Tag: Graffiti

  • O Hip Hop brilhou e celebrou no Festival de Hip Hop do Cerrado

    O Hip Hop brilhou e celebrou no Festival de Hip Hop do Cerrado

     A 6ª edição aconteceu como parte das comemorações dos 54 anos da Ceilândia

    Por DJ Fábio ACM e Giovana Gomes

    Era um sábado de previsão de chuva, mas Ceilândia decidiu que o tempo seria outro. As nuvens se seguraram e deram espaço para o brilho do sol, da rima, da batida e do povo. Na Praça do Cidadão, coração pulsante da quebrada, o 6º Festival de Hip Hop do Cerrado tomou forma como um reencontro histórico — e eu, DJ Fábio ACM, tive a honra de estar lá, vivendo cada momento.

    Gente de todas as regiões do Distrito Federal se juntou naquele chão sagrado do Hip Hop. Não era só um festival. Era um chamado. Um ato de celebração, resistência e pertencimento. Ali, os quatro elementos estavam em comunhão: os b-boys e b-girls dançavam no chão, rolaram até os clássicos “passinhos”, MCs rimando, os DJs comandando a festa e o graffiti, nas paredes do Jovens de Expressão estampava a alma da Ceilândia.

    O camarim não era apenas um bastidor — era um terreiro de afeto, onde a energia entre os artistas era de verdadeira congregação. Ali, cada olhar, cada abraço e cada conversa trazia a certeza de que estávamos fazendo parte de algo maior. Estávamos continuando uma história, escrevendo mais uma página de luta, arte e identidade periférica.

    DJ Fábio ACM & DJ Raffa Santoro
    DJ Fábio ACM & DJ Raffa Santoro

    No centro de tudo isso, um nome: DJ Raffa Santoro. Um dos maiores nomes do Hip Hop nacional. Produtor premiado, DJ de respeito, mestre e inspiração. O culpado — sim, culpado com orgulho — por revelar tantos talentos e por, mais uma vez, reunir o Brasil do Hip Hop na Ceilândia. Ele, filho do maestro Claudio Santoro e da bailarina Gisele Santoro, é a soma perfeita de técnica e paixão. Viveu o exílio com a família na Alemanha, mas voltou pra Brasília e fez da cidade sua bandeira. B-boy, músico, radical, popular, periférico. Raffa é parte viva da nossa história. Seu livro “Trajetória de um Guerreiro” não é só um relato biográfico, é um documento do Brasil que rima, dança, canta e resiste.

    E resistimos. Após 11 anos de pausa, o Festival de Hip Hop do Cerrado voltou. E voltou gigante. A 6ª edição aconteceu como parte das comemorações dos 54 anos de Ceilândia — a capital do Hip Hop do DF, berço de grupos como Viela 17, Cirurgia Moral, Álibi, Câmbio Negro, Tropa de Elite e lendas como Japão e DJ Jamaika. Essa cidade, que transformou a dor em arte e a periferia em potência, merecia — e recebeu — um evento à altura.

    A Praça do Cidadão virou palco de um espetáculo que reuniu Viela 17, Atitude Feminina, MC Marechal (RJ), Cinthia Savoy (baiana radicada em Florianópolis), F-Dois (Porto Velho, RO), VK (MC de Florianópolis, filho do DJ Monkey), DJ Buiu, DJ Monkey e, claro, ele: G.O.G. — lenda viva do Hip Hop do DF, um dos momentos mais esperados da noite, e que levou o público ao delírio com sua presença.

    O festival contou com estrutura de alto nível: painéis de LED, experiências multimídia, lounge, food trucks e entrada gratuita. E mesmo com os ingressos esgotados, o público compareceu em peso. Foi emocionante.
    Do palco, vieram as rimas, as batidas e os scratchs. E também vieram as lembranças. Em um dos momentos mais marcantes da noite, o festival prestou homenagens póstumas a dois ícones que já partiram, mas seguem vivos na história do Hip Hop brasileiro: DJ Celsão, do grupo Cirurgia Moral, e DJ Jamaika. A reverência foi justa, merecida e comovente. A memória deles vive em cada batida, em cada verso, em cada jovem que hoje ocupa o microfone e o toca-discos.

    Eu estive lá com minha amiga Giovana Gomes, que além de parceira de trampo no jornalismo, é apaixonada por Hip Hop e ajudou a trazer um pouco do protagonismo das mulheres no Hip Hop do Distrito Federal.

    A mulher no Rap

    Por Giovana Gomes

    O rap do Distrito Federal tem sido palco para vozes femininas que transformam realidades e inspiram novas gerações. No Festival Hip Hop no Cerrado, mulheres que moldaram essa cena reafirmaram sua força e legado. O grupo Atitude Feminina, que há 26 anos ocupa espaços no Hip Hop com resistência e autenticidade, teve uma participação marcante. Aninha, uma das idealizadoras do festival, relembra os desafios do início: “Os caras naquela época não queriam a gente”. Mas elas seguiram firmes, construindo um caminho sólido para outras mulheres na música. Helen, também integrante do grupo, resume o impacto de sua trajetória: “Se eu tiver tocado uma mulher, para mim é suficiente”, diz, emocionada.

    Giovana Gomes, Hellen e Aninha (Atitude Feminina)
    Giovana Gomes, Hellen e Aninha (Atitude Feminina)

    Além delas, Cintia Savoy também brilhou no evento, trazendo sua mistura de reggae e rap e reafirmando a potência das mulheres na música urbana. Ex-residente de Ceilândia, Cintia sente a conexão do público com sua arte e valoriza cada troca com quem a escuta. “Sei que Brasília ama o rap, e a Ceilândia é um berço de grandes artistas”, comenta. Com anos de estrada, ela mostra que a música não é apenas entretenimento, mas um instrumento de transformação social. O Festival Hip Hop no Cerrado foi mais uma prova de que o rap do DF segue vivo, forte e, cada vez mais, feminino.

    Um pouco da história e da presença dos artistas de outros estados no palco do festival:

    F-Dois (Porto Velho, Rondônia)

    Diretamente de Porto Velho (RO), o rapper F-Dois celebrou sua participação no 6º Festival de Hip Hop do Cerrado, na Ceilândia, destacando a importância e abrangência do evento, que reúne artistas de todo o Brasil. Ele também esteve presente na 5ª edição e considerou mais uma vez uma experiência única, elogiando a energia do público e a organização do festival. F-Dois ressaltou sua parceria com DJ Raffa Santoro, produtor de todas as suas faixas, incluindo “Quem é Você”, do álbum Pronto para Guerra, disponível no Spotify.

    DJ Monkey

    Diretamente de Florianópolis, DJ Monkey celebrou sua participação no Festival de Hip Hop do Cerrado, na Ceilândia, ao lado do filho, o rapper e produtor VK. Para ele, foi emocionante unir gerações no palco e compartilhar a caminhada com artistas como Japão e DJ Raffa, que foi peça-chave para abrir portas para VK. Monkey destacou os desafios de se fazer Hip Hop em Santa Catarina, estado com cultura eurocentrada e baixa população negra, e exaltou a importância da Ceilândia como referência para o movimento.

    Iniciando sua carreira em 1992, Monkey contou que seu primeiro disco para scratch foi o DJ Scratch, produzido pelo DJ Raffa. Hoje, ele e VK gerenciam um estúdio musical em uma escola de São José (SC), atendendo 120 crianças em contraturno escolar. VK é também o primeiro rapper de sua geração no estado a cursar licenciatura em música pela UDESC. Para Monkey, o Hip Hop vai além da arte: “é ferramenta de transformação social e intergeracional.”

    MC VK (Florianópolis, SC)

    Com 19 anos, VK iniciou sua trajetória no rap aos 12, influenciado pelo pai, DJ Monkey, e pelo convívio desde a infância com estúdios e artistas em Florianópolis. Em sua fala no palco do 6º Festival de Hip Hop do Cerrado, na Ceilândia, destacou os desafios de fazer rap em Santa Catarina, um estado marcado pela cultura eurocentrada e com poucos espaços para a cena negra. Mesmo assim, ressaltou a qualidade e resistência dos artistas locais.

    VK celebrou a oportunidade de dividir palco com nomes como G.O.G., Japão e Atitude Feminina, agradecendo especialmente a DJ Raffa e Japão pelo apoio desde seus 14 anos. Contou também sobre os eventos que fortalece com o pai em Florianópolis, como o tradicional Baile Charme e batalhas de rima. O V de Victor, traz um K, em homenagem ao seu padrinho e pioneiro do Hip Hop em SC, o DJ Kchaça.

    Nova edição do festival confirmada

    A proposta do festival foi clara e poderosa: descentralizar o eixo Rio-SP e valorizar a cultura periférica, mostrando que a arte que nasce nas bordas transforma o centro. E conseguiu. Com maestria.
    A emoção ainda pulsa no meu peito. Vi sorrisos, lágrimas, danças, crianças no ombro dos pais, juventude vibrando, veteranos emocionados. Vi o Hip Hop que me formou e que continua formando tantos. Vi o futuro.

    E a melhor notícia: vem mais por aí. Uma nova edição do festival já está confirmada para o segundo semestre. Porque quando a quebrada se levanta, não tem tempo feio que segure.

  • Festival Caleidoscópio lança edição semipresencial neste fim de semana, em Morro Agudo

    Festival Caleidoscópio lança edição semipresencial neste fim de semana, em Morro Agudo

    O 8º Festival Caleidoscópio fará esta semana algumas das atividades mais importantes desta edição (que conta com dois meses de programação).

    Nos dias 07, 08 e 09 de maio, o Quilombo Enraizados, em Morro Agudo (bairro periférico de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense), fará uma intervenção semipresencial, das 10h às 17h. Nos três dias, os participantes poderão comprar itens da feira criativa, observar a composição do mural de grafite, que será produzido ao vivo; fazer fotografias (selfies) nas artes do local; ser tutor de uma muda originária da mata atlântica que será plantada na Serra do Vulcão, entre outros. A entrada será um quilo de alimento não perecível que será doado para pessoas em vulnerabilidade social no município.

    A temática principal do festival é a diversidade, e isso reflete nos números: Cerca de 60% de mulheres como convidadas e membros da equipe, 81% de negros, e 26% de LGBTI+. Na entrada do evento, que seguirá todos os protocolos de segurança contra a Covid-19, os visitantes terão à disposição álcool em gel, terão suas temperaturas aferidas e o uso de máscara é obrigatório. A feira contará com número limitado de pessoas e o tempo máximo que cada um poderá permanecer no espaço – para dar espaço para outros.

    Feira, meio ambiente e solidariedade

    A feira criativa será comandada pelo Brechó Antimoda, que colocará em exposição peças garimpadas especialmente para o público do Festival Caleidoscópio, a preços acessíveis, pra todo mundo sair com pelo menos uma peça. Todas as pessoas que forem no Festival Caleidoscópio e levarem um quilo de alimento não perecível poderão levar uma muda de árvore para casa, uma parceria do Instituto Enraizados com Instituto EAE irá realizar a campanha Quem Planta, muda!.

    Os alimentos arrecadados serão doados para o Lar Dona Eunice, no KM34, em Nova Iguaçu, instituição que cuida de crianças e adolescentes. As pessoas que levarem as mudas, poderão cuidar delas por um mês, e no dia 05 de junho, dia Mundial do Meio Ambiente, se assim desejarem, poderão subir a Serra de Madureira, em Nova Iguaçu, para participar do reflorestamento, atividade coordenada pelo Instituto EAE.

    Exposição

    Uma série de artistas convidados irão mostrar suas artes a quem comparecer ao Festival Caleidoscópio. Em 2019, a mesma exposição ocupou a loja da Nextel em Nova Iguaçu, com a obra de cinco grafiteiros negros da Baixada Fluminense. Desta vez as obras de arte serão expostas no Quilombo Enraizados, e serão, além de telas, obras audiovisuais, instalações, fotografias, artes efêmeras e muito mais. Será uma verdadeira experiência sensorial que contará com as obras de IGo, Átomo, FML, Imperatriz, Moonjay, Tomas, Dudu de Morro Agudo, FML, Ops, Oxy, KWES, Suzy Brasil, Beatrix, entre outros.

    Painel de Grafite

    Durante o festival, os grafiteiros FML, Ops, Suzy Brasil, Bruna e KWES produzirão um mural grafitado de 21 metros quadrados dentro do Quilombo Enraizados, cujo o tema será “afrofuturismo”.

    Esta edição do Festival Caleidoscópio conta com patrocínio da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa do Estado do Rio de Janeiro, com recursos da Lei Aldir Blanc.

    SOBRE O FESTIVAL CALEIDOSCÓPIO

    É um festival colaborativo e multicultural que mescla arte e ativismo, cujo objetivo é gerar uma reflexão na sociedade sobre as desigualdades sociais que assolam o país, promovendo espaços para encontros e expressões de jovens artistas negros de regiões tidas como marginalizadas. O festival sempre aconteceu em bairros periféricos da Baixada Fluminense, tendo como seu principal palco a Praça Armando Pires, em Morro Agudo, Nova Iguaçu, com o intuito de questionar o estigma violento atribuído ao local, reverenciando a arte.

    Em suas edições anteriores, o festival levantou bandeiras importantes, lutando contra o “Extermínio da juventude negra; o mosquito Aedes aegypti; fez campanha pedindo PAZ na Baixada Fluminense; e chamou a sociedade para refletir sobre a importância da Qualidade de Vida na região, convidando jovens para aderirem a práticas esportivas”.

    SERVIÇO

    As atividades semipresenciais acontecerão nos dias 07, 08 e 09 de maio, das 10 às 17 horas.
    A entrada simbólica é: Um Quilo de Alimento não perecível.
    O Festival Caleidoscópio irá até 05 de junho.
    Confira a programação completa em: festivalcaleidoscopio.com.br.

  • Caminhos do Graffiti: FML disponibiliza curso gratuito de graffiti para iniciantes

    Caminhos do Graffiti: FML disponibiliza curso gratuito de graffiti para iniciantes

    O grafiteiro FML, conhecido pelo seu trabalho na área da saúde mental, vai disponibilizar gratuitamente seu curso de graffiti. São seis vídeo aulas onde o grafiteiro de Nova Iguaçu explica os primeiros passos para quem deseja mergulhar no mundo do graffiti, mas que nunca teve contato com a arte do spray.

    FML, cujo o nome e batismo é Fagner Medeiros de Lima, é um dos grafiteiros mais requisitados da Baixada Fluminense e tem, além de uma obra extensa, um conjunto de diverso de atividades, entre as mais importantes está a curadoria do evento Expo Urban Art, que transformou a loja da Nextel, em Nova Iguaçu, numa galeria de arte. No Instituto Enraizados lidera o projeto “Galeria 2026”, cujo o objetivo é criar paineis de graffiti no bairro, transformando-o assim em um bairro turístico a partir das artes visuais, como em Wynwood, nos Estados Unidos.

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    Os interessados e interessadas em se inscrever no curso, basta preencher o formulário disponível neste link: http://bit.ly/CaminhosDoGraffiti

    SERVIÇO

    O que: Curso de Graffiti “Caminhos do Graffiti”
    Quando: 22 à 27 de fevereiro, às 14 horas
    Onde: Na página do projeto no facebook, mas para ter acesso precisa de inscrever.
    Quanto? De graça.

    O projeto CAMINHOS DO GRAFFITI é financiado com recursos oriundos do Fundo Nacional de Cultura nos termos da Lei Federal No 14.017 e realizado na cidade de Nova Iguaçu.
  • FML: As histórias do hip hop da Baixada Fluminense

    FML: As histórias do hip hop da Baixada Fluminense

    Eu me chamo Fagner Medeiros de Lima, e no graffiti eu assino FML, porque na época eu estava pensando em criar um nome [artístico] pro graffiti.

    Eu comecei no graffiti em 1998. É a data que eu marco, pois não tenho uma data precisa. Marco de 98 pra 99 porque eu não sou bom nessa coisa de data.

    Nessa época eu conheci eu conheci a pixação na escola, só que eu não fiquei muito tempo nesse movimento da pixação, eu tava procurando uma coisa a mais e foi nesse momento eu conheci o graffiti.

    Quando conheci o graffiti eu precisava de um nome, eu precisava ter uma marca, e aí eu pensei em FML por que além de ser as iniciais do meu nome, acaba sendo uma coisa pra mim que significa família.

    E isso acabava incluindo as duas famílias, tanto da parte do meu pai quanto da parte da minha mãe, e mais as famílias que a gente consegue na rua, que vieram através do hip hop.

    Esse sim é o real significado de eu assinar FML.

    Eu não conhecia muita gente que fazia graffiti, a maioria tinha uma marca mesmo. Dificilmente a gente vê pessoas com três letras assim no graffiti, os únicos da época, que eu lembre, era o [Fábio] Ema e o [Marcelo] Eco. Eram as duas pessoas que eu via que tinha três letras, pois geralmente era de quatro pra cima. Então eu resolvi adotar essa tag FML justamente por isso, é bem a mais do que somente as iniciais do meu nome, pra mim significa família, mas não somente aquela família de sangue, é de ultrapassar essas barreiras.

  • Slow da BF: As histórias do hip hop da Baixada Fluminense

    Slow da BF: As histórias do hip hop da Baixada Fluminense

    Meu nome é Slow da BF, eu nasci na Zona Oeste porque meu pai era militar, mas só por isso. Em seguida já voltei pra Baixada. Morei em Nilópolis, São João, Caxias, sempre fui de lá.

    Comecei muito cedo a ir pra baile porque meu pai era DJ. É DJ até hoje. Desde que eu me entendo por gente, até antes de ir pra baile, eu já ia pra feira dos discos com meu pai, então sempre ficava ouvindo essas músicas e tal.

    Pra mim, a minha parada com arte, com cultura, começou com vinil, ouvindo disco, queria saber o que era, e quando eu menos esperei estava escrevendo pra poder fazer o que eu via os caras cantando.

    Eu não comecei inspirado em gente que eu conheço, amigo, comecei dentro da minha casa, ouvindo o disco do Afrika Bambaata, e tinha aqueles caras fazendo a rima. Eu era muito bom na escola também, sempre fui.

    Eu fazia redação, então ficava pensando, na minha cabeça, antes de saber que existia hip hop, que se eu conseguisse colocar rima nas coisas que eu escrevia, aquilo ia parecer com o que aqueles caras estavam cantando, em inglês primeiro, porque a gente não tinha referência brasileira, em oitenta e pouco não, foi ter a primeira referência com o Black Junior, que era um rapper meio breaker, isso em 84. Eu ouvi, mas não era meu o disco, ouvi uma vez em algum lugar e alguém falou que era Black Junior.

    <continua…>

  • ‘Cidades Inteligentes’ convoca a comunidade para transformar Praça do Cezinha, em Queimados

    ‘Cidades Inteligentes’ convoca a comunidade para transformar Praça do Cezinha, em Queimados

    Queimados recebe, a partir desta terça (19) o projeto ‘Cidades Inteligentes’, patrocinado pela marca Deca, da Duratex, desembarca em Queimados, município da região metropolitana do Rio de Janeiro, com a proposta de mobilizar a própria comunidade para reformar a Praça do Cezinha e transformar o espaço usando a arte e a sustentabilidade.

    O projeto, que também conta com o apoio do Instituto Enraizados e da Secretaria de Cultura de Queimados, acontecerá do dia 19 ao dia 22 de novembro com alunos da escola municipal Oscar Fanchem, que participarão de um ciclo que envolve oficinas gratuitas de design paisagístico, mobiliário urbano e grafite e pintura, e ao final acontecerá uma festa de ‘inauguração da nova praça’, ao som do DJ Dorgo e dos artistas do Sarau Poetas Compulsivos, além da pintura ao vivo com os grafiteiros FML e Dr Ops.

    As oficinas serão ministradas por uma equipe de educadores especialistas nas respectivas áreas, valorizando os diversos talentos locais. Em Queimados o grafiteiro responsável pelas oficinas será o FML, auxiliado pelo grafiteiro Dr Ops, ambos com grande experiência no graffiti e responsáveis por diversos projetos de referência na área, como o Galeria 20-26 e o Expo Urban Art.

    Praça do Cezinha, em Queimados
    Praça do Cezinha, em Queimados

    Um dos legados do projeto, além da reforma da praça, será a instalação de uma rede de wi-fi na praça, com conexão gratuita, que ficará disponível por um ano.

    A iniciativa que passou também por cidades como Jacareí-SP, Jundiaí-SP, Uberaba-MG, todas regiões em que a Duratex tem unidades de negócios, foi concebida pela produtora cultural Numen Produtora e viabilizada por meio da Lei de Incentivo à Cultura com patrocínio da Duratex, por meio da marca Deca.

    SERVIÇO

    Projeto Cidades Inteligentes
    O que: Oficinas
    Quando: 19 à 22 de novembro
    Onde: Escola Municial Oscar Fanchem

    O que: Evento de inauguração
    Quando: 23 de novembro das 13h às 16h
    Onde: Praça do Cezinha

  • DIA MUNDIAL DO HIP HOP: Enraizados oferecerá oficinas gratuitas

    DIA MUNDIAL DO HIP HOP: Enraizados oferecerá oficinas gratuitas

    Todos sabem, ou pelo menos deveriam saber, que no mês de novembro comemora-se a ‘consciência negra’, contudo há outra comemoração que agita bastante este mês, é o dia 12 de novembro, ‘Dia Mundial do Hip Hop’, que é comemorado durante uma semana em diversas cidades do Brasil.

    Na semana do hip hop o Instituto Enraizados oferecerá gratuitamente oficinas de DJ, rap, graffiti e break, começando no dia 11 de novembro com a oficina de graffiti ministrada pelo grafiteiro FML, seguindo com as oficinas de DJ, rap e break no dias seguintes, ministradas por DJ Dorgo, Dudu de Morro Agudo e Rebeca Pereira respectivamente.

    Essas atividades integram o Festival dos CRIAS, uma iniciativa da instituição que visa desenvolver um espaço de troca entre a juventude preta e pobre da metrópole do Rio de Janeiro, realizando e recebendo atividades durante os 30 dias do mês de novembro, afim de promover a potência artística, empreendedora e intelectual deste grupo social.

    Os interessados e as interessadas em participar das oficinas, devem preencher o formulário de inscrição clicando no link correspondente abaixo e aguardar o contato da equipe do Instituto Enraizados confirmando a inscrição. Lembrando que as vagas são limitadas.

    INSCRIÇÕES

    Oficina de Graffiti
    https://forms.gle/UTCuPzrGcU9pApz87

    A oficina de graffiti será ministrada pelo grafiteiro FML no dia 11 de novembro de 2019, no Quilombo Enraizados.
    Podem se inscrever pessoas com idade a partir de 12 anos. A atividade acontecerá das 09 às 12 horas e é gratuita.

     

     


    Oficina de DJ
    https://forms.gle/MzdjXXz4pqGS1b1a6

    A oficina de DJ será ministrada pelo DJ Dorgo no dia 12 de novembro de 2019, no Quilombo Enraizados.
    Podem se inscrever pessoas com idade a partir de 16 anos. A atividade acontecerá das 14 às 17 horas e é gratuita.

     

     


    Oficina de RapRapLab
    https://forms.gle/Qz1zH5qJGLuHiSbbA

    A oficina de rap será ministrada pelo rapper Dudu de Morro Agudo no dia 13 de novembro de 2019, no Quilombo Enraizados. Podem se inscrever pessoas com idade a partir de 16 anos. A atividade acontecerá das 16 às 19 horas e é gratuita.

     

     

     


    Oficina de Danças Urbanas
    https://forms.gle/ydhD9ERK2EiHQNzY8

    A Oficina de dança será ministrada pela bailarina Rebeca Pereira, no dia 14 de novembro de 2019, no Quilombo Enraizados. Podem se inscrever pessoas com idade a partir de 12 anos. A atividade acontecerá das 09 às 12 horas e é gratuita.

     

     


    SAIBA MAIS:
    O que? Semana do Hip Hop
    Quando? 11/11/2019 à 14/11/2019
    Onde? Quilombo Enraizados – Rua Presidente Kennedy, 41, em Morro Agudo, Nova Iguaçu.
    Informações: (21)4123-0102 ou enraizados@gmail.com.

  • Festival dos CRIAS: A juventude preta e periférica assumindo o controle do mês da consciência negra.

    Festival dos CRIAS: A juventude preta e periférica assumindo o controle do mês da consciência negra.

    O “Festival dos CRIAS” é uma iniciativa do Instituto Enraizados que visa desenvolver um espaço de troca entre a juventude preta e pobre da metrópole do Rio de Janeiro, realizando e recebendo atividades durante os 30 dias do mês de novembro, afim de promover a potência artística, empreendedora e intelectual deste grupo social.

    As atividades acontecerão no Quilombo Enraizados, um local que transborda afeto e solidariedade, e a ideia é reunir fazedores para que estes troquem experiências entre si, ensinando e aprendendo, potencializando aquilo que já fazem, e criando novas possibilidades a partir de uma rede tecida organicamente.

    Queremos trazer para um mesmo espaço diferentes atividades, discussões relevantes sobre variados temas à partir dos eixos de “cultura, raça e identidade”, sob a perspectiva e vivência desta juventude e destes territórios.

    Dentre as atividades que já estão no calendário do festival estão: exposição de arte, workshops de “rap, DJ, graffiti e dança”, mostra audiovisual, eventos de música, sarau de poesias, mutirão de graffiti, cineclube, semana de brechó com discussão sobre moda consciente, rodas de leitura, encontro de educadores, etc.

    O Quilombo Enraizados estará aberto todos os dias, das 08 às 20 horas para visitação, todas as informações sobre as atividades estarão disponíveis no Portal Enraizados, assim como os formulários de inscrição para as atividades.

    CALENDÁRIO <em construção>

    01 de novembro – Expo Urban Art

    02 de novembro – Sarau Poetas Compulsivos

    03 de novembro – Audição – Átomo

    04 de novembro à 10 de novembro – Feira Belchior

    11 de novembro – Oficina de Graffti

    12 de novembro – Oficina de DJ

    13 de novembro – Oficina de Rap

    14 de novembro – Oficina de Danças Urbanas

    16 de novembro – Ocupação de Graffiti

    30 de novembro – Mostra Pretos na Tela

    SERVIÇO:
    O que? Festival dos CRIAS
    Quando? 01 à 30 de novembro
    Onde? Quilombo Enraizados – Rua Presidente Kennedy, 41, em Morro Agudo, Nova Iguaçu.
    Quer saber mais, quer participar? (21)4123-0102 ou enraizados@gmail.com.

     

     

  • Hip Hop nas escolas: Uma experiência incrível na Escola Municipal Quirino com estudantes do EJA

    Hip Hop nas escolas: Uma experiência incrível na Escola Municipal Quirino com estudantes do EJA

    No dia 29 de maio, os militantes da cultura hip hop, Lisa Castro (rapper) e FML (grafiteiro) estiveram na Escola Municipal Quirino, em Mesquita, para falar sobre hip hop para os estudantes do EJA, à convite dos professores Vinícius e Andréia.

    FML falou do seu trabalho com o graffiti dentro e fora da “saúde mental”, onde usa o graffiti como forma de inclusão. Pôde falar um pouco sobre sua luta contra os manicômios e do quanto é necessário promover a inclusão. Frisou o quanto a escola tem um papel importante nisso, principalmente promovendo o respeito às diferenças.

    Segundo FML, “a escola precisa valorizar os atos de ajuda e desencorajar quem faz piadas (bullying)”.

    Lisa Castro afirma de forma contundente que “arte e cultura”, de uma forma geral, precisam estar dentro das escolas, não tem outro jeito. – “Se quisermos realmente formar cidadãos de caráter, que saibam respeitar as diferenças, a pluralidade do nosso país, precisamos pôr arte e cultura lá dentro, mesmo porque os livros não mostram a grandeza cultural que existe aqui”, completa a rapper e poetiza.

    Lisa acredita que infelizmente algumas escolas ainda são espaços onde se propagam preconceitos, mas concorda que todos nós, juntos precisamos estar na luta contra todo e qualquer tipo de preconceito e discriminação,  aprendendo e ensinando a respeitar as diferenças.

    Após um  bate papo com os alunos e cantar algumas músicas, Lisa ouviu de uma das professoras presentes que sua música conectou os estudantes com uma matéria que ela havia dado no dia anterior, sobre literatura de cordel e que os alunos, no momento da apresentação conseguiram fazer um link do rap com a literatura de cordel.

    Já FML finalizou com uma oficina de graffiti, onde falou de algumas técnicas básicas de como manusear o spray, deixando livre para as pessoas utilizarem o artefato e sentirem a sensação de como é poder riscar com a tinta. Ele acredita que muitos ali nunca tiveram contato com a lata, alguns poucos conheceram através da pixação, mas naquele momento tiveram a oportunidade de viver uma nova experiência.

    Ambos acreditam que a escola que é o hip hop os ensinou assim, ser útil para as pessoas, passar uma mensagem de conscientização, mas também de levante de auto estima, fazer algo em prol do seu próximo, sua comunidade.

  • PARA MULHERES NEGRAS: Rede NAMI abre inscrições para oficina de graffiti gratuita na Pavuna

    PARA MULHERES NEGRAS: Rede NAMI abre inscrições para oficina de graffiti gratuita na Pavuna

    O #AfroGrafiteiras é um projeto da Rede NAMI, organização que usa as artes urbanas para promover os direitos das mulheres.

    O projeto é uma atividade totalmente gratuita, com todo o material incluído e sem qualquer tipo de taxa. As oficinas possuem conversas sobre mulheres negras, atividades de desenho e de grafite no muro.

    As oficinas de grafite são para mulheres negras – acima dos 12 anos – que vai dos meses de maio até novembro, e as menores de idade precisam da autorização do responsável legal para participar das oficinas.

    As inscrições abertas apenas para turma da Pavuna, e em lista de espera para a turma do Museu da República/MAM.

    Formulário para inscrições:

    https://docs.google.com/forms/d/1iVMZQR3JBloQLzgcJ5awAvNYj4fLpWP_iFq4TrnaBpY/viewform?edit_requested=true