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  • Intolerância é Crime de Ódio

    Intolerância é Crime de Ódio

    Nos últimos tempos temos percebido um crescente avanço da intolerância religiosa no Brasil, e com isso também um avanço do radicalismo politico com o aumento da pressão da extrema direita no congresso. Isso me preocupa por dois motivos, o primeiro é que Segundo o Portal de Notícias do Senado “Intolerância religiosa é crime de ódio” (materia de Juliana Steck do dia 16 de Abril de 2013).

    Vale a pena lembrar que na Constituição Federal de 1988 é garantido a liberdade de culto, coisa que os intolerantes brasileiros vêm tentanto acabar na marra, invadindo templos e quebrando estátuas, muitas das quais são obras sacras raras. Eu me lembro de uma vez que eu fui na Igreja de N.S. Aparecida, não, eu não sou católico, mas tenho muito interesse por assuntos culturais de forma geral e me interessei em visitar o maior templo católico no Brasil. Percebi que no alto, praticamente inalcançável estava a estatueta que dá nome ao local em uma caixa de vidro que me pareceu ser blindada, perguntei a um passante local a razão daquilo e fiquei surpreso quando ele me informou que, segundo ele, um louco invadiu a igreja e jogou a estátua no chão, quebrando-a em vários pedaços. Depois de restaurada, ela agora fica guardada e longe das mãos das pessoas.

    Ontem eu ví algumas fotos de templos invadidos, e me preocupei mais uma vez pelo fato de saber que isso vem sendo feito por alguns religiosos fanáticos que acreditam piamente que isso é uma missão divina. Aliado a isso temos nos deparado com vários religiosos no Congresso Nacional tentanto impor os seus padrões e valores de vida e sua moral religiosa a toda a população brasileira e isso me assusta ainda mais.

    Eu fazia parte de uma igreja cujo pastor pregava abertamente, para os membros da sua igreja, que desobedecê-lo seria pecado, e sinceramente, eu nunca encontrei embasamento bíblico sobre esse procedimento, isso é claro, porque ele queria que os membros de sua denominação votassem no seu candidato.

    Antes de mais nada, pesquise, pense por sí mesmo, não replique o ódio e a intolerância.

  • Cidadania Tupiniquim

    Cidadania Tupiniquim

    A maioria dos brasileiros associa diretamente a cidadania a torcer pela seleção brasileira, mas se esquecem de que cidadania está intimamente ligado a ação de fazer e não de ficar de longe torcendo pra alguma coisa dar certo. Muitos até criticaram e me olham torto porque eu não consegui torcer pela seleção nessa copa, como se eu fosse menos cidadão por causa disso.

    Mas será que ser cidadão se resume a torcer por uma seleção brasileira que ganha milhões de reais por jogo e não faz nenhuma caridade pra ninguém? Porque eu tenho que torcer pra fulano fazer um gol, se a cada jogo ele fica mais milionário enquanto o tiozinho da esquina passa fome e nenhum jogador oferece um prato de sopa pra ele? Não estou dizendo de obrigações, ou seja, eu não estou dizendo que os jogadores ou as seleções tem o dever de fazer isso, mas eu também não me sinto devedor de nada nem de ninguém por não torcer por seleções alguma, nem sou menos cidadão por isso. Simplesmente não fico feliz de ter tantos gastos estrondosos e superfaturados com obras de estádios infraestruturas de jogos que não servem na prática para atender o cidadão enquanto que várias prioridades estão sendo jogados no lixo.

    Construiu-se BRTs que levam o torcedor ao estádio, mas não melhoraram a infraestrutura de trens que levam e trazem o trabalhador todos os dias no eterno trajeto de casa para o trabalho e vice e versa. Ruas esburacadas, micro e pequenas empresas, que são quem mais empregam pessoas e por conseguinte, mais distribuem renda, não são prioridades pelos governos, os bairros operários, são esquecidos enquanto que se embeleza mais ainda o que já é belo e atrai turistas do mundo inteiro.

    Porque eu vou torcer pra ganharmos os jogos nos esportes enquanto que no jogo democrático nós perdemos de goleada pra dobradinha antidemocrática (Empreiteiros vs políticos), que nos fazem de IDIOTAS com letras bem grandes e garrafais?

    Porque durante as eleições eu não consigo tirar um cochilo de tarde na minha casa com o barulho ensurdecedor dos carros de som dos políticos que ficam azucrinando a minha vida e da minha família com seus dingos, muitas vezes roubados ou plageados de músicas conhecidas do grande público? Porque o TRE fecha os olhos para isso tudo? Porque o cidadão não quebra essa merda toda e recomeçamos novamente uma nova democracia? Por que, por que, por que…. por que eu me pergunto tantos porquês, se de fato o cidadão não consegue diferenciar cidadania de torcida organizada, se o que realmente interessa é acreditar no jornal nacional e imitar a novela das oito?

    E porque eu continuo escrevendo posts como esse se de fato eu não vejo no meu cotidiano resultados práticos de mudanças nessa estrutura democrática viciada?

    Não tenho nenhuma resposta que venha de mim, apenas imagino que um dia, o gigante vai acordar de verdade e então seremos capazes, não de lutar pondo as nossas vidas e nosa saúde em risco, mas de escolher melhor os nossos candidatos, votar, vigiá-lo e cobrá-lo para que ele realmente cumpra o que prometeu e nos represente de verdade sem fingir que está do nosso lado.

    Enquanto votarmos em qualquer um, e nos omitirmos do jogo democrático, NUNCA mudaremos nada em nosso país. Os Robin Hoods às avessas que sugam o Estado continuarão roubando dos pobres e entregando aos ricos.

    Não se engane, ninguém se isenta de culpa por não votar, nem votar em branco ou anular o voto. Escolha um lado, se não conseguir escolher o melhor, escolha o menos ruim, VOTE E VIGIE o seu candidato pra ele não fazer merda depois de eleito, ou pelo menos ter medo de fazer merda pois sabe que será punido, pelo menos na próxima eleição. Chega de ingenuidade política.

    Me despeço com uma frase super conhecida de Albert Einstein, um dos mais célebres cientistas que o mundo teve o prazer de receber:

    “Insanidade é fazer a mesma coisa diversas vezes esperando resultados diferentes”

    Não seja insano, não deixe a decisão nas mãos de pessoas inescrupulosas participe do processo democrático, pois não existe lugar no mundo que não tenha um Estado sobrerano naquele terrítório, ou seja, sempre estaremos sujeitos a um processo de governo. A democrácia é um deles e é o que vigora nessa terra de cidadania tupiniquim que moramos. A sua decisão interfere diretamente na minha vida, lembre-se disso antes de fazer merda na urna!

    Reflita no refrão da música do Costa a Costa: O problema é seu. O mundo é nosso. Então, o que nós vai fazer sócio?

    Sorte sempre!

  • Destilando o mau humor na política.

    Destilando o mau humor na política.

    Eu sou muito conhecido pelo meu franco e descarado otimismo, mesmo em crises ferrenhas, normalmente quando alguém chega gritando e se escancarando de tanto pavor dizendo que tem um problemão, eu costumo serenamente dizer que aquilo não passa de uma pequena demanda, tamanho é o meu otimismo na vida e em tudo o que nos cerca. Só que de 10 em 10 anos eu acordo pessimista, de 30 em 30 anos eu acordo pessimista e mau humorado e de 40 em 40 anos eu acordo pessimista, mau humorado e hirônico ao mesmo tempo, não é de admirar que isso seja tão raro quanto a aparição do cometa harley. Só que a conjunção desses dias é raro mas não é impossível e esse dia chegou e é hoje.

    Logo, a minha coluna de hoje retrata exatamente o meu humor, como aquelas carinhas ridículas que os sem noção cançam de usar no facebook pra dizer como se sentem hoje.

    Com esse humor não dá pra falar de empreendedorismo e esperança em um futuro melhor, por isso hoje eu vou falar de política no Brasil.

    Vamos aos fatos:

    Começando pela chamada urna eletrônica, aquela que dizem ser a mais segura do mundo. Pois é, sobre isso o que eu tenho a dizer é que ELES mentem, mentem tanto que nem sentem. A urna brasileira não é a mais segura do mundo e pelo contrário é uma das mais suscetíveis a fraldes no mundo. Se você quer saber algumas verdades sobre essa farsa veja esse vídeo aqui e depois pode descer a marreta aí nos comentários – pode vir quente que eu estou fervendo!

    [yframe url=’https://www.youtube.com/watch?v=Op9N2EyoZHo’]

    E segura essa besteirinha aqui também já que estamos no flow:

    [yframe url=’https://www.youtube.com/watch?v=_DQONk4disU’]

    Pra arrematar eu sugiro ainda uma breve visita a esse link: http://www.brunazo.eng.br/voto-e/ pra saber mais algumas verdades sobre as urnas eletrônicas.

    Pra não dizer que eu estou pessimista demais, então aí vai uma matéria bem legal sobre democracia em um lugar não chamado “Tão tão distante:

    [yframe url=’https://www.youtube.com/watch?v=GkD9jvqpNto&feature=youtu.be’]

    O que você acha disso?

    Eu tinha mais munição pra detonar, mas eu fiquei com medo de você não aguentar e se matar ou algo parecido depois de ler a minha coluna, por isso eu resolví te mandar apenas algumas verdades, por causa da história da mola encolhida!

    Até a próxima.

    Bye!

  • Como o Rio de Janeiro vai votar?

    Como o Rio de Janeiro vai votar?

    Esse foi o tema discutido no Rio de Encontros, na última terça-feira (27). A equipe conseguiu reunir três convidados distintos para discutir com os jovens sobre “Como o Rio vota? Política, representação e redes sociais”. Como provocadores do debate, o cientista político José Eisenberg, o antropólogo Cláudio Gama, diretor do Instituto Mapear, e o jornalista político Alexandre Rodrigues, do jornal O Globo foram essenciais para esquentar essa troca de ideias numa terça-feira fria.

    A princípio de conversa, cá entre nós, me diga quantos jovens estão realmente interessados em falar sobre política neste atual momento que o Brasil passa? Estamos prestes à completar 1 ano dos protestos de Junho de 2013, um fenômeno que ainda não consegue ser entendido por boa parte dos cientistas sociais; e, às vésperas da Copa do Mundo, grande evento que acontecerá em nosso país, com ou sem protestos, onde os olhos de todo o mundo estão voltados para cá.

    Curtindo e compartilhando

    Alexandre Rodrigues abriu o bate-papo falando sobre a necessidade da sociedade em se comunicar com os candidatos, incentivar a participação e a interação; e que redes sociais como o Facebook são são ótimas para tal coisa, mas fica claro de que ainda existe a falta de entendimento de boa parte dos políticos para com essa questão.

    “As pessoas confiam no amigo do Facebook, o que abre a possibilidade de credibilidade. Por outro lado, há o risco da informação errada compartilhada desordenadamente”, afirma.

    Um bom exemplo dessa informação errada e ‘desordenada’ é o fato de muitas vezes, os políticos terem uma equipe que fica responsável por suas publicações nas redes e por falta de conhecimento de determinada coisa, acabam reduzindo essa credibilidade à zero. Isso me faz lembrar de uma foto compartilhada na página do Senador Lindberg Farias, em comemoração ao dia da Baixada Fluminense (30 de Abril), sendo que a foto em questão, tinha a igreja da Penha como plano de fundo… What a fuck? Após algumas pessoas que acompanham a página do Senador terem informado sobre o erro, o post foi deletado, mas você pode vê-lo clicando aqui, porque a zoeira não tem limites.

    Mudança de perfis

    Cláudio Gama se preocupa com o vazio dentro das discussões políticas entre a classe média que reside na Zona Sul, e ressalta que ainda não há interesse em saber o que está sendo feito e o que não está; mas na hora de criticar algo, há apenas uma retórica em criticar por criticar. Cláudio afirma com convicção de que essa ideia de que ‘formador de opinião’ é um grupo formado apenas por intelectuais de classes mais altas já foi por água abaixo. A prova viva é que os jovens que participam do Rio de Encontros, são formadores de opinião e, em sua grande maioria, são moradores da periferia do Rio de Janeiro.

    Papo reto

    Se tinha alguém dormindo durante o debate, tenho certeza de que acordou ao escutar José Eisenberg falar. Foi um choque de realidade em todos que participavam do encontro. Fazendo menção à Junho de 2013, José deixa claro, que o perfil das pessoas que participaram daquelas manifestações é formado por jovens universitários, em sua maioria; ficou claro que hoje o ensino superior está muito mais acessível do que há anos atrás para as classes não altas; mas no Brasil, maior grau de escolaridade ainda não é sinônimo de aumento de renda:
    “O prêmio salarial vem caindo e o acesso à educação não leva à mobilidade social através do mercado de trabalho Assim, de um lado, há a expectativa frustrada dos pais. Do outro, a frustração dos filhos”, afirma o cientista político.


    Beijinho no ombro

    José ainda afirma que o “Rio é recalcado”; e trás consigo um sentimento de que foi ‘abandonado’ quando deixou de ser a capital do país; e que não há uma ‘grande maioria’ que gosta de partidos no Rio, as pessoas se identificam com este ou aquele candidato; e José também ressalta as manifestações pelas ruas. Será que elas têm a função de distanciar a sociedade da política ou de distanciar a sociedade do modelo político vigente? Fica essa dúvida no ar.

    riodeencontros
    Eu tirando uma fotinho da hora pra postar no Insta.

    Mas e a Baixada?

    Senti que o debate focou muito no município do Rio; e a Baixada Fluminense traz consigo uma forte expressão eleitoral; e que na maioria das vezes é uma das regiões, que decide boa parte das eleições. Tive a oportunidade de falar e afirmei que existe sim uma política de comabate ao tráfico de drogas nas comunidades, mas não existe uma pauta de políticas de segurança pública para o combate às milícias.
    Hoje milícias atuam em diversas regiões da Baixada Fluminense, trazendo consigo o retorno do ‘voto de cabresto’ e que, infelizmente o Estado parece não se preocupar e/ou não se importar; a não ser quando começa a doer no calo de alguém que esteja no poder, ponto.

    Em minha humilde opinião o debate foi esclarecedor e de extrema importância para refletir acerca do meu exercício de cidadania; além de me ajudar a pensar em quem irei votar.

    Concorda, discorda, ou disconcorda? Não deixe de comentar!

    Boa sexta,

    @marcaobaixada

  • Sobre o fim do voto secreto e a safadesa congressista encubada

    Sobre o fim do voto secreto e a safadesa congressista encubada

    Quando eu lí na Internet que os deputados federais, em votação aberta, aprovaram, na noite desta terça-feira (3), a PEC 349/01, que acaba com o voto secreto no Legislativo, eu finalmente recobrei o desejo de ser brasileiro.

    Impressionante a capacidade dos congressistas de roubarem a nossa brasilidade. Impressiona, ainda mais a capacidade deles de maracutaiar o imaracutaiável, se me permitem magriniar as palavras [referência ao um ex-ministro que inventava palavras]

    Quando eu ví o que ocorreu no congresso com a não cassação do Donadon, aí eu fiquei realmente irado, gravei vários vídeos, só que um era pior que o outro, por isso não publiquei, falei uma cára no face, mas como migrei pra fanpage não consigo receber os feedbacks que tinha no perfil dos meus amigos. Então eu me sentí meio isolado. Sei lá.

    Agora eu confesso que estou me sentindo meio vingado, ou aliviado, não sei bem ainda, apesar de saber que essa votação ainda tem que passar pelo senado em duas sessões. Agora é que a geripoca pia, se esses conservadores dos infernos não frearem o bagulho todo. A gente ganha mais essa.

    Com as manifestações juninas do Brasil, uma coisa ficou bem claro pelo menos pra eu mesmo, em minha auto-análise que faço todos os dias, a Cidade, o Estado e a Nação pertencem ao Cidadão sim, mas temos que vigiar. Lembra daquele texto bíblico do orar e vigiar? é por aí mesmo. E por falar em bíblia, aproveito para parafrasear mais um jargão religioso conservador: “Tem males que vêm para o bem”, o que eu descordo, mas que dessa vez deu certo. A absolvissão do Donadon, pelo menos serviu para por em xeque essa palhaçada de voto secreto no legislativo. Afinal, se votamos neles e se eles nos representam, como saberemos quem está realmente nos representando se eles votam secretamente?

    Primeiro roud ganho, mas não abra o champagne, espere as duas outras sessões do Senado, Estamos de olho.

    Aqui vai a minha humilde homenagem aos gerreiros do legislativo que lutaram e conquistaram mais essa vitória.

    Fim do voto secreto