasil, começando pelas guerreiras de nossa comunidade, foi fazer uma edição do sarau inteiramente dedicada a elas, por isso esta edição se chamará “Poetas Compulsivas” e somente elas se apresentarão.
    Nossa ideia é fugir dos clichês tradicionais como o “rosa” e as “flores” e nos apoiarmos na valorização do mundo feminino partindo do olhar – e da voz – de nossas rainhas.

    Para refletir essa ideia escalamos a ENTRETERE, na pessoa do amigo Wesley Brasil, para fazer a identidade visual desta edição.

    Em um processo de curadoria super difícil, nossa equipe selecionou, 14 guerreiras para compor esta edição, mas esperamos TODAS as mulheres, homens e crianças para integrar essa festa.

    São um total de quatorze mulheres convidadas, de diversas partes da região metropolitana do Rio de Janeiro: Camila Senna, Dóris Barros, Eliane Gonçalves, Ivone Landim, Joana Ribeiro, Letícia Brito, Roberta Gomes Miranda, Solange Maria de Souza, Tássia Di Carvalho e Yasmin Thayná, além da cantora Malena Xavier e das rappers Tequila e Izzy Bey, que farão os pocket shows da noite. Quem comandará a festa será a rapper e poeta Lisa Castro.

    Além dessa linda homenagem, acontecerá a tradicional distribuição de poesias que é a identidade do Sarau Poetas Compulsivos. Também teremos  exibição de videoclipes e escambo literário.

    O fundamento do sarau é a integração de gerações, por isso traga sua família e suas poesias, porque na hora do “microfone aberto” é a hora que o bicho pega.

    Cartaz
    Cartaz do evento

     

    MAIS INFOS:
    Quando: 07 de março, das 19 horas às 22 horas
    Onde: Buteco da Juliana
    Rua Ângelo Gregório, 145 – Morro Agudo – Nova Iguaçu – RJ

    Confirme presença através do facebook: https://www.facebook.com/events/1402045330101676

    (+) Infos:
    hullebrasil@gmail.com
    (21)9.6563-0554

  • Falta de respeito e calote

    Falta de respeito e calote

    No mês de novembro de 2014 recebi o telefonema do Frann, integrante do grupo Tribunal Mcs.
    Frann: – Pô Buzo, faz uns dias que tô tentando falar com você.

    Eu estava indo toda semana pro Litoral Norte, expliquei que estava sem sinal e internet só algumas horas por dia.
    Frann: – Estou organizando um evento aqui em Poá-SP, onde moro, com a Secretaria de Cultura daqui, comemorando o mês da Consciência Negra. Queria saber seu cachê pra fazer uma abertura com palestra antes do show?

    20150210-03-alessandrobuzo
    Flyer do evento com logo da Prefeitura de Poá

    Me falou quem eram as atrações. Conheço o Frann de outros carnavais, sou amigo dele e dos integrantes do Tribunal, sei também que ele é meio enrolado, mas até aí, ele mora em Poá, que bom que está se envolvendo.

    Buzo: – Frann, para o poder público cobro R$ 3.000,00 + transporte, alimentação e hospedagem, mas aí não é o caso de ter hospedagem.
    Frann: – É o melhor preço Buzo ?
    Buzo: – Como é a forma de pagamento? Contrato?
    Frann: – Não Buzo, vou ali numa reunião hoje na prefeitura. É pagamento no dia e em dinheiro.
    Buzo: – Então Frann, nessas condições, R$ 3.000,00 e eu vou com meu carro.
    Frann: – Fechou Buzo, te retorno depois da reunião.

    Fiquei mais atento ao telefone, ele me ligou da Prefeitura de Poá-SP.

    Frann: – Buzo, a gente tem um valor pra dividir entre as atrações, tem como você fazer a palestra por R$ 1.200,00?

    Como disse estava no Litoral Norte, Poá fica no meio do caminho pra São Paulo, mas eu só voltaria dois dias depois do evento.

    Buzo: – Frann, se for nessas condições, dinheiro no mão, na hora. Vamos fazer.

    No dia minha esposa disse: – A gente tem um monte de coisa pra resolver aqui na praia (estava construindo). Não acha melhor ligar e confirmar se é dinheiro na mão mesmo, senão a gente nem ia.
    Falei pra ela ligar…

    Marilda: – Frann, o Buzo quer saber se está tudo certo pra hoje, as condições combinadas?
    Frann: – Marilda, está tudo certo, tô aqui na prefeitura acertando os detalhes, mas está tudo certo.

    Saímos de São Sebastião e chegamos em Poá-SP às 18h, uma hora antes do meu horário.
    Estava o Frann e sua equipe, arrumando o palco, etc…
    Em nenhum momento o Frann me chamou pra me pagar. Só me apresentou o rapaz da foto dizendo: – Esse é o Honório Costa, da Prefeitura de Poá-SP. Quase chegando a hora do debate, comecei a procurar o Frann pra falar do meu pagamento, mas ele tinha ido aqui, ali, buscar uma atração…

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    Palestra de Alessandro Buzo

    Quando ele chegou, já estava em cima da hora, tinha uma galera, não podia atrasar a palestra pra não atrasar os shows. Fiz uma hora e pouco de palestra, falando da minha trajetória.

    No final, cheguei no Frann: – E aí Frann, vamos acertar?
    Frann: – Pô Buzo, olha minha cabeça… não te falei ? Os caras pediram 10 dias pra pagar.
    Buzo: – Frann, não foi isso que a gente combinou.
    Frann: – Eu sei Buzo, mas 10 dias o dinheiro está na mão.

    Minha esposa, claro, olhou pra mim como quem diz: – Eu te avisei.

    Deixar bem claro que não trabalho nessas condições, ou é deposito antes ou contrato, mas fui pela amizade. Dar um crédito de confiança.
    Fui embora, nem fiquei pra ver os primeiros shows, como quem sabia que tinha caído numa furada.

    Passaram-se 10 dias, um mês… e NADA.

    Agora, a quase 3 meses do evento, não só não recebi, como ninguém me ligou, nem pra dar uma satisfação. Quando falo ninguém, não é só da prefeitura local, nem o Frann teve coragem de fazer um telefonema.

    Pois bem, venho a público não cobrar, só expor o problema, porque posso até não receber, mas queria deixar um aviso: – Não vá a POÁ-SP fazer palestra, nem show. Eles não pagam, nem respeitam ninguém.

    O evento era num espaço público, no cartaz tem logo da prefeitura.
    Depois que a gente exige contrato, pagamento adiantado e cachê completo (no caso R$ 3.000,00), tem contratante que pensa que é marra. Eu queria deixar bem claro que se não fosse a amizade que eu “tinha” com o Frann, não teria ido.

    Quando digo “tinha” não quer dizer que nossa amizade valia só R$ 1.200,00. O que mais me chateia é ele não ter me dado um único telefonema depois de quase 3 meses do evento. Que esse seja o último calote, porque não vou mais em nenhum lugar por amizade.

    20150210-00-alessandrobuzo
    Prefeitura de Poá-SP

    Aliás, que fique claro, prefiro ir de graça numa comunidade, do que pra uma Prefeitura desorganizada como Poá-SP.

    O “representante” Honório Costa, em meia hora de conversa me falou o podre do prefeito afastado, que isso, que aquilo. Ali já vi que Poá-SP era perda de tempo, devia ter ido embora sem fazer a palestra. Mas como já estava lá, fiz em respeito ao público presente.

    Que não me paguem, mas deixo o aviso.
    – ARTISTA, NÃO VÁ A POÁ-SP.

  • A história de Alfeu

    A história de Alfeu

    Num município da cidade de Nova Iguaçu chamado Comendador Soares, ou seria Morro Agudo? Eis aí um detalhe que sempre confundiu Alceu Quitério.

    Ele chegou ao mundo por descuido, após uma orgia ocorrida no hotel Acapulco. Na ocasião tinha hétero, homo, bi, transexual e travesti, que por acaso era a condição de seu pai, que nascera Ednéia e mudou o nome para Ednei. Na tal orgia, Ednei foi passivo, ativo, etc. Três meses após a barriga de Ednei começou a crescer, em princípio ele achou que era excesso de cerveja, comida ou quem sabe até uma barriga d’agua. Mas após consulta com um ortopedista, isso mesmo, um ortopedista, na Clínica Médica Santa Terezinha, Ednei soube que se tratava apenas de um mioma, confusão que só foi desfeita quando o tumor completou nove meses e saiu por conta própria do ventre de Ednei, no momento em que ele jogava uma partida de futebol no Campo do Morro Agudo Futebol Clube.

    Ednei que na ocasião estava desempregado viu-se sem meios de criar o bebê, e resolveu investigar quem era o pai do pequeno Alceu. Levando em conta somente a semelhança física do filho que era um misto de Agnaldo Raiol e Elza Soares, Ednei chegou a conclusão que o pai de seu filho só podia ser a Júlia. Júlia era outro travesti que outrora atendia por Juliano, e que também havia participado da orgia no Hotel Acapulco. Ednei conseguiu convencer Júlia da sua paternidade, ideia que muito lhe agradou, já que ela sempre sonhou ser mãe. Júlia disse que escolheria o nome do filho, que sua sensibilidade feminina a tornava mais apta para isso. Ednei por sua vez fez questão de lembrar que se era o caso, a mulher de fato ali era ele, e por isso o nome seria o de sua preferência.

    No dia que foram ao cartório para registrar a criança, discutiram durante todo o caminho, lá chegando, o atendente era um senhor rabugento e meio mouco, que com uma cara “de poucos amigos” aguardava o fim da discussão para saber qual seria a escolha do nome. Foi quando Júlia gritou enfurecida: “Tá bom Ednei, o nome fica ao seu critério!”. Mais que depressa, antes que os pais mudassem de ideia, o antipático escrevente registrou o nome da criança como Alceu Quitério. Alceu Quitério? Foi o que o coitado entendeu quando Júlia gritou: “O nome fica ao seu critério!”. Quando se deram conta da confusão já era tarde.
    No dia do batizado de Alceu na paróquia de São Francisco de Assis, ocorreu outra confusão, padre Astolfo, um filipino que bebia, fumava e fornicava com algumas carolas, se recusou batizar o filho daquele casal estranho, entretanto teve de fazê-lo, quando Ednei e Júlia provaram que apesar da aparência eram um casal hétero.

    Ainda criança, Alceu foi diagnosticado com “licantropia clínica” [raro transtorno psiquiátrico em que o indivíduo acredita ser um animal]. Alceu achava que era um gato e num dos seus passeios noturnos pulou sobre um telhado que não suportou seu peso e caiu, fraturando assim as duas pernas. Levado as pressas ao Hospital da posse, foi vítima de um erro médico, e teve os dois braços engessados ao invés das pernas.

    Alceu era hermafrodita, bipolar e tinha crises de identidade, numa dessas crises ele assumiu o nome de um conhecido ladrão de galinhas chamado Elson Bornier e ficou preso por um mês. Alceu que era mestiço foi confundido com um negro e levou um pau dos Neonazistas Baianos do Cacuia. Apanhou também dos membros da célula Afro-Nórdica da Cerâmica , que acharam que ele era branco.

    Apesar de Alceu ser ogã dum centro espírita, nas horas vagas também era diácono duma igreja evangélica, voltando dum culto, passou em frente a um bar onde ocorria uma confusão, e levou uma garrafada por engano. A tal garrafada o deixou com uma sequela no olho esquerdo, e ele piscava sem parar. Por conta da tal sequela Alceu levou três tiros de um marido ciumento que achou que ele estava flertando com sua mulher, e morreu. Já no IML, no momento exato em que começaria a necropsia Alceu acordou. O que fez com que o médico legista fugisse em disparada achando que se tratava de um morto-vivo. Só horas mais tarde descobriram que Alceu também sofria de catalepsia.

    Enfim amigos, Alceu era de fato o “rei da confusão”, eu falei Alceu? Peço desculpas, mas eu me confundi, na verdade o nome do conto é “A Estória de Alfeu” não de Alceu.

    Vou recomeçar: Num município da cidade de Nova Iguaçu chamado Comendador Soares, ou seria Morro Agudo? Eis aí um detalhe que sempre confundiu Alfeu…