Tag: Política

  • Balada da Democracia

    Balada da Democracia

    Com meus poucos 25 anos de vida, sempre achei o período de eleições algo  tão estranho, badtrip e “nada a ver” quanto a prisão de Rafael Braga está sendo. Hoje, ao longo um algumas reflexões, fui vendo que essa saga dos candidatos (chamada também de festa da democracia) se coloca e se vende realmente como uma balda onde até o Carlinhos Brown participa. Aqui embaixo pontuei algumas questões que me fazem ter esse pensamento.

    *As Damas do Sampling : As damas tão lá, mas não de graça! E muito menos por ser “mulher da vida”! Mas a missão é dar bandeiradas, entregar santinhos e colar adesivos no seu carro (com o supervisor vigiando a alguns metros de distância). Toda a balada de super produção tem o sampling rolando, anunciando qual é o papo do candidato, ou muita das vezes só jogando na cara algo que diz ter feito, tipo os mil candidatos que dizem ter criado a “lei seca” ou “ficha limpa”.

    sampling

    *Camarote VIP: O tão disputado nos bailes também o é na corrida eleitoral. Nesse caso, o camarote é o famoso trio elétrico ou palanque, usado para  grandes multidões. Futuras primeiras damas, agentes de campanha, aliados e demais personagens da Balada da Democracia querem estar lá as vistas do povão, tirando onda de cordão de ouro com muito Whiskey e Red Bull!

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    *Maquiagem/PhotoShop: Em grande excesso que você até não reconhece quando vê o candidato ao vivo. Aqui um antes e depois para ilustrar!

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    *Filas: Tradicionais em qualquer lugar de concentração de massas também estarão presentes na maioria das zonas eleitorais! Assim como fila de banheiro químico no carnaval!

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    *Música: Presente em todas as festas, é um dos 4 motivos principais para se ir a uma festa (os outros 3 são valor da bebida, valor da entrada e público). Na nossa análise, vem disfarçada de jingles chicletes que geralmente são os hits do verão 2014!

    Ainda não ouvi nenhum do “Lepo Lepo”, mas já vi Anitta! Acho que não tem Naldo, ele tá em baixa.

    música

    *Flyer: Santinhos, santinhos e mais santinhos pelo chão com candidatos de todos os partidos que se pode imaginar!

    PS: Nenhum deles vem limpar no dia seguinte!

    PS²: Pense bem em quem você vai votar! (ou não votar!)

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    Mas vamos falar de coisa boa!

    Russo Passapusso lançou seu 1º disco solo e tem uma canção que cai bem a calhar com tudo isso que escrevi!

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  • Politicando sobre o eleitor

    Politicando sobre o eleitor

    Nesse último Sábado (16/08/14), no 2º Fórum Rio, que aconteceu no Circo Crescer e Viver na Praça Onze, eu me lembrei novamente de algo que eu sempre me lembro em toda a eleição – que desde muito criança, eu sempre ví os candidatos na TV prometendo: SAÚDE, EDUCAÇÃO E MORADIA. O tempo passou, eu fui crescendo, e os políticos continuaram a prometer SAÚDE, EDUCAÇÃO E MORADIA, eu já estou chegando na idade em que os adolescentes me chamam de tiozinho e os políticos continuam a prometer as mesmas coisas: SAÚDE, EDUCAÇÃO E MORADIA.

    Vejamos, as possíveis causas disso:

    Causa 1: O tempo não passa, eu é quem envelheço isoladamente independentemente do tempo
    – Essa é uma causa fora de questão, isso porque, mesmo que eu envelheça, isso não acontece de forma isolada, afinal eu reparo que o mundo tem mudado muito ao meu redor e, inclusive, muitas outras pessoas envelhecem junto comigo.

    Causa 2: Os políticos são incompetentes
    – Houve uma época que eu cheguei a pensar nessa hipótese como verdadeira, mas tenho pensado que os politicos são muito competentes, inclusive pra manter o estado de coisas é preciso muita competência! As pessoas tendem a quererem o melhor para sí e por isso não acredito que ninguém gostaria de NÃO viver melhor, ainda mais levando-se em consideração que as pessoas sabem escolher o que é melhor pra sí mesmo, basta que pra isso elas tenham escolhas. Por exemplo: Eu não acredito que um pedreiro não queira colocar o seu filho em uma faculdade de engenharia, por exemplo, ao invés de deixar o garoto repetir a sua profissão, apesar de muito dígna, ir para a faculdade de engenharia, o fará ganhar mais e experimentar coisas que o pai não teve a chance de experimentar. Se depois de ele ser engenheiro, preferir ser pedreiro, aí será a escolha dele, pelo menos ele teve mais uma opção. Sendo assim as coisa não melhoram, não é por culpa da inaptidão do povo em escolher a opção melhor para sí mesmo, e diante de um mundo tão plural e diverso, tem que ser muito competente pra manter o povo preso em uma sociedade sem opção, ou com opções limitadíssimas. Sendo assim, descarto essa possibilidade de causa para o efeito dos políticos não mudarem o discurso ao longo do tempo.

    Causa 3: O Povo precisa assumir o protagonismo político
    – Essa é a causa mais provável, no meu ponto de vista. Tem uma frase de Eistein que diz que “insanidade é querer resultados diferentes fazendo sempre a mesma coisa”, eu creio nisso; muitos reclamam dos políticos, mas não mudam o seu proceder em relação a política: Votam em qualquer um, não escolhem com cautela o seu candidato, e depois, nos quatro anos que se seguem, não acompanham o seu candidato pra saber o que ele anda fazendo e cobrar aquilo que foi prometido durante a eleição, outros, até mesmo se abstém de votar. Depois reclamam da má sorte em ter um político que só pensa em sí mesmo e não trabalha para o povo, ao contrário, trabalha pela hegemonia na dominação do seu voto.

    Quer mudança de verdade? Mude a sí mesmo, a sua forma de ver, agir e pensar também interfere na minha vida. Seja responsável consigo e com a sua comunidade. Vote com decência, coragem e sem preguiça de escolher um candidato que, ainda que não seja o melhor, seja o menos ruim deles. Para o nosso próprio bem e para o bem dos nossos filhos.

    Pense nisso.

  • A ocasião faz o ladrão

    A ocasião faz o ladrão

    Faça um comparativo entre nossa postura e a postura reprovável dos nossos políticos, e veja que temos muito em comum. Fazemos exatamente igual ao que criticamos neles: Roubamos, fraudamos, subornamos, ludibriamos etc.

    Pegamos no colo a criança que já anda, para termos o direito de utilizar os caixas preferenciais, furamos fila, etc.

    Estacionamos em local proibido, andamos pelo acostamento, fazemos bandalhas, avançamos sinais, subornamos o guarda, etc.

    Pegamos emprestado e não pagamos, fazemos gato, não devolvemos o troco quando recebemos a mais, etc.

    A justificativa é que todo mundo faz, de fato, todo mundo faz, inclusive os políticos.

    Quantos entre nós não faria o mesmo nessa posição? Como diz o ditado popular: “A ocasião faz o ladrão!”.

  • Nome aos bois

    Nome aos bois

    Não acredito que há alguém que possa resolver nossos problemas básicos como saúde, educação e saneamento por “simplesmente” ser eleito a um cargo público.

    Desde que me entendo por gente vejo esse tipo entrar e sair sem conseguir nenhum resultado efetivo, o pouco que conseguem é através de alianças escusas.

    Um amigo meu se candidatou a uma dessas vagas e pediu meu voto, apesar de eu saber da sua honestidade e acreditar na sua boa intenção, falei que ele não poderia fazer nada, e disse que só votaria nele, se eleito ele desse “nome aos bois” e revelasse quem integra essa “força contrária” que vive os impedindo de fazer isso ou aquilo.

    Senão continua essa velha ladainha, de que se quis fazer algo, mas houve resistência de alguém, quem? Parece até que se trata de algum fantasma.

  • Destilando o mau humor na política.

    Destilando o mau humor na política.

    Eu sou muito conhecido pelo meu franco e descarado otimismo, mesmo em crises ferrenhas, normalmente quando alguém chega gritando e se escancarando de tanto pavor dizendo que tem um problemão, eu costumo serenamente dizer que aquilo não passa de uma pequena demanda, tamanho é o meu otimismo na vida e em tudo o que nos cerca. Só que de 10 em 10 anos eu acordo pessimista, de 30 em 30 anos eu acordo pessimista e mau humorado e de 40 em 40 anos eu acordo pessimista, mau humorado e hirônico ao mesmo tempo, não é de admirar que isso seja tão raro quanto a aparição do cometa harley. Só que a conjunção desses dias é raro mas não é impossível e esse dia chegou e é hoje.

    Logo, a minha coluna de hoje retrata exatamente o meu humor, como aquelas carinhas ridículas que os sem noção cançam de usar no facebook pra dizer como se sentem hoje.

    Com esse humor não dá pra falar de empreendedorismo e esperança em um futuro melhor, por isso hoje eu vou falar de política no Brasil.

    Vamos aos fatos:

    Começando pela chamada urna eletrônica, aquela que dizem ser a mais segura do mundo. Pois é, sobre isso o que eu tenho a dizer é que ELES mentem, mentem tanto que nem sentem. A urna brasileira não é a mais segura do mundo e pelo contrário é uma das mais suscetíveis a fraldes no mundo. Se você quer saber algumas verdades sobre essa farsa veja esse vídeo aqui e depois pode descer a marreta aí nos comentários – pode vir quente que eu estou fervendo!

    [yframe url=’https://www.youtube.com/watch?v=Op9N2EyoZHo’]

    E segura essa besteirinha aqui também já que estamos no flow:

    [yframe url=’https://www.youtube.com/watch?v=_DQONk4disU’]

    Pra arrematar eu sugiro ainda uma breve visita a esse link: http://www.brunazo.eng.br/voto-e/ pra saber mais algumas verdades sobre as urnas eletrônicas.

    Pra não dizer que eu estou pessimista demais, então aí vai uma matéria bem legal sobre democracia em um lugar não chamado “Tão tão distante:

    [yframe url=’https://www.youtube.com/watch?v=GkD9jvqpNto&feature=youtu.be’]

    O que você acha disso?

    Eu tinha mais munição pra detonar, mas eu fiquei com medo de você não aguentar e se matar ou algo parecido depois de ler a minha coluna, por isso eu resolví te mandar apenas algumas verdades, por causa da história da mola encolhida!

    Até a próxima.

    Bye!

  • A sujeira debaixo do tapete!!!

    A sujeira debaixo do tapete!!!

    Não é novidade que as ações na área da segurança na capital do RJ, mesmo que sejam paliativas, estão criando um êxodo na criminalidade, que está procurando expandir seu espaço de atuação e por consequência aportando em nossa já sofrida e desmantelada Baixada Fluminense.

    A violência desenfreada tomou conta de nossa região em todos os níveis, mas nem mesmo esses números assombrosos parecem sensibilizar nossas “autoridades”, no sentido de solucionar o problema.

    A chapa tá quente em todos os bairros, e a merda acabou respingando nos bairros classe média alta de Nova Iguaçu, que até agora estava quietinha porque a pimenta não tinha ardido no fiofó deles, então foi uma choradeira generalizada, já que eles estavam em pânico.

    ScreenShot083A incidência de crimes como: Homicídios, latrocínios, roubo a veículos, assalto a pedestres, mais uma porrada de desgraças, teve uma escalada sem precedentes.

    As ações criminosas tem alterado a rotina dosa moradores de vários bairros que tem evitado circular a noite, afim de evitar problemas.

    Isso tem trazido à tona uma questão preocupante, muitas pessoas dizem sentir falta das milícias, porque segundo elas, se sentiam mais seguras, como fala uma moradora, dona Maria (nome fictício), do bairro Austin, em Nova Iguaçu: – “Quando a milícia tava aqui, num tinha bagunça não senhor, quem roubava na comunidade morria na mesma hora”.

    Tá achando pouco? Várias execuções estão acontecendo em plena luz do dia, enquanto o tráfico prolifera como baratas.
    Outra modalidade que vem assustando é o estupro. Nova Iguaçu está em 2º lugar, perdendo apenas para a capital do RJ, isso envolvendo adolescentes e crianças.

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    A prefeitura local diz que o conselho de segurança da cidade se reúne constantemente para resolver o problema, bom, só se for para tomar cafezinho e falar asneiras. Informam ainda que o Estado prometeu a instalação de um batalhão em Nova Iguaçu, e que segundo o prefeito, será instalado na estrada de madureira, numa área de 20.000m², já que o 20º batalhão, acreditem, com um efetivo de 650 policiais, precisa fazer a ronda ostensiva de: Nova Iguaçu, Mesquita e Nilópolis. Em Nova Iguaçu, Duque de Caxias e São João de Meriti, falam em monitoramento por câmeras.

    Dados do Ministério da Justiça apontam que o 20º batalhão vive a pior situação do estado em relação a seu efetivo, enquanto a média nacional é 431 habitantes por PM, esse batalhão apresenta uma média de 1.659 habitantes por PM, isso reflete mais de 284% da marca nacional, e se se fosse na zona sul do RJ?

    No Leblon são 157 habitantes por PM, Botafogo 451.

    Na Baixada Fluminense o número de vítimas é 13 vezes maior que na zona sul do RJ.

    O Estado se justifica dizendo que em todos os grandes centros urbanos é normal que haja mais segurança nas áreas turísticas. Então manda a família do governador vir morar aqui na periferia e depois me fale a repeito, e aquele discurso que todos são iguais perante a lei?

    Ah, tá, esqueci que nós da Baixada Fluminense, ainda não fomos incluídos no mapa oficial do RJ.
    Como este é um ano de eleições, vão tentar de todas as formas nos ludibriar, dizer que a mídia é tendenciosa e tal, mas a verdade está aí batendo em nossa porta, não tem meio termo, ou resolve efetivamente o continuarão a fazer o que são especialistas, ocultar a imundície.

  • Esperar é Caminhar

    Esperar é Caminhar

    Toc! Toc! Toc! Dá licença meus senhores, sei que esse solo é sagrado, por isso chego com o devido respeito e pisando suave. Agradeço a oportunidade e a confiança do Sr. Dudu e do comparsa Átomo. Espero não decepcioná-los.


    Bom, eu fiquei tentado a escrever sobre a Copa, FiFa, Dilma, PT, Black Blocs, manifestações e todos esses temas pertinentes no nosso contexto atual, mas pelo o que vi por aqui, tenho colegas mais competentes do que eu para escrever sobre essas demandas. Passo a vez.

    Então, minha primeira crônica é uma pequena provocação para mim e para você.

    Lembro-me sempre dos versos do B.Negão que diz: “a maioria se trocasse de lugar, faria o mesmo, mesmo que em escala menor”.

    A polícia é corrupta e nós a odiamos por isso. Porém, nenhum maconheiro quer um policial honesto quando for pego com um baseado. É melhor perder R$ 50 conto, do que assinar o artigo 16 (usuário) ou quem sabe, até o 12 (tráfico), do código penal.

    São as contradições das ideologias humanas, sempre com dois pesos e duas medidas.

    Se eu não caibo no cristianismo e na direita por conta de suas corrupções conservadoras e coronelistas, quem dirá nessa esquerda caviar, escrota, contraditória e que usa o nome do povo para a luta, mas no fundo, luta pelo poder.

    Triste coisa é ver as legitimas causas serem lutadas por gente de interesses inescrupulosos. Clamam por justiça, mas lutam por vingança! Clamam por liberdade, mas lutam apenas para que sejam feitas as vontades libertárias de seus umbigos.

    Nossos heróis morreram de overdose, outros apertaram as mãos de ladrões por alguns minutos a mais na propaganda eleitoral. O que restou?

    Restou à liberdade de quem não cabe mais em rótulos, em títulos e quintais. Restou apenas o caminho para caminhar.

  • Apenas mais uma Cristiane

    Apenas mais uma Cristiane

    Com a leveza de uma mãe, a sutileza de uma filha e a ferocidade de uma mulher.

    Aprendi a escrever muito cedo. Antes mesmo de ir à escola. Fui alfabetizada com menos de cinco anos de idade, na casa dos patrões da minha mãe, no bairro Catete, no Rio de Janeiro. Depois, já frequentando uma escola regular era quase sempre a “CDF” da turma. Aos nove, já me dava bem em pequenos textos e me destacava na prova de leitura.

    No inicio da adolescência cultuava uma pasta de pequenas riquezas transcritas. Poemas e até letras de música faziam parte do meu mini acervo pessoal. Lia poucos livros, mas muitos quadrinhos. Carlos Drumond de Andrade era o meu autor preferido. Participei do meu primeiro sarau aos doze anos e lembro como se fosse ontem o quanto a minha alma estava inflada de orgulho com minha mãe na platéia.

    Daí você pensa: essa sujeita deve ter alguns livros publicados, deve ser “fominha” de sarau, formada em letras, ser poetisa… Não. Nada disso. Aos quatorze anos eu fui mãe e isso, na década de 90, era um empecílio.

    Vivi toda a minha infância no eixo Baixada – casa dos familiares – e Zona Sul – casa dos patrões da minha mãe que por muitas vezes era a “nossa” casa. E apesar de muito politizada, muito bem informada, fui sucumbida pela gravidez na adolescência.

    O bacana é que, por incrível que pareça,  deu tempo de fazer muita coisa legal antes de ser mãe – não que ser mãe não seja uma coisa legal. Além dos pequenos feitos de infância, tive tempo de ser membro ativo por três anos consecutivos do grêmio estudantil em escolas municipais da Zona Sul do Rio, onde denunciamos tráfico e uso de drogas no recreio, assédio e descriminação contra alunos praticados por uma professora francesa, e conseguimos algumas mudanças no cardápio da escola. Fui ao Hollywood Rock ver o Kurt Cobain sair de quatro do palco da Apoteose. Pintei o rosto e me juntei aos jovens revolucionários em algumas passeatas do “Fora Collor”.

    Tudo isso me formou política e socialmente. Mas, nesse espaço eu pretendo ser o mais imparcial possível. Aqui, eu pretendo ser mãe, filha e principalmente mulher. Eu sei que inevitavelmente minhas colunas terão implícitas o meu posicionamento político-social. O que eu quero é que isso se dê com leveza, sem ter a obrigação de um posicionamento, imposto pelo modismo de ser “politico”, instaurado nas mídias sociais.

    Eu quero é que, mães – donas de casa ou não – se vejam e reflitam nos meus textos. Que mulheres que trabalhem fora ou dentro de suas casas, se percebam nessas linhas e nesses amontoados de palavras. Ou não somos mães, filhas e mulheres antes de qualquer coisa?

    Minha postura social não começa dentro de casa?! Meu posicionamento político não está no meu cotidiano?! Não. Não estou limitando minha coluna às mulheres. O que estou dizendo é que esse espaço vai ser pensado com sensibilidade feminina, com alma feminina, mas intencionada a todos os gêneros com muita liberdade e sem molduras.

    Então, vamos lá! A partir da próxima semana, toda quarta feira eu vou estar aqui falando sobre atualidades politicas, sociais e culturais, com a leveza de uma mãe, a sutileza de uma filha e a ferocidade de uma mulher.

    Sejamos todos bem vindos!

     

  • Como o Rio de Janeiro vai votar?

    Como o Rio de Janeiro vai votar?

    Esse foi o tema discutido no Rio de Encontros, na última terça-feira (27). A equipe conseguiu reunir três convidados distintos para discutir com os jovens sobre “Como o Rio vota? Política, representação e redes sociais”. Como provocadores do debate, o cientista político José Eisenberg, o antropólogo Cláudio Gama, diretor do Instituto Mapear, e o jornalista político Alexandre Rodrigues, do jornal O Globo foram essenciais para esquentar essa troca de ideias numa terça-feira fria.

    A princípio de conversa, cá entre nós, me diga quantos jovens estão realmente interessados em falar sobre política neste atual momento que o Brasil passa? Estamos prestes à completar 1 ano dos protestos de Junho de 2013, um fenômeno que ainda não consegue ser entendido por boa parte dos cientistas sociais; e, às vésperas da Copa do Mundo, grande evento que acontecerá em nosso país, com ou sem protestos, onde os olhos de todo o mundo estão voltados para cá.

    Curtindo e compartilhando

    Alexandre Rodrigues abriu o bate-papo falando sobre a necessidade da sociedade em se comunicar com os candidatos, incentivar a participação e a interação; e que redes sociais como o Facebook são são ótimas para tal coisa, mas fica claro de que ainda existe a falta de entendimento de boa parte dos políticos para com essa questão.

    “As pessoas confiam no amigo do Facebook, o que abre a possibilidade de credibilidade. Por outro lado, há o risco da informação errada compartilhada desordenadamente”, afirma.

    Um bom exemplo dessa informação errada e ‘desordenada’ é o fato de muitas vezes, os políticos terem uma equipe que fica responsável por suas publicações nas redes e por falta de conhecimento de determinada coisa, acabam reduzindo essa credibilidade à zero. Isso me faz lembrar de uma foto compartilhada na página do Senador Lindberg Farias, em comemoração ao dia da Baixada Fluminense (30 de Abril), sendo que a foto em questão, tinha a igreja da Penha como plano de fundo… What a fuck? Após algumas pessoas que acompanham a página do Senador terem informado sobre o erro, o post foi deletado, mas você pode vê-lo clicando aqui, porque a zoeira não tem limites.

    Mudança de perfis

    Cláudio Gama se preocupa com o vazio dentro das discussões políticas entre a classe média que reside na Zona Sul, e ressalta que ainda não há interesse em saber o que está sendo feito e o que não está; mas na hora de criticar algo, há apenas uma retórica em criticar por criticar. Cláudio afirma com convicção de que essa ideia de que ‘formador de opinião’ é um grupo formado apenas por intelectuais de classes mais altas já foi por água abaixo. A prova viva é que os jovens que participam do Rio de Encontros, são formadores de opinião e, em sua grande maioria, são moradores da periferia do Rio de Janeiro.

    Papo reto

    Se tinha alguém dormindo durante o debate, tenho certeza de que acordou ao escutar José Eisenberg falar. Foi um choque de realidade em todos que participavam do encontro. Fazendo menção à Junho de 2013, José deixa claro, que o perfil das pessoas que participaram daquelas manifestações é formado por jovens universitários, em sua maioria; ficou claro que hoje o ensino superior está muito mais acessível do que há anos atrás para as classes não altas; mas no Brasil, maior grau de escolaridade ainda não é sinônimo de aumento de renda:
    “O prêmio salarial vem caindo e o acesso à educação não leva à mobilidade social através do mercado de trabalho Assim, de um lado, há a expectativa frustrada dos pais. Do outro, a frustração dos filhos”, afirma o cientista político.


    Beijinho no ombro

    José ainda afirma que o “Rio é recalcado”; e trás consigo um sentimento de que foi ‘abandonado’ quando deixou de ser a capital do país; e que não há uma ‘grande maioria’ que gosta de partidos no Rio, as pessoas se identificam com este ou aquele candidato; e José também ressalta as manifestações pelas ruas. Será que elas têm a função de distanciar a sociedade da política ou de distanciar a sociedade do modelo político vigente? Fica essa dúvida no ar.

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    Eu tirando uma fotinho da hora pra postar no Insta.

    Mas e a Baixada?

    Senti que o debate focou muito no município do Rio; e a Baixada Fluminense traz consigo uma forte expressão eleitoral; e que na maioria das vezes é uma das regiões, que decide boa parte das eleições. Tive a oportunidade de falar e afirmei que existe sim uma política de comabate ao tráfico de drogas nas comunidades, mas não existe uma pauta de políticas de segurança pública para o combate às milícias.
    Hoje milícias atuam em diversas regiões da Baixada Fluminense, trazendo consigo o retorno do ‘voto de cabresto’ e que, infelizmente o Estado parece não se preocupar e/ou não se importar; a não ser quando começa a doer no calo de alguém que esteja no poder, ponto.

    Em minha humilde opinião o debate foi esclarecedor e de extrema importância para refletir acerca do meu exercício de cidadania; além de me ajudar a pensar em quem irei votar.

    Concorda, discorda, ou disconcorda? Não deixe de comentar!

    Boa sexta,

    @marcaobaixada

  • [27-MAI] Rio de Encontros: Como o Rio vota?

    [27-MAI] Rio de Encontros: Como o Rio vota?

    Como a mobilização da juventude, hoje, nas ruas vai impactar as urnas?

    Qual será a influência das redes sociais  no processo eleitoral?

    Qual é o papel dos partidos no cenário político da cidade? O perfil do eleitor do Rio está mudando?

    Para conversar sobre esses temas e suas implicações, o Rio de Encontros convidou especialmente  para o papel de provocações na terceira edição de 2014, o professor do Departamento de Ciências Sociais da UERJ e coordenador geral de pesquisa  e Editoração da Fundação Biblioteca Nacional, José Eisenberg; o antropólogo e diretor do instituto de pesquisa mapear, Claudio Gama; e o jornalista de política do jornal O Globo, Alexandre Rodrigues.

     

    Saiba mais:
    Dia 27/05, das 9h às 12h, na Casa do Saber Rio O Globo, Av. Epitácio pessoa, 1.164 – Lagoa.

    Instituto Contemporâneo de Projetos e Pesquisa
    Rua da Assembléia, 10/2512, Centro
    Rio de Janeiro – RJ
    Tel: +55 21 2221-0018
    www.oinstituto.org.br