Categoria: Coluna

  • Falta de respeito e calote

    Falta de respeito e calote

    No mês de novembro de 2014 recebi o telefonema do Frann, integrante do grupo Tribunal Mcs.
    Frann: – Pô Buzo, faz uns dias que tô tentando falar com você.

    Eu estava indo toda semana pro Litoral Norte, expliquei que estava sem sinal e internet só algumas horas por dia.
    Frann: – Estou organizando um evento aqui em Poá-SP, onde moro, com a Secretaria de Cultura daqui, comemorando o mês da Consciência Negra. Queria saber seu cachê pra fazer uma abertura com palestra antes do show?

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    Flyer do evento com logo da Prefeitura de Poá

    Me falou quem eram as atrações. Conheço o Frann de outros carnavais, sou amigo dele e dos integrantes do Tribunal, sei também que ele é meio enrolado, mas até aí, ele mora em Poá, que bom que está se envolvendo.

    Buzo: – Frann, para o poder público cobro R$ 3.000,00 + transporte, alimentação e hospedagem, mas aí não é o caso de ter hospedagem.
    Frann: – É o melhor preço Buzo ?
    Buzo: – Como é a forma de pagamento? Contrato?
    Frann: – Não Buzo, vou ali numa reunião hoje na prefeitura. É pagamento no dia e em dinheiro.
    Buzo: – Então Frann, nessas condições, R$ 3.000,00 e eu vou com meu carro.
    Frann: – Fechou Buzo, te retorno depois da reunião.

    Fiquei mais atento ao telefone, ele me ligou da Prefeitura de Poá-SP.

    Frann: – Buzo, a gente tem um valor pra dividir entre as atrações, tem como você fazer a palestra por R$ 1.200,00?

    Como disse estava no Litoral Norte, Poá fica no meio do caminho pra São Paulo, mas eu só voltaria dois dias depois do evento.

    Buzo: – Frann, se for nessas condições, dinheiro no mão, na hora. Vamos fazer.

    No dia minha esposa disse: – A gente tem um monte de coisa pra resolver aqui na praia (estava construindo). Não acha melhor ligar e confirmar se é dinheiro na mão mesmo, senão a gente nem ia.
    Falei pra ela ligar…

    Marilda: – Frann, o Buzo quer saber se está tudo certo pra hoje, as condições combinadas?
    Frann: – Marilda, está tudo certo, tô aqui na prefeitura acertando os detalhes, mas está tudo certo.

    Saímos de São Sebastião e chegamos em Poá-SP às 18h, uma hora antes do meu horário.
    Estava o Frann e sua equipe, arrumando o palco, etc…
    Em nenhum momento o Frann me chamou pra me pagar. Só me apresentou o rapaz da foto dizendo: – Esse é o Honório Costa, da Prefeitura de Poá-SP. Quase chegando a hora do debate, comecei a procurar o Frann pra falar do meu pagamento, mas ele tinha ido aqui, ali, buscar uma atração…

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    Palestra de Alessandro Buzo

    Quando ele chegou, já estava em cima da hora, tinha uma galera, não podia atrasar a palestra pra não atrasar os shows. Fiz uma hora e pouco de palestra, falando da minha trajetória.

    No final, cheguei no Frann: – E aí Frann, vamos acertar?
    Frann: – Pô Buzo, olha minha cabeça… não te falei ? Os caras pediram 10 dias pra pagar.
    Buzo: – Frann, não foi isso que a gente combinou.
    Frann: – Eu sei Buzo, mas 10 dias o dinheiro está na mão.

    Minha esposa, claro, olhou pra mim como quem diz: – Eu te avisei.

    Deixar bem claro que não trabalho nessas condições, ou é deposito antes ou contrato, mas fui pela amizade. Dar um crédito de confiança.
    Fui embora, nem fiquei pra ver os primeiros shows, como quem sabia que tinha caído numa furada.

    Passaram-se 10 dias, um mês… e NADA.

    Agora, a quase 3 meses do evento, não só não recebi, como ninguém me ligou, nem pra dar uma satisfação. Quando falo ninguém, não é só da prefeitura local, nem o Frann teve coragem de fazer um telefonema.

    Pois bem, venho a público não cobrar, só expor o problema, porque posso até não receber, mas queria deixar um aviso: – Não vá a POÁ-SP fazer palestra, nem show. Eles não pagam, nem respeitam ninguém.

    O evento era num espaço público, no cartaz tem logo da prefeitura.
    Depois que a gente exige contrato, pagamento adiantado e cachê completo (no caso R$ 3.000,00), tem contratante que pensa que é marra. Eu queria deixar bem claro que se não fosse a amizade que eu “tinha” com o Frann, não teria ido.

    Quando digo “tinha” não quer dizer que nossa amizade valia só R$ 1.200,00. O que mais me chateia é ele não ter me dado um único telefonema depois de quase 3 meses do evento. Que esse seja o último calote, porque não vou mais em nenhum lugar por amizade.

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    Prefeitura de Poá-SP

    Aliás, que fique claro, prefiro ir de graça numa comunidade, do que pra uma Prefeitura desorganizada como Poá-SP.

    O “representante” Honório Costa, em meia hora de conversa me falou o podre do prefeito afastado, que isso, que aquilo. Ali já vi que Poá-SP era perda de tempo, devia ter ido embora sem fazer a palestra. Mas como já estava lá, fiz em respeito ao público presente.

    Que não me paguem, mas deixo o aviso.
    – ARTISTA, NÃO VÁ A POÁ-SP.

  • Quem sabe canta, quem não sabe dança!

    Quem sabe canta, quem não sabe dança!

    Eis aí uma frase que corresponde com a realidade. Não vemos os grandes cantores e cantoras se valerem da dança como parte indispensável de seus shows.

    Por outro lado, artistas de “talento duvidoso” se utilizam desse e de outros artifícios como compensação. Dentro do rap não é diferente, temos os “MC’s bombados” que cantam sem camisa, temos as “MC’s saia-curta” que também usam seus corpos como atrativo.

    Junto a isso temos a futilidade de se ocuparem “somente” em falar de maconha, relacionamentos amorosos e baladas.

    Fiz essa introdução para falar de Shadia Mansour, que é conhecida como a primeira-dama do rap árabe. Shadia nasceu em Londres, mas seus pais são palestinos. Ela começou a rimar nos protestos e manifestações palestinas, suas letras também falam da opressão sofrida pelas mulheres.

    Pasme, ela não precisa usar “poucos panos” para se destacar. E is aí, uma MC com conteúdo, semelhante a saudosa Dina Di.

    Dina Di? já ouviram falar? Acredito que não!

  • Você conhece o modelo de trabalho coworking?

    Você conhece o modelo de trabalho coworking?

    Dizem que a necessidade é a a mãe de todas as invenções, pois bem, lembrando que grandes empreendimentos e empresas que hoje lideram o mercado começaram literalmente na garagem, mas muitas décadas depois, por volta de 2005, em São Francisco (EUA), um engenheiro que precisava manter um escritório em funcionamento, mas não tinha grana para bancar sozinho toda a estrutura do lugar, chamou vários amigos que estavam na mesma situação com seus empreendimentos, startups ou até mesmo negócios já construídos, mas que ainda não tinham decolado e precisavam de um endereço físico e um espaço sem gastar muito.

    Foi aí que surgiu esse modelo de espaço corporativo, em que todos tocam sua iniciativa e ao mesmo tempo colaboram entre si, trocam idéias e ao mesmo tempo evitam o isolamento de trabalhar sozinho em casa.

    Já existem muitas variações desse modelo acontecendo, mas a essência da ideia é essa, vários empreendedores utilizando o mesmo espaço de forma harmônica e que todos consigam produzir a um custo reduzido. Vários locais no RJ já estão acontecendo nesse formato, e algumas salas já estão sendo oferecidas com esse propósito, nesse caso você só escolhe o endereço, paga um preço estipulado pelo proprietário e já começa a trabalhar, existe desde os mais simples, até os com uma estrutura melhor, depende do seu bolso.

    Mas essa parece ser uma tendência que já está mostrando que veio para ficar.

    Pra galera empreendedora da cultura é mais uma opção para tocar os projetos, e uma convivência coletiva só agrega para todos os envolvidos, firme na missão rapaziada.

  • Aberta a temporada de caça a bons projetos

    Aberta a temporada de caça a bons projetos

    Quem está no mercado cultural há algum tempo, sabe que existe um período em que há um vazio em que as atividades dão uma esfriada e as organizações fazem uma pausa para recomeçar com todo gás no ano que se inicia.

    Isso é até natural pois precisamos nos reavaliar pelo período que passou e criar novas formas de atuação. Passado esse período estão surgindo novas e boas oportunidades de para inserir sua atividade em várias frentes, tanto na iniciativa privada, quanto no poder público, sem falar nos editais que logo vão aparecer.

    Já pelas cidades muitos eventos estão acontecendo com um olhar adiante e que começa a desenhar como será o cenário da produções para 2015/2016, porém é preciso estar ligado porque geralmente essas oportunidades aparecem e logo não estão mais disponíveis.

    Vários coletivos, iniciativas pessoais, e até mesmo quem está começando, já está se articulando e buscando formas de se manter nesse mercado que está cada vez mais interessante e diverso.

    No RJ por exemplo muitos projetos de apoio a atividades culturais estão capacitando, formando e apoiando grupos em várias áreas como: Elaboração de projetos, gestão cultural, finanças, assessoria de imprensa, marketing digital.

    Na internet existem vários exemplos de formação cultural e consultoria gratuita, pois com o conhecimento necessário a chance de sua iniciativa acontecer é muito maior, por mais que você ache que seu projeto/produto não é bom o suficiente, sempre vai haver um pessoal qualificado para te auxiliar, então não deixe o medo te dominar, reúna sua galera leve sua ideia para as pessoas que podem te auxiliar que as coisas vão acontecer, os ventos estão favoráveis para os próximos anos, então é só meter a mão na massa e por seu projeto para bombar.

  • Duas mil pessoas em sintonia no beco

    Duas mil pessoas em sintonia no beco

    Um festival organizado por jovens da Baixada Fluminense reuniu mais de 2000 pessoas para ouvir música durante nove horas em uma rua de Nova Iguaçu. Simples assim!!!

    Não tenho como não falar do B_eco Festival em minha coluna, pois três dias já se passaram, mas a emoção não.

    Quando ouvi falar a primeira vez a respeito do festival foi há cerca de um mês, logo após saber da festa que o meu mano – e parceiro musical – Marcão Baixada estava planejando, a “Bang Bang”. Dias depois comecei a ver a divulgação do “B_eco”, mas me confundi, achando que era tudo a mesma coisa. No fundo até era, mas não era. Entende?

    Outro dia o Rodrigo Caetano me ligou pedindo uma orientação a respeito de equipamentos pra festa, foi então que eu vi que realmente uma festa não tinha a ver com a outra… mas tinha.

    Quando aprofundei mais pra saber do que se tratava, soube que o Wesley Brasil também estava na jogada, bem ali na linha de frente. Depois soube que a Karina Vasconcelos também estava. E por fim entendi que o festival era uma união das festas (e figuras) mais tops do pedaço: Musicação na Pista – a festa de rap mais badalada de Nova Iguaçu, do meu “novamente” parceiro DMT, Laranja Mecânica – conhecida no meio indie iguaçuano, Bang Bang – o tiroteio musical do Marcão Baixada, Wobble que recebeu o título de melhor festa pelo Prêmio Noite Rio, Guetho – difusora da musica eletrônica criada nas periferias – e Bazinga – que faz uma mistura indie e pop sob festas temáticas do universo da série americana “The Big Bang Theory”.

    Semanas atrás, entre uma mensagem e outra, recebi o convite do Marcão Baixada para fazer duas músicas com ele durante a festa, a ideia era o bonde do #ComboIO (DMA, Marcão Baixada, Léo da XIII e DJ Léo Ribeiro) se apresentar.

    Nessa altura do campeonato, 10 em cada 10 posts nas redes sociais tinha algo sobre o #B_eco, todo mundo comentava, e a festa já havia dado certo antes mesmo de acontecer.

    No dia da festa, fiz questão de chegar ao meio dia em ponto, pra não perder nem um momento. Fui com o Léo da XIII. Abri mão de almoçar com minha família para conferir a festa desde o começo (essa atitude me custou caro depois).

    Ao chegar, já me deparei com Wesley Brasil correndo pra um lado e o Rodrigo Caetano correndo para o outro, num pique frenético. Haviam pouquíssimas pessoas, mas eu tinha certeza que a festa ia bombar. Fui recepcionado por Marcão Baixada e Danielle Seguer. O Samuca Azevedo já estava pronto – e disposto – para fazer as fotos para Hulle Brasil.

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    DMA, Nyl e Léo da XIII

     

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    Bruno, Fernanda, DMA e Ébano

     

    Aos poucos foram chegando alguns manos como Luiz Claudio, Nyl MC, Romildo e tantos outros. O calor infernal nos levava ao bar frequentemente e logo que a cerveja fazia efeito as músicas começavam a soar como conhecidas. Funk, Trap e Rock se misturavam e a galera curtia tudo, enquanto trocava ideia. Eu observava como as pessoas chegavam vestidas e se comportavam, e tenho certeza que estava sendo observado também, mas todo mundo se respeitava e tentava entender a mistura de estilos.

    Derrepente o “boom”.

    A festa estava LOTADA e eu nem havia percebido de onde tinha vindo tanta gente. Quando eu reparei estava no BackStage trocando altas ideias com o segurança, minutos antes do show do Marcão Baixada. Quando subi ao palco vi uma nuvem de gente. A galera do rap estava com o umbigo colado no palco, cantando junto, fortalecendo (e tem gente que diz que o rap da Baixada não é unido). Quando entrei pra cantar, fiz o meu possível, que naquele momento não era muito, por isso não lembrava da letra, o álcool já estava fazendo o seu trabalho, nem posso colocar a culpa no nervosismo, até poderia culpar a emoção, pois fui muita, em altas doses cavalares.

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    Público do festival

     

    A sorte é que o #ComboIO já ensaiou tanto, que as músicas já saem de forma orgânica, às vezes usando alguns sinônimos, às vezes alguns trechos de silêncio, mas a parada sempre flui. E fluiu. Como tudo fluía naquele dia. O universo conspirava a favor. Eram duas mil pessoas na mesma sintonia naquele “beco”.

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    DMA, Léo da XIII, Luiz Claudio e Samuca Azevedo

     

    Mas o ápice da festa foi quando um temporal sem precedentes deu as caras. Árvores se dobravam de forma aterrorizadora por causa do forte vento. A água caía com força do céu, e descia a rua fazendo uma espécie de cachoeira. Foi quando todos, inclusive eu, pensaram que a festa havia chegado ao fim. Por causa da forte chuva o som teve que ser desligado, mas o povo não parava de dançar, pular, gritar, se abraçar, se beijar… eu nunca tinha visto aquilo na minha vida.

    Estávamos embaixo da marquise, ao lado da Casa de Cultura. Conversava com o André Viana, com o DMT (que posicionou o seu carro de uma forma que pudéssemos continuar curtindo um som). Acredito que logo depois fui embora, porque as minhas lembranças do “B_eco Festival” terminam aqui.

    Só sei que essa festa me aproximou de uma galera aparentemente “muito” diferente e me motivou bastante. Agora vamos aguardar a segunda edição.

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    Se você quiser conferir tudo o que leu, pode dar uma olhada na cobertura que a Hulle Brasil fez, pelas lentes de Samuca Azevedo e Beatriz Dias: http://bit.ly/EventosHulle

     

  • A história de Alfeu

    A história de Alfeu

    Num município da cidade de Nova Iguaçu chamado Comendador Soares, ou seria Morro Agudo? Eis aí um detalhe que sempre confundiu Alceu Quitério.

    Ele chegou ao mundo por descuido, após uma orgia ocorrida no hotel Acapulco. Na ocasião tinha hétero, homo, bi, transexual e travesti, que por acaso era a condição de seu pai, que nascera Ednéia e mudou o nome para Ednei. Na tal orgia, Ednei foi passivo, ativo, etc. Três meses após a barriga de Ednei começou a crescer, em princípio ele achou que era excesso de cerveja, comida ou quem sabe até uma barriga d’agua. Mas após consulta com um ortopedista, isso mesmo, um ortopedista, na Clínica Médica Santa Terezinha, Ednei soube que se tratava apenas de um mioma, confusão que só foi desfeita quando o tumor completou nove meses e saiu por conta própria do ventre de Ednei, no momento em que ele jogava uma partida de futebol no Campo do Morro Agudo Futebol Clube.

    Ednei que na ocasião estava desempregado viu-se sem meios de criar o bebê, e resolveu investigar quem era o pai do pequeno Alceu. Levando em conta somente a semelhança física do filho que era um misto de Agnaldo Raiol e Elza Soares, Ednei chegou a conclusão que o pai de seu filho só podia ser a Júlia. Júlia era outro travesti que outrora atendia por Juliano, e que também havia participado da orgia no Hotel Acapulco. Ednei conseguiu convencer Júlia da sua paternidade, ideia que muito lhe agradou, já que ela sempre sonhou ser mãe. Júlia disse que escolheria o nome do filho, que sua sensibilidade feminina a tornava mais apta para isso. Ednei por sua vez fez questão de lembrar que se era o caso, a mulher de fato ali era ele, e por isso o nome seria o de sua preferência.

    No dia que foram ao cartório para registrar a criança, discutiram durante todo o caminho, lá chegando, o atendente era um senhor rabugento e meio mouco, que com uma cara “de poucos amigos” aguardava o fim da discussão para saber qual seria a escolha do nome. Foi quando Júlia gritou enfurecida: “Tá bom Ednei, o nome fica ao seu critério!”. Mais que depressa, antes que os pais mudassem de ideia, o antipático escrevente registrou o nome da criança como Alceu Quitério. Alceu Quitério? Foi o que o coitado entendeu quando Júlia gritou: “O nome fica ao seu critério!”. Quando se deram conta da confusão já era tarde.
    No dia do batizado de Alceu na paróquia de São Francisco de Assis, ocorreu outra confusão, padre Astolfo, um filipino que bebia, fumava e fornicava com algumas carolas, se recusou batizar o filho daquele casal estranho, entretanto teve de fazê-lo, quando Ednei e Júlia provaram que apesar da aparência eram um casal hétero.

    Ainda criança, Alceu foi diagnosticado com “licantropia clínica” [raro transtorno psiquiátrico em que o indivíduo acredita ser um animal]. Alceu achava que era um gato e num dos seus passeios noturnos pulou sobre um telhado que não suportou seu peso e caiu, fraturando assim as duas pernas. Levado as pressas ao Hospital da posse, foi vítima de um erro médico, e teve os dois braços engessados ao invés das pernas.

    Alceu era hermafrodita, bipolar e tinha crises de identidade, numa dessas crises ele assumiu o nome de um conhecido ladrão de galinhas chamado Elson Bornier e ficou preso por um mês. Alceu que era mestiço foi confundido com um negro e levou um pau dos Neonazistas Baianos do Cacuia. Apanhou também dos membros da célula Afro-Nórdica da Cerâmica , que acharam que ele era branco.

    Apesar de Alceu ser ogã dum centro espírita, nas horas vagas também era diácono duma igreja evangélica, voltando dum culto, passou em frente a um bar onde ocorria uma confusão, e levou uma garrafada por engano. A tal garrafada o deixou com uma sequela no olho esquerdo, e ele piscava sem parar. Por conta da tal sequela Alceu levou três tiros de um marido ciumento que achou que ele estava flertando com sua mulher, e morreu. Já no IML, no momento exato em que começaria a necropsia Alceu acordou. O que fez com que o médico legista fugisse em disparada achando que se tratava de um morto-vivo. Só horas mais tarde descobriram que Alceu também sofria de catalepsia.

    Enfim amigos, Alceu era de fato o “rei da confusão”, eu falei Alceu? Peço desculpas, mas eu me confundi, na verdade o nome do conto é “A Estória de Alfeu” não de Alceu.

    Vou recomeçar: Num município da cidade de Nova Iguaçu chamado Comendador Soares, ou seria Morro Agudo? Eis aí um detalhe que sempre confundiu Alfeu…

  • Nova-iorquino ASAP Yams morre aos 26 anos

    Nova-iorquino ASAP Yams morre aos 26 anos

    No dia 18 de Janeiro, domingo passado, enquanto estava mexendo no Twitter, vejo a hashtag #RIPYams com frequência na minha Timeline. Inúmeros artistas, como Drake e MIA lamentavam a morte do novaiorquino ASAP Yams.

    Steven Rodriguez (seu nome de batismo), mesmo tendo largado a escola, conseguiu um estágio na Diplomats Records, selo dos rappers Jim Jones e Cam’Ron. Cuidou de alguns artistas na gravadora e atuava no Merch das ruas vendendo mixtapes. Criou o ASAP Mob em 2007 e 1 ano depois, seu maior trunfo, o rapper ASAP Rocky se afiliou ao Mob. O coletivo reúne rappers, produtores, videomakers, desginers e estilistas e foi formado no Harlem, principal reduto da cultura afro-americana em Nova York.

    ASAP Yams era realmente líder, talento nato para Manager, além de ser consultor criativo, dando opiniões à respeito dos projetos de todos os artistas do coletivo e foi responsável por moldar a sonoridade dos rappers do grupo, escolhendo beats, influências nas rimas, e estratégias de marketing em geral para lançamentos.
    Não é à toa que o ‘Long.Live.A$AP’, de ASAP Rocky, e ‘Trap Lord’, de ASAP Ferg se estabeleceram nas paradas da Billboard entre os álbuns mais vendidos na época de seus respectivos lançamentos.

    Apesar de todos os integrantes serem jovens, o ASAP Mob já vem deixando sua marca registrada na cultura mundial, o coletivo vem influenciando as pessoas não só na música, mas em outras áreas, como moda e lifestyle.

    E o legado que Yams deixa é a sigla ASAP – Always Strive and Prosper (Sempre lutar e prosperar).

    #RIPYams

  • Quem bota a cara na cultura da Baixada ?

    Quem bota a cara na cultura da Baixada ?

    Atualmente estamos lidando com um dilema que afeta os coletivos e as mentes que querem fazer algo que venha a somar com a cultura como um todo; digo isto porque analisando um contexto de circulação cultural, vejo que ainda falta muito para estarmos realmente disputando um mercado que cada vez parece estar se fechando e que atende somente a uma parte dessa imensa massa de grupos e organizações de todos os segmentos.

    Precisamos saber também avaliar se realmente estamos nos capacitando e se buscamos sair de nosso universo particular; temos vários exemplos individuais que estão se destacando no cenário e buscando sua autonomia, legal mas, e o grande número de iniciativas que sequer possuem um local para se organizarem?

    O número de artistas que estão se lançando é imenso, a grande maioria de muita qualidade, nem nas décadas passadas em que os grupos eram mais ligados aos movimentos políticos eu vi tanta efervescência , mas eu vejo que vai muito além de praticar a sua arte, mas que se aproprie como uma ferramenta de inserção e reivindicação, e posicionamento social dentro de sua cidade, você sabe se seu município tem plano municipal de cultura? qual o orçamento dedicado a mesma? quem está de frente nesta pasta? como é o diálogo com as organizações? São essas e muitas outras questões que precisamos ter claro ou então sempre veremos os artistas locais sempre sendo deixados de lado para atender a interesses políticos de certos partidos.

    Galera, um grande número de organizações que hoje estão solidificadas, começaram realizando suas atividades em parcerias com: escolas, igrejas, centros comunitários e até mesmo em espaços abandonados, basta saber quem está disposto a se comprometer e se jogar do abismo.

  • Marco Archer foi executado no sábado na Indonésia

    Marco Archer foi executado no sábado na Indonésia

    Até aí, digamos que ele sabia do risco, correu ele e pagou por isso pelas leis locais, ou seja, a soberania da Indonésia.

    Mas por favor, que soberania é essa que um terrorista culpado de atentados é condenado à 8 anos e um “traficante” à morte ?
    Uns dizem que não era de hoje que ele tinha envolvimento com drogas, não foi um caso isolado. Que seja….

    20150120-02-buzoNão matou ninguém, não estuprou ninguém. Não venho aqui defender bandido como uns podem dizer, nem deixar de dizer que nenhuma pessoa em sã consciência é no mínimo maluca de arriscar levar droga pra um país que sabe-se pune com pena de morte. Mas é justo?

    Se fosse deportado e punido no Brasil, estaria de bom tamanho pro crime. Não acho tráfico de drogas um crime leve, mas morrer por um erro é sim uma pena muito pesada.

    Não só pela morte, mas pelos mais de 10 anos no corredor da morte, imagina o estrago psicológico na cabeça de um condenado, que voava de asa delta na cidade maravilhosa e passa mais de uma década sabendo que vai morrer.

    Imagina quando é anunciado a data, os últimos dias…

    Acho que ninguém, além de Deus, tem o direito a tirar a vida de ninguém, parto desse principio. Tenho pena de pessoas nas ruas e redes sociais dizendo que lá tem lei. Não só nesse caso não acho a lei da Indonésia justa, como se pesquisarmos, veremos que existem vários outros absurdos.

    Meus sentimentos à família e aos amigos do Marco Archer, que Deus possa confortar.

    PENA DE MORTE, sou contra.

  • Banca SDF lança o disco “Últimos Protestantes”

    Banca SDF lança o disco “Últimos Protestantes”

    Senhoras e senhores lhes apresento: “Últimos Protestantes”, primeiro álbum da Banca SDF.

    Banca SDF significa “Somos de Fé”, é um grupo de rap da Baixada Fluminense, formado em 2006 pelos integrantes SR, BL e Kim, que definem o grupo como “um ministério de rap cristão, que se formou do desejo de levar as palavras de Jesus Cristo a todos a quem o Espírito Santo quer alcançar”.

    “A ideia é pregar o genuíno evangelho, sem meias verdades, à crianças, adolescentes, jovens, homens, mulheres a quem mais desejar conhecer o Deus invisível mais real”, completa.

    O álbum “Últimos Protestantes” foi produzido por Rafael Almeida líder do ministério de louvor “Sai da Tenda” conhecido como Metri, pelo conceituado DJ Jeff campeão do Hip Hop DJ 2009 e pelo rapper e produtor musical L-Ton (OSK), líder do grupo REP; além de trazer participações especiais de Bruno Gabriel, Rafael Almeida e minha (Átomo).

    [soundcloud params=”auto_play=true&show_comments=true&color=0ac4ff”]https://soundcloud.com/enraizados/sets/banca-sdf-ltimos-protestantes[/soundcloud]

    FAIXAS DO CD:

    edit_CAPA_SDF_0101 – Intro CD
    02 – Pela Fé
    03 – Sem Barreiras
    04 – Últimos Protestantes
    05 – Preparados Para Guerra
    06 – Comprando a Briga
    07 – Q Nem Bereia
    08 – Intro: Recompensa De Profeta
    09 – Recompensa De Profeta
    10 – Madrugada
    11 – Ondas Sonoras
    12 – Rap D’ Raiz
    13 – Nos Ajudou o Senhor

    (…)

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