Tag: Teatro

  • A universidade rimou: uma tese, muitas histórias

    A universidade rimou: uma tese, muitas histórias

    Nem sei por onde começar. São tantas coisas a dizer, tantos sentimentos que permeiam meu coração, mas vou começar do jeito que dá—transbordando o que sinto, deixando que as palavras fluam.

    Este processo de pesquisa foi, sem dúvida, um grande aprendizado. Aprendi a olhar para lugares que antes não enxergava, a ouvir de forma atenta e afetuosa essa juventude potente que orbita o Quilombo Enraizados e participa das atividades do RapLab e tantas outras, e a refletir sobre nossas próprias práticas e vidas. Mas, acima de tudo, aprendi a inventar mais futuros possíveis para nós.

    Conectei minhas redes a outras redes educativas, e isso expandiu meus horizontes de uma forma que eu jamais imaginei. Lembro-me de uma conversa que tive com minha grande irmã, Lisa Castro, quando ainda estava no mestrado. Ela me perguntou se a universidade tinha me mudado. Na época, respondi que sim, mas que minha presença e de tantos outros iguais a nós, também tinha mudado a universidade de alguma forma.

    Hoje, minha resposta seria diferente. Diria:

    — Sim, minha amiga, entrar para a universidade mudou minha vida. Ou melhor, mudou as nossas vidas, a minha, a sua e de tantos outros que suas redes se cruzam com as nossas.

    Graças a essa jornada acadêmica, conheci pessoas incríveis e me conectei com o grupo de pesquisa Juventudes, Infâncias e Cotidianos (JICs), onde encontrei pessoas que hoje são parte importantíssima do Enraizados. São pessoas que nos ensinam tanto quanto aprendem conosco. Graças a essas conexões, chegamos ao terceiro ano do Curso Popular Enraizados, com contribuições fundamentais da Bia, da Júlia e da Maria, à terceira turma de teatro em parceria com o Projeto Teatro Nômade, graças a Luísa e a toda turma do Projeto Teatro Nômade, e esses projetos não só impactaram minha trajetória, mas também envolveram minha esposa, meu filho e a família da própria Lisa. Hoje, minha irmãzinha cursa pedagogia, minha esposa está prestes a entrar para cursar história na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, aqui em Nova Iguaçu, ambas estudaram no Curso Popular Enraizados. Meu filho, com apenas sete anos, já atuou em duas peças teatrais.

    As redes foram se cruzando, as possibilidades se ampliando, e hoje vejo dezenas de pessoas que tiveram suas vidas transformadas a partir dessas conexões.

    O dia da defesa de doutorado foi um dos mais intensos da minha vida. Organizar transporte, lanches, presentes, preparar slides, ensaiar… Um turbilhão de tarefas. Nada disso seria possível sem a força coletiva de tantos amigos que chegaram e nunca mais saíram.

    Um amigo conseguiu o ônibus, outro a van, e minha esposa preparou cuidadosamente os kits de lanche para todos. Samuca estava mais ansioso que eu, porque percebia que, no meio da produção desse dia, eu não encontrava tempo para ensaiar minha apresentação.

    Antônio Feitosa chegando no Quilombo Enraizados, às 5:30 da manhã

    Baltar, Higor, FML, DMA, Samuca e Kaya

    Enraizados rumo a UFF, de ônibus

    Marcamos a saída para as 5h30 da manhã, e todos chegaram pontualmente ao Quilombo Enraizados. Dorgo seguiu comigo de carro, que já estava carregado com um isopor cheio de bebidas e gelo, projetor, caixa de som, cabos e outros equipamentos. Seguimos viagem cantando para aliviar a tensão, embora eu estivesse em um estado quase mecânico, semelhante ao que senti no dia do nosso show no Rock in Rio. A meta era clara: viver o dia, fazer o que havia sido ensaiado e não improvisar. O famoso “sorria e acene”.

    Mas, como em toda grande história, imprevistos aconteceram.

    Ainda na Avenida Brasil, um carro bateu na traseira do meu. O barulho foi assustador, e saí do carro sem conseguir disfarçar minha insatisfação. O motorista do outro veículo estava visivelmente nervoso, mas, felizmente, não houve grandes danos e seguimos viagem.

    Ao chegar na UFF, outro desafio: o auditório reservado para a defesa estava ocupado por um evento de química. Tivemos que nos adaptar rapidamente e mudar para o auditório do Bloco F. Mesmo com os contratempos, tudo foi resolvido com o apoio das minhas amigas do JICs, que cuidaram da burocracia, do café da manhã, da comunicação da mudança de sala e de mais um monte de coisas. Luísa, Inês, Bia, Andreza, Pedro, Laís, Ravelly, Rebecca… Quase todas e todos  estavam lá. Senti falta da Patrícia, da Clarice, da Maria Fernanda que infelizmente não puderam estar presentes.

    Minha amiga Emília me recebeu com um presente logo na minha chegada —uma linda orquídea e um bolo de rolo, um gesto de carinho que guardarei para sempre. Ana Massa, amiga de quase duas décadas, também estava lá. Foi emocionante perceber que aquela conversa que tivemos anos atrás, em Paris, sobre fazer eu doutorado, quando eu ainda nem tinha começado a graduação, finalmente se concretizava.

    Lista de Presença?
    Valter Filé observando a apresentação de Dudu de Morro Agudo

    Ana Enne, minha querida amiga e professora da UFF, que conheci lá pelos anos de 2010, quando trouxe sua turma de graduandos para conhecer o nosso Pontão de Cultura e nossa rádio web, onde o âncora era uma criança de 11 anos. Ela também esteve presente.

    Cada detalhe foi pensado com amor e dedicação. Higor Cabral e Josy Antunes registraram tudo com filmagens e fotografias, Aclor fez belos registros em vídeo e Baltar criou um flyer incrível para divulgar o grande dia. A presença de tantos amigos, colegas e familiares tornou tudo ainda mais especial.

    A banca era o time dos sonhos. Sou fã de cada membro, tanto por suas trajetórias acadêmicas quanto por seus posicionamentos políticos e ideológicos. Adriana Facina, Adriana Lopes, Valter Filé, João Guerreiro e minha orientadora, Nivea Andrade. Infelizmente, Erica Frazão não pôde estar presente por motivos pessoais, mas sua contribuição na qualificação foi fundamental.

    Banca formada por Adriana Facina, Adriana Lopes, Nivea Andrade, João Guerreiro e Valter Filé, ao lado Dudu de Morro Agudo

    Como homenagem à cultura hip hop, fizemos um zine, inspirado nos coletivos dos anos 90, com o resumo da pesquisa e as letras das músicas “Reflexões que ainda me tiram o sono”—uma criação nascida dentro da universidade, na disciplina Psicologia da Arte, ministrada pela professora Zoia Prestes, a quem sou imensamente grato—e “Jovem Negro Vivo”, a música mais emblemática dos encontros do RapLab.

    Durante a defesa, a banca fez apontamentos valiosos, que renderam discussões até no ônibus de volta para casa.

    Quando chegou minha vez de falar novamente, a emoção tomou conta. As lágrimas vieram, e aquele nó na garganta que sempre aparecia até nos momentos de ensaio da apresentação ou quando simplesmente imaginava o dia da defesa, estava lá, presente. Refletir sobre a própria trajetória é uma viagem cheia de turbulências.

    Ao final, Nivea Andrade fez uma fala emocionante, tecendo palavras sobre minha mãe, meus filhos, minha companheira e os mais velhos do Enraizados. Foi uma homenagem afetuosa e respeitosa, que tocou fundo em todos nós.

    E então, o veredito foi lido: APROVADO.

    Adriana Facina, Adriana Lopes, Nivea Andrade, Dudu de Morro Agudo, João Guerreiro e Valter Filé

    JICs: Rebecca, Ravelly, João, Gabi (agachada), Bia, Nivea, Dudu, Duduzinho, Luísa, Inês (ao meio), Laís (agachada), Andreza e Pedro

    Imperatriz (filha), Lúcia (mãe), Alcione (tia e madrinha) e Milena (prima)

    Fernanda Rocha (esposa) e Dudu de Morro Agudo

    O bonde todo.

    A festa começou. A universidade rimou e rimou. Vieram os abraços, as mensagens inundaram o WhatsApp, as redes sociais explodiram. O Enraizados inteiro se tornava doutor.

     

    Depois, a celebração continuou no Quilombo: cantamos, rimos, choramos, bebemos, comemos, caímos, tomamos banho de chuveiro, dançamos. A felicidade era palpável.

    No dia seguinte, acordei cedo e fui para o Quilombo arrumar tudo, sozinho lavando o quintal e refletindo sobre as últimas 24 horas. Os vizinhos já me chamavam de “doutor”, perguntando quando poderiam ler minha tese. Eu respondia com sorrindo:

    — Logo! Semana que vem estará nas ruas!

    Como se fosse meu novo disco.

    A ficha ainda não caiu completamente, mas sei que este não é o fim —é o início de uma nova e longa jornada. Agora é hora de agradecer, viver o momento e seguir desenhando futuros possíveis.

    Amo cada uma e cada um de vocês!

  • GT-RJ representa e fortalece a cultura em Brasília

    GT-RJ representa e fortalece a cultura em Brasília

    Com rimas afiadas e ideias firmes, representantes do Hip Hop carioca mostram que a cultura Hip Hop é a ponte para a transformação social e política

    Nos dias 29 e 30 de novembro de 2024, Brasília respirou rima, ritmo e resistência com o Seminário Internacional da Construção Nacional do Hip Hop. Representando o Rio de Janeiro, oito vozes marcantes do movimento cultural mais revolucionário do planeta levaram suas histórias, perspectivas e desejos para o futuro do Hip Hop. O evento não foi só um marco, mas um grito de união, organizado para construir políticas públicas e fortalecer uma cultura que há 50 anos transforma vidas.

    As vozes do GT-RJ

    De Cabo Frio à Lapa, da CDD à Baixada Fluminense, do basquete de rua às batalhas de rima, os representantes do GT-RJ têm trajetórias que misturam arte, educação e transformação social. Conheça quem são algumas dessas lideranças e o que pensam sobre o impacto do seminário.

    Taz Mureb – MC e porta-voz da resistência do interior

    Primeira colocada no edital do Ministério da Cultura na região Sudeste, Taz Mureb, de Cabo Frio, é MC, produtora cultural e uma das vozes mais marcantes do GT-RJ. Para ela, o seminário é um divisor de águas para a cultura Hip Hop no Brasil.

    “O seminário é um marco. Estamos institucionalizando o Hip Hop como política pública cultural. É mais que música ou dança, é um movimento sociocultural e político. Aqui, a gente abre diálogo com órgãos do governo, empresas e até frentes internacionais. Sonho com o Hip Hop sendo ferramenta de promoção cultural no Brasil e no exterior. É o começo de algo muito maior.”

    Taz destacou também a importância de criar um legado para as próximas gerações: “Precisamos transformar iniciativas locais em políticas nacionais e mostrar que o Hip Hop pode mudar o Brasil. É isso que estamos construindo aqui.”

    DJ Drika – O coração pulsante da Baixada Fluminense

    Adriane Fernandes Freire, ou DJ Drika, carrega a Baixada Fluminense no peito. Fundadora da Roda Cultural do Centenário, ela e sua equipe levam os quatro elementos do Hip Hop para as favelas de Duque de Caxias há seis anos.
    “Estar aqui no seminário é histórico. É uma vitória da cultura periférica, uma chance de dialogar com o governo e fortalecer o que já fazemos nas comunidades. A cultura Hip Hop precisa de apoio contínuo, e eventos como este abrem caminhos para que nossas vozes sejam ouvidas.”

    Drika enfatizou que o Hip Hop não é só arte, mas também resistência: “Nosso movimento nasceu para transformar. Com a parceria do governo federal, podemos ir mais longe e impactar mais vidas.”

    MC Rafinha – A força da união

    Parceiro de Drika na Roda Cultural do Centenário, Rafael Alves, o MC Rafinha, é um mestre de cerimônias que acredita na força coletiva. Ele vê o seminário como uma plataforma para expandir o trabalho que já realiza com batalhas de rima, grafite e poesia na Baixada Fluminense.

    “Esse evento é sobre união. É a chance de estarmos juntos, trocando ideias e mostrando que o Hip Hop vai além das nossas rodas culturais. Aqui, colocamos nossa luta no mapa e mostramos que estamos prontos para construir juntos.”

    Para Rafinha, o seminário marca o início de um novo capítulo para o movimento. “O Hip Hop é a voz da periferia. Estar aqui é garantir que essa voz ecoe mais alto.”

    Erick CK – Conectando a cena em Niterói

    Com sete anos de atuação nas rodas culturais de Niterói, Erick Silva, o CK, sabe o peso de levar o Hip Hop para os palcos e ruas. No seminário, ele viu uma oportunidade de conectar as demandas dos artistas locais com políticas públicas mais amplas.

    “É muito importante estarmos aqui. Precisamos discutir os problemas reais do Hip Hop, como falta de patrocínio para DJs e grafiteiros, e a valorização dos produtores que estão sempre nos bastidores. O seminário abre essas portas.”

    CK ressaltou a relevância de manter o diálogo aberto para futuras edições: “Que este seja o primeiro de muitos eventos que fortaleçam o movimento em todo o Brasil.”

    Anderson Reef – Transformação social em Madureira

    Palestrante no painel “Retratos do Brasil: Narrativas Regionais e Potência Construtiva”, Reef é produtor cultural, responsável pela Batalha Marginow, evento semanal, que acontece todas as segundas e tem uma década de trabalho embaixo do Viaduto Madureira, zona norte do Rio. Ele usa o Hip Hop para revitalizar espaços e gerar economia criativa.

    “O Hip Hop salva vidas. Aqui em Brasília, mostramos ao governo que nosso movimento vai além da música. Trabalhamos com saúde, educação, teatro e dança. Precisamos de mais estrutura para continuar impactando nossas comunidades.”

    Para Reef, o seminário também é um espaço para pensar grande: “Quero ver o próximo evento num lugar maior, com mais gente. O Hip Hop merece ser tratado como prioridade nacional.”

    Anderson Reef

    Rafa Guze – Uma cineasta na linha de frente

    Educadora social e diretora do Instituto BR-55, Rafa Guze acredita no poder do Hip Hop para transformar vulnerabilidades sociais. Para ela, o seminário é uma chance de estruturar
    políticas que atendam as bases do movimento.

    “O Hip Hop é uma potência global, mas nossas comunidades ainda enfrentam muitas dificuldades. Este evento é sobre construir soluções, criar políticas que combatam fome, genocídio, feminicídio e outras desigualdades. É sobre usar nossa cultura para transformar realidades.”

    Rafa destacou a importância de trabalhar em parceria com o governo: “Sabemos como resolver os problemas. Só precisamos de apoio para fazer isso acontecer.”

    Lebron – Formando novas gerações

    Victor, ou Lebron, é um veterano do basquete de rua e do Hip Hop em Campos dos Goytacazes. Fundador de uma ONG que atua há 18 anos, ele vê o seminário como uma oportunidade de renovar o movimento.

    “O Hip Hop me ensinou tudo que sei. Agora, quero retribuir, formando novas gerações de artistas, DJs e produtores culturais. Precisamos de mais eventos assim, que conectem pessoas e ideias para planejar o futuro.”

    Para Lebron, o maior desafio é garantir que o movimento continue crescendo de forma sustentável: “Estamos retomando espaços e precisamos de articulação para avançar.”

    Bruno Rafael

    Bruno Rafael – Liderança que inspira

    Com 27 anos de trajetória, Bruno Rafael é uma figura central do Hip Hop carioca. Palestrante no painel “Retratos do Brasil: Narrativas Regionais e Potência Construtiva”, ele destacou o amadurecimento do movimento.

    “Esse seminário é fruto de trabalho coletivo. Mostramos que o Hip Hop está politizado e organizado. Hoje, conseguimos dialogar diretamente com ministros e secretários, algo que
    nunca foi possível antes.”

    Para Bruno, o evento é um reflexo da força do movimento: “O Hip Hop tem o poder de transformar vidas. Estamos só começando a mostrar do que somos capazes.”

    O impacto do seminário

    Entre as falas, há um consenso: o Hip Hop precisa ser reconhecido como política pública prioritária. Os representantes do GT-RJ destacaram que o movimento não é apenas arte, mas uma ferramenta para combater desigualdades, gerar renda e formar futuros líderes culturais. Para os representantes do GT-RJ, dois nomes de peso tiveram grande importância para a realização deste seminário: Claudia Maciel e Rafa Rafuagi.

    “A Claudia é pura visão estratégica”, disse Taz Mureb.

    Já Rafa Rafuagi, é a ponte que liga cultura e política: “Ele é aquele cara que transforma discurso em ação. Além de ser referência no rap do Sul, ele trouxe a ideia de que o Hip Hop pode e deve dialogar diretamente com o governo, sem perder nossa essência de resistência.”

    Para o grupo, Cláudia e Rafa não foram apenas organizadores, mas exemplos vivos de que o Hip Hop é articulação, união e transformação.

    Caminhos para o futuro

    O Seminário Internacional da Construção Nacional do Hip Hop foi mais do que um evento. Foi um passo firme em direção a um Brasil mais justo e diverso, onde a cultura Hip Hop ocupa o lugar que merece: o de protagonista na transformação social.

    Com vozes como as do GT-RJ, o futuro do Hip Hop promete ser brilhante – e revolucionário.

    No corre da favela e do asfalto, na batida da vida, todo mundo mandou o papo reto: “O Hip Hop salva vidas!”

  • Aulas de teatro gratuitas com o “Projeto Teatro Nômade” movimentam os sábados no Quilombo Enraizados

    Aulas de teatro gratuitas com o “Projeto Teatro Nômade” movimentam os sábados no Quilombo Enraizados

    Os sábados no Quilombo Enraizados não são mais os mesmos após essa parceria entre o Instituto Enraizados e o Projeto Teatro Nômade, para oferecer gratuitamente aulas de teatro semanalmente em Morro Agudo.

    O Projeto Teatro Nômade é uma iniciativa artístico-educativa que oferece aulas de teatro gratuitas para crianças, jovens e adultos, alunos de escolas públicas. A partir dessas aulas, são realizadas montagens de espetáculos teatrais com os alunos e alunas das turmas. O Nômade tem por objetivo contribuir para o incentivo ao hábito de leitura, o conhecimento e compartilhamento de linguagens artísticas e a produção cultural desses estudantes. Outra das frentes de trabalho do Nômade é o Núcleo de Produção, que tem por objetivo a capacitação profissional de jovens e adultos e o estímulo à inserção dos mesmos no mercado de trabalho.

    Jovens participantes das Aulas de Teatro no Quilombo Enraizados

    A parceria entre o Instituto Enraizados e o Projeto Teatro Nômade iniciou a partir do encontro do Dudu de Morro Agudo, coordenador do Enraizados, e da Luisa Reis, coordenadora do Nômade, pois ambos são doutorandos na UFF (Universidade Federal Fluminense) e participam do mesmo grupo de pesquisas, o JICs (Juventudes, Infâncias e Cotidianos). Já havia uma demanda por aulas de teatro no Enraizados e quando Luisa mostrou interesse em abrir uma turma no Quilombo Enraizados, as ideias casaram.

    No último sábado (04) as aulas começaram e cerca de 20 alunos participaram. A surpresa iniciou nas inscrições, desde a quantidade de inscritos, até a diversidade deles, eram pessoas de várias idades, de diversos lugares diferentes.

    Luisa Reis, professora do curso, em uma das conversas deixou escapar: – “Estou muito empolgada com essa turma”. Mas também ouvimos dos alunos que a expectativa está muito grande. Uns disseram que agora muitos campeões dos SLAMs serão de Morro Agudo, depois dessas aulas de teatro. O Átomo Pseudopoeta, rapper e poeta, está apostando que as aulas de teatro vão potencializar suas apresentações artísticas.

    Siga: https://www.instagram.com/projetoteatronomade

    Siga: https://www.instagram.com/institutoenraizados

     

  • MOSTRA PRETOS NA TELA: Por que resistir é necessário!

    MOSTRA PRETOS NA TELA: Por que resistir é necessário!

    Com o desejo de promover, valorizar e dar visibilidade às obras audiovisuais protagonizadas por produtores, diretores e artistas negros e negras na Baixada, os produtores Dudu de Morro Agudo e Monique Rodrigues, moradores de Nova Iguaçu, começaram a desenhar o que seria a Mostra Pretos na Tela, que no próximo sábado exibirá quatro produções que têm essa costura negra.

    Monique que é documentarista e faz parte da equipe da Iniciativa Direito a Memória e Justiça Racial, espera que a Mostra seja um incentivo potente ao cinema produzido nesses territórios, ampliando cada vez mais o audiovisual como instrumento antirracista, já o rapper Dudu de Morro Agudo, coordenador executivo do Instituto Enraizados, acredita que diante das notícias estarrecedoras como a do novo presidente da Fundação Palmares, ações como essa tornam-se fundamentais nos dias de hoje.

    Certamente a Mostra Pretos na Tela é, além de um espaço de troca onde as produtoras e os produtores negros podem exibir suas obras e ampliar sua rede, também uma fenda de incentivo e motivação para jovens da Baixada que sonham em ingressar no mundo do cinema e do audiovisual.

    Nesta primeira edição serão exibidos os curtas “O segredo de Leoa”, de Juliano Viana, “Revolução do livro”, de Travis Knoll. “CoroAção”, do Cineclube Atlântico Negro, e “Echarpe noire”, de Bárbara Fuentes, e após a exibição haverá um bate-papo com os produtores e diretores dos filmes, onde o público poderá fazer perguntas e trocar impressões.

    Mas a programação não para por aí, haverão várias atividades que vão além da exibição dos filmes, como a discotecagem com os DJs Imperatriz e TK que comandarão a festa, a Exposição de fotografias Meu Bairro Meu Ambiente, com fotografias de Morro Agudo e a apresentação teatral do Coletivo Via Light, formado por jovens artistas pretxs da Baixada Fluminense e arredores, que elaboram semanalmente experimentações e trocas dentro das artes cênicas, a partir da necessidade de se manter vivo diante do genocídio do povo pretx, de se ver representado ocupando espaços sempre negado.

    Este evento faz parte de uma série de atividades que compõem o Festival dos CRIAS, uma iniciativa do Instituto Enraizados que visa desenvolver um espaço de troca entre a juventude preta e pobre da metrópole do Rio, realizando e recebendo atividades durante todo o mês de novembro.

    SERVIÇO

    A mostra acontece no dia 30, a partir das 16h, na sede do Quilombo Enraizados, na Rua Presidente Kennedy 41, no Morro Agudo, em Nova Iguaçu.

    https://web.facebook.com/events/507380646659766/

  • ‘Precisa-se de Velhos Palhaços’ inicia 2018 no Teatro do Sesc Nova Iguaçu dia 19 de maio

    ‘Precisa-se de Velhos Palhaços’ inicia 2018 no Teatro do Sesc Nova Iguaçu dia 19 de maio

    O Teatro do Sesc Nova Iguaçu recebe no dia 19 de maio, o espetáculo “Precisa-se de Velhos Palhaços”. Com texto de Matei Visniec, direção de Anderson Marques, tradução e adaptação de Pedro Sette Câmara, a peça retrata o reencontro, depois de trinta anos, de três palhaços numa sala onde aguardam uma entrevista de emprego.

    São palhaços, mas também homens cheios de angústias, lembranças e histórias para contar. Uma mistura de drama e comédia. Encenada por Fábio Mateus, Felipe Villela e Johnny Rocha, do grupo Velhos Amigos.

    “Esta é uma remontagem da peça do romeno Matei Visniec, originalmente chamada de “Um Trabalhinho para Velhos Palhaços”, lembrou o ator Fábio Mateus. “Foi um desafio que assumimos com muito prazer. Trazer o texto de Visniec, que é tão atual, tão presente no dia a dia do brasileiro, para o palco”, explicou o diretor Anderson Marques.

    “O trabalho corporal é fundamental porque representamos homens mais velhos que também são palhaços. Houve necessidade de uma grande preparação e concentração”, salienta Johnny Rocha.

    “Quem vai ficar com a vaga? Ou melhor, vale tudo para conseguir o que se deseja?”, pergunta o ator Felipe Villela. “Essa é a grande questão levantada pela encenação”, salienta ele, que assim como os outros artistas vai carregar malas com histórias e lembranças, como velhos cartazes e jornais. “Foi o desejo de trabalharmos todos juntos que nos fez montar essa peça”, concluiu Anderson Marques.

    Ficha Técnica

    Texto: Matei Visniec
    Direção: Anderson Marques
    Elenco: Fábio Mateus, Felipe Villela e Johnny Rocha
    Figurino: Grupo Velhos Amigos
    Figurino e maquiagem: Tiago Costa
    Iluminação: Pablo Rodrigues

    Serviço:

    Precisa-se de Velhos Palhaços
    Estreia: Dia 19 de maio
    Local: Teatro Sesc Nova Iguaçu
    Endereço: Rua Don Adriano Hipólito nº 10, Moqueta Nova Iguaçu
    Horário: 19:00h
    Capacidade: 380 lugares
    Classificação Indicativa: a partir dos12 anos
    Ingresso: R$ 20,00 inteira – R$10,00 meia – R$5 sócios do SESC
    Duração: 50 minutos

  • Ponto de Cultura Nossa Senhora do Teatro divulga edital do processo seletivo para o curso de ‘Preparação e Desenvolvimento do Ator – 2018’

    Ponto de Cultura Nossa Senhora do Teatro divulga edital do processo seletivo para o curso de ‘Preparação e Desenvolvimento do Ator – 2018’

    A Oficina Escola Nossa Senhora do Teatro foi inspirada nos ensinamentos dos atores Fernanda Montenegro e Sérgio Britto e tem 14 anos de existência.

    São 200 vagas disponibilizadas para 2018, mas para conseguir ingressar neste curso será necessário que o candidato passe por uma audição.

    As vagas são destinadas preferencialmente para aqueles que não possuem grandes condições de financiar os altos custos de estudos na área de formação teatral com qualidade. A Oficina Escola Nossa Senhora do Teatro é uma Oficina Escola inclusiva, e não cobra os altos valores praticados no mercado, e sim, valores para a manutenção do projeto.

    Caso seja aprovado, o candidato tornar-se-á aluno pagando mensalmente um valor mais acessível.

    A Preparação e Desenvolvimento do Ator tem como um de seus principais focos o fortalecimento da cultura, da educação, da cidadania através de uma formação mais plural, autônoma e empreendedora dos atores, tornando esses mais humanizados, independentes e com ampla bagagem intelectual e prática na área do teatro.

    LEIA COM MUITA ATENÇÃO ESTE EDITAL – Edital Nº14.1/2018

    FAÇA SUA INSCRIÇÃO AQUI: http://www.nossasenhoradoteatro.com/inscricao.html

    SAIBA MAIS:
    Inscrições de 26 de Janeiro a 04 de março de 2018.
    A Oficina Escola Nossa Senhora do Teatro, está localizada à Rua da Constituição, nº 34, térreo,
    Centro, Rio de Janeiro, próximo a Central do Brasil, Campo de Sant’Anna e Saara.

     

  • Dudu de Morro Agudo participa hoje do ‘Ciclo Ato Criador’, em Japeri

    Dudu de Morro Agudo participa hoje do ‘Ciclo Ato Criador’, em Japeri

    Há uma década, a atriz e produtora Ana Lúcia Pardo reúne grandes personalidades da cultura, da economia, da política, da comunicação, do meio ambiente e de outros saberes na busca por uma reflexão interdisciplinar do mundo em que vivemos. Criada em 2006 com o título de “A Teatralidade do humano”, essa série completa 10 anos com o Ciclo Ato Criador – Outros Possíveis, que tem o objetivo principal de instigar o pensamento e mostrar a capacidade humana de se reinventar. Este ano, a ideia é focar ainda mais nessa necessidade de transformação, com mesas-redondas, palestras, oficinas e debates guiados pelo tema ‘Outros Possíveis’. O objetivo é apontar a emergência de novas ideias, concepções e alternativas que exigirá um processo de transformação do mundo.

    O Ciclo Ato Criador teve sua primeira edição em 2006/2007 com o painel “A Teatralidade do Humano”. A segunda edição foi realizada em 2010, com o Ciclo “A Teatralidade do Humano II – Subjetividades e Políticas da Cena e do Mundo”. A terceira edição, que ganhou o nome de “Ciclo Inter-Agir – na rua, na rede, na cena contemporânea”, foi realizada em 2012. No ano seguinte, em 2013, a quarta edição apresentou o Ciclo “Espaços de Reencantamento, Afetos e Utopias de Um Novo Mundo”. A quinta edição se desenrolou durante o ano de 2015, e recebeu o título de Ciclo “Ato Criador”, com a realização, de 21 atividades de abril a novembro, sendo 19 encontros em forma de palestras e debates além de apresentações e intervenções artísticas de coletivos e grupos. Participaram convidados nacionais e internacionais de diversos países.

    Dudu de Morro Agudo, rapper e conselheiro municipal de cultura da cidade de Nova Iguaçu, empresário e coordenador executivo do Instituto Enraizados participará da mesa Cruzamentos do Teatro e Hip Hop, ao lado da atriz e diretora paulistana Claudia Schapira, do produtor e ator Lino Rocca e do diretor Marco André Nunes e a mediação do produtor cultural do Grupo Sócio Cultural Código, Jorge Braga

    O Grupo Código atua desde 2017 em Japeri, na Baixada Fluminense, e esse ano, no mês de novembro, o coletivo apresentará uma mostra de seu repertório no Teatro Glauce Rocha, equipamento da Funarte, no centro do Rio de Janeiro. As experiências teatrais que os convidados têm tanto no universo do movimento Hip Hop quanto no Teatro fazem toda diferença na produção de seus espetáculos.

    Saba mais:
    Mesa Cruzamentos do Teatro e Hip Hop
    29 de outubro – sábado, 17h
    Espaço Cultural Código – Rua Davi, 397, Nova Belém, Japeri.
    Tel.: 99813-1101.

  • Ajude a escolher o nome do mascote do EncontrArte

    Ajude a escolher o nome do mascote do EncontrArte

    O EncontrArte agora tem um “mascote”, mas ele ainda está sem nome e você pode ajudar a batizá-lo.

    Isso mesmo, a galera do EncontrArte abriu uma votação na internet para que o público possa escolher entre três nomes, que são: Dionísio, Arteiro e Cênico.

    E aí, qual você acha melhor?

    Vote aqui: http://encontrarte.com.br/mascote/

  • A importância do diálogo com outros segmentos culturais

    A importância do diálogo com outros segmentos culturais

    Tenho trocado idéia com muitos amigos, colegas de trabalho e parceiros da mundo da música e das artes; o que cada vez mais reforça minha crença de que enquanto artista, MC, rapper, representante da cultura Hip-Hop, eu preciso dialogar com outros segmentos culturais. É muito legal tocar pra pessoas que já conhecem o Hip-Hop, elas são as que nos transmitem energia e dão suporte dentro da nossa cultura, mas também acho muito importante apresentar nossa cultura pra outras pessoas que não a conhecem.

    Temos que invadir os cineclubes, festivais de artes, o cinema, o teatro, enfim. Sou filiado a União Brasileira dos Compositores e tenho lido sobre artistas que recebem ECAD de filmes que tem sua música na trilha sonora; e por que não, fazer contato com produtoras cinematográficas para mostrar nosso trabalho? Entende o que estou falando. Temos fazer com que nossas ações cheguem à todos não só pra que conheçam e reconheçam a importância da nossa cultura, mas também para que surjam novas oportunidades e novos horizontes.

    Recentemente, entrei em estúdio para interpretar a música-tema da edição de 2014 do EncontrArte, um dos maiores festivais de teatro da Baixada Fluminense. A música toca antes de todos os espetáculos começarem. Imagina quantas pessoas estarão ouvindo música Rap pela primeira vez? E curtindo? Adultos, crianças, enfim…

    A meta é que buscar alcançar cada vez mais essas pessoas, dialogar com nossos colegas que atuam em outros campos das artes e claro, nos reconhecer como artistas. VamoQVamo!

    Boa sexta,

    @marcaobaixada

  • Entrevista com vândalo” estreia dia 18/6 no Sérgio Porto

    Entrevista com vândalo” estreia dia 18/6 no Sérgio Porto

    Uma escritora reúne um coletivo para criar um espetáculo de teatro sobre as manifestações, um jovem “black bloc” e um policial infiltrado participam dessa experiência e um inesperado triângulo amoroso se forma. É assim que “Entrevista com Vândalo”, peça de Luiz Eduardo Soares dirigida por Marcus Vinícius Faustini pretende abordar os protestos que aconteceram em junho do ano passado. Com estreia no dia 18 de junho, a montagem ficará em cartaz noEspaço Cultural Sérgio Porto até 10 de julho, a preços populares.

    Certo de que o teatro também pode deixar sua contribuição na discussão dos acontecimentos de junho de 2013, quando manifestantes foram, em massa, às ruas protestar por melhorias no país,Marcus Vinícius Faustini propôs a Luiz Eduardo Soares que ele escrevesse um texto para ser montado no “aniversário” de um ano das manifestações. O resultado é uma peça que busca  mostrar o choque de comportamento dos personagens envolvidos por meio de um encontro entre um policial e um “black bloc”. No elenco estão os atores Márcio Vito interpretando um policial e o Governador, Ian Capillé como um manifestante e um coronel da polícia, e Valquíria Oliveira, vivendo uma atriz e a secretária do Governador.

    O texto de Luiz Eduardo Soares foi escrito a partir  do corpo a corpo das ruas, dos conflitos que testemunhou e viveu, em diálogo com a memória de sua geração. “A peça é uma visita à ‘casa de máquinas’ que movem os afetos e a imaginação dos sujeitos que somos tantos de nós, depois de junho de 2013, indo para as ruas e assumindo novo protagonismo político e existencial. Tenho 60 anos e estou começando a aprender a falar”, diz o autor.

    Para contar essa história no palco, Faustini optou por usar poucos elementos cênicos, priorizando os atores e os diálogos. “A intenção é lançar luz sobre os personagens. Estive presente nas manifestações e pude observar cada um deles. Minha ideia é ‘dar corpo’ a essas pessoas que estão por trás dos títulos de policial e manifestante”, explica. “Entrevista com vândalo” marca a volta de Faustini à direção teatral em um palco convencional. Em 2003 ele quando dirigiu “O Inimigo do Povo”, também no Sergio Porto, e em 2012 dirigiu cenas no Festival Home Theatre,  que apresenta peças em residências.

     

    Sobre Luiz Eduardo Soares:
    Formado em Literatura pela PUC-RJ, construiu sua trajetória combinando produção literária e dramatúrgica com docência, obras acadêmicas e gestão pública. Escreveu, com Domingos de Oliveira e Márcia Zanelato, a peça Confronto e a adaptação para o teatro de seu livro, Tudo ou Nada, que será encenada com direção de Marcus Faustini. É mestre em Antropologia, doutor em ciência política com pós-doutorado em filosofia política. Foi secretário nacional de segurança pública. Tem vinte livros publicados, entre eles o romance Experimento de Avelar, premiado pela Associação de Críticos Brasileiros em 1996, Elite da Tropa e Elite da Tropa 2, e Meu Casaco de General, finalista do Prêmio Jabuti em 2000. Foi professor da Unicamp e o Iuperj, além devisiting scholar em Harvard, University of Virginia, University of Pittsburgh e Columbia University. É professor da Uerj.

    Sobre Marcus Vinícius Faustini:
    Criado na comunidade Cesarão, em Santa Cruz, formou-se em direção teatral pela Escola Martins Pena e destaca-se na cena cultural desde 1998. Diretor de espetáculos reconhecidos como: “Capitu”, “Eles Não Usam Black Tie”, “A Luta Secreta de Maria da Encarnação”, “O Inimigo do Povo”, Faustini atuou também dirigindo documentários como: “Chão de Estrelas”, “Carnaval, bexiga, funk e sombrinha” e “Cante um funk para um Filme”. Em 2009, escreveu o livro “Guia Afetivo da Periferia” – que narra a trajetória de um jovem estudante de teatro pela cidade do Rio de Janeiro. O romance recebeu críticas positivas do Jornal O Globo, Revista LER (Portugal), Jornal do Brasil, Revista BRAVO, entre outros. No início de 2011, Faustini criou a Agência de Redes para Juventude, programa que capacita jovens de comunidades para produzirem seus próprios projetos em prol do lugar onde vivem. Em 2012, a metodologia da Agência foi premiada e escolhida pela Fundação Calouste Gulbenkian para ser implantada em Londres e Manchester, na Inglaterra, em parceria com People’s Palace Project (PPP), Battersea Art Centre (BAC) e Contact Theatre. No mesmo ano lançou o Festival Home Theatre, projeto que tem como proposta levar o teatro para dentro da casa das pessoas, vencedor do Prêmio Shell. Faustini é colunista do Jornal O Globo e está à frente do programa 0800 – Cultura Urbana Livre, da Rádio Beat 98.

    FICHA TÉCNICA:
    Texto: Luiz Eduardo Soares
    Direção e Cenografia: Marcus Vinicius Faustini
    Assistente de Direção: Francisco Salgado
    Elenco: Márcio Vito, Valquiria Oliveira, Ian Capillé
    Direção de Produção: Marta Vieira
    Produção Executiva: Igor Veloso
    Iluminação: Lara Cunha e Fernando Mantovani
    Figurinos: Nívea Faso
    Programação Visual: Marina Moreira
    Assessoria de Imprensa: RPM Comunicação

    SERVIÇO:
    Entrevista com vândalo
    De 18 de junho a 10 de julho – Quartas e quintas, às 20h
    Local: Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto
    Endereço: Rua Humaitá 163, fundos
    Tel: (21) 2535-3846
    Ingressos: R$10,00 inteira e R$5,00 meia e lista amiga
    Classificação etária: 14 anos
    Duração: 60 minutos
    Capacidade: 45 lugares

    ASSESSORIA DE IMPRENSA:
    RPM Comunicação
    Érica Avelar – erica@rpmcom.com.br – (21) 3478-7437 // 98272-2337
    Marina Avellar – marina@rpmcom.com.br – (21) 3478-7414 // 98272-2335