Tag: Rio de Janeiro

  • Grafiteiro carioca participa de atividades em Brasília

    Grafiteiro carioca participa de atividades em Brasília

    Paulo Vinicius, mais conhecido como “NexTwo”, grafiteiro, desenhista e arte-educador, já ministrou oficinas e desenvolveu diversas atividades na sede do Movimento Enraizados, em Morro Agudo, Nova Iguaçu (RJ).

    Em maio de 2011, NexTwo foi á Brasília (DF), ficou hospedado na casa de um amigo, o grafiteiro RDoze. “Agradeça a ele por mim, na matéria, o moleque é show.”

    Next circulou por várias cidades, onde deixou sua marca registrada em telas e muros. Passou pela Samambaia, Norte e Sul. Tambem visitou Goiás, e ministrou oficinas, juntamente com o RDoze.

    “Conheci mais amigos que fortaleceram lá, como Odrus Pena, Wow, Guga, Baigon e outros. Fiquei 15 dias, mas ainda foi pouco.” – afirma o grafiteiro, que participou de muitas atividades por lá.

    Participou de um Sarau no CCBB com Rdoze e Miah, com uma pintura ao vivo, e exposição, além de conceder entrevista para o jornal online da UNB. E também auxiliou nas filmagens de pinturas nas eliminatórias “Norte, Nordeste e Centro-Oeste”, do “Red Bull BC One”.

    Nextwo diz que a cena é muito boa, e que os amigos da VT, da DF Zulu, da Colors e outros mais representam, e que além de gandes amigos, são ótimos pintores. “Agradeço a todos eles pelo rolé, foi muito bom. Tenho eles como uma nova família.”

    Saiba mais sobre o trabalho do Nextwo. Entre em contato com ele através do Facebook.

    Nextwo, tambem fez registros fotográficos do seu trabalho e do trabalho de seus amigos em Brasília e você pode conferir na galeria abaixo:

     

     

     

     

     

     

  • Enraizados de Ponta à Ponta – Trabalhadores da Rua

    Salve, galera!

    Eu fui ao centro de Nova Iguaçu para trocar uma ideia com alguns camelôs e artistas de rua da cidade e, como resultado disso saiu essa videorreportagem que foi apresentada pela primeira vez na terceira edição do Mixtureba Enraizados, na Zona Sul do Rio de Janeiro.

    Eu já fui camelô. Trabalhei nas ruas do centro de Nova Iguaçu e não posso negar nem esquecer de onde eu vim. Então, com vocês: Trabalhadores da Rua!!

  • P,10 lança videoclipe “Nega do Balacobaco”

    P,10 lança videoclipe “Nega do Balacobaco”

    Quem acompanha o #PortalEnraizados, já deve ter lido a respeito do trabalho do P,10 através das publicações, ou de quando marcou presença na #RadioEnraizados, no ano de 2010.
    P é professor de Língua Portuguesa, rapper e produtor do evento “P,10 Convida”, que traz grandes nomes do rap nacional ao Rio de Janeiro. Ainda esse ano, lançará o álbum “Manual Prático de Malandragem”, que já possui três singles lançados virtualmente. O último lançado, “Nega do Balacobaco”, ganhou um videoclipe, que foi lançado ontem (10). Consegui trocar uma ideia com o rapper, que falou sobre o o álbum e sobre o videoclipe. Confira:

    Marcão: Então P; 3° single lançado, e videoclipe de “Nega do Balacobaco”. O Manual Prático de Malandragem está próximo?
    P,10: Sim, muito próximo. O Manual Prático de Malandragem sairá em Setembro.

    Os singles lançados até agora, mostram o resgate do samba. O samba está sendo a principal influência para este trabalho?
    Na verdade o samba é uma grande força motriz do meu trabalho, mas o que me define melhor é a malandragem, independente da sonoridade, e aí, quem imagina que o Manual tenha somente samba, está enganado. Há um afro beat muito classe produzido pelo BeatBassHighTech, há som com pegada de Rn’B, som com pegada de rap na sua essência mesmo, enfim, a proposta do manual é mostrar sob diversos ângulos a malandragem  e os assuntos que a envolvem.

    E o que podemos esperar do “Manual Prático”? Haverá participação de outros artistas?
    O disco será leve, alegre, irônico e irreverente. Resumindo: o Manual é um disco de rap com a cara e o sotaque do Rio de Janeiro, sempre com uma perspectiva positiva a respeito da malandragem e da boemia.
    As participações são de músicos que arranjaram as canções do Manual e sambistas, como o maestro Odilon o percussionista Anderson Pepe e os vocalistas  Thales Dias e Nete Bonfim.

    E como foi o processo de gravação do videoclipe “Nega do Balacobaco”? Quem esteve envolvido no trabalho?
    Foram  5 dias, mais de 32 horas de filmagens e trabalho intenso, iniciado em pleno sábado de carnaval, para  que o clipe Nega do Balacobaco, de P,10 com direção de Márcio Graffiti ganhasse forma. Fernanda Rangel,  Marina Muniz , Tássia Moreira, Gisele Marques,  Hugo Alberto e Naiara Duarte  formaram o grupo que concebeu este clipe.
    A música é uma ode a mulher brasileira, reverenciando-a de maneira positiva e elevando sua autoestima.

    P,10, valeu pela entrevista, gostaria que deixasse uma mensagem para os leitores do Portal Enraizados…
    Aê rapaziada, independente de qualquer coisa, sejam vocês mesmos e não percam a sua história nem a sua essência. Um Q de Malandragem a todos.

    Confira o videoclipe “Nega do Balacobaco”, do rapper P,10:
    [yframe url=’http://www.youtube.com/watch?v=lx47oMzyJj0′]
    Release: A atriz Andressa Adama personifica uma mulher acima do bem e do mal. Qual mulher não quer ser igual a ela? Com elevada autoestima, ela não se submete às regras da sociedade machista, nem se prende à valores ou conceitos estabelecidos, pois habita no imaginário de toda mulher brasileira, nem que seja por um segundo. Ela faz, ela acontece, ela é… a Nega do Balacobaco!
    Mais uma música de trabalho do disco “Manual Prático de Malandragem”, que será lançado em 2011.

    Direção e direção de Fotografia : Marcio Graffiti
    Foto Still: Fernanda Rangel
    Assistente de Direção: Marina Muniz / Gisele Marques
    Maquiagem e figurino: Tássia Moreira
    Produção: Allan Pereira e Hugo Alberto
    Arte Nega do Balacocabo: Naiara Duarte
    Elenco: Andressa Adama e P,10
    Produção Musical: Laudz

  • Novidades e Lançamentos!

    Novidades e Lançamentos!

    A última semana foi repleta de lançamentos de discos e de videoclipes e de muitas novidades. O Portal Enraizados selecionou alguns desses lançamentos e novidades e trouxe até  o leitor, releases sobre os recentes trabalhos dos rappers Emicida e Xará, e novidades sobre a DeDeus MC. Confira:

    Emicida – Então Toma
    Mais um videoclipe do último trabalho do rapper Emicida, a mixtape “Emicídio”. “Então toma”, possui estilo e efeitos de filmes e séries das décadas de 80 e 90. Dirigido por Fred Ouro Preto, o videoclipe tem elenco formado por Emicida, Evandro Fióti, Criolo, Noel (Rock Rocket), Jun (Rock Rocket), Di Ferrero (NX Zero) Conrado Grandino (NX Zero), Daniel Weksler (Nx Zero), Zeca Baleiro, Renato Teixeira, Luana Nascimento, Carol Vergilio, Janis (Bull Terrier). O clipe já está na votação do Top 10 MTV e da Mix TV.

    [yframe url=’http://www.youtube.com/watch?v=7QnXzVjck6M’]
    Xará – Além da Razão
    A Blade Rio mostra a que veio, criando novas oportunidades, abrindo trilhas para novos horizontes musicais.
    Nas últimas semanas, apresentou singles dos rappers Gutierrez e André Ramiro. A mais recente empreitada da produtora carioca é o disco “Além da Razão”, do rapper Xará. Xará fez parte de um dos maiores coletivos de rap do Rio de Janeiro, o Quinto Andar e agora, apresenta seu primeiro trabalho solo. “Além da Razão” possui 11 faixas, com um grande número de participações, -dando ênfase a realização coletiva-, dentre algumas delas, podemos citar os rappers Emicida, André Ramiro, Marechal, Shawlin e a cantora Juju Gomes; Mixagem de Damien Seth e masterização de Luiz Café.
    O disco está disponível para download e venda no site oficial da Blade Rio: http://www.bladerio.com/

    “Destino”, de DeDeus MC estreia na MTV
    O videoclipe “Destino”, da DeDeus MC, lançado no dia 1° de Maio, estreia em uma seleção de videoclipes que vai ao ar das 8:30 às 9:30 na MTV. Dirigido por Mel Duarte, o clipe conta com imagens fortes, faz alusão à condição do trabalhador brasileiro e desafia o machismo do rap.
    [yframe url=’http://www.youtube.com/watch?v=xT0s40Zi2WM’]
  • Coletânea “Enraizados – vol 01” nas ruas!

    Coletânea “Enraizados – vol 01” nas ruas!

    Quem acompanha a trajetória do Movimento Enraizados, sabe que as coletâneas independentes acontecem desde 2001.

    10 anos depois, chega às ruas a coletânea Enraizados – vol 01; um projeto auto-sustentável, com a ideia de propagar a prática do Creative Commons, divulgar os MCs e grupos integrantes do Movimento Enraizados e buscar novas formas de empreendimento, baseando-se no conceito da “Indústria Criativa”.

    Capa da Coletânea Enraizados, Vol. 01, desenvolvida por Alexandre de Maio (SP):

    No último sábado (25), ocorreu a Banca de Freestyle Enraizados, com pocket-show do rapper e coordenador do Movimento Enraizados, Dudu de Morro Agudo, lançando o videoclipe da canção “Sacolinha”. Paralelo ao lançamento do videoclipe, ocorreu o lançamento da Coletânea.

    A coletânea é composta por 18 faixas, mais uma faixa bônus. O projeto conta com participações do coletivo Clube dos Cinco (RJ), O Átomo (RJ), Wilson Nenem (SC), La Peste (França), Enraizadinhos (RJ), Ualax MC (RJ), entre outros artistas. Boa parte dos instrumentais, foram produzidos pelo rapper e produtor Léo Da XIII, que tambem ficou responsável pela mixagem e masterização, mas tambem encontram-se produções de Mr. Break, Juliano Medeiros, e Tallent et Developement.

    O disco já está nas ruas e custa R$5. Para adquirir sua cópia, entre em contato conosco através dos nossos canais de comunicação, ou deixando um comentário nessa postagem.

    E aí, vai ficar de fora dessa? Adquira já a sua!

  • Da Zona Norte à Cuba! Entrevista com André Zovão

    Da Zona Norte à Cuba! Entrevista com André Zovão

    André Zovão, vocalista da banda de rapcore Antizona, e grande amigo do Enraizados, fala com exclusividade ao nosso Portal, sobre música, sobre a banda e sobre as viagens à Cuba, onde a banda participou do Festival Rotilla em 2010, e  do prêmio Puños Arriba, em 2011. Confira a entrevista:

    Como foi seu envolvimento com a música?
    Então, quando tinha uns 8 pra 9 anos, morava em Vaz lobo e tive a sorte de ter um DJ como vizinho… DJ Alex… que todas as tardes botava as caixas na janela dele e obrigava praticamente toda vizinhança a ouvir as mixagens dos funks olds; com o tempo comecei a dançar e a dança que mais me chamava atenção e que acabei praticando um bom tempo foi o break, influenciado pelo Michael Jackson na época. No programa dos trapalhões dancei menorzinho, num quadro da época que eles usavam uns casacos florescentes, ainda vou conseguir esse arquivo.


    Quais são suas influências?

    Os funks do final da década de 80 e início de 90 como: Buffy, College, Connie, Gigolo Tony, Gucci Grew, Hassan, Lay Zon, Shana, Trinere, Freestyle etc. Minha coroa me apresentou Barry White, Bezerra da Silva, Alcione, Tim Maia, muito Tim Maia…
    Aprendo muito com: Beatles, Sabotage, Bob Marley, Gabriel o Pensador, Black Rio, Black Alien, Augustos Pablo, Racionais, Chico Buarque, A Tribe Called Quest, Felá Kuti, Pixinguinha, Sepultura, Cartola, Estelle, Nação Zumbi, Prodigy, De Fala, Câmbio Negro, Faces do Subúrbio, Planet Hemp, Pavilhão 9, Serial Killer HC, Esquadrão Zona Norte, RATM. Vish, se deixar, vou até amanhã aqui (risos)…

    Como aconteceu sua integração ao Antizona?
    Com 15 anos, morando no Lins, conheci a nata da vagabundagem do Méier, a galera do skate, tatoo, som, etc. Tudo era novidade, até que conheci um louco chamado Taz (ex-baixista do AZ), me convidou pra fazer uma participação no show da banda dele que ia rolar no extinto Garage, na Rua Ceará e tal, só que até então, eu nunca havia subido no palco na vida e a primeira vez que subi foi pra cantar “Killing in The Name” do Rage Against The Machine, no Garage e a banda era o ANTIZONA. Depois da participação os caras me convidaram na hora pra ser vocal da banda e assim comecei.

    André, juntamente com o Antizona, você participou de muitos festivais, e abriu um show do Planet Hemp. Nesses momentos, se sentiu com uma grande responsabilidade?
    Aumenta um pouco a adrenalina, claro, mas isso é bom, pois te motiva a se superar. O AZ sempre foi e sempre será, uma grande responsabilidade, independente do show, gravina etc. Procuramos trabalhar sempre com muito foco e amor.

    O Antizona passou a circular em espaços de movimento social, pra você, como foi essa experiência, de alcançar outro público?
    Bom, quanto mais público nos ouvindo, melhor, então, com certeza foi muito favorável pra nós… Tocamos em eventos importantes como o 11° aniversário do Estatuto da Criança e do Adolescente e eventos do MST, nos arcos da Lapa; Nossas letras na época eram muito mais radicais e por isso muitos ativistas se identificavam… Nosso DJ, Fabio ACM,  já trabalha com projetos sociais há muitos anos e não tinha como ficarmos de fora dessa, foi quando rolou a gravação do disco do projeto “Hip Hop pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, o AZ contou com a participação de vários MCs ( DMA, Léo da XIII, Slow, Airá, Poetas de Ébano, MR Bocca, Eddy MC, WF, eu, Cacau Amaral e Opanijé). O AZ assina a produção musical desse disco que não tem finalidade comercial e sim educacional.

    Nessa caminhada do Antizona, foram lançadas muitas Demos, mas como foi gravar o 1° disco oficial?
    Depois de 6 demos, gravar o primeiro disco deu uma sensação de alívio, foi muito satisfatório ouvir nosso som bem gravado, mixado, masterizado e prensado. Você passa a existir de verdade quando lança um disco à vera.

    Você visitou Cuba duas vezes, Foram muitas realizações, em 2010, o Antizona tocou no Rotilla, gravou videoclipe; em 2011, foram convidados pra premiação de Hip-Hop Puños Arriba, como foi essa experiência?
    Foi incrível ver como o Hip Hop é forte em Cuba, em 2010, quando tocamos no festival Rottila, ficamos de cara quando vimos praticamente 10 mil pessoas cantando todos os raps dos Los Aldeanos (principal grupo de rap cubano). Esse ano o Puños Arriba nos apresentou um leque de talentos no rap cubano, como o grafiteiro Lazaro, que só pinta com spray, quando recebe doações de grafiteiros de outros países, pois em Cuba não existe spray, então ele pinta com pincel, rolo e as artes dele são de altíssima qualidade. No Rap, Doble Filo (ganhou 5 prêmios), Kausa Justa, Esquadron Patriota, a grande premiada da noite, Danay Suarez, El Discípulo, Carlito Mucha Rima e o maior produtor e MC cubano, Papa Humbertico. A banda que juntamente com os DJs, fizeram vários arranjos na linha do The Roots para os MCs rimarem. Outra coisa que nos chamou atenção na premiação foi a categoria: “Melhor Introdução”, e toda organização do evento, o  Matraka Produções, que foi impecável na organização.

    Confira o videoclipe da canção “Siga Seus Passos”, gravado em Havana, Cuba:
    [yframe url=’http://www.youtube.com/watch?v=QoznKzKQxio’]

    Ainda em Cuba, o Antizona, juntamente com Slow da BF, Papá Humbertico, El Discípulo e Carlito Mucha Rima, gravou a canção “Ponha a Mão Pra Cima“, como foi essa experiência, de fazer um som com MCs cantando em outro idioma?
    Slow é um grande MC, irmão, aliado nosso e merece todo respeito, esse som não foi o primeiro, nem será o último que gravaremos com as rimas dele, se Jah quiser. Nós assistimos o ensaio da premiação um dia antes no teatro América em Havana e assim que encerrou o ensaio dos caras, Passamos no posto, compramos umas Bucaneros (cerveja) e partimos pro home estúdio Real 70, do Papa Humbertico em Havana. Chegando lá, ele mostrou uns 10 beats diferentes, escolhemos o do DJ Maro King, de Barcelona e começamos a ouvir, ouvir.. até que tive uma idéia pro refrão, mostrei, aprovaram, aí o El Discípulo já concluiu o refrão comigo e cada um escreveu sua estrofe na hora, “como manda o figurino” (risos). A gravação começou umas 2:30 e terminou 8 da matina. Na saída, pra chegar até a estrada pra conseguir condução, tivemos que andar uns 3 KM, geral viradão, mas valeu a pena, Os Caras são muito criativos.

    Quais são as ideias e os projetos pra 2011?
    No momento estamos ensaiando com o novo baterista Wagner Nascimento e estamos aproveitando para rearranjar algumas músicas, preparando um show mais compacto; pré- produzindo nosso próximo disco, estamos compondo, fazendo shows, divulgando o som “Ponha a Mão Pra Cima”, de todas as maneiras virtuais possíveis, o som “Buscando” e “Tatoo” que conta com a participação do Fábio Broa (RZN), já estão disponíveis pra download na internet e estarão no nosso próximo disco que deve ser lançado no início de 2012 com muitas novidades e participações. Tudo que rolou em Cuba esse ano foi filmado e fotografado,  em breve vai rolar um documentário pra vocês.


    Zovão, valeu pela entrevista, gostaria que deixasse uma mensagem para os leitores do Portal Enraizados…
    Rapeize do Enraizados, antes de mais nada gostaria de parabenizar todos vocês pelo trabalho educacional e cultural que vocês realizam aí no Enraizados. É uma honra poder oferecer um pouco da nossa história e da experiência vivida em Cuba.  Gostaria também de agradecer aos meus irmãos do AZ que tão fechados comigo sempre: DJ e Percursionista Fabio ACM, guitarrista Fabinho Teixeira, baixista Renato Horácio, baterista Wagner Nascimento, ao coletivo onde o AZ surgiu, que é a ZN Máfia e a todos que tiveram paciência pra ler a entrevista, muito obrigado e quem quiser saber mais sobre o Antizona é só ir em www.bandaantizona.com ou www.reverbnation.com/antizona Que o enraizados seja eterno!

    O Antizona será uma das atrações da 3ª edição do Mixtureba Enraizados, que acontecerá dia 27, no Espaço Cultural Sérgio Porto, que fica na Rua Humaitá, 163 – Humaitá Rio de Janeiro – RJ.

    Faça contato com o Antizona. Contato para shows: contato.antizona@gmail.com ou 9103-3570  (Fábio ACM).

  • Campanha do Agasalho do Rap BR

    Campanha do Agasalho do Rap BR

    Em meio à uma troca de ideias sobre o frio que anda fazendo em São Paulo, Luciana Faria, fotógrafa, beatmaker e adepta da cultura Hip-Hop, se perguntou: “E se rolasse uma campanha de agasalho do Rap?” e publicou a respeito no twitter. Os retweets surgiram, diversas pessoas dispostas a colaborar. A ideia de Luciana, era organizar um evento e pedir que as pessoas levassem as doações como ingresso. Mas, mais uma vez, as pessoas a surpreenderam, pois começaram a arrecadar doações.

    As redes sociais estão sendo bem utilizadas para a campanha: Página no twitter, no Facebook, e blog foram criados para oferecer todas informações sobre a campanha e postos de coleta, que não se restrigem somente a São Paulo, já há postos no Rio de Janeiro e em Curitiba.

    “Tem muita gente disposta a ajudar e é isso que importa. O foco da campanha é arrecadar e distribuir pra quem mais precisa. E só. Sem merchan, nada disso. “, afirma Luciana, no blog da campanha.

    Saiba mais:
    Blog: http://campanhadoagasalhodorap.wordpress.com/
    Twitter: @agasalhodorap
    Facebook: http://www.facebook.com/home.php?sk=group_194779767235935

  • Banca de Freestyle Enraizados recebe “O Átomo”

    Banca de Freestyle Enraizados recebe “O Átomo”

    No próximo sábado (11), a “Banca de Freestyle Enraizados” receberá o rapper Átomo, que fará um pocket show no Espaço Enraizados, em Morro Agudo. Átomo convidou o grupo SDF para fazer umas rimas. No mesmo dia acontecerá exibição de videoclipes e videorreportagens, discotecagem e a tão esperada batalha de freestyle, onde os interessados em participar devem chegar até às 18 horas para fazer as inscrições.

    Átomo e DMA

    Átomo, também conhecido como SDL, é MC e produtor, nascido no Rio de Janeiro, começou a se interessar por música ainda criança, aos nove anos de idade. A partir dos anos 90, começou a compor suas letras influenciado principalmente pelo rock, até que conheceu o rap em 1993, mas somente em 97 decidiu formar o seu próprio grupo. Em 1998, junto com Black Naddo e Nego Val, fundou o Clã Mcs, que anos depois passou a se chamar Ultimato a Salvação (USAL), onde hoje faz dupla com sua esposa, MC Lisa.

    Átomo é considerado um dos melhores letristas do Brasil e se destaca por abordar temas quase sempre polêmicos e delicados, que a maioria dos MCs muitas vezes não estão habilitados a desenvolver.

    O evento, que acontece de 15 em 15 dias, é uma corrente de artistas e espectadores que se fortalece a cada mês, e tem o intuito de apresentar os artistas do casting do Movimento Enraizados e dar oportunidade a outros artistas.

    [yframe url=’http://www.youtube.com/watch?v=e9FYDeBzAfI’]

    SAIBA MAIS
    Banca da FreeStyle Enraizados
    Pocket Show do Átomo – http://www.myspace.com/oatomo
    Quando: 11 de julho de 2011
    Hora: A partir das 17h
    Onde: Espaço Enraizados
    Rua Thomaz Fonseca, 508 – Morro Agudo – Nova Iguaçu – RJ
    Entrada Gratuita
    Informações: (21)2768-2207

  • A Fórmula Mágica, com Duda Break

    A Fórmula Mágica, com Duda Break

    Ainda adolescente, se envolveu com a cultura Hip-Hop. Entrou numa roda de break, sem ao menos saber um movimento. Hoje, é Bboy, arte-educador, membro da Zulu Nation. Lidera a Baixada Break Boys Hip-Hop (B3H2) Crew, integra o Grupo de Break Consciente da Rocinha (GBCR), organiza eventos e é um dos principais representantes da cultura hip-hop, na Baixada Fluminense. Confira a entrevista com o Bboy Duda:

    Marcão: Como foi seu envolvimento com a cultura hip-hop?
    Duda:
    Começou curtindo Bailes Funk e Soul, dos 13 aos 16 anos. Comecei a ter inspiração vendo vídeos de rap, como Vanilla Ice e Will Smith. Primeiramente, foi através da música. E depois, com 17 anos, que eu fui freqüentar um baile, perto de casa, eu estava vendo uns caras dançando e perguntaram se eu sabia dançar, e eu disse: “Sei, sei”. E o cara me empurrou pra roda, e disse “Então Vai!” (Risos). Aí eu inventei algumas doideiras, tipo se contorcer todo. Nisso, comecei a dançar. Com 17 pra 18 anos, comecei a freqüentar a Fundição Progresso, onde fiz contato com os Bboys Faísca e Fumaça. Foi o primeiro contato que tive com eles. Onde eu conheci, o Manu, Edu, galera do Fator 4, o Luck, do GBCR, Lúcio Pedra, Aval, do GBCR tambem. E assim passei a ter contato direto com o break, através dessa galera, entre 97/98.

    Como foi sua iniciação nos campeonatos e batalhas?
    Foi no “boca a boca”, a galera falava: “Vai ter evento tal!” E a gente ia. Eram batalhas que rolavam no SESC de Madureira, no SESC de Meriti, Nova Iguaçu. Ás vezes nem conhecia, mas participava, pra conhecer a galera, e saber mais sobre o que era a competição, “conhecer o terreno”.

    Como Surgiu a B3H2 Crew?
    Quando eu estava me iniciando no break, em uma festa de colégio, conheci um grupo de Street que tinha 2 Bboys e 2 Bgirls e  houve uma apresentação em que eu dancei junto com eles. E tentei fechar com eles, era mais perto e viável. Nisso a gente combinou de ir pra uma festa de rua, abrimos uma roda de break, as pessoas começaram a ver e gostaram. E ficamos nessa brincadeira, uns dois anos, organizando rodas em festas. E nisso o apresentador de uma das festas, nos intitulou como “Saga dos Bboys”. Foi a primeira formação que tínhamos como um grupo, pois éramos vistos como um grupo. Depois desse tempo, ficamos mais um ano ou dois, onde através dos “irmãos Schneider’s”, conheci o Slow da BF. Me apresentaram a ele, para poder participar, de batalhas e eventos, e ficamos nessa por mais 2 anos, participando de batalhas e eventos. Depois disso, o Slow, teve a ideia de colocar o nome do grupo de Baixada Break Boys Hip-Hop. A fórmula do Hip-Hop (B3H2). O Slow falava que “Baixada-Break” é a fórmula da cultura hip-hop. E através do nome, ficamos conhecidos pelos grupos mais antigos e fizemos parcerias com eles, grupos como BR Break, Elemento Surpresa, GBCR, Grupo New Boys, Republic Rap e Posse 471, e outros grupos antigos, de Caxias, e os amigos, que sempre estavam juntos conosco, o Wagner Bio, e Bia Popping.

    Como aconteceu sua integração a Zulu Nation?
    Desde que o Slow apadrinhou o grupo de B3H2 Crew, eu acredito que a Crew é parte da Zulu, como falei da fórmula do Hip-Hop “B3”, isso causa impacto. Mesmo o grupo como um todo, não tendo o certificado, nós levávamos a mensagem da Zulu. Lembrei de uma coisa que o Afrika Bambaataa costuma dizer, de que você não precisa ser DJ, grafiteiro, Bboy e nem rapper. Só de conhecer a cultura hip-hop e estar presente nos eventos, você já faz parte da cultura hip-hop, através do 5° elemento, que é a consciência, o conhecimento.

    Em São João de Meriti, você é um dos organizadores da Cypher Meriti, o que são as Cyphers?
    Cypher, na minha concepção é um encontro, onde se reúnem todos os elementos da cultura hip-hop, com a comunidade, e com o local em que acontecem. É como se fosse um movimento de protesto, dizendo que precisamos de diversão, e não temos um espaço pra diversão. Não adianta ter uma praça, uma lona, se não existirem eventos que possam reunir a comunidade com as pessoas que praticam atividades culturais.

    Pra você, como anda a cena do Break na Baixada Fluminense?
    Em alguns municípios da Baixada, tem grupos que estão crescendo, e outros que estão no anonimato. Eu não vejo muita integração entre os municípios, geralmente, as pessoas se reúnem apenas quando tem batalhas. Junto com a B3H2, temos o objetivo de nos reunir com outros grupos e organizar cyphers em outros municípios.

    Você tambem é arte-educador, ministra oficinas em vários projetos. Como é compartilhar isso com outras pessoas?
    É sestressante, mas se torna uma coisa prazerosa (Risos). Porque no começo, você ensina a uma pessoa que não teve envolvimento com nenhum tipo de dança, mas com o tempo, a pessoa consegue seguir aquilo. Como educador, é legal, porque do mesmo modo que você aprendeu, você passa pra outras pessoas, e começa a lidar com o ser humano, conhecer o estilo, cabeça, pensamento de cada um, e mesmo você não fazendo curso, mesmo não querendo, você acaba entrando na área pedagógica.

    Se não fosse B-Boy, que carreira iria seguir?
    Trabalharia na área do telemarketing ou administração. Mas mesmo assim, conheço executivos que dançam, então, mesmo trabalhando em outra área, não deixaria o break de lado.

    E quais são as ideias, objetivos e projetos pra 2011?
    Esse ano tá rolando o Projeto “Cultura em Ação”, executado pela Subsecretaria de Cultura e Educação de São João de Meriti, que é um projeto, em que ocorrem várias ações, cinema, teatro, poesia, hip-hop, artesanato. São 6 meses de duração, e além de ter oficinas tem o chamado “Prata da Casa”, onde se executa um trabalho, e desse trabalho, artistas são selecionados para um dia de show, onde se apresentam. E tambem os festivais. O Cultura em Ação é dividido em Oficinas, Pratas da Casa e Festivais. Esse ano eu vou desenvolver um festival de dança através do projeto. Tambem vamos organizar as Cyphers e Workshops.

    Duda, valeu pela entrevista, gostaria que deixasse uma mensagem para os leitores do Portal…
    Gostaria de mandar um Salve pra toda a galera, dos 13 municípios. E a galera que estiver a fim de trabalhar conosco, que estiver interessada em saber mais sobre a Cypher Meriti, é só entrar em contato ou pesquisar nas redes sociais.

    Saiba mais sobre a B3H2 Crew e a Cypher Meriti:
    cyphermeriti@hotmail.com

  • Nas pick-ups, com Fábio ACM

    Nas pick-ups, com Fábio ACM

    Ele é DJ da banda de rapcore Antizona, coordenador de projetos na Rede de Desenvolvimento Humano (Redeh), além de ser grande amigo e membro da Rede Enraizados. Juntamente com a Banda Antizona, esteve duas vezes em Cuba, onde teve contato com o cenário underground do Hip-Hop Cubano, e já publicou uma matéria aqui no Portal Enraizados falando sobre a primeira viagem. Confira a entrevista com o DJ Fábio ACM:

    Marcão: Então Fábio, como foi o início da sua carreira de DJ?
    Fábio: Influência direta do meu tio, Ricardo Pereira, que foi dono da Status Disco Dance, equipe de som que comandou os bailes funk da Rocinha até 1989. Eu comprava muitos LPs de Rock e MPB ao invés de ficar jogando bola e soltando pipa como os moleques lá do Lins. Ouvia muito os discos do meu pai, desde Beatles à Bossa Nova. O Ricardo meio que se incomodava com isso, ver seu sobrinho de 9 anos escutando BR-Rock anos 80, Chico Buarque e Originais do Samba. Daí o cara começou a botar aquela pilha de DJ da antiga. Quem tá ligado, sabe!

    E o primeiro disco que ele me deu foi uma coletânea de Miami Bass que saiu em 1988. Nesse disco tinham músicas do 2 Live Crew, Gucci Crew, MC ADE… Conheci o Hip Hop assim, pelo Miami Bass. Dessa época vieram os rasteiros (as instrumentais de RAP que tocavam nos bailes do RJ). Até hoje eu tenho Original Concept, Fat Boys, Rodney O & Joe Cooley, The D.O.C. (projeto do Dr.Dre) e outras pérolas que custavam $10 dólares na mão dos DJs que vendiam discos no antigo malódromo no Largo da Carioca. Somente em 1993 eu consegui comprar meu primeiro par de toca-discos. Eram duas CCE TX-250 e um mixer AP-1. Vai vendo! A parada era pré-histórica, mas me deu a base para a mixagem e os scratchs. As MKs só vieram em 1994. Montei uma equipe de som com alguns amigos para fazer festinhas, mas durou pouco tempo. Nessa época eu tocava em festas de rua na ZN, fazia participações em bailes funk, como na equipe Live. Nessa última foram dois bailes: uma abertura tocando funk-melody no CCIP de Pilares e um baile no Clube dos Aliados em Campo Grande, Zona Oeste do RJ. Mas cheguei tarde. O baile já estava dominado pelos MDs e qualquer maluco virava DJ de equipe. Não tinha mais espaço para os vinys. Você poderia curtir um baile do DJ Adriano da LIVE 1 tocando com os vinys, mas era raro. O baile funk de vinyl era uma raridade neste período das montagens de funk. Somente em 1997 que eu conheci os Poetas de Ébano (grupo de RAP da Zona Norte do Rio, formado por BJ, Sancho e KMKZ), o ANTIZONA (banda que eu toco até hoje como DJ) e as rádios comunitárias. Neste mesmo período nasce a ZN Máfia, onde conheci muitos amigos como MR Bocca, DJ Machintal, Nação Crew, entre outros grandes artistas.


    Já escutei alguns dos seus sets, e percebi uma diversidade muito grande de gêneros musicais, quais são suas influências?
    Tudo. Desde música brasileira, soul, funk, hip-hop ao rock e metal.

    ZN MáfiaComo é ser DJ no Rio de Janeiro?
    Precisa de muita correria para criar seu próprio espaço, como qualquer outro artista brasileiro. Não há estímulo para a profissão. Os equipamentos são muito caros e continuarão sendo. As MKs, mixers e time-codes são absurdamente caros, mas isso é no mundo inteiro. Para ser DJ antes de tudo, você precisa fazer um bom investimento. E o dim dim vai embora. Poderia ser pior, se o repertório não estivesse na internet. Nos anos 90, um vinyl custava entre 10 e 15 dólares. Vai vendo!
    Alguns DJs chegam de pára-quedas e muitas das vezes têm mais visibilidade que outros, mas creio que isso se deve a correria que o mano faz. Tem DJ que fica acomodado e só reclama. Acha que o baile vai cair do céu. Não dá pra ser assim numa cidade que tem poucas casas noturnas e DJ pra caralho brotando por aí. O RJ tem muitos DJ`s bons. Gente que faz história no cenário eletrônico, Hip-Hop, rock, alternativo e MPB. Não critico os DJs que não fazem performances, mas o Hip-Hop pode ser muito cruel neste setor.

    Como foi sua integração na banda de rapcore Antizona?
    O ANTIZONA se formou em novembro de 1996. Neste mesmo dia haviam duas festas no Méier: uma delas era a uma que eu produzia chamada Virou Bagunça (que deu origem a um programa de rádio) e na outra festa estavam presentes o embrião do que seria o AZ. No ano seguinte eu entrevistei os caras no meu programa de rádio e o Fabinho, guitarra do AZ, me convidou para um ensaio. Nessa época eu já tocava com uma outra banda da ZN, a Black Powa. Estou junto com o AZ desde 1997.

    O acesso à música e aos meios de produção e divulgação se tornou mais fácil, através da internet. Isso auxiliou a divulgação do seu trabalho como DJ?
    A internet ajuda em todos os setores da música. Especialmente aos DJs, que se adaptaram muito bem a esta tecnologia. Tenho e-mail desde o fim dos anos 90 e já me conectava com pessoas de outros cantos do Brasil. Hoje pela internet, você pode comprar os discos que você sempre sonhou ter em lojas especializadas para DJs. Há lojas no mundo inteiro e os discos chegam na sua casa. Se falarmos de divulgação, não há cenário melhor do que o atual e a culpada disso são as redes sociais que dão muita visibilidade ao seu trabalho.

    Confira um dos remixes do DJ Fábio ACM:
    [soundcloud width=”100%” height=”81″ params=”” url=”http://api.soundcloud.com/tracks/11811759″] Dr.Dre VS Antizona – Still D.R.E. feat Snoop Dogg (Remixed by DJ Fábio ACM) by fabioacm

    Você também trabalha na Redeh (Rede de Desenvolvimento Humano), onde coordenou o projeto das coletâneas: “Hip Hop na Linha de Frente Contra o Tabaco”, “Hip Hop Mandando Fechado em Saúde e Sexualidade”, e “Hip Hop pelo Fim da Violência Contra as Mulheres”, fale um pouco sobre esses trabalhos…
    Conheci as ONG`s em 2000. Vi que lá era possível desenvolver projetos que há tempos estavam martelando minha cabeça. Durante o nascimento da ZN Máfia, houve diversas reuniões e lá surgiram muitas idéias que infelizmente não conseguimos realizar, mas como tudo tem seu tempo e não devemos ultrapassar as etapas, somente anos depois vieram os projetos. A idéia central é convidar MCs para desenvolver letras em cima de um tema social, fabricar os discos e distribuir para escolas e organizações. Somar um grande instrumento de comunicação (RAP) com educação. Os temas geralmente têm um apelo educacional muito forte, como prevenção a violência contra mulheres e promoção de uma saúde sexual e reprodutiva de jovens.

    Juntamente com a banda ANTIZONA, o MC Slow da BF e a cantora Lica Tito, você foi à Havana, em Cuba, onde teve contato com o Hip Hop cubano, e dirigiu um videoclipe da Antizona, como foi essa experiência?
    Em 2010, fomos todos convidados para o Rotilla, um festival que acontece a 12 anos, em Cuba. Sua melhor característica é ser produzido de forma independente, isto é, sem apoio do governo cubano. A produtora do evento se chama Matraka. Tocamos para cerca de 20 mil pessoas no mesmo palco dos Los Aldeanos.
    Aproveitamos o belíssimo cenário da capital cubana para gravar cenas do clip da música “Siga os Seus Passos”. Neste mesmo período em CUBA, surgiu a idéia de conhecermos um outro evento produzido pelos Matrakas, o Puños Arriba.

    Se você não seguisse a carreira de DJ, qual seguiria?
    Seria um jornalista! (Risos)

    Quais são os projetos para 2011?
    Lançar o segundo disco do ANTIZONA e fazer mais shows pelo Brasil. Às vezes penso que é mais fácil tocar fora do Brasil do que aqui dentro. Espero que isso mude logo.

    Na última semana, a banda Antizona novamente foi à Cuba, convidada à participar da premiação de Hip Hop Puños Arriba 2011, também em Havana, como foi visitar Cuba novamente?
    Foi a consolidação de um sonho. Conhecer o underground do Hip-Hop cubano foi algo muito especial para nós. Os Matrakas, produtores do Puños Arriba são guerreiros e guerreiras, que apesar da censura e perseguições, conseguem produzir grandes eventos na ilha.
    Aproveitamos para gravar uma música, a “Ponha A Mão Pra Cima” no principal estúdio de Hip hop underground de Cuba, o REAL 70, criado por um jovem de muito talento chamado Papá Humbertico. O mesmo estúdio que gravou os Los Aldeanos, Anônimo Consejo, Esquadrón Patriota, Quantas Claras, Silvito El Libre, Danay, Mano Armada e outros artistas que passei a admirar pela música, letras e principalmente pela coragem em dizer a verdade que acontece nas ruas.
    Dias antes do Puños Arriba 2011, o ANTIZONA fez um show na cidade de Holguín, em um evento chamado Romerias de Maio, produzido pela Associación Hermano Saiz.

    Fábio, muito obrigado pela entrevista, gostaria que deixasse uma mensagem aos leitores do Portal Enraizados…
    Amigos e amigas, a minha mensagem pode parecer utópica, óbvia, mas acredito que o Hip-Hop é um só, e também muitos ao mesmo tempo. A cultura Hip-Hop, tanto no Brasil quanto em Cuba, sobrevive nesta aldeia global. Mesmo com as censuras e tiranias de governos espalhados pelo mundo, somos um só. Apesar das adversidades, idiomas diferentes, partidos, somos um só. One Love!
    “No Pares!”
    Saiba mais sobre o trabalho do DJ Fábio ACM:
    http://www.bandaantizona.com/
    http://www.myspace.com/djfabioacm
    http://soundcloud.com/fabioacm