Já que estamos falando de ‘Copa’, que tal uma passadinha na cozinha?

Já sei! Você leu o título da coluna de hoje e pensou: não falei? Mulher escrevendo coluna no Portal Enraizados… Lá vem receitinha… Também!
No final do texto haverá uma receitinha de petisco para acompanhar a cervejinha nos dias de jogos do “Braseu”. Porém, a parada agora é outra.

Amanhã começa a Copa do Mundo de futebol POR AQUI e nosso país está cheio, ou melhor, lotado de visitantes. Mais ou menos como nos dias que sua “cria” diz que uns amigos vêm pro almoço no final de semana e, de repente, chega um bonde pesadão com uma dezena de jovens. Quem nunca mandou essa pros pais?! Nesse momento bate o desespero.

Aquele papo de pôr mais água no feijão já não resolve. Esse truque já está sendo usado no dia a dia, né?  Encrementar com uma saladinha de tomates, nem se fala. Está tudo “pela hora da morte” como diz minha mãe. O arroz, o feijão, o leite… Dentre outros itens do nosso cardápio, tiveram reajuste em mais de cem por cento em um ano. E não digo isso me baseando em nenhuma pesquisa desse ou daquele órgão, ou na fala de nenhum economista renomado. Minha afirmação está pautada no cotidiano. Daí eu penso: será que até pra isso houve um plano?!

O aumento no valor dos alimentos essenciais à mesa de todo e qualquer brasileiro também foi pensado para o período de copa?! Me responda você: O que os gringos vão comer no período da Copa em nosso país senão o nosso bom e velho arroz e feijão? Os visitantes, ao pedirem uma típica feijoada regada a caipirinha, sabem lá quanto está custando o quilo do nosso feijão?!  E o empresariado? Donos das grandes redes de hóteis e restaurantes de luxo, sabem?! Mas nós sabemos. Eu e você, homem ou mulher, provedores em nossos lares, sabemos o quão difícil está sobreviver nesses tempos.

Se já não bastasse a ausência de todos os outros fatores e serviços necessários e de direito à vida e à existência de nós cidadãos brasileiros, agora comer também é um desafio. Não que antes não fosse. A miséria e a fome da maioria de nossa população sempre nos assombrou, mas agora, apesar de famintos, esperam que sejamos sorridentes, corteses.

Ok. Estou tendenciando para uma teoria de conspiração contra a classe C, admito.

Mas se não houve um plano para que nossas vidas se tornassem mais difíceis nesses dias, foi uma coincidência bem a calhar, não acha? Porque, meus queridos, se de alguma maneira você planejou passar por esses dias com um mínimo de dignidade, alguém parece estar trabalhando para que o contrário aconteça. Ou será que não? Sei lá!

Pode ser que seja apenas recalque da minha parte, porque não vou estar com minha grande família nos estádios nos dias de jogos. Pode ser também que, seja porque a mim caberá apenas estar na cozinha em dias de “Copa”, preparando petiscos deliciosamente práticos e econômicos para acompanhar a cervejinha gelada, enquanto na tela a bola rola e o mundo gira no país do futebol.

Sejamos francos: em tempos de Copa, quanto mais econômicos, mais saborosos serão os petiscos. Ah, falando nisso, abaixo segue aquela receitinha, como prometido.

Ovos cozidos coloridos:

Utilize corante alimentício artificial na cor desejada (verde e amarelo). A proporção é de cerca de 20 gotas por 2 litros de água. Deixe a água ferver com o corante e, então, coloque os ovos por 15 minutos para cozinhar e pegar cor. Sirva a seguir ou deixe esfriar. Para a clara dos ovo ficar “manchada”, é preciso que a casca esteja rachada durante o cozimento do ovo.

Ué, esperava o quê? Bolinho de feijoada? Com o preço do feijão? Há!

 

Sobre Cristiane de Oliveira

Produtora Cultural, Head na Agência #TudoNosso, CupCake Designer na CupCake da Cris, mãe, mulher, escorpiana e absolutamente mutante nesse mundo de imperfeições.

Além disso, veja

Quanto vale o show?

Sexta feira (03/10), eu e marido embarcamos a trabalho rumo a "Terra da Garoa". Isso mesmo, a terra que, segundo as músicas, não tem amor. Embarcamos felizes e entusiasmados no Rio de Janeiro, com reservas para retorno no domingo, a tempo de irmos as Urnas cumprir nosso papel cidadão. Até aí tudo bem...

Deixe um comentário