Tag: Rap

  • “Ter 20 de carreira, faz a diferença”. Entrevista com Japão (Viela 17)

    “Ter 20 de carreira, faz a diferença”. Entrevista com Japão (Viela 17)

    “Ter 20 de carreira, faz a diferença”. Essa é a frase com a qual o rapper Japão (Viela 17), inicia a canção “AH TAH”, prévia do seu novo disco. Confira a entrevista com um dos linhas de frente do Rap nacional, que acompanhou e fez parte da consolidação do rap em Brasília:

    Marcão: Você acompanhou a consolidação da cultura Hip-Hop em Brasília, como foi ver a cena se firmando, e como ela está atualmente?
    Japão:
    Brasília sempre foi um pólo importante para o Hip Hop desde a metade dos anos 80, onde apontou alguns grupos de rap, DJs de baile e Crew de Break, sou desta geração e acompanhei muitas mudanças, atualmente os elementos do Hip Hop estão ainda mais fortes, muitos grupos brasilienses freqüentaram a cena do Hip-Hop paulista, carioca, sulista e nordestino, facilitando assim a expansão do nosso movimento e cultura.

    Brasília está sempre na mídia, por ser palco de escândalos políticos, apesar disso, a cidade possui uma cena cultural muito forte, e que luta pra mostrar esse lado da cidade que nem todos conhecem. Qual a importância disso?
    Se preocupar com a cena política é dever de todos os brasileiros, eu particularmente já estou descrente há anos, vejo na cultura que pratico um modo de disfarçar tal descontentamento e mudar o rumo da estória agindo culturalmente, Ceilândia, por exemplo é conhecida pelo rap que faz e não pelos escândalos políticos, o Plano Piloto e Guará são conhecidas pelas bandas de rock e reggae que se espalharam para todo Brasil, Sobradinho e outras cidades, pelos esportistas e tal, e por ai vai, a cultura brasiliense é mais forte do que toda esta cachorrada política que está ai.

    Junto com o Viela 17, você cantou no aniversário da cidade, para um pouco mais de 1,3 milhões de pessoas. Em algum momento antes ou durante a apresentação, se sentiu com uma grande responsabilidade?
    Sempre sinto um frio na barriga de tocar na cidade em que moro e represento, fui convidado por Daniela Mercury pessoalmente para representar o rap no aniversário de 50 anos da capital que vivia em meio a escândalos políticos, mas cumpri minha missão de uma forma digna e respeitosa a toda população, a responsabilidades sempre pesa mais a partir de quando tocamos em casa.

    Você trabalhou ao lado de GOG e DJ Raffa, que são duas pessoas que representam e contribuem muito para com o Hip-Hop. Como é trabalhar com os dois?
    O Gog e o Raffa sempre foram parceiros musicais, cada um em sua função, é claro. Com o Raffa foi o ponto de partida para minha inserção ao mundo da cultura Hip-Hop, foi através dele que conheci o rap e me profissionalizei musicalmente, o Raffa também me apresentou o Gog e então ingressei ao grupo onde aprendi muitas coisas e também ajudei a concretizar o grupo como um dos linhas de frente do Rap Nacional montando o alicerce de minha carreira.

    O Viela 17 possui muitas canções que mesclam outros gêneros musicais como samba, funk, reggae, entre outros. Qual a importância dessa mesclagem?
    Sou um cara que sempre fui fiel ao Funk Groove dos anos 70, mas gosto muito de misturar todas as tendências musicais que são ouvidas em comunidade, gosto de mudar, fazer algo diferente e de inovação, algo que o rap sempre precisa para se manter vivo.

    Você lançará seu primeiro disco solo, como está sendo o processo de criação?
    O CD está sendo produzido e dirigido com muita calma, não tenho pressa para terminá-lo com urgência, este CD é muito importante, tenho ele como um marco importantíssimo para minha vida e carreira, na qual farei usando tudo que sempre sonhei, e fazer geral dançar e entreter.

    Como surgiu a ideia do videoclipe “AH TAH”?
    O vídeo surgiu a partir de uma parceria com uma empresa e a vontade de lançar algo inicial para mostrar como será o CD que lançarei até outubro de 2011, o vídeo faz alusão ao aniversário de 40 anos de Ceilândia, minha comunidade, a comemoração dos meus 20 anos de carreira e a vontade de fazer algo em prol do meu filho que não para de me falar “AH TAH”, em tudo que peço pra ele fazer, ou quando não concorda com algo que falo… (Risos).

    Confira o videoclipe “AH TAH”, do rapper Japão:
    [yframe url=’http://www.youtube.com/watch?v=o0g-jpFzYjY’]

    Como está sendo o retorno do projeto?
    Este ano estou feliz com tudo que está acontecendo, precisava amadurecer muito as ideias profissionais e pessoais, o retorno como sempre no rap nacional é lento, mas satisfatório.

    Além do disco, quais são os projetos pra 2011?
    Estou neste ano de 2011, com o projeto do CD, a gravação do meu 1º DVD e alguns projetos sociais tais como: Roda de Rap que será feito nas unidades prisionais juvenis e a caravana Hip-Hop contra o Crack que será um mesclado de apresentações artísticas, palestras e discotecagem em todas as cidades satélites do DF.

    Japão, valeu mesmo pela entrevista, deixe sua mensagem aos leitores do Portal…
    “Não se pode ter tudo quando seu pensamento foge do ato de amar o próximo! Para todos que apóiam o Rap Nacional: VIDA, para os que reprovam: AH TAH!”

    Confira o trabalho do rapper japão em seu site: http://japaoviela17.com.br/

  • DeDeus MC lança clipe e marca mês dos trabalhadores

    DeDeus MC lança clipe e marca mês dos trabalhadores

    Lançado hoje, o primeiro videoclipe da DeDeus MC faz alusão à condição do trabalhador brasileiro e desafia o machismo do rap.

    Destino. Foi assim, sentindo o próprio, que DeDeus MC pensou em fazer a música e o videoclipe que chega hoje às ruas.

    Com direção de Mel Duarte, o material audiovisual marca o primeiro ano de carreira da MC que tem três sons gravados e conquista pelo diferencial de uma voz marcante e uma música crítica.

    Em alusão ao Dia do Trabalhador – comemorado em 1º de maio – o videoclipe traz a batalha do dia-a-dia dos trabalhadores brasileiros, a situação política do país e como o refrão diz: “Medo de falar? Não!”

    Filmado durante seis dias por vários cantos de São Paulo, como o centro da cidade, o Ibirapuera e o Beco da Saudade, na zona norte, o clipe destaca tema e imagens fortes, que mostram a DeDeus MC pronta para arriscar e passar a mensagem.

    Quem aprova e comenta o trabalho é Julia Rocha, que na sexta-feira (29) foi de Campinas para São Paulo apenas para assistir ao pré-lançamento do clipe na Rinha dos MCs. “Acho muito bom ver o trabalho dela, que é mulher, fazendo isso, dando a cara a tapa, sem medo”, diz.

    Já o rapper Mamuti elogia a postura da MC após ter visto o clipe também no pré-lançamento. “É bem loco. Como diz o poeta: é um tapa na cara da sociedade, porque o rap é um movimento machista e acaba sendo racista às vezes e ela chega metendo o pé na porta, dizendo que não tem medo de nada. Pode vir, que estamos pro que vier”, define.

    Confira o videoclipe “Destino”, da DeDeus MC:
    [yframe url=’http://www.youtube.com/watch?v=xT0s40Zi2WM’]

    Exibições

    Além do lançamento oficial pela internet, o clipe será exibido hoje no Cineclube Luz, Câmera e Reflexão da Cia. Bella de Artes em Poços de Caldas. Isso acontece porque o ciclo envolve documentários e o primeiro deles é o “Favela Rising” que trata justamente do cotidiano na periferia, assim como o clipe.

    Já no próximo dia 10 de maio o clipe será lançado no Sarau Suburbano Convicto, promovido por Alessandro Buzo e que nesta próxima edição inova com o projeto Super Tela, que deve acontecer uma vez por mês para exibir curtas, documentários, filmes e clipes.

    Links:
    Depoimentos do pré-lançamento: http://youtu.be/TTO_xEs0YWA?hd=1
    Teaser do clipe: http://youtu.be/-l7MYS_QOpo?hd=1
    Blog: http://dedeusmc.blogspot.com/
    Mypace: www.myspace.com/dedeusoficial
    Twitter: @DeDeusMC

  • Clipes de Rap são exibidos em ciclo de documentários

    Clipes de Rap são exibidos em ciclo de documentários

    Os clipes “Um Brinde” e “Destino” são exibidos junto com documentário Favela Rising em ciclo que discute produção cultural da periferia.

    Em maio serão exibidos documentários no cineclube Luz, Câmera, Reflexão do ICCBA (Instituto Cultural Cia Bella de Artes). O primeiro, nesta terça, (3) será Favela Rising, que será comentado antes da exibição pela jornalista Jéssica Balbino, que também exibirá os videoclipes Um Brinde, do grupo Inquérito, com direção de Vras77 que fala sobre a indústria do álcool e o clipe Destino, da DeDeus MC , com direção de Mel Duarte, lançado nacionalmente hoje, que fala sobre o Dia do Trabalhor. A jornalista discutirá também a respeito da cultura produzida nas periferias do país. Dirigido por Jeff Zimbalist e Matt Mochary, Favela Rising é uma produção norte-americana filmada no Rio de Janeiro em 2005. O documentário mostra a luta de Anderson Sá para estabelecer o movimento cultural AfroReggae para levar cultura e justiça social às favelas cariocas. Sá é um ex-criminoso que perdeu a

    migos e familiares na chacina de Vigário Geral e que resolveu, portanto, levar oficinas de arte e reciclagem àquele local, abandonado pelo poder público, com o intuito promover inclusão social. As sessões do cineclube têm entrada franca e às terças-feiras, às 20 horas, no Teatro Nicionelly Carvalho, no Instituto Cultural Cia Bella de Artes. A curadoria é do professor Lucas Marciano e do jornalista Daniel Souza Luz.

    SERVIÇO
    Instituto Cultural Cia Bella de Artes fica à Rua Prefeito Chagas, 305, Pilotis, Centro Empresarial Manhattan, Poços de Caldas – MG
    Mais informações: (31) 3715-5563.

    Depoimentos sobre o clipe Destino: http://migre.me/4pUZ6
    Videoclipe Um Brinde: http://youtu.be/ZAaQlpwRgeo?hd=1
    Teaser do clipe Destino: http://youtu.be/-l7MYS_QOpo?hd=1

  • O espetáculo da vida, por Doncesão

    O espetáculo da vida, por Doncesão

    Bem Vindo ao Circo, é assim que se chama o segundo álbum de Doncesão, frase com a qual o rapper terminava o seu disco de estréia, chamado PrimeiraMente.
    “Bem Vindo Ao Circo” (lançado para download gratuito no dia 1° de Abril), narra histórias de personagens circenses e todas suas 16 faixas se relacionam. Histórias narradas por Célio Costa, com roteiro criado pelo próprio rapper.

    Mais que uma história circense, em “Bem Vindo Ao Circo”, Doncesão narra o espetáculo da vida. Fala em como buscamos o equilíbrio, como fazemos mágica e malabares, e em como o circo pega fogo.

    O disco traz participações de peso de Lurdes da Luz, na faixa “Malabares”; Elo da Corrente em “Cego, Surdo, Mudo”; Shawlin em “Atirador de Facas”; Mi, da banda Glória, Pizzol e Dr.Caligari em “Homem Bala”. Elliot, também da Glória, em “Ilusionista”; E finaliza o disco com participação de Ogi e Rodrigo Brandão, em “O Show Já Terminou”. A produção é de DJ Caíque (360° Records), mais uma vez se destacando, no que se trata de produção musical no rap nacional.

    Confira o vídeo de Malabares (part. Lurdes da Luz):
    [yframe url=’http://www.youtube.com/watch?v=RMU5TKWX9Us’]

    Saiba mais sobre Doncesão. Acesse: http://doncesao.tumblr.com/

  • Na Locomotiva, com MC Loco

    Na Locomotiva, com MC Loco

    Ele integrou o Manuscritos, um dos grupos percussores do Rap gospel e underground no Rio de Janeiro. Juntamente com o grupo, lançaram o primeiro disco, que teve participação de Pregador Luo. Ele é um grande representante da cena do freestyle carioca,  e em Outubro de 2010, lançou sua Mixtape, intitulada LOCO-MOTIVA, que vem trazendo boa repercussão. Confira a entrevista com o MC Loco:

    Marcão: Como foi seu envolvimento com o rap?
    Loco: Como muitos que conheço, foi através dos Racionais MC´s. Abri minha mente pra um som que em suas letras, retratava o meu cotidiano. Finalmente conseguia me ver identificado com uma ideologia.

    E o Manuscritos? Como foi sua integração ao grupo?
    Fiz parte do Manuscritos durante 4 anos, e ele surgiu em minha vida através das rodas de rima da Lapa. Em uma delas, em que eu estava participando com meus versos, eles chegaram pra rimar e a partir daí, foi Deus falando comigo pra voltar a segui-lo, uma vez que tenho criação evangélica, mas me encontrava desviado dos caminhos dele. Passei a acompanhá-los nos ensaios, me comunicar por telefone até que surgiu o convite. Pensei durante uns dois meses, pelo peso da responsabilidade, mas já estava firme na fé e pronto pra batalha espiritual que viria a enfrentar.

    Vocês foram percussores do rap gospel no RJ, em algum momento você ou o grupo se sentiram com uma grande responsabilidade?
    Pra falar a verdade, o peso dessa responsabilidade, eu sinto até hoje. Fomos percussores no underground porque grupos que faziam rap gospel, já existiam, como o R.E.P., por exemplo. Mas esse “peso” fica leve quando se tem a exata noção do seu papel nessa história: Quem aceita Jesus como salvador de sua vida sabe que está em segundo plano quando canta. A meta é semear a palavra de Deus.

    Qual foi a importância para o grupo de colocar o trampo na rua, ao lançar o CD?

    Principalmente levar a palavra de Deus a mais pessoas, chegar onde não chegávamos antes.

    O Disco teve participação do Pregador Luo. Como foi trabalhar junto com ele?
    Gratificante é a melhor palavra. Quem convive com o Luciano por uma única oportunidade, percebe que o cara é de Deus mesmo, aprendi bastante.

    Você tambem é um dos principais nomes no Freestyle no RJ, e viajou para outros lugares para participar de batalhas, como foi essa experiência?
    Desde que fui pela primeira vez a festa Zoeira Hip-Hop na Lapa, determinei que queria fazer improviso. O controle e segurança que os MC’s da época tinham pra rimar, me impressionaram. Falo de gente como Don Negrone, Marechal, Aori, Slow, Shackal, Shawlin, dentre vários outros. Me dediquei, botei a cara a tapa (e no princípio doeu), mas fui aprendendo e me envolvendo cada vez mais. Á partir daí era uma consequência que eu participasse dos eventos, porque eu sempre estava nos mesmos. Participei de muitas batalhas, muitas mesmo. Existia um circuito de batalhas em que trabalhávamos semanalmente, muitas casas noturnas se renderam ao freestyle (o filme “8 Mile” ajudou bastante). Por conta disso viajei bastante á trabalho: Belo Horizonte, São Paulo, Floripa, Guarda do Embáu (SC), Vitória, Volta Redonda, Baixada Fluminense, Niterói, São Gonçalo, interior do RJ, Juiz de Fora, Porto Alegre, Curitiba, a lista é bem grande… Doze anos depois de ver esses caras pela primeira vez quebrando tudo nos versos, eu tô aqui, falando sobre freestyle pra vocês do Portal Enraizados.

    Você lançou a “Minitape Pré-Locomotiva” e a “Mixtape LOCOMOTIVA”, como foi o processo de desenvolvimento desse projeto?
    A minitape é composta de 5 faixas que ficaram de fora da mixtape Loco-Motiva, que tem 17. Ambas foram totalmente produzidas pelo Dino T-Rex (Rapress), mixagem, produção dos beats e master, no estúdio U.V.U. Trabalhamos durante alguns meses no processo, que se resume assim: Eu ia no estúdio numa semana, ouvia a batida que o Dino tinha feito, levava pra casa e voltava na semana seguinte com a letra, pra gravarmos. O resultado tá fazendo barulho e eu insisto que é muito mais que isso: Loco-Motiva é um disco de injeção de auto-estima, força de vontade e perseverança, num mundo cada vez mais competitivo. Um disco temático que simula estações necessárias pra se chegar a última delas, a estação Glória. Participam da minitape o Ducon e o T-Rex e da mixtape, o T-Rex, Coral Soul Adorador, Jeferson Rocha e Cláudio Carvalho, com produção executiva de Orlando Filho, direção de arte do Ribah (U-Flow) e fotografia de Rodrigo Porogo (Revista Pense Skate).

    Confira o vídeo da canção “É Isso Mesmo”, do MC Loco:
    [yframe url=’http://www.youtube.com/watch?v=qzfNvRkoaLE’]
    Pra você, como está o cenário do Rap no Rio de Janeiro?
    Em evolução contínua. Há muito, eu vejo o rap do rio como o mais criativo do país, mas não tínhamos a visão de trabalho. Quando reconhecemos que é importante fazer nosso disco, procurar os DJ’s e locutores de rádios, investir em nossa imagem e etc., estamos valorizando nosso ofício e é exatamente o que não fazíamos. Pra muitos a coisa só funciona, se existir alguém que faça e diga: “E possível”. Pois essas pessoas foram lá e mostraram que é. E a novíssima geração já tá chegando com essa influência. Enxergo o rap do RJ sob uma perspectiva super positiva e só não citarei nomes de realizadores e destaques pra não ser injusto com alguém que eu me esqueça. Máximo respeito a todos que além de passar sua mensagem, empreendem e administram com o rap.


    Quais são os próximos projetos? Já tem algo para 2011?
    Sim temos sim. Deus me deu muita coisa nesses anos. Uma das mais importantes é a Família Alabastro Music, o selo de gravação que faço parte há alguns meses já. Toda a estrutura necessária pra trabalhar, eu tenho agora, me preocupo basicamente em compor e gravar. Isso pra quem fazia “setecentas” coisas ao mesmo tempo é um alívio, né? Assim sendo, o projeto que eu esperava lançar em 2012 já está super adiantado. Estou falando do meu primeiro disco solo oficial. Lançamos uma das faixas dele como single, a “É Isso Mesmo”, que está tendo uma repercussão muito boa junto com o vídeo da mesma. Pra esse ano ainda, com grandes participações, beatmakers renomados e a produção musical de Tiago Cabral (Alabastro Music), “Loucos Como Eu” (nome provisório) estará nas ruas, aguardem!


    Loco, muito obrigado pela entrevista, gostaria que deixasse uma mensagem aos leitores do Portal…
    Muito obrigado mesmo pelo espaço, espero que vocês tenham curtido a entrevista e que em breve eu esteja por aqui de novo respondendo mais perguntas. Peço a Deus que abençoe a vida de cada um de vocês e que vocês mantenham nele a esperança por melhores dias, acreditem em vocês mesmos e nunca desistam de seus ideais. Um agradecimento muito especial a minha família, minha noiva e a minha segunda casa, o selo Alabastro Music, toda a equipe: Tiago Cabral, meu produtor, Mari Alves, (assessoria e marketing), Laila Cabral (design), Márcio Xavier (audiovisual) além de todos os artistas do selo.

  • Setor BF movimenta Hip Hop na Baixada

    Setor BF movimenta Hip Hop na Baixada

    No dia 24 de fevereiro, quinta-feira, as lideranças do Setor BF retomaram os eventos em sua sede, em Mesquita. Fizeram um evento que reuniu MCs da velha guarda – inclusive eu – e novos talentos que vêm despontando no cenário carioca.

    Rapper Kapella, anfitrião da festa, a algumas semanas, convidou eu e o Léo da XIII para a festa, com a missão de nos apresentarmos. Léo esquematizou uma apresentação onde levamos o coletivo Clube dos Cinco.

    Muitos nomes de peso participaram da festa, como Cacau Amaral (5X Favela) e Slow da BF – que também se apresentou junto com o André Zovão, do grupo Antizona.

    Durante uma das conversas da festa, Cacau Amaral e Mad propuseram fazer o evento toda semana, uma vez em cada cidade. Como Mesquita, Nova Iguaçu, Duque de Caxias e na Lapa.

    Agora é só esperar. Você pode conferir as fotografias abaixo para sentir a viber da festa, mas também pode conferir todo o album no site www.InRaiz.com.br.

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  • Lançamento do livro de DMA é sucesso absoluto

    Lançamento do livro de DMA é sucesso absoluto

    Numa noite marcante para a história do protagonismo juvenil, Dudu de Morro Agudo se lança, oficialmente, no que chamamos de literatura marginal. Rapper há mais de 15 anos, DMA foi convidado no ano passado por Heloísa Buarque de Hollanda (Editora Aeroplano) para contar a história de sucesso do Movimento Enraizados.

    Quinta-feira, 03 de Fevereiro de 2011, uma multidão, vinda de todas as partes, se reúne para prestigiar a primeira Mostra Cultural do Movimento Enraizados em 2011. Visto que, no mesmo evento, houve uma mesclagem de distintas manifestações artísticas, bem como música, poesia e literatura.

    No entanto, é bem verdade que a arte criada e desenvolvida nos cantos e recantos, becos e vielas, ruas e avenidas da periferia, está demasiadamente interligada à uma imensa rede de troca de saberes. Saberes estes, passados para a nova geração, a exemplo do grupo de rap Enraizadinhos formado por meninos e meninas de 10 à 16 anos de idade que abriram o evento.

    Em seguida, o microfone foi aberto e outra arte é apresentada: a poesia. Feita em verso e prosa, entoada por gente do próprio público que teve a oportunidade de compartilhar os seus sentimentos. Enquanto isso, crianças, jovens e adultos deliciavam-se com petiscos típicos da culinária do gueto.

    A mídia estava presente e pôde registrar o ápice do festejo. DMA é anunciado e sobe ao palco para contar a história do garoto – ele mesmo – que nasceu em Morro Agudo, bairro de Nova Iguaçu, teve uma infância difícil, mas venceu.

    Após enviar três cartas, há 11 anos atrás, para três rappers de outros estados brasileiros, o rapper fluminense conseguiu formar uma rede que hoje está presente em 18 estados brasileiros e 11 países nos cinco continentes. Dudu rompeu as barreiras geográficas e viajou por todo o país, América Latina e atravessou o Oceano Atlântico rumo à Europa, onde fez turnê com o lançamento do seu primeiro disco “Rolo Compressor”. E hoje é um agente cultural de sucesso.

    Após falar sobre o livro, o protagonista da noite foi indagado por parte das pessoas presentes. Muitos perguntaram sobre os mais diversos temas ligados ao seu livro e sua carreira artística de maneira geral. Todos queriam saber mais, todavia, não foi possível atender a todas as perguntas.

    Por fim, DMA fez um pocket show com músicas inéditas e sucessos do seu disco. Além de cantar pela primeira vez no Espaço Enraizados o single Licença Poética, do disco “Clube dos Cinco” gravado em conjunto com os rappers Léo Da XIII, Wilsom Neném, Àtomo e Petter MC. A mostra ainda contou com uma batalha de MCs e outras atrações que fecharam a noite enquanto o autor atendia as pessoas e escrevia dedicatórias em cada exemplar adquirido.

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    Mais fotos no site www.inraiz.com.br

  • A Poesia Glacial de Mamuti

    A Poesia Glacial de Mamuti

    Ele é integrante do coletivo que reúne elementos das Zonas Oeste, Leste e Norte de São Paulo, o NusCorre. Em 2009, junto ao grupo, lançou fisicamente a Demo “NusCorre – Com as próprias pernas”, e foi vice-campeão da Liga dos MCs de 2010. 2011 mal começou, e justamente no aniversário de SP, lança o videoclipe de seu single, intitulado Paulistano. Estou falando de Mamuti, O Poeta Glacial. Confira a entrevista com o MC:

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  • Radio Enraizados de casa nova!

    Radio Enraizados de casa nova!

    Na última sexta-feira (21), foi ao ar a 3ª edição do Programa Enraizados ao vivo de 2011.
    Na contenção, DMA (@dudumorroagudo), Petter MC (@PetterMC), Kokaum, Diamante MC (@diamantemc), Samuca (@samukaazevedo), Léo da XIII (@LeodaXIII), Marcão Baixada (@marcaobxd) e participação de Dumontt (@lcdumontt). A grande novidade é que a Rádio agora é transmitida do estúdio do Espaço Enraizados. O espaço é novo, mas a interatividade com os ouvintes através das redes sociais é a mesma, e permanece firme e forte, assim como a troca de ideias bem humorada entre os apresentadores.

    O programa foi muito interativo, repleto de notícias, com novidades do Rap nacional com Dudu de Morro Agudo. O Rapper e apresentador mencionou sobre uma matéria do DJ Fabio ACM, sobre a cena do rap em Cuba. Além disso, falou sobre o lançamento de um trabalho do grupo paulistano Klandestino e sobre um evento, em que estará presente, O APALPE – A Palavra da Periferia, no sábado, dia 22.

    Também ocorreu a estréia do quadro “Frase do dia”, no qual os apresentadores citam uma frase de reflexão. No decorrer da apresentação do programa, surge Dumontt, que tambem colabora para o quadro com uma frase. Confira as frases:

    Léo da XIII: “Nunca desestimule uma evolução, por mais lenta que ela seja”.
    Diamante MC: “Sucesso é a capacidade de enfrentar o fracasso, sem perder o entusiasmo”.
    DMA: “Deus deu uma vida pra cada um, que é pra cada um cuidar da sua”.
    Kokaum: “Palavras do sentimento que trazem pro coração amado, a paixão que esquenta a braza do saber em te ver, linda, gatinha loira, do meu coração”.
    Petter MC: “Vou fazer tudo aquilo que pareça impossível, o mundo inteiro vai saber que a gente é alto nível”.
    Marcão: “Se você obedece todas as regras, acaba perdendo a diversão”.
    Dumontt: “Sou igual prego, quanto mais batem na minha cabeça, mais eu fico firme”.

    Além da estréia do novo quadro, ocorreram os tradicionais “Rap da Hora” com Kokaum, “O que que tá rolando”, com Marcão, o “Notícias bizarras” com Petter MC, e o tradicional momento do Salve Enraizados.

    A Rádio Enraizados está com uma promoção na qual o vencedor ganhará um CD do Clube dos 5, CD que já teve sua matéria publicada no Portal. Para participar, acesse o site da rádio (www.InRaiz.com.br), vá na aba “Promoções”, clique na promoção “CD Clube dos 5”, preencha a ficha e concorra.

    A rádio também tocou músicas de grupos que enviaram suas músicas para o e-mail da Rádio. Envie seu trabalho para avaliação: radio.enraizados@gmail.com

    OUÇA O PODCAST DO ÚLTIMO PROGRAMA:

    Ouça a Rádio Enraizados WEB 24hs no ar em www.InRaiz.com.br .
    Todas as sextas-feiras, das 14h as 16h programa ao vivo com entrevistas, debates, enquetes, notícias da cena cultural, rap nacional e muito mais.

    VEJA AS FOTOS:

  • Militância: Como se aplicaria ao Hip Hop? Qual é o papel de um militante?

    Militância: Como se aplicaria ao Hip Hop? Qual é o papel de um militante?

    Início de conversa

    No Hip Hop não existem apenas MC’s, dançarinos(as), grafiteiros(as) e DJ’s. O Hip Hop é muito mais que expressão artística e cultural, acrescenta-se a isso a responsabilidade social. Quando surgiu na década de 70 nos EUA, este movimento propôs através da arte de rua pregar uma ideologia baseada em coisas como: paz, união, amor e diversão.

    No Brasil, o Hip Hop chegou com os mesmos objetivos, embora a realidade brasileira fosse diferente  tudo combinava. O que permaneceu em maior evidência foi o rap com suas letras políticas e de protesto e reivindicação por melhores condições ao povo negro e pobre da periferia. A despeito o rap ser considerado a voz do Hip Hop, isto não significa que ele seja o elemento mais importante desta cultura. Não basta falar numa música ou palestra. Faz-se necessário que o indivíduo pratique as militâncias diárias, sendo realmente o que diz o seu discurso em cima dos palcos. Infelizmente nem todos agem dessa forma. Não basta fazer um show, ganhar seu cachê e sair fora. O Rap é um grande formador de opinião, pois leva informação, conscientização, protesto, reivindicação, etc. Sendo assim, o sujeito tem que ter responsabilidade enquanto estiver com um microfone na mão, pois alguém irá ouvi-lo e tomar o que for dito como verdade em sua vida.

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