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  • Eddi MC lança três novos singles e reafirma a força do rap da Baixada Fluminense

    Eddi MC lança três novos singles e reafirma a força do rap da Baixada Fluminense

    Rapper de Belford Roxo retoma carreira solo com músicas inéditas disponíveis nas plataformas digitais

    Por DJ Fábio ACM

    Eddi MC, um dos pioneiros do hip hop na baixada fluminense do Rio de Janeiro, está de volta à cena musical com o lançamento de três faixas inéditas nas plataformas digitais. Conhecido por fundar a banda Nocaute ao lado de Nino Rap, indicada ao Grammy Latino em 2002, Eddi MC segue fiel à missão de valorizar a cultura periférica e denunciar as desigualdades sociais por meio da música.

    Natural de Belford Roxo, Eddi começou sua trajetória nos anos 1980, em meio ao boom do reggae na Baixada, mas foi fisgado pelo rap ainda jovem. Com uma carreira marcada por engajamento político, ações sociais e projetos literários, o rapper nunca se afastou da arte. Agora, ele se reinventa em carreira solo, com produção independente, e mostra que sua mensagem segue atual e raiz.

    “Éramos Reis”: diálogo Brasil-África sobre racismo e resistência

    Link: https://open.spotify.com/intl-pt/track/1vNfLocSuswr3MomNvwwWO?si=47ebe387b6764746

    A primeira faixa lançada, “Éramos Reis”, é uma parceria internacional com o rapper moçambicano BIG MASTER C. Produzida por Bira Andrade, a música carrega uma lírica combativa e poética, denunciando o racismo estrutural. O encontro entre os dois artistas – um brasileiro, outro africano – reafirma os laços históricos de um povo que resiste e reivindica seu legado:

    “Éramos reis, e hoje são poucos os presidentes.
    Éramos reis no nosso continente, Brasil do procedente
    (…)
    Ao redor do mundo, ao redor do planeta
    A cor do dinheiro quase nunca é nota preta”

    O encontro entre as vozes de Eddi e Big Master C, reconhecido como “o rapper mais ligeiro da África”, une dicção afiada com consciência crítica, num diálogo entre continentes unidos por história e luta.

    “A Baixada Nunca Se Rende”: poesia da favela vira canção

    Link: https://open.spotify.com/intl-pt/track/1h1jGEj1dFtHX59yZ6t9CU?si=0ddb4d5235144347

    A segunda música, “A Baixada Nunca Se Rende”, nasce de um poema da veterana Celeste Estrela, artista mineira radicada há mais de 40 anos na favela de Manguinhos. A faixa, com produção de Du-Brown, mistura ritmos da música nordestina — zabumba e triângulo — com batidas eletrônicas da Roland 808, criando um rap híbrido e poderoso.

    “A Baixada sonha com igualdade social
    A baixada não se rende, não
    A baixada quer carinho, quer amor e atenção”

    Celeste, autora do livro Coroação Preta, é símbolo da resistência cultural da favela, e sua colaboração com Eddi MC reforça a pluralidade de vozes que compõem o cenário artístico da Baixada. A canção é um hino à periferia, à luta por dignidade e ao afeto que nasce em territórios constantemente estigmatizados.

    “Beatbox – o sexto elemento”: rap e rock para celebrar o hip hop

    Link: https://open.spotify.com/intl-pt/track/55dQUuu27OE74yD0WyVt86?si=15a4c503eafe4c5f

    A terceira novidade é “Beatbox – o sexto elemento”, faixa que reúne o rap com o rock — marca da antiga banda Nocaute — e presta homenagem ao beatbox, elemento fundamental da cultura hip hop. Produzida por Du Brown, a música conta com a participação do guitarrista Jailson Lisboa, também da Baixada (São João de Meriti), e evoca a tradição de unir estilos como fizeram Run DMC e Aerosmith em 1986.

    “Rap, DJ, break, conhecimento, grafite, beatbox – sexto elemento
    O beatbox dá um clima na roda
    Bota as ruas no centro, por isso que incomoda”

    A faixa celebra a inventividade do beatbox como caixa de som humana e reforça o papel do hip hop como movimento educacional e ancestral.
    Ainda sobre o Beatbox, Eddi MC lançou em 2007 o curta-metragem Beat Box – O Sexto Elemento, produzido de forma independente no morro do Cantagalo, no Rio de Janeiro. O filme registra uma versão do Hino Nacional em ritmo do rap, interpretada por crianças de um projeto social da comunidade. Com menos de 15 minutos, o curta foi exibido em festivais no Brasil e na Holanda, e reforça o poder transformador da cultura hip hop e das tecnologias acessíveis no audiovisual.

    Para assistir, acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=bF5TN-78YVI

    Resistência, arte e história viva

    Além das novas músicas, Eddi MC segue ativo como escritor e militante cultural. Ele é autor de um capítulo no livro A Força das Falas Negras e integra o coletivo Baixada Nunca Se Rende, voltado à valorização dos artistas e da produção cultural da região.

    O retorno de Eddi MC não é apenas musical: é um manifesto. Sua voz ecoa por escolas, favelas e centros culturais da Baixada, reafirmando que o hip hop continua sendo ferramenta de transformação e resistência.

    Os três singles já estão disponíveis nas principais plataformas de streaming. Para quem acompanha a história do rap nacional e valoriza a força da cultura periférica, esse é um retorno que merece ser celebrado — e ouvido no volume máximo.

    Sobre o Beatbox: a bateria humana da cultura Hip Hop

    O beatbox é uma forma singular de expressão musical, nascida dentro da cultura Hip Hop nos anos 1980, em Nova York. Trata-se da arte de criar batidas, ritmos e sons apenas com o uso da boca, lábios, língua, garganta e passagem nasal. Segundo Kuhns (2014), o beatbox simula os elementos da percussão, utilizando o corpo como instrumento — por isso, também é conhecido como instrumento humano. Geralmente, é praticado por MCs e outros integrantes do Hip Hop que exploram ao máximo as possibilidades sonoras da voz.

    Inspirado nas drum machines, caixas eletrônicas de ritmo que eram caras e inacessíveis à juventude negra e periférica, o beatbox surgiu como uma alternativa criativa e acessível. Daí vem o nome “Human Beatbox”: pessoas que imitavam os sons dessas máquinas com a própria voz.

    Artistas como Doug E. Fresh e Darren “Buffy” Robinson, do grupo Fat Boys, foram pioneiros no uso da técnica, ajudando a expandir sua popularidade e sofisticação. Outros nomes como Bobby McFerrin também contribuíram para o desenvolvimento da arte vocal em outros gêneros, como o jazz.

    No Brasil, o beatbox ganhou força a partir dos anos 1990 e 2000, com nomes como Fernandinho Beatbox, de São Paulo, e Fábio Carrão, do Rio de Janeiro, que se destacaram em batalhas, shows e oficinas educativas, formando gerações de novos beatboxers.

    Os elementos básicos do beatbox são o bumbo, a caixa e o chimbal. O bumbo é produzido com pressão labial e explosão de ar ao pronunciar letras como “p” ou “b”. A caixa vocal se aproxima do som agudo de uma tarola, usando variações como “pf”, “psh” ou “ps”. Já o chimbal simula pratos de bateria e pode ser criado com as consoantes “t”, “k” ou “ch”.

    Referências:
    BETHÔNICO, Jalver. Beatbox em Loop: Crescimento de ideias e seu desdobramento na arte digital e no design sonoro. Texto Digital: Florianópolis, v. 5, n 1, p.248-275, jul. 2013.
    DEHNHARD, Tilmann. Tilmann Dehnhard: Flutebeatboxing for flute. Universal Edition, 2015.
    KUHNS, Christopher. Beatboxing and flute: Its history, repertoire, and pedagogical importance. Tese de doutorado em música, Frorida State University College of Music, Florida, 2014.
    VÁZQUEZ, Óscar. Método de Flutebox: El método para aprender y enseñar flauta beatbox. Espanha, Guzmán el bueno, 2017.
    Revista África e Africanidades – Ano I – n. 2 – Agosto. 2008 – ISSN 1983-2354
    LUDDENS, Douglas. Celeste Estrela. Wiki Favelas – Dicionário de Favelas Marielle Franco.

    Disponível em: https://wikifavelas.com.br

  • “Nuvem ent.” revela “Senhorita”: Uma Jornada Cósmica de Autodescoberta e Identidade

    “Nuvem ent.” revela “Senhorita”: Uma Jornada Cósmica de Autodescoberta e Identidade

    Nova Iguaçu, 23 de outubro de 2023 – A “Nuvem ent.” anuncia o lançamento oficial de “Senhorita” do talentoso artista “I,go”. Esta peça musical inovadora mergulha os ouvintes em uma trama única, onde a imaginação floresce, dando vida a personagens envolventes que protagonizam um diálogo enigmático.

    “Senhorita” é mais do que apenas uma música; é um convite para questionar, resistir ao comum e dançar nos limites da nossa compreensão. A faixa narra uma história de autodescoberta, rebelião e aceitação, desvendando as camadas profundas da existência humana e nos guiando por um labirinto de identidade.

    Nesta jornada cósmica, “I,go” nos leva por um caminho onde personagens misteriosos se encontram em um diálogo profundo. As palavras sussurram sobre um ser supremo, enquanto exploram a desconexão de seus próprios seres, perdendo suas asas divinas e se tornando humanos.

    Em “Senhorita,” cada acorde é uma pergunta e cada melodia é uma resposta, revelando a desconexão onde antes havia asas, agora há humanidade. É uma história evolutiva, uma jornada na qual o desconhecido se torna o eu verdadeiro, o lugar e o propósito.

    Para a experiência visual que complementa essa narrativa musical intrigante, convidamos você a assistir ao vídeo clipe de “Senhorita.” O vídeo já está disponível no canal Estúdio Nuvem no YouTube, transportando os espectadores para o universo fascinante criado por “I,go”.

     

    A composição da música foi inteiramente feita pelo talentoso artista “I,go”, enquanto a produção musical foi uma colaboração entre “I,go e Ninja”, que também cuidou da mixagem e masterização. O visual envolvente do clipe foi criado pela MASMORA.INC, composta por Higordão & Josy Antunes, com performances notáveis de Ocibar, Aclor e do próprio I,go.

    Durante todo o processo, Rafael Ribeiro e Marianna Batista foram os responsáveis pela comunicação e mídias sociais, sendo membros essenciais da equipe da Nuvem ent.

    “Senhorita” não é apenas uma música; é uma experiência, uma jornada pela alma humana, uma exploração do desconhecido. A Nuvem ent. convida você a se perder nesta fascinante narrativa musical e visual, descobrindo o significado de ser verdadeiramente humano.

    Sobre a Nuvem ent.:
    A Nuvem ent. é uma gravadora dedicada a descobrir e promover artistas inovadores, oferecendo uma plataforma para a expressão criativa e musical. Com um compromisso com a originalidade e a autenticidade, a Nuvem ent. continua a trazer experiências musicais únicas para o público em todo o mundo.

    Youtube:
    https://www.youtube.com/watch?v=YNh2c9q5K7I&pp=ygUNZXN0dWRpbyBudXZlbQ%3D%3D


    Spotify:
    https://open.spotify.com/intl-pt/album/6SISny6ItOhuDLFV73bBkI?si=qN_Lm1DpSFqoPdz_7vCs0g

     

  • O desafio dos trabalhadores da arte na Baixada Fluminense no pós pandemia

    O desafio dos trabalhadores da arte na Baixada Fluminense no pós pandemia

    Após um longo processo de descaso, a Baixada Fluminense toma fôlego e tenta se reestruturar apesar das sucessivas tentativas de desmonte do setor, capitaneado por várias frentes que enxergam a produção e disseminação cultural periférica como inimigas.

    Para complicar ainda mais a situação, a pandemia empoderou uma vertente anticultural inflamada, incendiando o discurso de ódio que só esperava a oportunidade de sair das sombras. Iniciou-se então uma caça às bruxas e assim se deu início a uma investida contra o setor, só vista anteriormente no regime ditatorial de 64.

    Sendo morador da região e ativista em contato direto com as bases, vi situações e ouvi relatos que realmente nos mostrou quão séria era a situação.

    Muitos artistas que estavam fora do eixo do mercado convencional, mesmo apesar de todos os contratempos conseguiam se manter, contudo a ideia e objetivo era: – “Extinguir os que eram considerados elementos de manipulação pela então esquerda comunista que só absorviam recursos da Lei Rouanet e nada produziam”.

    Constatamos de perto a dura batalha desses resilientes que sempre estiveram no front e de cabeça erguida, em muitos casos alguns tiveram que se desfazer de seus equipamentos ou até mesmo instrumentos musicais que eram utilizados como ferramenta de trabalho.

    Durante esse período conturbado nós, no Instituto Enraizados, conseguimos repassar uma grande quantidade de cestas básicas e vários tipos de doações como roupas, material didático, material de higiene, incluindo álcool gel e máscaras descartáveis.  Criamos um canal (Emergencial Bxd ) de interlocução com os artistas, produtores e trabalhadores da cultura que estavam em dificuldades e compartilhamos com eles não só as doações, mas também as informações a respeito de como acessar os recursos e os editais que estariam por acontecer.

    Distribuição de cestas básicas no Enraizados
    Distribuição de cestas básicas no Enraizados

     

    A situação realmente era séria, já que nem acesso aos transportes públicos as pessoas estavam tendo, então muitos optaram por realizar outras atividades remuneradas como: motorista de aplicativo, entregador de produtos vendidos pela internet, entregador de lanche ou venda de produtos alimentícios na própria residência. Outra problemática foi como fazer toda essa logística funcionar de uma maneira que não colocasse os voluntários em risco e que chegasse de maneira eficiente às pessoas que realmente necessitavam.

    Muitas artesãs tinham como fonte principal de subsistência a venda de seus produtos, e muitas eram senhoras com idade avançada e sem permissão para expor suas mercadorias. Pudemos fazer um paralelo entre os empresários/exploradores que conseguiam por meio de decisões judiciais, permissão para se manter obtendo lucros às custas da saúde e segurança de seus empregados, e essas senhoras que sequer puderam ocupar as calçadas e praças das cidades.

    Mas nesse furacão que parecia não apresentar melhoras, a Lei 14.017/2020, conhecida popularmente como Lei Aldir Blanc, foi sancionada à base de muito custo e disputas.

    Começou então outra via crucis, que foi a elaboração das propostas por parte dos artistas e o entendimento por parte dos gestores municipais estarem aptos a receberem e implementarem esses recursos, foi uma maratona dolorosa perceber que nem todos os artistas tinham sequer a compreensão de como colocar suas ideias no papel de forma clara, e que nem todos os legisladores públicos municipais tinham a expertise para fazer esse recurso tão urgente estar disponível. Tentamos dar suporte a grupos e artistas que nunca haviam sequer pensado em escrever um projeto. Essa deficiência ficou evidente durante esse período e ainda hoje precisamos pensar formas de sanar essa questão o quanto antes, mas esse será um assunto que pretendo abordar em outra coluna.

    Samuca Azevedo
    Samuca Azevedo

    Por fim, os valores foram disponibilizados e muitos artistas (e coletivos) conseguiram acessar, e então uma situação mais crítica pôde ser evitada.

    Cabe agora a nós que temos um pouco mais de lucidez (se é que temos), tentarmos equalizar essa situação e dar suporte a quem precisa para as próximas oportunidades que estão se alinhando no horizonte.

    Estamos em um momento pós pandemia, onde apesar das mais de 700 mil mortes (que poderiam ter sido evitadas), estamos ensaiando um momento de normalidade. Nossa classe (artística cultural periférica) está convalescente e emergindo das profundezas para retomar o fôlego e tentar retornar a realidade, apesar da tentativa de massacre que sofremos durante 04 anos, vamos tentar compreender o cenário que nos deixaram, e como fênix tentar ressurgir dessas cinzas que ficaram como legado, mas apesar de feridos, saímos mais sábios e mais calejados.

    Sarau Poetas Compulsivos no Buteco da Juliana, em Morro Agudo
    Sarau Poetas Compulsivos no Buteco da Juliana, em Morro Agudo

    Muitos elos se fortaleceram e vários sonhos foram criados, muitas pontes estão sendo construídas, morremos um pouco com nosso passado recente, mas a decisão de ficar no caixão é individual.

    A Baixada Fluminense sempre foi e sempre será resiliente em todas as áreas, novas oportunidades estão por chegar, ao menos agora temos um vislumbre de que algo muito bom nascerá depois de todo esse caos.

    Sigamos em frente.

  • De Rap Ente BF: Slow da BF compõe músicas em homenagem a oito lideranças da Baixada Fluminense

    De Rap Ente BF: Slow da BF compõe músicas em homenagem a oito lideranças da Baixada Fluminense

    Talvez você não conheça o Luiz Claudio, mas certamente, se é do meio hip hop, já ouviu falar em Slow da BF, o artista multifacetado que leva o amor pela Baixada Flumienense para todos os cantos onde vai.

    Eu, inclusive, passei a militar pela Baixada Fluminense encantado por suas falas apaixonadas pelo local, e a partir de então comecei a entender a potência artística e cultural que existe na região.

    Mas certamente Slow se superou nessa nova obra em que homenageia oito lideranças da Baixada Fluminense, e para minha felicidade estou entre elas. Mas no time peso pesado, escolhido cuidadosamente pelo rapper, estão também Cacau Amaral, Sylvio Neto, Edson Kbça, Mais Alto da BF, BBoy Vitin, Renato Aranha e Heraldo Pereira.

    O álbum, que nasceu em formato de podcast, se chama “De Rap Ente BF” e foi contemplado pelo Edital Programa Cultura Presente Nas Redes, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado do Rio de Janeiro, edital este que foi lançado para fomentar propostas culturais, de até R$ 2,5 mil, recursos do Fundo Estadual de Cultura, que pudessem ser executadas e transmitidas via internet por artistas em todo território fluminense, uma vez que em virtude da pandemia do COVID-19 não estão sendo permitidas apresentações culturais em casas de show, teatros e outros espaços.

    O roteiro do podcast e todas as letras das músicas ficaram por conta do Slow da BF, já a sonoplastia e a produção musical foram criativamente concebidas pelo DJ Fábio ACM, parceiro de longa data do rapper.

    E pra facilitar tua vida, eu já deixo separadinho aqui, faixa por faixa, pra você ir direto ao ponto, depois que, logicamente, ouvir tudo pela primeira vez, de cabo a rabo.

    Link direto para as músicas:

    Cacau Amaral: 3:50
    Sylvio Neto: 10:19
    Edson Kbça: 16:57
    Mais Alto da BF: 22:32
    BBoy Vitin: 27:00
    Renato Aranha: 32:05
    Dudu de Morro Agúdo: 35:16
    Heraldo Bezerra: 42:01

    SAIBA MAIS

    Slow da BF: www.instagram.com/slow_dabf

    Plataformas digitais

    Spotify: https://open.spotify.com/show/1jz4zAa7ytctqn4HeoAb9z
    Soundcloud: https://soundcloud.com/derapentebf/de-rap-ente-bf
    Anchor: https://anchor.fm/slow-da-bf/episodes/DE-RAP-ENTE-BF-Apresentao-Slow-da-BF-ejhitp/a-a36pgjt
    You Tube: https://youtu.be/fdU0sepBvYM

  • Setor Bronx vai direto do ‘Rock In Rio’ para o ‘Festival Enraizados’, que acontecerá em Nilópolis

    Setor Bronx vai direto do ‘Rock In Rio’ para o ‘Festival Enraizados’, que acontecerá em Nilópolis

    O “Festival Enraizados” é um festival de música que está sendo produzido pelo Instituto Enraizados em parceria com o Galpão 252 com o intuito de juntar diferentes tribos, música orgânica com a eletrônica, bandas de rock com a galera do rap, DJs com poetas… a ideia é criar um ambiente múltiplo de entretenimento onde o público também seja diverso.

    Contudo o pano de fundo deste festival é o mais interessante, pois projeto nasce a partir de uma causa: A Campanha do Quilombo Enraizados.

    O Instituto Enraizados é uma instituição com 20 anos de atuação na Baixada Fluminense, já formou centenas de jovens artistas, realizou parcerias com artistas e instituições de diversas parte do mundo, trazendo assim uma visibilidade positiva para a região, mas diante da atual crise, a instituição está precisando de ajuda para não fechar as portas.

    Sendo assim esse festival surge na perspectiva de fortalecer uma instituição que fortaleceu uma infinidade de jovens nos últimos anos, onde todo o dinheiro arrecadado com a venda dos ingressos será revertido para a campanha.

    A ideia do festival surgiu após um encontro entre Dudu de Morro Agudo e Samuca Azevedo, do Instituto Enraizados, e Ricardo Jardim, do Galpão 252, como nos conta Dudu: – “A gente foi lá pra agradecer a colaboração do Ricardo na campanha do Quilombo, então ele imediatamente disponibilizou o Galpão 252 para alguma atividade com o intuito de ajudar mais na campanha, então a gente começou a desenhar a ideia de um festival de música”.

    Banda T-Remotto, de Nova Iguaçu
    Banda T-Remotto, de Nova Iguaçu

    Estão confirmados no line up do evento a banda T-Remotto, de Nova Iguaçu, a banda Setor Bronx, de Padre Miguel, Zona Oeste do Rio de Janeiro, além do próprio Dudu de Morro Agudo, que apresentará o mesmo show que fez no Rock In Rio, no último dia 29 de setembro.

    A banda Setor Bronx, que também se apresentou no Espaço Favela, do Rock In Rio, são parceiros do rapper Dudu de Morro Agudo, que já participou de duas músicas da banda, e ainda fizeram uma dobradinha durante o maior festival do mundo, onde DMA se apresentou no dia 28 com o Setor Bronx, e a banda participou do show do rapper no dia 29.

    Certamente haverá uma participação também no dia 25 de outubro, quem estiver por lá poderá conferir as músicas “Os 03 MCs Bolados” e a “Fogo Cruzado” que está com um clipe recém lançado no canal da banda no youtube.

    DJ Dorgo, além de ser o apresentador da festa, será o DJ residente; o bonde da Nuvem Rec abrirá a noite com um show que conta com a participação de diversos MCs do selo; mas além dos shows e diversas intervenções artísticas, o que promete ser o ponto alto da festa é o bailão de encerramento, comandado pelxs DJs Imperatriz, Tikana, Moonjay e TK.

    O festival tem tudo pra proporcionar uma noite bem agradável e os produtores esperam que o público apareça não somente pela música – o que já seria mais do que justo, mas também pra fortalecer na causa do Quilombo Enraizados, e além de tudo o valor é super acessível, apenas 10 reais.

    SERVIÇO
    O que? Festival Enraizados
    Quando? 25 de outubro
    Onde? Galpão 252 – Olinda – Estr. Sen. Salgado Filho, 252 – Olinda, Nilópolis – RJ, 26510-110
    Quanto? Entrada R$10 (Dez Reais)
    Informações: (21)4123-0102 ou enraizados@gmail.com

    Evento no facebook: https://web.facebook.com/events/437403386900630/

    Link para a Vaquinha (Financiamento Coletivo): https://benfeitoria.com/QuilomboEnraizados

  • ‘Baile de Morador’ vai comemorar o Dia da Baixada

    ‘Baile de Morador’ vai comemorar o Dia da Baixada

    A disputa de poder nas cidades metropolitanas tem uma vítima em comum: os moradores. Diante disso, moradores da Baixada Fluminense se reuniram para organizar um baile e tirar do fundo da garganta seus gritos por mais amor, igualdade e uma sociedade mais justa.

    “Troquei ideia com o Rogério [proprietário do Cultural Bar] e a gente identificou o quanto o movimento na rua caiu, não só por causa da tal crise financeira, mas também da crise de segurança. Nada mais justo então do que criar esse ambiente seguro baseado no entretenimento e a ocupação do espaço público” – explica Wesley Brasil, idealizador do Baile de Morador, que também fará o papel de apresentador.

    A principal atração da noite é Lisa Castro, que traz em seus versos o empoderamento negro, principalmente feminino. A identificação dos moradores da Baixada Fluminense é garantida em seus versos que homenageiam a região, especialmente Morro Agudo – bairro iguaçuano onde a artista vive.

    O evento traz ainda uma novidade para o mercado musical: Tonny. Mc conhecido em São João de Meriti, suas rimas em batalhas se tornaram letras para músicas, onde confronta sua homossexualidade com o ambiente hétero e muitas vezes machista e homofóbico do rap.

    DJ’s moradores da Baixada também comandam o baile: Deluna (Mesquita), que é membro do coletivo Telemafia; D’emmer (Nova Iguaçu) do coletivo Ghetto; e Pedro Dog (Nilópolis), da Batalha do Real e Festa Kick’z.

    No melhor estilo ‘block party’, o Baile de Morador terá ainda um espaço para moradores que vendem doces e outras coisas em pequenas tiragens. Para se cadastrar basta entrar em contato pela página do evento no Facebook.

    O evento tem a entrada franca e conta com o apoio do Cultural Bar de Nova Iguaçu, um espaço conhecido na cidade por ser ponto de encontro de intelectuais e artistas da região, recebendo eventos de jazz, poesia, rap e outras expressões musicais.

    SERVIÇO
    Baile de Morador
    30/04, 17h
    Cultural Bar
    Rua Floresta Miranda, Centro – Nova Iguaçu

    Mais informações: https://facebook.com/events/2084641034909474/

  • Baixada Fluminense: Pertencimento é a palavra-chave

    Baixada Fluminense: Pertencimento é a palavra-chave

    Por que a Baixada ainda não é um referencial no rap?

    A constante ebulição de eventos locais e artistas emergentes me faz questionar: Por que a Baixada Fluminense ainda não é vista no seu todo? Sim, existem algumas exceções, alguns artistas que se destacam, mas são muito poucos para a enorme região que representam.

    É muita verdade que, certas vezes, o meio cultural não abraça uma nova iniciativa de cultura local (eu já participei de um sarau, sei do que eu estou falando). Acredito muito nos coletivos e projetos individuais, cada vez mais artistas nossos tem que se destacar realmente, mas uma hora teremos que pensar em algo mais abrangente territorialmente mesmo. É muito legal o Coletivo A, o Coletivo B, mas e a Baixada?

    Você se destaca, cresce como artista e de repente só faz show no Centro?

    O público de lá ao menos sabe de onde você vem?

    Você fala da Baixada nos seus versos?

    No fim das contas é uma questão de pertencimento, essa é a palavra-chave, pertencimento e amor. Por enquanto são pequenos passos, mas já está mais do que na hora de sermos enxergados, não só individualmente, como num coletivo.

    Baixada no Topo.

    Coletivos organizados são tirados como panela.

  • De DJ a Produtor de Eventos, Dorgo é um dos espelhos que compõe o Caleidoscópio

    De DJ a Produtor de Eventos, Dorgo é um dos espelhos que compõe o Caleidoscópio

    Desde que trocou a profissão de mecânico pela arte, Marlon Gonçalves tem estudado para atuar em todos os campos possíveis da cultura urbana. 

    Marlon Gonçalves, aka DJ Dorgo, é atualmente o DJ mais atuante na Baixada Fluminense, tocando com os principais grupos da região, como o grupo #ComboIO (campeão mundial de hip hop pelo Take Back The Mic 2015 – Miami – USA) e Gustavo Baltar (Semi-finalista do Take Back The Mic 2016 – Los Angeles – EUA).


    DJ residente das principais festas de hip hop de Nova Iguaçu, como o Musicação na Pista e o Caleidoscópio, Dorgo se destaca na cena por valorizar os artistas independentes do rap nacional e principalmente da baixada em suas sessions, o que o faz ser convidado para tocar em diversos eventos como a Brooklyn, Faveliera, Batidas & Rimas, etc.

    No Instituto Enraizados participa dos projetos #RapLAB e do grupo Dinastia, que o levou a dividir o palco com o MC Marechal durante o evento Jovem Negro Vivo, promovido pela Anistia Internacional no Leão Etíope, no Méier.
    Começou sua trajetória em 2016 e apesar do pouco tempo de carreira, ele tem muitos anos de estudo e pesquisa além de ter feito um curso de Dj numa parceria do Afro Reggae com o Sebrae, tendo como instrutor o DJ Nino Leal, o que o faz ser extremamente requisitado por grupos de rap para freelance em shows, como foi o caso do grupo Sigavante (BH), que o contratou para uma turnê realizada no Rio de Janeiro. 

    Além de atuar como DJ e integrar o squad do Brechó Original BXD, se formou em audiovisual e produção de eventos pelos cursos propostos pelo Enraizados, tendo o Dudu de Morro Agudo como mentor e professor. Dorgo é o produtor do Projeto Literatura das Ruas, que foi aprovado no edital Territórios Culturais / Favela Criativa, idealizado por Moonjay e um dos produtores do Caleidoscópio.

     

     

    Contato:

    (21) 9.8315.9016
    dorgodj@gmail.com
    soudclound

  • Conceito de brechó visto com outros olhos cria uma tendência de moda consciente

    Conceito de brechó visto com outros olhos cria uma tendência de moda consciente

    No Caleidoscópio terá uma feira criativa, com barracas e diversos brechós expondo e levando novidade para o público. Então nada melhor do que explicarmos do que se trata esse fenômeno que veio revolucionar seu guarda-roupa.

    Nos últimos anos jovens empreendedores conseguiram reinventar os brechós. O conceito continua o mesmo: roupas usadas que são vendidas por um preço super acessível. Porém eles fizeram mais, transformaram o bazar do bairro que passava despercebido em um mundo de garimpo ao apresentar a moda consciente, dando um pisão nessas surperlojas de departamento que vendem blusinhas por um valor absurdo.

    O Brechó Original BXD é um grande exemplo disso, a idealizadora, Renatinha, começou com o brechó em 2016 e foi uma das pioneiras a inserir esse estilo no contexto da galera. Com um brechó online e itinerante, ela publica foto das roupas no Instagram e expõe em eventos pela Baixada, lembrando sempre da grande diversidade existente. Seleciona a dedo as peças que serão vendidas nos eventos e também se preocupa em criar um ambiente agradável, levando roupas usadas em perfeito estado para vários estilos, gostos e tamanhos, tentando mostrar a todos que, para andar na moda ou se vestir bem, não é necessário gastar muito.

    Esse fenômeno não é um privilégio local, diversos brechós ao redor do mundo estão se transformando em pontos de moda alternativa cheios de bom gosto e autenticidade. Tenho certeza que tem um aí bem pertinho de você!

     

    Mais informações:

    • Brechó Original BXD
    • Caleidoscópio
  • Baixada se une em prol do Beco #03

    Baixada se une em prol do Beco #03

    O Festival  queridinho da BXD tá de volta! Ou pelos menos quer muito estar…

    O Beco é um Festival que reúne diversas festas do Rio de Janeiro e, com maestria, exerce o direito de ocupar o espaço público, mistura gêneros musicais, tribos, pessoas de todos os tipos, e amor… muito amor!

    Aconteceram duas edições em Nova Iguaçu, em 2015 e 2016, que foram um completo sucesso e abalaram quem estava presente, deixando quem não pôde ir com água na boca e uma curiosidade enorme para conhecer o Festival.

    As coisas complicaram bastante na segunda edição, quando, aprovados no Edital de Carnaval, realizaram todo o evento e não foram pagos pela Secretaria Estadual de Cultura, ficando com um prejuízo enorme.

    Ainda assim a família do Beco Festival quer fazer a terceira edição, pelo terceiro ano consecutivo. Mas pra isso acontecer, a produção precisa arrecadar uma quantia necessária para que possa continuar sendo “O BECO Festival”, nada mais, nada menos. Então foi lançada uma campanha coletiva (catarse.me) para que o público possa contribuir e ajudar essa festa linda acontecer.

    E pra você que tá tão ansioso quanto eu, ainda tem a BECO TOUR. Uma prévia do que realmente acontece no Festival em uma mini proporção, deixando todo mundo com aquela vontadezinha de quero mais e a ansiedade batendo na porta.

    Espero todos vocês no Beco #3 pra emanar felicidade e rebolar o cuzcuz sem julgamento!

     

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