Categoria: Política

  • Juca Ferreira é a nova esperança para o Ministério da Cultura

    Juca Ferreira é a nova esperança para o Ministério da Cultura

    João Luiz Silva Ferreira, conhecido como Juca Ferreira é um sociólogo baiano. No passado foi líder estudantil, bateu de frente com o regime militar, ficou anos exilado no Chile, blá, blá, blá… Foi filiado ao Partido Verde, desenvolveu importantes trabalhos em importantes ONGs da Bahia, onde também foi vereador algumas vezes, até que em 2003 foi convidado para ser Secretário Executivo do Ministério da Cultura, quando Gilberto Gil era o Ministro e o Lula era o presidente.

    Foi mais ou menos nessa época que eu o conheci. Anos depois, as rápidas trocas de ideia davam a entender que algo de muito importante e revolucionário poderia acontecer na política cultural do país, e isso me enchia de esperança. As esperanças se materializaram no Programa Cultura Viva e principalmente em sua ação prioritária, o Ponto de Cultura, que impactou diretamente o embrião que logo depois veio a se tornar a instituição que eu coordeno até hoje, o Movimento Enraizados.

    Quando eu imaginei que o Programa Cultura Viva era uma política cultural sólida, o vi dissolver-se na minha frente. Vi Ministros da Cultura passarem e cada um deles jogar uma pá de cal no programa. A Cultura que acredito e pratico diariamente havia perdido “novamente” o título de “cultura” para o Governo Federal e sido colocada na gaveta e sem perspectiva de retorno ao posto.

    Quando a Senadora Marta Suplicy assumiu o Ministério da Cultura cheguei a achar que algo de bom aconteceria para as organizações de base e para as periferias do país, mas estava redondamente equivocado.

    Mas quando, em meio ao furacão das eleições, a ex-ministra Ana de Hollanda publicou um texto, em seu perfil na Rede Social Facebook, criticando a escolha do senhor Juca Ferreira para coordenar a campanha da presidenta Dilma Roussef no campo cultural, me parecendo total recalque e desespero, vi novamente uma ponta de esperança, pois se a Ana de Hollanda é contra, certamente eu sou a favor.

    Hoje (30DEZ14) recebi a notícia de que o Planalto anunciou Juca Ferreira como o novo Ministro da Cultura. Todo o meu breve passado veio a tona e a minha esperança se renovou mais uma vez, contudo tenho tido tanta decepção nos últimos quatro anos, que tenho até medo de cantar vitória antes do tempo, mas estou mais confiante que nunca. Dando um rolé na time line do facebook percebi que muitos dos meus importantes amigos produtores culturais também estão confiantes.

    E apesar de a senadora Marta Suplicy também se mostrar contra a anunciação do novo Ministro, esperar é existir.

  • Serial Killer é o símbolo do descaso do Estado contra a Baixada Fluminense

    Serial Killer é o símbolo do descaso do Estado contra a Baixada Fluminense

    O que você fez nos últimos 09 anos? Sailson José das Graças matou 43 pessoas.

    Será que se aos 17 anos ele cometesse o primeiro assassinato no Leblon (área nobre do Rio de Janeiro), chegaria a essa marca de 43 assassinatos sem ser preso? A resposta é… NÃO!!! CLARO QUE NÃO!!!

    Porque certamente a imprensa cairia em cima, o Governador colocaria toda a polícia do Rio de Janeiro para investigar, invadir, torturar e matar até achar o assassino, mas na Baixada não é bem assim, a realidade aqui é outra. As mortes de conta-gotas não chamam atenção, uma morte aqui e outra lá são apenas mortes do cotidiano, a vida aqui vale menos, pra não dizer que não vale nada.

    Atualmente a região da Baixada Fluminense se encontra mais violenta do que a cidade colombiana de Medelin, que foi classificada pela revista Time, em 1988, como “a cidade mais violenta do mundo”, com uma taxa de 440 homicídios por 100 mil habitantes. Hoje em dia Medelin exibe a marca de 40 homicídios por 100 mil habitantes, uma taxa bastante alta se comparada com a média mundial de 10 homicídios para cada 100 mil habitantes, contudo bem menor do que a taxa de 52 homicídios por 100 mil habitantes da Baixada Fluminense.

    Para quem está assistindo de fora, isso pode até ser um choque, contudo para quem mora nos municípios da Baixada Fluminense é algo quase normal. Crimes aqui são cometidos e não são investigados, dificilmente alguém vai preso por um homicídio, ainda mais quando a vítima é pobre.

    Sempre tive a desconfiança de que a Baixada nunca esteve nos planos de segurança pública do Estado, porém tive essa certeza ao ouvir a fala do Vinicius George, delegado da polícia civil, durante uma mesa que participamos no Observatório de Favelas no sábado passado (13), onde ele afirmou que a polícia funciona do jeitinho que tem que funcionar e o Estado está presente em todos os lugares, inclusive na Baixada. O problema, segundo ele, é que a polícia e o Estado não funcionam e estão presentes do jeito que nós queremos. A polícia foi criada para atender os interesses da corte (hoje governantes e elites) e controlar o resto (o povo). Afirmou que enquanto a sociedade não mudar, a polícia não muda. As atitudes da polícia só mudam com uma maior pressão popular.

    Segundo dados do Governo Federal, Duque de Caxias e Nova Iguaçu são a segunda e terceira cidade do Estado do Rio de Janeiro mais perigosas para um jovem negro, com idade entre 15 e 29 anos viver. Aqui é onde os jovens mais matam e mais morrem. Aí eu te pergunto: – Quais são as políticas públicas de segurança para a juventude negra na cidade? NENHUMA!!!

    No momento especialistas forenses, psicólogos e psiquiatras estudam o caso para saber se Sailson é ou não um Psicopata. Mas qual diferença isso faz agora? 43 pessoas já morreram e a culpa é do Estado. Um estado omisso. Que entrega toda uma população, cerca de 4 milhões de habitantes, à própria sorte.

    Pra mim, a mensagem surreal que Sailson passa com sua prisão é de que a Baixada Fluminense é “Terra de Malboro”: – Venham matar aqui, não serão presos. A Baixada Fluminense está sitiada e o Estado assiste nossas mortes de camarote.

     

     

  • Ei eleitor, quem te representa?

    Ei eleitor, quem te representa?

    Um novo quadro da atual administração está para se formar em todo o Brasil contendo o que há de melhor e o de pior, vamos no próximo Domingo (26) escolher nossos representantes ou simplesmente pegar o famigerado comprovante de votação?

    Já ouvi muita gente dizer: – ” Vou votar só porque posso precisar do comprovante”.

    Parece piada, mas é o que muita gente ainda exclama.

    O que essas pessoas não sabem – e olha que não são poucas, é que o reflexo do que está lá no “poder” é justamente o resultado de uma escolha não consciente, e para piorar, essa bomba que você ajudou a eleger, terá o poder de decisão sobre a vida da cidade e até do país.

    Então, aproveitando esse momento cidadão X, que tal saber o que este candidato realmente já fez? Investigue por sua área por exemplo, se você trabalha com cultura, veja quais os projetos ele apoia, se ele conhece os mecanismos da área de atuação, se sua cidade/estado possui um plano de cultura, se seguem o plano nacional, são várias as opções de pesquisa.

    Muitos que fizeram o tal voto de protesto, votando em alguém que não tinha chance alguma de vitória, desperdiçou uma chance real de contribuir para sua cidade, estado e país.

    “Aqueles que não se interessam pela política, serão governados por aqueles que se interessam”.

    Vote consciente, analise com frieza seu candidato e assim, quem sabe, daqui à alguns anos estaremos discutindo outras coisas e não as mesmices de sempre.

    Pois a vida é dura para quem é mole! Lei da física.

  • Mais do mesmo

    Mais do mesmo

    Acho mais do que legítimo o debate entre eleitores sobre seus candidatos. O que acho chato, infantil e incoerente é acusar o partido A de corrupto como se o partido B também não fosse.

    Desculpe-me a arrogância, mas se o debate é por aí eu nem entro.

    O fenômeno é interessante e paradoxal, pois em um país como o Brasil, onde o ditado “política e religião não se discute”, é ecoado aos quatro ventos como sinônimo de sabedoria, a onda de ódio eleitoreiro cresce cada vez mais. Já não são raras amizades sendo desfeitas nas redes sociais por conta das paixões ideológicas.

    Opa, pera! Paixão ideológica? Será?

    Lembre-se do dito popular mais comum no Brasil: “política e religião não se discutem”. Então, por que tanta desavença eleitoreira em um país tão despolitizado como o nosso?

    Incitação da mídia? Emburrecimento coletivo? Aumento do egoísmo humano? Talvez um pouco de todas.

    Encerro dizendo: Amigos tucanoides e petralhas, vamos relaxar um pouco e deixar a tensão para eles. Porque na real, a gente que é do bem vai continuar fazendo a diferença e sendo relevante na vida próximo independente deles.

    Porém, para isso, precisamos manter a unidade, porque afinal, juntos somos mais fortes!

  • Eleição não muda nada

    Eleição não muda nada

    Um ano após o advento de junho de 2013, chegamos às eleições. Para muitos, o dia 05 de outubro seria o dia em que mudaríamos o futuro do Brasil; ou para melhor ou para pior.

    Esse clichê de que o destino do país está condicionado às urnas, penso eu, é uma grande falácia. Não amigos, no dia 05 de outubro não decidimos o futuro do Brasil, nem mesmo no dia 26, quando teremos o segundo turno. Votar é apenas um passo.

    Não temos nenhum candidato messiânico que solucionará todos os problemas da nação. A mudança é feita no coletivo. Nossa democracia representativa nos lobotomizou (ou fomos lobotomizados). Achamos que dez segundos diante de uma urna é tudo que devemos fazer. Absurdo!

    É preciso ir além.

    No dia 05 foi o que iniciamos um contrato de experiência com nossos representantes. Se eles ficarem aquém do esperado, devemos demiti-los, e não precisamos esperar quatro anos para isso. Exercemos nosso direito. Façamos barulho. Contudo, não adianta ir para as ruas e depois reeleger fichas sujas e descendentes dos velhos coronéis, como no caso do Rio, onde Pezão, vice do Cabral durante quase oito anos, segue liderando as pesquisas.

    O problema é que somos péssimos patrões. Não sabemos cobrar e tão pouco acompanhar nossos empregados. Vivemos a embriaguez do sucesso, suportando tudo a base de pão e circo.

    Então, caro leitor, entendamos que a eleição é apenas um importante passo para dias melhores, mas sua responsabilidade não se encerra nas urnas. Se você não fiscalizar o empregado, depois não vai adiantar reclamar do prejuízo ao seu bolso.

    Vote consciente.

    Marcello Vieira

  • Meias verdades dos dois lados. Eu, Marina e o PT.

    Meias verdades dos dois lados. Eu, Marina e o PT.

    Na guerra das informações, é preciso investigar muito se quiser ter realmente um voto consciente.

    Minha era das paixões ideológicas passou, por isso, consigo pensar em outra possibilidade sem ser o PT. Porém, é inquestionável que a gestão do Partido dos Trabalhadores afetou positivamente minha realidade social de pobre e de milhares de pessoas.

    Minha frustração se dá pelos escândalos, pela corrupção entre os antigos heróis e principalmente pela omissão perante a forte campanha dos Estados e da mídia em criminalizar os movimentos sociais.

    Faltou postura firme de uma presidente que já foi torturada na ditadura!

    Marina tem o benefício da dúvida. Até aqui não há escândalos com seu nome e sua história política merece respeito e admiração. Isso me motivou a decidir por ela em um primeiro momento. Contudo, nos últimos dias tenho lido bastante sobre a principal proposta de Marina – a autonomia do Banco Central legislada por lei.

    De fato, já temos um BC autônomo operacionalmente desde Henrique Meirelles, a questão agora é se isso vai ser regulamentado ou não por lei. Lula só conseguiu se eleger porque deixou o radicalismo de lado e passou confiança ao mercado financeiro. Nada diferente do que Marina faz agora, por isso esse terrorismo do PT em relação a ela é cinismo hipócrita.

    Se por um lado a campanha do PT ilustra um terrorismo contra Marina, também não podemos ser ingênuos e acreditar nesse discurso da Marina de “o Banco Central estará a serviço do povo e não dos interesses do partido que está no poder”.

    O BC nunca estará a serviço do povo. O BC sempre estará a serviço dos Bancos!

    O que Marina precisa deixar claro é se a proposta de lei para autonomia do Banco Central trará a clausula de demissão da diretoria caso metas estipuladas pelo Executivo não forem alcançadas. Se for assim, teremos um livre mercado com responsabilidades sociais, então, creio que dá para arriscar a mudança.

    Caso contrario, creio que apesar de tudo, a política econômica do PT ainda seja a mais segura, mesmo com o intervencionismo partidário.

    Se quiser debater o assunto sem paixonites ideológicas, partidarismos e com a razão, puxa uma cadeira e chega aê.

    #votoaindaemconstrução

  • Ex-ministra da cultura Ana de Hollanda surta com escolha de Juca Ferreira para coordenar a campanha da Dilma no campo cultural

    Ex-ministra da cultura Ana de Hollanda surta com escolha de Juca Ferreira para coordenar a campanha da Dilma no campo cultural

    No dia 04 de setembro, por volta das 18 horas, a Ex-Ministra da Cultura Ana de Holanda postou no facebook uma nota – que pareceu total recalque – reclamando da escolha do também Ex-Ministro Juca Ferreira para coordenar a campanha da presidenta Dilma no campo cultural.

    Pra quem não lembra, Ana de Hollanda foi a ministra que anulou o programa Cultura Viva, dando a entender que, segundo a ótica da mesma, “cultura de base” não é cultura. Uma pergunta que todos os movimentos culturais do Brasil se fazem até hoje.

    Porque anular um programa cultura como o Cultura Viva, que teve tanto sucesso nos movimentos culturais populares, no mandato dos Ministros Gilberto Gil e do próprio Juca Ferreira?

    O próprio Movimento Enraizados, hoje é o que é grande parte por conta das ações do governo federal ligadas ao programa Cultura Viva, principalmente os Pontos de Cultura.

    Em seu texto, Ana de Hollanda tenta desmerecer a pessoa de Juca Ferreira, que tem muita proximidade e respeito pela cultura de base de todo o Brasil.

    Diversos militantes da cultura de base consideram um avanço a escolha do ex-ministro para essa missão, isso dá a esperança de uma continuidade de um programa cultural para todos e não só para elite burguesa do Brasil.

    Abaixo o texto de Ana de Hollanda na íntegra e o link (Deixem seus comentários)


     

    Caros amigos e seguidores facebuqueiros,
    Fui surpreendida hoje com uma notícia bastante preocupante para a Cultura e para a campanha de reeleição da Presidente Dilma. O ex-ministro da Cultura, anterior à minha gestão, Sr. Juca Ferreira, foi chamado para coordenar a campanha da candidata petista no campo cultural.
    A escolha em si poderia ser considerada natural, não fosse ele um político de personalidade polêmica, extremamente belicista que, fora cargos públicos que ocupou, tem pouca relação ou conhecimento da complexa realidade do mundo da cultura.

    Desde que meu nome foi anunciado como uma possível futura ministra, nos fins de 2010 (quando ele se empenhava na campanha do “fica Juca”), até o fim de minha gestão, ele trabalhou obsessivamente, apoiado por grupos de militantes de sua ligação, em uma campanha sórdida de difamação, calúnias sobre mim e inverdades sobre o trabalho desenvolvido no MinC.

    Esse grupo orquestrou, pela internet, tuitaços e blogaços de baixíssimo nível, assim como enviou representantes ao ministério com ameaças e chantagens. O ex-ministro, pessoalmente, e seu grupo chegou ao extremo de, na abertura do Festival de Cinema de Brasília em 2011, no escuro e fundo da sala, puxar vaias, enquanto o resto aplaudia.
    Por ser um governo de continuidade, evitei entrar em confronto direto, como ele provocava, assim como não divulguei todas as irregularidades como pontos de cultura a mais de um ano sem receber, convênios glosados pelo parecer da CGU, etc.

    Mas a pergunta que não quer calar é o que, no meio de uma campanha tão dividida, motiva o partido a chamar para coordenar uma pessoa controversa que mais afasta do que aglutina o meio cultural? Que divulga no Globo online que “relação com a classe artística azedou de vez na gestão de Ana de Hollanda no Ministério da Cultura”?

    Para finalizar, quero deixar claro que meu meio é o das artes, não tenho a menor ambição política e só aceitei o cargo temporário de Ministra da Cultura, feito diretamente pela Presidente Dilma, por ser um desafio numa área que conheço bem e tenho ótima interlocução.

    Leia aqui, diretamente no facebook


     

  • Aécio pode desistir do Planalto e assumir candidatura a governador

    Aécio pode desistir do Planalto e assumir candidatura a governador

    Depois da entrada sinistra de Marina Silva no atual cenário político do país, se candidatando à Presidência da República pelo PSB após a trágica morte de Eduardo Campos, os resultado das pesquisas deram um pire-paque e o senador Aécio Neves (PSDB) foi deslocado para o terceiro lugar pela ex-ministra do Meio Ambiente.

    Isso fez com que Aécio e os seus parassem para pensar em novas estratégias, algumas de alto risco político.

    Segundo o repórter Gerson Camarotti (G1), Aécio vai focar em Minas Gerais, porque o candidato do PT ao governo do Estado, Fernando Pimentel, está 14 pontos na frente do candidato do PSDB, Pimenta da Veiga, e isso pode ser FATAAAAAAAAAAL!!!

    Segundo um monte de gente do PSDB, que inclui o cacique Camarotti e o coordenador de redes sociais Pedro Brandão Guadalupe, se Marina ultrapassar muito o Aecio, ele sai, apoia ela, ganha no primeiro turno e vira Governador de Minas Gerais e evita de perder R$ 75 bilhões e 17 mil cargos comissionados.

    A notícia foi publicada no site “Pautando Minas”