Tag: Baixada Fluminense

  • A importância do Foco

    A importância do Foco

    Talves você esteja dizendo a si mesmo, eu já sei o que é foco, não preciso ler essa coluna pra saber isso. De fato, muita gente  está cansado de ler sobre foco. Vários livros e cursos nos ensinam a ter foco e eu te digo que se existe uma coisa que não é pra qualquer um, essa coisa se chama, foco.

    Existem coisas que nos atrapalham diariamente e citarei apenas 2 duas delas porque o objetivo dessa coluna não é se estender em um curso, mas, sim te orientar de forma geral rumo ao empreendedorismo cultural.

    Estão prontos? Sigamos:

    O QUE É FOCO?

    Separei algumas definições de foco segundo o Dicionário Online Michaelis para trabalharmos aqui hoje: (…) 6 Centro, ponto de convergência. (…) F. real: ponto em que se forma a imagem real. (…) Estar em foco: estar em evidência.

    Essas 3 (três) definições já nos bastam para entender bem o que é foco.

    Encontrar o ponto de convergência entre o nosso REAL QUERER (desejo) e a nossa AÇÃO EFETIVA para formarmos uma imagem límpida e viva o suficiente em nossa memória, que se torne real pra nós mesmo, a ponto de evidenciar em nossa vida que estamos trabalhando em busca de um sonho que imaginamos ser real, criando um círculo virtuoso em nosso trabalho e dando frutos sempre crescente. Ou seja, precisamos não somente querer e fazer, mas querer o suficiente para fazer com dedicação, amor, afinco e tenacidade; não desistir facilmente, não deixar que assuntos alheios a nossa vontade nos tirem a concentração naquilo que estamos fazendo, não perder de vista o nosso objetivo maior.

    COMO FAZER ISSO?

    Depois de conceituar o que parece óbvio para todos, vamos à prática:

    1. Defina os seus objetivos específicos: Lembra daquele seu sonho que você trabalhou até o ponto em que ele ficou claro e OBJETIVO? Pois é disso que estamos falando, o seu sonho, é o seu objetivo final ou principal. Agora precisamos fracionar esse sonho em pequenas partes que chamaremos de objetivos específicos. Eu já havia dito que o objetivo, foco e meta estão intimamente ligados, na verdade, eu compreendo como sendo uma coisa só, ou melhor, como partes distintas da mesma coisa. O foco tem a ver com a sua concentração no trabalho e na vida, mas também tem a ver com a sua organicidade, a forma como você se organiza. Agora que já definimos o nosso objetivo geral, precisamos quebrar esse objeto em vários fragmentos, como se fosse um quebra cabeças, dessa forma fica mais fácil alcançar as nossas METAS, que falaremos a seguir (em outro post).

    Façamos a seguinte pergunta a nós mesmos:

    – Qual é o conjunto de ações que eu preciso realizar para que ao concluí-las o meu sonho (objetivo) esteja concluído também?

    As suas respostas terão grande chance de serem os seus objetivos específicos, para que isso seja verdade, antes é preciso dar uma lapidada nas suas respostas para torná-las mais eficazes. Lembrando que objetivos específicos geralmente (pelo menos os que ví até hoje) começa sempre com o verbo no infinitivo (http://pt.wikipedia.org/wiki/Infinitivo), como por exemplo: Realizar, executar, planejar, implementar, pesquisar, contratar e assim por diante.

    2. Crie uma rotina:

    Agora vem a parte mais interessante e ao mesmo tempo extraordináriamente difícil. Uma vez eu lí um livro de um líder religioso (http://pt.wikipedia.org/wiki/Bhaktivedanta_Swami_Prabhupada) que falava sobre hábitos.

    Encontrei o link do líder espiritual, mas não encontrei o livro que li de sua religião; eu entendi do que eu li no livro, que o ser humano é um ser de hábitos, por isso, uma vez criado um hábito, não se pode retirá-lo da criatura humana, apenas substituí-lo, se você considera um hábito como ruim, você precisa criar um outro hábito (que considere bom) inversamente equivalente ao primeiro, que o substitua.

    Eu li isso, à mais de 30 anos atrás, talvez nem tenha sido isso que ele disse, mas foi o que entendi, sobre o que eu li, do que ele escreveu em um livro que chegou até mim dado por alguém em um ônibus. Rotinas e hábitos tem tudo a ver um com o outro.

    Na verdade, é possível criar hábitos a partir da criação de rotinas, um bom exemplo disso está escrito no livro “O Maior Vendedor do Mundo”, de Og Mandino, disponível em audio neste link (https://soundcloud.com/luiz-carlos-dumontt/o-pergaminho-01-extrai-do-do).

     

    Segundo Og Mandino, para se criar um hábito precisamos de criar uma rotina de no mínimo 30 dias consecutivos, ou seja, sem falhar uma única vez.

    A diferença entre o hábito e a rotina é que o hábito é uma ação automática do cérebro que facilita o nosso dia a dia. Prometo falar de hábitos em outra oportunidade, mas não agora, senão nos desviaremos de nosso foco. Para criar uma rotina, basta criarmos um check list e seguí-lo. O check list pode conter ações puras, quando a ação não demanda prazos ou com datas e até mesmo horas, quando precisamos cumprí-la em um determinado prazo; e um campo para marcarmos a ação que já realizamos.

    Exemplos de check lists (http://www.vertex42.com/ExcelTemplates/checklist.html)

    Com o passar do tempo, algumas rotinas serão automatizadas pelo nosso cérebro, formando hábitos, mas se existe algum hábito que consideramos ruim, então teremos que dar uma forcinha pro nosso cérebro automatizar uma outra rotina até formar um novo hábito que substitua o chamado mau hábito. Falarei disso mais tarde.

    3. Cuidado com a procrastinação:

    Um nome esquisito para uma coisa tão simples. Procrastinar é o hábito que temos de deixar sempre pra depois o que podemos fazer agora. Isso acontece por diversas causas: Medo de errar, serviço enfadonho, não gostamos do serviço, grande volume ou quantidade de serviço e por isso não sabemos por onde começar, prazo pequeno demais para realizar o serviço, prazo longo demais pra fazer o serviço, alguma distração o desconcentra na realização do serviço, ficar esperando outra pessoa fazer, não ter foco no trabalho etc.

    Na verdade, as causas para a procrastinação são as mais variadas possíveis e diversificadas, dependendo da pessoa, do lugar, do momento, do trabalho e outras causas que se ficarmos descrevendo, passaremos o resto desse dia nessa missão e não esgotaríamos o assunto.

    O fato é que isso é poderosamente decisivo na hora de elaborar, executar e realizar projetos, sejam eles quais forem. Todo o mundo procrastina de uma ou de outra forma, o que precisamos fazer é identificá-lo rapidamente, investigar as suas causas e combatê-la imediatamente e com afinco para que consigamos derrotá-la.

    Lembrando que ela voltará de uma ou outra forma. Quando eu falar de hábito, voltarei a falar sobre procrastinação. Por enquanto é só.

    Paz e sucesso, sempre!

    —x—

    ATENÇÃO: quero deixar claro que em nenhum momento o meu desejo é ser a palavra final em coisa alguma, na verdade, estou apenas explanando o meu ponto de vista pessoal sobre o assunto

  • Einstein MC lança DirectHulle da música Sobrevivente

    Einstein MC lança DirectHulle da música Sobrevivente

    A Baixada está em alta, e a nova geração está barulhando nos eventos e estúdios da região.

    Einstein MC é linha de frente nesse processo, ele é um dos participantes da Escola de Hip Hop Enraizados na Arte, ganhou prêmio nacional com su rap, gravou um clipe independente e já está com vários shows no currículo.

    Dessa vez assinou com a Agência Hulle Brasil para fazer o vídeo da música Sobrevivente, gravada na última terça-feira, no Espaço Enraizados, por Dudu de Morro Agudo. A música fará parte do seu primeiro EP.

  • [07-JUN] Sarau Poetas Compulsivos

    [07-JUN] Sarau Poetas Compulsivos

    Nós estamos de volta, como prometido, no primeiro sábado de cada mês rola o nosso Sarau. Esse mês, aos pés da Copa do Mundo, nosso tema é… liberdade de expressão. Traga sua poesia de amor, de protesto, de liberdade… sinta-se livre e a vontade para se expressar.

    Como de costume, nosso evento começa às 18 horas e nossa primeira atividade poética às 20 horas. Logo depois o mic aberto para artistas e de hora em hora rola a atividade poesia da hora, onde sorteamos brindes do Enraizados.

    Confirme sua presença em nosso evento no facebook e veja quem são seus amigos que estarão presentes: http://goo.gl/RGaMwP

    SERVIÇO

    Sarau Poetas Compulsivos
    Entrada Grátis
    Espaço Enraizados
    Rua Thomaz Fonseca, 508 – Morro Agudo
    Horário: 18 horas.

  • Nova Iguaçu sitiada

    Nova Iguaçu sitiada

    Já tinha terminado o texto da minha coluna quando recebi algumas mensagens dizendo que estava havendo um tiroteio terrível em Austin – bairro aqui de Nova Iguaçu. Mudei minha coluna, que falaria de empreendedorismo na música, para escrever novamente sobre o aumento do índice de violência na Baixada Fluminense, pois considero importante essa discussão aos pés de uma eleição e aos pés de um evento internacional como a Copa do Mundo.


     Sou nascido e criado em Morro Agudo, Nova Iguaçu.

    Na minha adolescência era inimaginável a notícia que li hoje no site do G1: – Na ação foram apreendidos dois fuzis, uma metralhadora, um revólver, uma pistola, um veículo roubado, sete carregadores, três radiotransmissores, uma luneta (equipamento que é acoplado no fuzil) e um caderno de anotação do tráfico. O caso vai ser registrado na 58ª DP (Posse).

    Há cerca de dois anos, quando meu tio chegava em casa, foi surpreendido por três assaltantes fortemente armados, que levaram o seu carro. Isso aconteceu na minha rua, em frente a minha casa. Quando fomos atrás para saber o que havia acontecido, os policiais, que conseguiram prender os bandidos em Belford Roxo, disseram que eles eram de uma favela do Rio de Janeiro que acabava de receber uma Unidade de Polícia Pacificadora. Vieram para a Baixada, para roubar carros, fazer assaltos, conseguir armas e “tomar” uma outra favela de uma facção rival.

    Já naquela época eu acenava para um grande problema na região. Muitos disseram que eu estava exagerando.

    Há uns dois meses, quando eu estava na faculdade, minha filha me ligou dizendo que havia toque de recolher na comunidade, que era para eu voltar rápido para casa. Logo depois o Samuca Azevedo me ligou dizendo a mesma coisa. Em seguida recebi outra e outra ligação, de amigos preocupados com minha segurança. Eram bandidos que estavam na comunidade e queria implantar uma boca de fumo em uma comunidade próxima. A polícia chegou e houve tiroteio.

    Pra mim está claro que Nova Iguaçu – e toda a Baixada Fluminense – não é prioridade quando o assunto é Política de Segurança Pública. Não é que estamos em segundo plano, nós não estamos “no plano”.

    UPPs comparação com BPMs

    O que você sente quando lê uma matéria como a da jornalista Maria Inês Magalhães, para o Jornal O Dia, que diz o seguinte: – Áreas pacificadas têm mais PMs que toda a Baixada Fluminense. UPPs têm 4.360 policiais militares para 200 mil moradores. A Baixada Fluminense, região com 3.651.708 habitantes em 13 cidades conta com 2.910 agentes.

    Em outra matéria, o jornalista Leandro Prazeres, para o site UOL, diz o seguinte: – […] a Baixada Fluminense viu um aumento de 25% no número de homicídios dolosos, saindo de 1.381 em 2012 para 1.728 em 2013. O percentual é quase o mesmo das tentativas de homicídios, que subiram 26% entre 2012 e 2013.

    Hoje é apenas uma evolução do que já está sendo anunciado a alguns anos. Quando eu questiono a você sobre a Copa do Mundo, eu não estou surfando em uma onda do #NãoVaiTerCopa, estou querendo discutir as implicações que o evento traz pra nós. O legado que fica para nós é esse, porque o governador do Estado quando põe UPP nas favelas do Rio de Janeiro, em uma época pré-copa, não está preocupado com a população das favelas, ele está preocupado com a segurança dos gringos e com a imagem dele e do Estado. No final, tudo é por dinheiro.

    Os bandidos que trocaram tiro com a polícia hoje aqui em Austin, segundo informações que obtive, vieram do morro Chapadão e ocupara o Morro Mirando Leal. Pela manhã foram roubar a casa de um comerciante do bairro, que chamou a polícia e desencadeou a série de mortes e perseguição, deixando a população desesperada e sem um posição real do que está acontecendo.

    O saldo de hoje?

    • 01 policial morto (morador de Austin);
    • 01 policial ferido (meu vizinho, morador de Morro Agudo);
    • 04 bandidos mortos;
    • 01 bandido ferido (mas vai morrer, porque foi pro Hospital Geral de Nova Iguaçu);
    • 02 bandidos presos;
    • 804.815 pessoas amedrontadas.

    Como resultado:

    • A população que já tinha dezenas de problemas, agora tendo que se preocupar com a própria segurança;
    • Milicianos se aproveitando do descaso do poder público;
    • Candidatos (como o Garotinho) se aproveitando da situação e já tentando marcar reuniões com as lideranças locais.

    ESTAMOS NOVAMENTE NA MÍDIA, DAQUELE JEITO QUE SÓ AS MAZELAS SÃO MOSTRADAS:

     

  • Até quando vamos levar tanta porrada?

    Até quando vamos levar tanta porrada?

    Pelo que depender do meu – prefiro que seja o nosso – empenho, isso acabará logo.

    Hoje a minha coluna será um pouco extensa, porém, objetiva e necessária. Há dois dias saiu o resultado do edital “Rumos Itáu Cultural”, levantando em minha mente contestadora, uma reflexão além desse e de outras centenas de editais de incentivo e fomento à cultura, espalhados por aí.

    Confesso que fiquei chocado ao perceber que, no Estado do Rio de Janeiro o Rumos selecionou dezenove (19) projetos, sendo: 18 na capital e um em Teresópolis. No entanto, a região metropolitana não foi contemplada em nenhum dos seus tantos projetos – phodas – inscritos.

    Quero conversar especialmente sobre a Baixada Fluminense, por viver e conhecer de perto o “fazer cultural” dessa imensa e importante região. Somos cerca de quatro (4) milhões de habitantes e muitos produtores e produtos culturais.

    Abaixo, uma conversa que venho desenvolvendo junto ao Itaú Cultural no site do resultado do edital. Depois que você ler as respostas do Itaú Cultural e as minhas ponderações, vou te chocar com uma realidade sinistra.

    Petter: Gostaria de entender porque tantas potências culturais da Baixada Fluminense ficaram de fora. 18 projetos da capital e nenhum da região metropolitana do Rio de Janeiro? Há um recorte territorial? (26 de maio de 2014 às 20:38)

    Itaú Cultural: Oi, Petter, não havia recorte territorial. Analisamos o conteúdo das propostas a partir de critérios como singularidade, originalidade, relevância, contemporaneidade, qualidade,inovação, além das viabilidades técnicas, jurídicas e financeiras. Acompanhamos e valorizamos o pulsante cenário cultural da Baixada Fluminense e esperamos desenvolver ações e parcerias em sua região, independentemente do resultado desta edição do programa. (há 17 horas)

    Petter:Ok, Itaú Cultural. Então, que tal marcarmos uma conversa entre o Itaú Cultural e representações culturais da Baixada Fluminense que participaram da seleção do Rumos? Se os fazedores de cultura da região não são “singulares”, “orginais”, “relevantes”, “contemporâneos”, “inovadores”, e nem possuem viabilidade técnica – importante ressaltar que muitos já executam os projetos, então… -, nem viabilidade financeira, queremos conversar e entender exatamente onde erramos. Pois, não haver projeto capaz de ser selecionado para o Rumos numa região tão grande e tão populosa (cerca de 4 milhões de habitantes), é demasiado preocupante para a minha pessoa, enquanto fazedor de cultura, artista e jornalista da região. (há 15 horas)

    Dudu de Morro Agudo entra na conversa e completa:Petter de Oliveira questionar agora parece recalque de quem não foi selecionado, porém apesar de parecer recalcado, é importante pontuar que a Baixada Fluminense e seus fazedores culturais, suas formas de expressão e sua diversidade continuam fora de um contexto e de um entendimento de arte que só existe na região central do Rio de Janeiro.
    Também fiquei surpreso em saber que dos 19 projetos selecionados para todo o Estado do Rio de Janeiro, os 18 mais “singulares”, “orginais”, “relevantes”, “contemporâneos” e “inovadores” são da cidade do Rio de Janeiro?
    E “nunca” vamos saber onde erramos ou “se” erramos.
    A história se repete, não porque é o Itaú Cultural, mas porque os olhares vem sempre da mesma direção. (há 15 horas)

    Itaú Cultural:Petter de Oliveira e Dudu Morro Agudo, acreditamos sim em formatos de conversa. E a baixada Fluminense é de fato uma região da qual queremos nos aproximar. Podemos sim pensar em algo juntos. O que podemos adiantar é que temos certeza de que seus projetos não tiveram “erros”. Não havia certo e errado. E o Itaú Cultural sabe que excelentes projetos foram inscritos mas que por pouco não chegaram aos nomes contemplados. Já estamos enviando seus comentários para á área de parcerias para que pensemos juntos em encontros na Baixada Fluminense e quem sabe mesmo desenvolver ações independentes do Rumos ou a partir dele. Mais uma vez, agradecemos as críticas e ponderações. (há 13 horas)

    Minha reposta ao último comentário é esta coluna.

    Queridx amigx que me acompanha semanalmente por aqui, não estou apontando o Itaú Cultural como um vilão segregador da produção cultural. Pêlámor! Quero, sim, juntar uma galera e trazer o Itaú Cultural aqui para discutir e formar parcerias, como eles mesmos dizem.

    Por outro lado, quero levar essa discussão além. Sabe essa coisa de “fazer barulho” que tenho dito aos quatro cantos sobre a minha música? É bem por aí. Temos as ferramentas e o poder de formar opinião. Este artigo será lido por dezenas de milhares de pessoas, inclusive por outros formadores de opinião.

    O que está em jogo é olhar que têm sobre nós. Dos projetos inscritos, conheço a maioria. E dessa maioria que conheço, outra maioria já acontece sem nenhum tostão, mas acontece. Então, há um equívoco grosseiro ao afirmar que nenhum dos projetos possui “viabilidade técnica”.

    Quais os critérios que definem a relevância de um projeto em sua região? Quem da banca avaliadora conhece a Baixada Fluminense e os projetos que aqui formam público e opinião? O que sabem sobre inovação e originalidade, se mantém o mesmo olhar hegemônico sobre quem merece receber ou não patrocínios culturais?

    Olha só, gostaria de endossar que minha fala se direciona para todos os outros editais, citando  o Rumos apenas por ser um caso recente.

    Eu quero fazer barulho porque:

    • Favelas com UPP concentram a maior parte dos fomentos culturais em territórios populares do Rio de Janeiro.
    • Favelas com UPP possuem Bibliotecas Parque, mas a região metropolitana não possui nenhuma.
    • Já aprovamos tantos projetos na Lei Estadual de Incentivo à Cultura, mas a empresa beneficiada pelo abatimento do ICMS não se interessou por nossos projetos.
    • Não há NENHUM equipamento cultural bancado pelo Estado na Baixada Fluminense.
    • Todos os equipamentos culturais que temos na Baixada são mantidos pelo próprios grupos fazedores de cultura.
    • Os espaços que esses mesmos grupos mantém estão prestes a deixar de existir, por falta de incentivos financeiros.
    • Os fundos culturais e sociais europeus acham que só favelas da zona sul merecem $$$ para realizar projetos.
    • O maior complexo de favelas do Rio de Janeiro chama-se Baixada Fluminense, mas aqui não há política de pacificação, mesmo sendo demasiado equivocada na capital.

    Enfim. Existem “n” outros motivos para fazer barulho. Agradeço sua visita e espero que voltemos a nos encontrar na próxima quarta-feira.

    #FazBarulho

    Para acompanhar a minha conversa pública com o Itaú Cultural, clique no link: http://novo.itaucultural.org.br/explore/blogs/rumos-2/lista-dos-selecionados-rumos-2013-2014/

    E fique com uma música do Gabriel o Pensador que reflete um pouco desse momento:
    https://www.youtube.com/watch?v=lp39KZUxifA

  • Cuidado com o Brasil!!

    Cuidado com o Brasil!!

    Essa, por incrível que pareça, tem sido a orientação, em forma de cartilha, que vários países “civilizados” estão disponibilizando a seus “cidadãos de bem” que virão ao mundial de futebol.

    Já que, segundo eles, nossa nação é composta apenas por ladrões, traficantes, cafetões, infectados, drogados, criminosos de toda a espécie, aproveitadores, endemoniados… enfim, toda essa espécie de gente boa que nós estamos carecas de conhecer, mas o que incomoda é que a comunidade internacional está nivelando todos por baixo e aceita numa boa. E quem são eles para julgar alguma nação, já que, quando na posição de colonizadores, foram protagonistas dos mais odiosos absurdos e calamidades.

    A Alemanha, por exemplo, tem a seguinte orientação: Levem dinheiro de sobra pois provavelmente vocês serão assaltados, então separem o dinheiro do assalto.

    Os canadenses orientaram a evitar qualquer contato físico com pessoas, mesmo em locais públicos, e ainda evitar os animais de rua.

    Os americanos orientam: – Máximo cuidado com carteiras e objetos de valor, evite andar sozinho, desconfie de tudo e de todos, pois quando você menos esperar, você sofrerá algum ataque.

    Nossos hermanos argentinos indicam: – Evite andar a noite, estabeleça uma rota confiável, e nunca, NUNCA confie em quem se oferecer para ajudar em algo, caso precise, procure uma autoridade policial.

    O Reino Unido declara: – Consuma água somente mineral engarrafada, coma somente em locais confiáveis como grandes restaurantes ou hotéis e em caso de tiroteio procure se abrigar e tenha em mãos o número do telefone do consulado, e caso tenha alguma emergência médica, procure as clínicas particulares e evitem as públicas, e em hipótese alguma suba em uma favela, principalmente a noite. E vão mais além dizem: – Esse país recentemente está recebendo uma grande quantidade de refugiados Haitianos, isso pode se tornar um perigo, já que podem transmitir, Ebola, HIV e outras doenças perigosas altamente transmissíveis. Procurem demonstrar o mínimo para que não seja reconhecido logo como estrangeiro, já que sempre cobram preços exorbitantes dos turistas estrangeiros, não aceite nada, principalmente se for comida ou bebida, pois eles são alegres e carismáticos, e vão utilizar isso contra você, e se mantenha discreto, se possível, caso esteja em um grupo, solicitar um guia credenciado pela empresa de turismo, ou do próprio hotel, já que esses guias estão familiarizados com o ambiente e com a violência desenfreada principalmente no RJ e SP.

    Acho que podemos dar um nome para essas cartilhas: “Guia de sobrevivência no inferno”; o pior é que o governo não está nem aí para esse absurdo, agem como se fosse a Wonderland, e tudo é possível, infelizmente essas merdas não passam no horário nobre, muito menos nos meios de comunicação oficiais.

    A CBF e os governos, estão mais preocupados em cumprir os prazos que já estão se esgotando, dizem amém a tudo que a FIFA manda, e contam com a aprovação do povo, que é o que fatalmente irá acontecer quando a bola começar a rolar, e então tudo irá se dissipar, a cerveja gelada vai reinar, o país vai entrar em Standby por um mês na base do empurrômetro e quem criticar essa situação será taxado de xiita e antipatriota, já que estamos vivendo num governo desgovernado !!

    Enquanto a pelota vai rolando, a Baixada Fluminense continua agonizando no Hospital da Posse !! E AÍ VAMOS TOMAR A PÍLULA VERMELHA?

  • Qual será o seu legado?

    Qual será o seu legado?

    Estamos a algumas semanas da Copa do Mundo. Você já parou pra pensar o que ficará de legado pra você, seus filhos e irmãos, seu bairro e/ou sua cidade?

    Você contou quantas desgraças aconteceram nos últimos 12 meses, enquanto o governo abria a torneira do real para a construção dos estádios mais caros do mundo?

    Podemos fazer uma analogia, comparando o país da copa com uma simples casa. O anfitrião está maquiando a sala para receber a visita, enquanto a cozinha tá uma bagunça.

    Quero que entendam o seguinte, eu amo futebol, assim como milhares de milhares de brasileiros, porém não posso me calar diante deste fato. Pra mim a prioridade não é futebol. Antes vem a educação, saúde, segurança, mobilidade, etc…

    Antes de pensar no bem estar do meu vizinho, penso no bem estar da minha família.

    O meu legado desta copa foi a inspiração para fazer a música “legado”.
    Já ouviu? Ela diz mais sobre o que penso.

    Espero que gostem e comentem.

  • [19-ABR] Fórum de Hip Hop da Baixada Fluminense: Reunião para formação do grupo de trabalho

    [19-ABR] Fórum de Hip Hop da Baixada Fluminense: Reunião para formação do grupo de trabalho

    Dia 19 de abril acontecerá no Espaço Enraizados a primeira reunião para formação do grupo de trabalho que produzirá o Fórum de Hip Hop da Baixada Fluminesne, que tem como objetivo discutir a prática do hip hop na região formada por 13 municípios, com cerca de 4 milhões de habitantes.

    A ideia é formar em um grupo para produzir o evento, o GT, e a partir daí pensar nas atividades e pontos importantes e relevantes para a cultura hip hop na Região.

    Os objetivos do Fórum de Hip Hop da Baixada Fluminense são inicialmente:
    a) organizar uma agenda com todos os eventos que acontecem na região e criar um circuito de hip hop nos treze municípios;
    b) desenvolver e apresentar propostas relacionadas a políticas públicas para a juventude aos governos municipais, estaduais e federais;
    c) exigir que todas as cidades da Baixada Fluminense reconheçam a semana do hip hop como Lei, assim como Mesquita e Duque de Caxias.

    Obs: Toda e qualquer pessoa que faz parte da cultura hip hop da região (artistas, produtores e empreendedores) pode e deve participar da produção do Fórum.

    O encontro acontecerá entre às 16 e 18 horas, antes da Banca de FreeStyle Enraizados.

    Confirme Presença no evento no FACEBOOK

    SERVIÇO:
    Fórum de Hip Hop da Baixada Fluminense: Formação do GT
    Dia 19 de abril, às 16 horas, no Espaço Enraizados
    Rua Thomaz Fonseca, 508
    Morro Agudo, Nova Iguaçu, RJ
    +Infos: (21)9.6563-0554

  • Enraizados na Arte: As aulas voltaram, as inscrições estão abertas

    Enraizados na Arte: As aulas voltaram, as inscrições estão abertas

    Nesta quinta-feira começam as inscrições para a escola de hip hop Enraizados na Arte, desta vez o único curso aberto é o de rap e o instrutor é o Dudu de Morro Agudo. As vagas são limitadas, apenas 10, sendo que quatro vagas já foram ocupadas, e os outros seis participantes participarão de um processo de seleção.

    As aulas são todas as quintas-feiras, às 14 horas, no Espaço Enraizados, em Morro Agudo.

    Os(as) interessados(as) em participar devem comparecer ao Espaço Enraizados (Rua Thomaz Fonseca, 508, Morro Agudo, Nova Iguaçu, RJ) para se inscrever. Qualquer dúvida entre em contato através do telefone (21)2768-2207.

    20140312-ENA

    SERVIÇO
    Aulas de Rap (Enraizados na Arte)
    Onde: Rua Thomaz Fonseca, 508 – Morro Agudo – Nova Iguaçu
    Quando: Quinta-feira, das 14 horas às 17 horas.
    Infos (21)2768-2207

  • “MusicAção na Pista” integra o festival Grito Rock 2014 e promete parar Nova Iguaçu

    “MusicAção na Pista” integra o festival Grito Rock 2014 e promete parar Nova Iguaçu

    No próximo sábado (15), a partir das 18 horas, os amantes do skate, do rap, do rock e do reggae se reunirão na Praça de Skate de Nova Iguaçu novamente para receber mais uma edição do evento MusicAção na Pista, que terá como atração os rappers Bob X (Duque de Caxias), Einstein (Nova Iguaçu), além da banda Genomades e do residente Narquilê Dub Clan, tudo isso ao comando do mestre de cerimônias Dudu de Morro Agudo.

    O MusicAção na Pista é um projeto idealizado e produzido pelo rapper e skatista DMT, e tem como proposta a ocupação dos espaços públicos – preferencialmente as pistas de Skate – e promover o intercâmbio entre manifestações culturais urbanas.

    artistas_musicacao

    Esta edição do evento fará parte do Festival Grito Rock 2014, que é um projeto realizado em rede e executado concomitantemente em diversas cidades do mundo, objetivando fomentar a integração de agentes culturais latino americanos e outros continentes na produção do maior festival colaborativo do planeta. Em 2014, acontece oficialmente de 20 de fevereiro a 30 de março.

    SERVIÇO
    MusicAção na Pista
    Atrações: Bob X, MC Einstein, Genomades e Narguilê Dub Clan
    Dia 15 de março, às 18 horas
    Praça de Skate de Nova Iguaçu
    De Graça