Tag: Baixada Fluminense

  • One Way fará pocket show no “FAU 021 x Pavuna LongBoard”

    One Way fará pocket show no “FAU 021 x Pavuna LongBoard”

    One Way é um dos mais influentes e talentosos grupos de rap da nova safra de MCs da Baixada Fluminense, formado por Rick, Caslu e Drope, tem como principal característica não se apresentar somente em festas de rap, tentando fugir sempre das rotulações.

    Mas como as festas de rap são o habitat natural da nossa rápa, eles estarão presentes na festa mais louca de cultura urbana que acontecerá na Pavuna, dia 20 de julho. Eu tô falando do “FAU 021 x Pavuna LongBoard”. Quem estiver lá poderá curtir os moleques cantando as músicas Olfato e Visão, nos intervalos da sangrenta batalha de MCs.

    Pra quem não tá ligado, o One Way já lançou um EP, chamado “Sentidos”, que foi gravado e masterizado por Átomo, do rapper grupo de rap U-sal, porém o segundo disco já se encontra em processo de produção, sempre priorizando a qualidade do som que fazem.

    SERVIÇO:
    FAU 021 x Pavuna LongBoard
    Dia 20 de julho de 2014
    A partir das 14 horas.
    Show do OneWay às 18:15
    Onde: Arena Carioca Jovelina Pérola Negra – Pavuna
    Grátis

  • Cinema de Guerrilha lança curta de 20 segundos com atuação de Dudu de Morro Agudo e Wesley Brasil

    Cinema de Guerrilha lança curta de 20 segundos com atuação de Dudu de Morro Agudo e Wesley Brasil

    Ninguém poderia imaginar que, depois da meia-noite do dia 30 de junho, após o encerramento do evento realizado mensalmente pela galera do Cinema de Guerrilha, em São João de Meriti, onde foi exibido o clipe #Legado, do rapper DMA (Dudu de Morro Agudo), a galera ainda tivesse fôlego para fazer um filme, mas foi justamente o que aconteceu.

    Durante um bate-papo empolgado entre DMA, Samuca Azevedo, Wesley Brasil e Vitor Gracciano, sobre roteiros de futuros filmes que iriam produzir, surgiu a ideia do filme “Porque sim”.

    O roteiro foi criado tão rápido quanto o tempo de duração do filme de curtíssima duração e DMA pilhou a galera para gravar naquele momento. Vitor sacou a câmera e começou a dirigir, escalou Caramujo – dono do bar, que topou na hora, e depois de três tomadas e muitas gargalhadas nasceu o primeiro filme dessa parceria inusitada.

    Todo o vídeo, com crédito e extra, tem 45 segundos, o filme tem cerca de 20 segundos.

    Divirta-se, pois certamente eles se divertiram muito pra fazer.

  • Vai ter Capa! A Baixada Fluminense em Arte Sequencial

    Vai ter Capa! A Baixada Fluminense em Arte Sequencial

    Em fevereiro desse ano eu estava no Bar do Ananias em Nova Iguaçu, numa sessão do Buraco do Getúlio, onde ia rolar o show do Marcão Baixada.

    A Sebolinha Livros estava lá com sua banca e fui conferir se tinha algum quadrinho que me interessasse e para a minha surpresa tinha.

    20140627-01-rodrigoNa capa estava escrito “DA BAIXADA PRO MUNDO”, com um desenho de uma mulher gigante destruindo Duque de Caxias. Lembrei imediatamente da 1ª edição do Quarteto Fantástico, da Marvel, nos anos 60.

    Assim consegui a Capa Comics nº 1. Capa Comics é um grupo de Duque de Caxias que produz quadrinhos falando da Baixada Fluminense. Mas não pense que é algo chato e institucional, a Capa é totalmente independente e aposta firme nesse diferencial que é falar da BF através de diversos personagens em arte sequencial.

    Antes de comprar a 1ª edição física, eu conhecia algumas tirinhas que eu via um ou outro amigo dos amigos publicar no Facebook. A primeira tirinha que vi foi “Polly & Pumpiks” na história que falava de Imbariê. Quando finalmente entendi o que era a Capa, eu pirei.

    O nome do grupo foi inspirado em Tenório Cavalcante, aka “O Homem da Capa Preta”, famoso político/ pistoleiro que atuou em Duque de Caxias. Tenório também inspirou o cinema num filme ganhador de 2 kikitos de ouro dirigido por Sergio Resende e atuado por José Wilker no papel do político.

    20140627-02-rodrigoNas primeiras páginas da Capa Comics nº 1, tem um editorial falando um pequeno histório sobre o que significa “Gibi” e a 1ª história é uma adaptação do poema “Tem Gente com Fome”, de Solano Trindade.

    Em seguinda temos “Polly & Pumpkins”, o sombrio “Detrito” e “Gastãozinho, o fantasminha da Baixada”. Se quiser saber do desenrolar dessas e outras histórias, compre a 1ª edição e dá um google no nome da galera pra se informar!

    Ainda não conheci pessoalmente a galera do Capa Comics, acho fantástico uma movimentação desse tipo, de valorização da Baixada sem ser clichê, brega ou chato. Já tô no aguardo da 2ª edição que vai ser lançada dia 11 de Julho, no evento “Vai ter Capa!!!” no Museu Ciência e Vida – Duque de Caxias.

    Compareça, consuma e contribua!

  • O pior cego, é o que não quer ver

    O pior cego, é o que não quer ver

    Não é novidade que sempre botamos o dedo na ferida, apontamos erros e denunciamos quem quer que seja, mas também precisamos mostrar experiências exitosas, como o caso da Colômbia, que chegou a ser considerada como extremamente perigosa, principalmente na época em que reinavam traficantes do calibre de Pablo Escobar (80/90), entre outros, na América do Sul.

    Porta de saída de grande parte da cocaína exportada para a Europa e os EUA, esse país tinha uma posição estratégica no escoamento da produção da coca, produto esse muito valorizado devido a sua pureza em relação a outros países produtores e a facilidade de ser transportada e produzida.

    A quantidade era tão extensa, que havia coca suficiente para cada habitante sul-americano cheirar, tanto que as negociações com os distribuidores eram feitas em toneladas devido as fronteiras com pouca fiscalização, densas florestas e altas taxas de corrupção dos agentes envolvidos.

    Uma profunda reforma precisou acontecer na estrutura da polícia para que os resultados começassem a aparecer, pois todos os comandantes tinham ligações diretas com os narcotraficantes.

    A crise chegou a tal ponto que os EUA chegaram a negar o visto de entrada para o presidente Ernesto Samper, na época, acusado de receber dinheiro do tráfico.

    Após essa crise, 6 anos se passaram para que as mudanças surgissem, lideradas pelo General Serrano, após as ações, a confiança da população na polícia saltou de 11% para 80%.

    Foi feito um intenso trabalho para restaurar a confiança na polícia, isso incluiu a formação dos policiais que tiveram uma nova rotina e preparação, e imersão nos problemas crônicos que viviam.

    Muitas dessas formações eram feitas nas universidades, para aproximá-los da juventude.

    Várias ações foram implantadas, como: Ações educativas nas escolas, criação de escolas de segurança cidadã, frentes de segurança comunitárias que capacitavam as populações em maior risco social, guarda comunitária.

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    O tráfico também tinha seus métodos pedagógicos, eles aliciavam jovens sem perspectivas, os treinava e os tornava criminosos perigosos, a cada policial morto era pago uma recompensa, ainda haviam os assassinos de aluguel denominados “Sicários”, e com toda essa problemática a segurança tinha que combater traficantes, gangues e grupos paramilitares como: FARC, ELN, AUC, M-19; e conviver com a COMUNA 13, um conglomerado de 25 favelas gigantes que parecia um país independente dentro da Colômbia.

    O exército precisou tomar uma medida extrema, ocupou essas favelas criando bases próprias e se instalando permanentemente.

    Somente as ações de força causaria uma guerra civil, então várias decisões complementares foram adotadas como: nos eventos com jovens não poderiam haver bebida alcoólica, as casas noturnas tinham que fechar a 01:00 da manhã, a lei seca foi implantada, os shows eram controlados e a circulação a noite era monitorada, as casas de jogos, bares e prostíbulos eram controlados com mão de ferro.

    Mas o que mais impactou e foi fundamental para mudar aquela realidade, foram ações que motivavam e mostraram às crianças e jovens, que uma mudança era possível, então o foco foi na base do povo, as estruturas e as bases de conhecimento foram orientadas a trilhar um caminho voltado à paz e a cultura, com esse foco as ações educativas eram absorvidas mais facilmente sem medo e de uma forma saudável sem imposição, a convivência se fortaleceu dentro dos guetos devidos as atividades nos centros culturais, e as comunidades se sentiam donas dos espaços, pois lá recebiam também, assistência médica, social, praticando esportes e entendendo que não é pela punição severa ou o colocando em um depósito de criminosos que se vai reeducar um jovem infrator, basta querer fazer que as coisas acontecem, tanto que o que realmente surtiu efeito foram as ações que aumentaram a auto estima do povo, não o extermínio por si só, não é uma fórmula mágica, mas são coisas simples e objetivas que surtem os melhores resultados.

    Se os gestores das capitais e da Baixada Fluminense pensassem um pouquinho em realmente mudar a realidade da população, isso já teria começado, mas a única coisa que eles pensam é em fortalecer suas contas bancárias, exemplos existem, muita gente boa com ótimos projetos a serem desenvolvidos podem contribuir nesse processo, então senhor gestor, basta querer enxergar!!

  • A Baixada tem seu Alzirão, ‘parcêru’!

    A Baixada tem seu Alzirão, ‘parcêru’!

    Tenho acompanhado parte da mega cobertura jornalística que os meios tradicionais de comunicação têm feito sobre a Copa do Mundo. A nível de região metropolitana do Rio de Janeiro, temos a cobertura da Fifa Fan Fest, de gringos nos bares e praias, torcedores no entorno do Maracanã e o tradicional – e importante – Alzirão.

    Tudo isso me fez pensar: pô, será que não há um movimento grande de torcida brasileira na Baixada? Não que eu ligue diretamente pro assunto, já que não sou tão fã de futebol. Mas, sabe aquela tecla em que batemos sempre por aqui? Isso mesmo! A tecla sobre a visibilidade da Baixada Fluminense nos noticiários.

    Se acontece uma chacina, a imprensa da capital vem pra cá como uma revoada de urubus atrás de carniça. É um processo histórico. Sendo um pouco mais ousado, eu diria que esse processo histórico se transformou em cultura jornalística clichê. Enfim.

    Ainda sobre a cobertura da Copa: qualquer suspiro que um torcedor gringo dê, vira matéria pro lado de lá. Se o torcedor estrangeiro toma café na padaria – oh que inédito! – lá está o repórter fazendo entrada ao vivo para cobrir o glorioso momento. Se o gringo toma banho de mar, lá está outro repórter “dando um furo de reportagem”. Se o gringo torce no bar, aí é que os jornalistas acham lindo e vão atrás.

    Tendo isso como base de raciocínio, eu achei que ia arrasar na assessoria de imprensa ao enviar “altos” releases para dezenas de jornalistas na última semana. Nas mensagens, eu alertava aos colegas sobre a vinda de torcedores estrangeiros (França e EUA) para Nova Iguaçu, atraídos pela Banca de Freestyle Enraizados (tradicional evento de rap da Baixada Fluminense). Soube de nada, inocente!

    Dos quase 100 profissionais para quem enviei a nota, apenas um me deu um feedback. Um feedback sincero, dizendo que a pauta dava caldo, mas seria inviável deslocar equipe para a Baixada.

    Pra fechar o assunto e finalmente chegarmos ao ponto que interessa: ontem eu caminhava pelo centro de Queimados, quando reparei uma enorme estrutura na Praça dos Eucaliptos. Telão de LED, super caixas de som, dezenas de barracas montadas e muito verde e amarelo decorando o local.

    Pesquisei no Google e descobri que houve um mega evento para torcer pelo Brasil ali naquele local, com direito a festa e tudo. Cerca de 5 mil pessoas, segundo a Prefeitura de Queimados, estiveram presentes no encontro. Se o Brasil chegar à final, a expectativa é que 20 mil pessoas compareçam ao evento no dia 13 de julho.

    É, “parcêru”… A Baixada tem seu Alzirão, digo, Eucaliptão.
    Onde mais tem gente reunida torcendo pelo Brasil? Nos envie a informação e divulgaremos pela rede!

  • Parabéns, você foi promovido a favela!

    Parabéns, você foi promovido a favela!

    “Eu queria morar numa favela, o meu sonho é morar numa favela…” Há duas décadas, Gabriel o Pensador, rapper brasileiro, deu voz a um personagem morador de rua que sonhava em morar numa favela. Na música, o jovem Gabriel, ainda aspirante ao sucesso chamava a atenção da sociedade para os moradores de rua, o tratando como um problema de todos.

    Hoje – vinte anos depois – eu sonho em morar numa favela! Não entendeu? Não, eu não sou moradora de rua, e não estou aqui me igualando ao personagem sabiamente roteirizado por Gabriel. Hoje, em meio a alguns dos mesmos problemas, surgem novas inquietações. Hoje, tem mais gente querendo, sonhando e desejando morar numa favela! Ou você já viu a Baixada Fluminense ilustrando cartão postal?

    Na capital do nosso Rio de Janeiro os investimentos públicos e privados tornam as favelas um celeiro de jovens talentos promissores em variadas áreas de representatividade mundial. Querendo ou não, demonstrando interesse ou não, na favela se dança, se canta, se atua, se joga e se cria. E no final, é claro, se viaja: Nova Iorque, Bélgica, Austrália, França, Berlim… São muitas as possibilidade e muitos os interessados em ver e ouvir o que os “ favelados”  têm a dizer. Aí eu pergunto: o que seria a Baixada Fluminense se não uma grande – enooorme – favela?!

    Aqui tem tráfico nas esquinas, tem fuzil na mão.
    Tem criança com fome de pé no chão.
    Falta saneamento básico em bairros inteiros.
    Falta acesso a cultura até pro funkeiro.

    O esporte e o lazer estão na TV, no bar da esquina.
    Também tem gente grande aliciando menina.
    Tem vida e tem morte de braços dados.
    Tem desejos e sonhos amargurados.

    E tem muita inveja da capital.
    Dos seus gringos e de seu safari social.

    Nossa, como eu queria ver um jeep cheio de gringos circulando na minha quebrada!

    Até quando estaremos à margem desse contexto?! Até quando seremos vistos como marginais acéfalos desprovidos de talentos para o bem?! Será que em meio a tantos milhões de habitantes nenhuma criança se destaca no futebol?! Nenhum prodigioso ator mirim?! Nenhuma formosa bailarina?!

    Confesso que esse confronto com a nossa realidade me entristece… Quase desisto de continuar escrevendo sobre este assunto… Quase desisto.

    É frustrante saber que ONGs da Baixada – com trabalhos seríssimos e importantíssimos para inúmeras crianças e jovens – vivem à míngua, enquanto na capital, até mesmo os jovens que claramente e declaradamente não “querem nada” são “obrigados” a permanecerem em projetos inflados de apoio e visibilidade. Enfim.

    Uma promessa de que uma Unidade de Policia Pacificadora (UPP) será erguida no meu bairro – Comendador Soares, vulgo Morro Agudo, em Nova iguaçu – nos traz esperança… Quem sabe o comandante não traz consigo um certificado com os dizeres: Parabéns, você acaba de ser promovido a Favela!

  • A sujeira debaixo do tapete!!!

    A sujeira debaixo do tapete!!!

    Não é novidade que as ações na área da segurança na capital do RJ, mesmo que sejam paliativas, estão criando um êxodo na criminalidade, que está procurando expandir seu espaço de atuação e por consequência aportando em nossa já sofrida e desmantelada Baixada Fluminense.

    A violência desenfreada tomou conta de nossa região em todos os níveis, mas nem mesmo esses números assombrosos parecem sensibilizar nossas “autoridades”, no sentido de solucionar o problema.

    A chapa tá quente em todos os bairros, e a merda acabou respingando nos bairros classe média alta de Nova Iguaçu, que até agora estava quietinha porque a pimenta não tinha ardido no fiofó deles, então foi uma choradeira generalizada, já que eles estavam em pânico.

    ScreenShot083A incidência de crimes como: Homicídios, latrocínios, roubo a veículos, assalto a pedestres, mais uma porrada de desgraças, teve uma escalada sem precedentes.

    As ações criminosas tem alterado a rotina dosa moradores de vários bairros que tem evitado circular a noite, afim de evitar problemas.

    Isso tem trazido à tona uma questão preocupante, muitas pessoas dizem sentir falta das milícias, porque segundo elas, se sentiam mais seguras, como fala uma moradora, dona Maria (nome fictício), do bairro Austin, em Nova Iguaçu: – “Quando a milícia tava aqui, num tinha bagunça não senhor, quem roubava na comunidade morria na mesma hora”.

    Tá achando pouco? Várias execuções estão acontecendo em plena luz do dia, enquanto o tráfico prolifera como baratas.
    Outra modalidade que vem assustando é o estupro. Nova Iguaçu está em 2º lugar, perdendo apenas para a capital do RJ, isso envolvendo adolescentes e crianças.

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    A prefeitura local diz que o conselho de segurança da cidade se reúne constantemente para resolver o problema, bom, só se for para tomar cafezinho e falar asneiras. Informam ainda que o Estado prometeu a instalação de um batalhão em Nova Iguaçu, e que segundo o prefeito, será instalado na estrada de madureira, numa área de 20.000m², já que o 20º batalhão, acreditem, com um efetivo de 650 policiais, precisa fazer a ronda ostensiva de: Nova Iguaçu, Mesquita e Nilópolis. Em Nova Iguaçu, Duque de Caxias e São João de Meriti, falam em monitoramento por câmeras.

    Dados do Ministério da Justiça apontam que o 20º batalhão vive a pior situação do estado em relação a seu efetivo, enquanto a média nacional é 431 habitantes por PM, esse batalhão apresenta uma média de 1.659 habitantes por PM, isso reflete mais de 284% da marca nacional, e se se fosse na zona sul do RJ?

    No Leblon são 157 habitantes por PM, Botafogo 451.

    Na Baixada Fluminense o número de vítimas é 13 vezes maior que na zona sul do RJ.

    O Estado se justifica dizendo que em todos os grandes centros urbanos é normal que haja mais segurança nas áreas turísticas. Então manda a família do governador vir morar aqui na periferia e depois me fale a repeito, e aquele discurso que todos são iguais perante a lei?

    Ah, tá, esqueci que nós da Baixada Fluminense, ainda não fomos incluídos no mapa oficial do RJ.
    Como este é um ano de eleições, vão tentar de todas as formas nos ludibriar, dizer que a mídia é tendenciosa e tal, mas a verdade está aí batendo em nossa porta, não tem meio termo, ou resolve efetivamente o continuarão a fazer o que são especialistas, ocultar a imundície.

  • Definindo Metas

    Definindo Metas

    Antes de começar o assunto: META, façamos uma rápida revisão de conceitos:

    Objetivo = O que você quer fazer (de forma mais geral).
    Ex.

    Objetivo Geral: Capacitar 150 alunos de Morro Agudo nas artes integradas do hip hop.

    Objetivo Específico = Quais são as formas que você adotará para alcançar o seu objetivo;
    Ex.

    Objetivo Específico 1: Capacitar os alunos nas técnicas do DJ, Rap, Graffiti e Break;

    Objetivo Específico 2: Promover a discussão das alternativas de arte/cultura/entreternimento no bairro com os moradores da região, pensar a cultura hip hop local como elemento agregador de outras artes praticadas no bairro, transversalizando com a juventude;

    Objetivo Específico 3: Promover o intercâmbio artístico entre as diversas gerações da cultura hip hop;

    Dessa forma, fica entendido que no curso de hip hop haverão 3 eixos para o aprendizado:
    1) Capacitação nas Técnicas de cada arte;
    2) Debate;
    3) Intercâmbio;

    Sabido disso, vamos às metas:

    Qual a diferença entre o objetivo e a meta?

    Funciona, mais ou menos, como nas imagens do cinema:
    Plano Geral: Mostra um ou mais personagens com imagens que se estendem dos pés à cabeça;
    Plano Americano: Mostra um ou mais personagens da cabeça até a altura da coxa;
    Plano Médio: Mostra um personagem da cintura pra cima;
    Plano Close Up: Mostra um único personagem da cabeça até a altura do peito;
    Plano Detalhe: Mostra uma parte do corpo do personagem, como a mão, ou a boca, ou o reflexo da luz nos olhos, e assim por diante;

    Enquanto o objetivo é o seu foco, mais ou menos como se você estivesse olhando alguma coisa de mais longe, como no Plano Geral do cinema; a meta é um ponto de vista mais específico, como no Plano médio, onde você só é possível perceber um único personagem/ação por vez, porém com maior clareza.

    Uma meta bem feita precisa ter dois elementos bem definidos:
    – Tempo;
    – Espaço.

    Para explificar melhor, peguemos um dos objetivos específicos anteriores e vamos definir as suas metas:

    Objetivo Específico 3: Promover o intercâmbio artístico entre as diversas gerações da cultura hip hop;

    Meta 1: Realizar encontros em Morro Agudo entre os alunos do projeto e artistas convidados da cultura hip hop durante o ano de 2014;

    Meta 2: Participar de encontros de instituições parceiras da região metropolitana do RJ durante o período letivo de 2014;

    Pronto já temos 2 (duas) metas para o objetivo específico 3, que compõe um dos fragmentos do objetivo geral, traçado lá no início deste post.

    Portanto: Meta é uma ação específica que somado a outras irão levá-lo a concluir um dos seus objetivos específicos.

    Sendo assim, começamos da visão macroscópica para a microscópica, do geral para o específico, do genérico para o detalhe. É como se olhássemos algo de longe com um binóculo e na medida em que mudamos a lente que enxergamos esse algo, vemos com mais nitidez e maiores detalhes esse algo, podendo explorar esse olhar em diversos ângulos em diferentes níveis de detalhes.

    Essa ação, de descrever algo que se vê ou se imagina, partindo-se do genérico para o detalhe, comporá um mix que chamaremos mais tarde de projeto.

    Sorte & Paz, sempre!

     

  • Movimento de Rotação

    Movimento de Rotação

    Em 1997, após ouvir o clássico álbum dos Racionais MC’s, “Sobrevivendo No Inferno”, enfim caiu a ficha, e comecei a me preocupar com questões políticas, sociais e raciais.

    Até então, mesmo morando em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense, região conhecida por sua violência e carência em praticamente todas as áreas, nunca havia recebido a visita dos militantes dos movimentos sociais cariocas.

    Cresci presenciando nossas mulheres sendo violentadas de várias formas, e lhes pergunto: Onde estava o movimento feminista? E vocês Panteras Negras de meia-pataca? Também cresci presenciando e sendo vítima de racismo, e nunca recebi nenhum auxílio de vocês.

    Se não fosse o Hip Hop, especificamente o Rap, eu ainda não teria aberto os olhos.

    Por isso afirmo categoricamente que não lhes devo nada, e também nada espero de vocês. Segue a minha revolução, ora solitária, ora com os meus conterrâneos. De vossa parte tenho o olhar excludente, exatamente igual ao dos dominadores que vocês criticam.

    O movimento que realizam é o de rotação, em torno de vocês mesmos.

  • O Hip-Hop é hereditário

    O Hip-Hop é hereditário

    De geração em geração.

    O Hip-Hop me ensinou que você tem que saber e reconhecer quem veio e fez antes de você, porque muita gente que encontrou as portas fechadas, fizeram um grande esforço pra que hoje elas possam estar abertas.

    É algo que se aprende na marra. É a regra 0, dentro de uma cultura que se comunica de uma forma peculiar. Não falo tecnicamente, pois cada artista desenvolve sua técnica, sua forma de expressar, sua forma de abordagem, mas me refiro aos valores da nossa cultura, que são passados de geração em geração, através da fala, da escrita, do som e movimentos. É o respeito que falta a muitos, a ignorância do ‘não conhecer’ ou ‘não saber o porquê’ disso ou daquilo.

    Nessa semana, faleceu Nino Rap, um dos frontmans da banda Nocaute, que fez história dentro do Rap, do Rock, da cena musical da Baixada Fluminense e do Rio de Janeiro. Nossa cultura perde um grande artista; e penso comigo: Quantos da minha geração ouviram falar da banda Nocaute? Quantos tiveram o interesse de saber quem eram os caras?
    Eles são os caras que encontraram as portas fechadas, numa época que não tinha espaço pra nossa cultura; mas botaram a cara a tapa e fizeram o nome deles. E hoje talvez muitos poussuem mérito dentro do Hip-Hop porque caras como Nino Rap fizeram algo em prol da arte deles e que, consequentemente fez com que outros levassem sua arte adiante tambem.

    Rest In Power, Nino Rap