quinta-feira, 28 março, 2024

Hip Hop nas escolas: Uma experiência incrível na Escola Municipal Quirino com estudantes do EJA

No dia 29 de maio, os militantes da cultura hip hop, Lisa Castro (rapper) e FML (grafiteiro) estiveram na Escola Municipal Quirino, em Mesquita, para falar sobre hip hop para os estudantes do EJA, à convite dos professores Vinícius e Andréia.

FML falou do seu trabalho com o graffiti dentro e fora da “saúde mental”, onde usa o graffiti como forma de inclusão. Pôde falar um pouco sobre sua luta contra os manicômios e do quanto é necessário promover a inclusão. Frisou o quanto a escola tem um papel importante nisso, principalmente promovendo o respeito às diferenças.

Segundo FML, “a escola precisa valorizar os atos de ajuda e desencorajar quem faz piadas (bullying)”.

Lisa Castro afirma de forma contundente que “arte e cultura”, de uma forma geral, precisam estar dentro das escolas, não tem outro jeito. – “Se quisermos realmente formar cidadãos de caráter, que saibam respeitar as diferenças, a pluralidade do nosso país, precisamos pôr arte e cultura lá dentro, mesmo porque os livros não mostram a grandeza cultural que existe aqui”, completa a rapper e poetiza.

Lisa acredita que infelizmente algumas escolas ainda são espaços onde se propagam preconceitos, mas concorda que todos nós, juntos precisamos estar na luta contra todo e qualquer tipo de preconceito e discriminação,  aprendendo e ensinando a respeitar as diferenças.

Após um  bate papo com os alunos e cantar algumas músicas, Lisa ouviu de uma das professoras presentes que sua música conectou os estudantes com uma matéria que ela havia dado no dia anterior, sobre literatura de cordel e que os alunos, no momento da apresentação conseguiram fazer um link do rap com a literatura de cordel.

Já FML finalizou com uma oficina de graffiti, onde falou de algumas técnicas básicas de como manusear o spray, deixando livre para as pessoas utilizarem o artefato e sentirem a sensação de como é poder riscar com a tinta. Ele acredita que muitos ali nunca tiveram contato com a lata, alguns poucos conheceram através da pixação, mas naquele momento tiveram a oportunidade de viver uma nova experiência.

Ambos acreditam que a escola que é o hip hop os ensinou assim, ser útil para as pessoas, passar uma mensagem de conscientização, mas também de levante de auto estima, fazer algo em prol do seu próximo, sua comunidade.

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